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Brasil atropela a China e conhece o rival na semifinal da Liga das Nações

Carolina Canossa

29/06/2018 12h00

As brasileiras entraram em quadra e não se intimidaram perante à fanática torcida local (Crédito: Divulgação/FIVB)

 

Por Daniel Rodrigues

Realmente os dias de treinamento no Japão foram providenciais à seleção brasileira. O belo trabalho técnico e tático feito por José Roberto Guimarães merece ser destacado, pois as jogadoras e a equipe verde e amarela demonstram estar em um nível superior em relação à fase classificatória. Prova disso foi a atuação indiscutível que o Brasil apresentou na manhã desta sexta-feira (29), ao vencer a China, anfitriã da fase final da Liga das Nações, por 3 sets a 0 e parciais de 25-20, 25-22 e 25-22.

Mesmo já classificadas para a semifinal da competição, as brasileiras entraram em quadra e não se intimidaram perante à fanática torcida local. Com um sistema defensivo muito bem organizado, o Brasil conseguiu, pouco a pouco, minar as principais jogadas da equipe asiática, e anular a craque Ting Zhu, que terminou o jogo com somente 13 bolas no chão, pontuação bastante abaixo do que a atleta costuma protagonizar em suas apresentações. Nos ataques, ela marcou 12 pontos em 29 tentativas, com um aproveitamento de 41,3%.

Diante desta situação, restou à técnica Lang Ping mexer em sua equipe. Foram utilizadas no decorrer da partida a promissora Li (18 anos), a canhotinha Zeng, a central Hu e a levantadora Diao, mas o time brasileiro parecia ter estudado todas essas alternativas, que não surtiram efeito e impediram às atuais campeãs olímpicas de crescerem na partida.

Pelo lado brasileiro, o passe que começou instável, foi se ajustando durante o confronto e as jogadoras foram ganhando confiança através do bloqueio, que pontuava ou amortecia bolas. A líbero Suelen "varreu a quadra" e foi responsável por muitas defesas, possibilitando contra-ataques agressivos.

A oposto Tandara atuou com segurança e foi uma válvula de escape em alguns momentos onde a seleção parecia começar a se complicar. Eficiente nos ataques, a jogadora, que irá atuar em terras chinesas na temporada de clubes, foi a maior pontuadora do duelo, com 19 bolas no chão.

As centrais brasileiras também tiveram participação fundamental no triunfo desta manhã, bem como a ponteira Amanda e a levantadora Roberta, mas a maturidade e liderança da ponteira Gabi merece ser ressaltada. Novamente atuando a partida toda, a jogadora vem crescendo a cada desafio, sempre passando tranquilidade e segurança quando exigida. Fisicamente mais à vontade, a mineira parece estar 100% recuperada da cirurgia no joelho e é um dos trunfos do Brasil para os próximos compromissos.

A oscilação no final da terceira parcial precisa ser lembrada, quando as comandadas de Zé Roberto deixaram a China crescer e se aproximar do marcador (23-22), mas o que fica de positivo da situação foi o "sangue frio" para retomar o controle e liquidar o jogo em sets diretos.

Líder do Grupo A com duas vitórias, o Brasil irá enfrentar a Turquia na semifinal do torneio. A jovem seleção europeia garantiu sua vaga após a derrota das sérvias para a seleção norte-americana, por 3 sets a 0 (29-27, 25-22 e 25-19).

Brasileiras e turcas abrem a fase semifinal da Liga das Nações na madrugada deste sábado, às 4h (Brasília), e o outro finalista sairá do confronto entre as donas da casa e os Estados Unidos, programado para às 8h45.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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