Foi durante a viagem de volta da China, onde o Brasil conquistou a quarta colocação na Liga das Nações, que José Roberto Guimarães foi informado da decisão de Jaqueline não defender mais a seleção brasileira. Procurado pela atleta durante uma conexão, o treinador do time nacional lamentou a perda de uma das peças mais importantes com a qual contou nos últimos anos, mas diz entender a opção dela.

"Quando as jogadoras entram nessa faixa de idade, já tem filhos ou família, caso da Fernanda Garay, da Fabiana, da Sheilla, é inevitável isso acontecer porque elas dedicaram uma vida à seleção", comentou Zé Roberto, em entrevista ao Saída de Rede. "Em um determinado momento, elas também têm que pensar na vida pessoal. Sinto porque a Jaque sempre somou muito à seleção, é uma jogadora excepcional, uma ponteira como poucas no mundo", complementou.

Ao todo, foram 18 anos de dedicação à seleção brasileira, 15 deles sob o comando de Zé Roberto. Juntos, os dois acumularam dois ouros olímpicos neste período, além de cinco títulos do Grand Prix, uma Copa dos Campeões, três medalhas em Mundiais (prata em 2006 e 2010 e bronze em 2014) e duas em Jogos Pan-Americanos (ouro em Guadalajara 2011 e prata em Toronto 2015).

"Só tenho a agradecer pelo o que passamos juntos, tanto na seleção como no clube. O Brasil também tem muito que agradecê-la pela sua dedicação. A Jaque colaborou excepcionalmente com a seleção durante todo esse tempo, não só pelo time adulto, mas pela base também. Foi uma jogadora diferenciada e teve participação direta nas medalhas que ganhamos", afirmou o treinador.

Agora sem Jaqueline, que chegou a ser testada como líbero na atual temporada de seleções, o treinador trabalha para preparar a seleção para o próximo Campeonato Mundial, programada para entre 29 de setembro e 20 de outubro no Japão. Uma medalha de ouro na ocasião significaria um título inédito para o vôlei brasileiro.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede