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Evandro e Bruno batem favoritos noruegueses e disparam na corrida olímpica

Janaína Faustino

17/06/2019 13h12

Juntos desde fevereiro, Evandro e Bruno conquistaram a primeira medalha de ouro no Circuito Mundial (Fotos: Divulgação/FIVB)

Com a primeira medalha de ouro conquistada no Circuito Mundial de vôlei de praia neste domingo (16), na etapa quatro estrelas de Varsóvia, na Polônia, sobre os noruegueses Mol e Sorum por 2 sets a 1 (21-11, 17-21 e 12-15), a dupla brasileira Evandro e Bruno Schmidt conseguiu quebrar a invencibilidade de 23 jogos do time europeu, considerado o melhor do mundo na atualidade e que tinha vencido três de cinco etapas do Circuito neste ano.

Um ótimo resultado para a dupla, que iniciou a parceria em fevereiro deste ano. Os brasileiros já haviam subido ao pódio em Jinjiang, na China, mas ficaram com a prata ao perderem a final justamente para os nórdicos. Desta vez, no entanto, eles não vacilaram e venceram a partida de virada, terminando a etapa com 6 triunfos em 6 jogos. Contudo, apesar da vitória, Evandro mantém os pés no chão e afirma que o time ainda precisa evoluir bastante. Prova disso foi o desempenho apresentado logo na primeira parcial.

"Começamos a partida muito abaixo do que podemos apresentar, em um ritmo que não é o nosso. Estava errando muitos levantamentos e o Bruno teve dificuldades no ataque por conta disso. Tanto que foi um placar dilatado. No segundo set, nos encontramos, conseguimos encaixar o nosso jogo, o Bruno defendeu bolas importantes e nos conectamos com a partida. No tie-break, sacamos muito bem e isso fez a diferença. O Bruno conseguiu ter uma leitura boa dos ataques, abrimos uma vantagem e mantivemos até o final", destacou.

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"Fico feliz de sair com esse primeiro ouro da nossa dupla no Circuito Mundial, depois de termos chegado perto e perdido para eles lá na China, na final. Mas sabemos que temos muita coisa para evoluir como time, detalhes para ajustar. Não estamos querendo parar ninguém, estamos encontrando nossa cara, querendo jogar nosso voleibol e atuar melhor a cada torneio. Um passo de cada vez, fazendo as coisas de maneira simples e humilde", acrescentou.

Bruno ainda revelou que foi uma etapa de superação, já que ele teve problemas de saúde desde o início do torneio. "Foi uma competição muito importante. Não cheguei aqui em minhas melhores condições, tive problemas estomacais, precisei de tempo médico em três jogos nossos (incluindo na final), mas foi importante todo apoio que tive do Evandro nas horas difíceis. Especialmente no aspecto mental. Terminar com esse ouro é motivo de muita alegria", comentou.

Com o ouro, a dupla somou 800 pontos no ranking mundial, abrindo larga vantagem na corrida olímpica brasileira, que contabiliza pontos somente dos eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial.

Ágatha e Duda ficaram com o bronze em Varsóvia

Entre as mulheres, Ágatha e Duda conquistaram a segunda medalha seguida no Circuito Mundial. Depois de ganharem o ouro na etapa de Ostrava, na República Tcheca, superando Ana Patrícia e Rebecca, elas levaram o bronze em Varsóvia, derrotando as também compatriotas Carolina Solberg e Maria Elisa por 2 a 0 (23-21 e 21-16).

"Contra duplas brasileiras, precisamos fazer algo diferente, pois os times se conhecem muito bem. Duda sacou muito e eu estava bem no ataque, na nossa virada de bola. Agora vamos ter uma semana em casa para descansar, treinar e voltarmos ainda mais fortes para a Copa do Mundo", sublinhou Ágatha.

O resultado também fez com que elas se aproximassem da primeira colocação na corrida olímpica. Ana Patrícia e Rebecca, que foram eliminadas nas quartas pelas australianas Artacho e Clancy, seguem na liderança com 3.040 pontos, mas a dupla aparece logo em seguida, com 2.880.

"Estou muito feliz, pois esse bronze é muito importante para nosso time na corrida olímpica para os Jogos de Tóquio. É uma competição muito acirrada entre os times brasileiros para se classificar aos Jogos, então são pontos preciosos", completou Duda.

A terceira posição agora é de Carol Solberg e Maria Elisa, que chegaram aos 2.160 pontos, ultrapassando Talita e Taiana, que aparecem na sequência, com 2.080. Fernanda Berti e Bárbara Seixas não disputaram a etapa de Varsóvia em função da lesão na mão da qual Bárbara se recupera. A dupla soma 1.520 pontos.

A partir do dia 28 deste mês, as duplas brasileiras disputam a Copa do Mundo, em Hamburgo, na Alemanha. Segunda mais relevante competição da modalidade, perdendo em importância apenas para os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo é realizada a cada dois anos.

Veja como está a corrida olímpica brasileira para o vôlei de praia em Tóquio 2020:

FEMININO

Ana Patrícia/Rebecca – 3.040 pontos
Ágatha/Duda – 2.880 pontos
Carol Solberg/Maria Elisa – 2.160 pontos
Talita/Taiana – 2.080 pontos
Fernanda Berti/Bárbara Seixas – 1.520 pontos

MASCULINO

Evandro/Bruno Schmidt – 3.080 pontos
Alison/Álvaro Filho e Pedro Solberg/Vitor Felipe – 2.080 pontos
André Stein/George – 1.840 pontos
Guto/Saymon – 960 pontos

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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