Parto de esposa potencializa ansiedade de Lucão às vésperas da Olimpíada
Carolina Canossa
07/06/2016 06h00
Não são apenas os desafios rumo à medalha de ouro em casa que tiram o sono de Lucão a pouco mais de dois meses da Olimpíada do Rio de Janeiro. O experiente central da seleção brasileira também vive um momento especial na vida pessoal: o parto de seu primeiro filho, Théo, está programado para o dia 20 de junho.
"A ansiedade está começando a bater, pois até então tinha outras coisas que distraiam um pouco, como montar quarto… Agora que está chegando a gente pensa 'Poxa, será que vai dar certo? Será que vou conseguir trocar fralda, segurar, fazer o bebê não chorar tanto?", comentou o jogador, que defenderá o Sesi na próxima temporada.
Quem é quem na chave do Brasil no vôlei masculino da Rio 2016
Brasileiros do vôlei não temem "grupo da morte"
Bruno e Lucão encerram temporada quase perfeita na Itália
A gravidez de Bia Casagrande, esposa de Lucão, tem demandado atenção especial, já que o bebê puxou o pai de 2,10m. "Como era o esperado, o bebê é bem grande, mas minha esposa é pequenina (tem 1,63 m). Então, ela tem que ficar de repouso total para ele nascer com segurança e não precisar passar muito tempo na UTI", explicou.
Por conta do nascimento, Lucão vai ganhar uma folga extra do técnico Bernardinho e só viajará para a disputa da Liga Mundial em 21 de junho, um dia depois do restante da seleção. Até lá, o jogador conta com a ajuda dos parentes para conciliar a vida pessoal com os compromissos profissionais.
"A nossa sorte é que a família dela é muito próxima, minha sogra fica em casa 24h por dia para ajudar em tudo o que precisa. Estamos bem assessorados. É o que me dá tranquilidade", contou o jogador.
Padrinho especial
Théo sequer nasceu, mas já ganhou outro motivo para gostar de vôlei: Lucão e a esposa elegeram Bruno, levantador da seleção brasileira, como padrinho do garoto. Além da amizade entre os atletas, iniciada nos tempos em que jogaram na seleção juvenil em 2005, os dois atuaram juntos na última temporada no Modena, da Itália.
Curta o Saída de Rede no Facebook!
"Lá na Itália ele já exerceu o papel de padrinho, pois eu não falava muito bem a língua e tive dificuldades em conhecer a cidade, saber onde era o hospital… Minha esposa sentiu enjoos, sofreu com alguns problemas no início para acostumar com a gravidez e foi o Bruno quem quebrou os galhos, ajudava no que a gente precisava, falava com o pessoal da equipe sobre o que estava acontecendo. Nada mais justo do que escolhê-lo por essa grande participação que houve desde o começo", destacou.
Bem-humorado, Bruno já faz "projeções" para o futuro do afilhado. "Ele ainda não nasceu, mas já tem 1,05m e 8 kg, acho que em 2020 já consegue jogar a Olimpíada", brincou o atleta, que vai continuar ao lado do parceiro nos próximos meses, já que também acertou com o Sesi. "Essa temporada na Itália estreitou a nossa amizade e, quando tivemos a possibilidade de vir juntos pra cá, resolvemos embarcar. Em todos os clubes pelo qual passamos, ganhamos títulos e espero que aqui também seja assim", afirmou o levantador.
————-
Receba notícias de vôlei pelo WhatsApp
Quer receber notícias no seu celular sem pagar nada? 1) adicione este número à agenda do seu telefone: +55 11 96180-4145 (não esqueça do "+55″); 2) envie uma mensagem para este número por WhatsApp, escrevendo só: giba04
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.