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Mais maduro, Brasil estreia na fase final da LNV de olho no Mundial

Carolina Canossa

27/06/2018 19h01

Capitã da equipe, a levantadora Roberta fala em amadurecimento do grupo (Créditos: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBV)

De volta à cidade chinesa de Nanjing menos de um ano depois após conquistar a edição 2017 do Grand Prix, a seleção brasileira feminina de vôlei luta para seguir no ponto mais alto do pódio, desta vez na recém-criada Liga das Nações. O time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães estreia no grupo A da fase final da disputa nesta quinta (28), às 8h15 (horário de Brasília) e na sexta (29) encara a China às 9h30 – os dois melhores da chave se classificam para a semi.

Capitã da equipe na ausência de Natália, machucada, a levantadora Roberta fala em amadurecimento do grupo nos meses que se passaram desde então. "Vejo muito crescimento, muito amadurecimento. No ano passado, foi tudo muito novo para as meninas e até mesmo para mim. Era uma experiência nova, onde estávamos tentando buscar o nosso espaço, a nossa imagem no cenário internacional e na própria seleção. Já esse ano o time está mais concreto em busca de seus objetivos", comentou a jogadora ao Saída de Rede.

Ela assegura que os altos e baixos apresentados ao longo do torneio aliados a problemas físicos enfrentados por diversas jogadoras, como Drussyla, dão um combustível a mais para a seleção na disputa pela taça. "Houve uma quantidade grande de erros em algumas etapas, mas estamos buscando diminuir isso, assim como algumas fases ruins com algumas meninas machucando e outras tendo que ser poupadas. Fico feliz que o grupo está se fazendo um time. Essa é a diferença e buscamos o nosso melhor a cada momento. A equipe cresceu muito nessas seis semanas, evoluiu dentro de quadra e chega bem para essa fase final, onde esperamos fazer melhor", destacou.

Uma das jogadoras mais experientes da equipe que está na China é Jaqueline, que não participou da campanha de 2017 e foi chamada agora para substituir Drussyla como ponteira. Na visão dela, atletas que já participaram do ciclo olímpico anterior com menos destaque, como Tandara e Adenízia, são fundamentais na nova fase da seleção. "As remanescentes do ciclo anterior já estão começando a ter uma certa bagagem e esse ano vem evoluindo muito", elogiou.

MUNDIAL

Conquistar a Liga das Nações seria, sem dúvida, importante para a seleção brasileira feminina, mas, independente do resultado na China, as jogadoras não esquecem que o grande objetivo da temporada está no Campeonato Mundial, que será disputado entre 29 de setembro e 20 de outubro no Japão. Isso, porém, não significa que as brasileiras estejam "escondendo" o jogo para o torneio do segundo semestre.

Jaque: "O que está sendo treinado é pensando no Mundial" (Créditos: William Lucas/Inovafoto/CBV)

"Infelizmente houve algumas baixas, jogadoras que estão voltando à ativa agora, mas não dá para esconder jogo. O que está sendo treinado é pensando no Mundial. Cada um está fazendo o seu trabalho com o objetivo maior que é o Mundial, o campeonato mais importante depois das Olimpíadas. Quem tem a oportunidade, está mostrando o seu máximo para chegar em setembro e outubro no auge e conquistar esse grande título que falta para a seleção feminina", afirmou Jaque.

Roberta, para quem é mais importante estar entrosada, concorda: "Não sei se o pensamento agora é esconder o jogo, pois estamos buscando um time homogêneo para o Mundial. Algumas peças ainda serão adicionadas e muitas coisas podem mudar. Tudo é questão de detalhe. Se a gente estiver mostrando muito o jogo, não vejo isso como uma coisa ruim", afirmou.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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