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"Amarrado" com a Globo, vôlei busca se adaptar às mudanças nas transmissões

Carolina Canossa

18/10/2018 06h00

D'Ávila: meta é que 100% dos jogos sejam transmitidos nos próximos anos (Foto: Gaspar Nóbrega e Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Adaptação. Esta é a palavra de ordem na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) no que se refere a transmissões de partidas da Superliga, cuja 25ª edição começa no próximo dia 24 de outubro. Em um mercado com cada vez mais possibilidades, em especial através do streaming em redes sociais, a entidade busca se adequar na medida do que o contrato em vigência com as Organizações Globo permite.

Para a temporada que se inicia, serão três frentes de transmissão das 310 partidas a serem disputadas: SporTv, com 110, Facebook através da NSports com 52 duelos e o novo parceiro em televisão aberta, a TV Gazeta, com mais 30 jogos (somente a partir de dezembro). Sendo assim, o público poderá ver 62% dos confrontos, índice que pode aumentar nas próximas semanas, segundo Renato D'Ávila, superintendente de competições de quadra da CBV.

"A Globo.com demonstrou interesse, mas ainda sem especificar quantidade. E os clubes continuam tendo o direito de produzir seus jogos, desde que sejam dentro da plataforma online da CBV e com um controle de qualidade", comentou o dirigente, ressaltando este ponto. "Não dá para fazer uma transmissão pelo celular", observou.

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De acordo com D'Ávila, a meta é que, nos próximos anos, todas as partidas da Superliga tenham algum tipo de transmissão. Ele próprio, porém, admite que para isso acontecer será preciso renegociar alguns pontos do acordo com a Globo, o que só vai acontecer após a Olimpíada de Tóquio, quando termina o atual contrato de transmissão com a emissora.

"Nosso plano atual é o de conseguir mostrar todos os jogos, seja em que plataforma for. Ainda temos amarrações contratuais, que vencem só daqui a dois anos, mas é uma coisa que está na nossa mira", afirmou o superintendente, que descartou qualquer ruptura antes. "Existe uma certa mudança de entendimento com relação ao mercado de transmissões a qual estamos atentos e vamos acompanhar na medida do possível. Mas não vamos descumprir contratos assinados", avisou.

A parceria entre Globo e CBV é longa e abrange todas as edições da Superliga já realizadas. No entanto, cada vez mais o trato tem se restringido a um mercado de nicho: este ano, por exemplo, para que a final voltasse a ser disputada numa série de melhor-de-cinco partidas foi necessário abrir mão da transmissão da decisão pela Globo, que não tinha espaço em sua programação para tantos jogos de vôlei. O canal fechado SporTv, então, vai se encarregar de todos estes duelos.

Questionado se o vôlei pretende se inspirar no Novo Basquete Brasil (NBB), que a partir deste ano optou por um modelo com quatro emissoras e duas redes sociais, sem envolver mais a Globo, D'Ávila respondeu que "não necessariamente". "A gente observa o mercado: o futebol, o basquete daqui, outras modalidades de fora do país… Estamos sempre atentos às mudanças e, dentro do trilho que foi traçado lá atrás, faremos as adequações", afirmou.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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