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Levantador brilha e Canadá faz 3 a 0 diante de um apático Brasil

Carolina Canossa

15/06/2018 16h12

Canadá vem crescendo no cenário internacional nos últimos anos (Foto: Divulgação/FIVB)

Por Daniel Rodrigues

O placar foi bem distante do esperado. É fato que o Canadá vem crescendo bastante no cenário do voleibol, prova disso foi a medalha de bronze na última edição da Liga Mundial, mas o 3 a 0 diante do atual campeão olímpico, mesmo com parciais apertadas (25-22, 34-32 e 25-23), em jogo válido pela Liga das Nações, foi um resultado que deverá ser lembrado com gosto amargo durante algum tempo pela seleção brasileira masculina de vôlei.

Pelo lado canadense, não tem como deixar de destacar a excelente distribuição do levantador Tyler Sanders, que atuou com muita segurança e objetividade, colocando todos os seus atacantes para jogar. O oposto Gavin Schmitt e o ponteiro Nicholas Hoag foram decisivos (16 e 15 pontos, respectivamente), mas a participação efetiva dos centrais ludibriou a marcação do bloqueio do Brasil, liberando os demais atacantes para rodarem suas bolas sem grande dificuldade.

Em relação aos comandados de Renan Dal Zotto, pode-se dizer que os ponteiros deixaram muito a desejar no duelo desta sexta-feira (15). Mesmo com 10 pontos, Maurício Borges foi bastante ineficiente no ataque e vacilou por muitos momentos no passe. Douglas também teve extrema dificuldade em colocar bolas no chão, terminando a partida com somente quatro pontos, além da mesma instabilidade no passe, visto o ponto final, marcado por um ace em cima do jogador. Sem muita opção no banco, já que Lipe voltou ao Brasil com uma lesão no cotovelo, Renan chegou a testar o jovem Leonardo no decorrer da terceira parcial, sem grande sucesso.

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A falta de agressividade pelo lado brasileiro foi outro ponto a ser destacado negativamente. Tanto no segundo, como no terceiro set, a equipe verde e amarela chegou a ter vantagens confortáveis no placar, mas apresentou lampejos de desconcentração que permitiam ao time canadense a chegada no marcador, sem muito esforço.

O único ponto positivo, se é que podemos falar assim, foi a atuação do oposto Wallace (19 bolas no chão), que segue com extrema regularidade e por muitos momentos "fazendo milagre" no sexteto brasileiro. Porém, assim como na seleção feminina, a dependência do jogador também preocupa e pode prejudicar o time em confrontos posteriores, facilitando a marcação dos adversários.

Apesar da derrota em sets diretos, o cenário pode ser um teste interessante para ver como o Brasil irá reagir ao resultado, já que em menos de 24 horas entrará em quadra para enfrentar a forte seleção francesa. O jogo está programado para a manhã deste sábado (16), às 9h30 (horário de Brasília).

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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