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A agonia do passe brasileiro

Sidrônio Henrique

18/06/2016 06h04

Juciely se destacou em jornada irregular do Brasil (foto: FIVB)

A seleção brasileira feminina de vôlei entrou em quadra na tarde deste sábado (18) em Macau, China (madrugada no Brasil), com a obrigação de se recuperar diante da Bélgica, time de segunda linha do concorrido cenário europeu. A vitória, que se esperava em sets diretos, veio em quatro, de virada (23-25, 25-19, 25-15, 25-18), pela segunda rodada do segundo final de semana do Grand Prix. O passe brasileiro tornou o jogo difícil em alguns momentos e entregou um set em um confronto que, em tese, deveria ter sido mais tranquilo.

O Brasil, que vinha de uma derrota de 2-3 para a Sérvia na véspera, começou a partida contra as belgas com Dani Lins, Sheilla, Thaisa, Juciely, Natália, Gabi e Léia. Esta última, que havia se destacado na semana anterior, desta vez teve atuação apenas regular – a líbero chegou a entregar uma bola de xeque. A dupla de ponteiras Natália e Gabi tornou a recepção mais frágil. Na primeira parcial, depois de estar perdendo por 19-20, o Brasil fez quatro pontos seguidos e chegou a 23-20, mas graças aos erros de passe entregou um set que parecia ganho.

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A inconstância do passe brasileiro, evidenciada ontem pelo forte saque sérvio, continuou exposta mesmo diante do às vezes razoável serviço belga. No final da segunda parcial, Jaqueline entrou em quadra no lugar de Natália para dar mais equilíbrio ao fundamento. A bicampeã olímpica não saiu mais e, ainda que a recepção brasileira tenha passado por turbulências, como na primeira metade do quarto set, o conjunto foi suficiente para garantir a vitória sobre a seleção de Lise Van Hecke, ex-Vôlei Nestlé. O Brasil tem quatro vitórias em cinco jogos, tendo perdido contra o único adversário forte que encarou até aqui.

A central Juciely, bastante acionada quando a recepção funcionava, foi a melhor jogadora em quadra, com 19 pontos, sendo seis de bloqueio (a equipe fez 11 nesse fundamento, contra nove do adversário). A oposta Sheilla também marcou 19 pontos, enquanto Van Hecke liderou para as belgas com 16. Tandara, reserva de Sheilla que tem entrado nas inversões, fez hoje seu primeiro e único ponto no torneio.

Ataque comprometido
A fragilidade do passe deve estar tirando o sono de José Roberto Guimarães. Certamente, o torcedor que interrompeu o seu para ver o jogo não gostou do que viu. Sem o passe na mão de Dani Lins, o Brasil é um time limitado, sentindo a falta de uma definidora com potência para colocar a bola no chão.

O Brasil volta à quadra na madrugada deste domingo (19), às 4h30 pelo horário de Brasília, e vai encarar a China, que na sequência enfrentaria a Sérvia. As chinesas, que no primeiro final de semana do GP derrotaram os EUA por 3-1, são uma das favoritas ao ouro na Rio 2016.

ATUALIZAÇÃO – Às 8h10
A China derrotou a Sérvia por 3-2 (27-25, 17-25, 20-25, 25-22, 15-9). A seleção sérvia jogou a maior parte do tempo com suas reservas. A equipe chinesa permanece invicta com cinco vitórias.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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