Minas afunda e Vôlei Nestlé se recupera pressionando o passe do Praia
Carolina Canossa
26/03/2018 23h48
Sesc está a apenas uma vitória de sua 14ª final seguida de Superliga feminina (Foto: Alaor Filho / Sesc RJ)
Vítimas de viradas incríveis na primeira rodada da semifinais da Superliga feminina de vôlei, Vôlei Nestlé e Camponesa/Minas reagiram de forma antagônica ao resultado negativo: enquanto as paulistas fizeram uma ótima apresentação nesta segunda-feira (26) para bater o Dentil/Praia Clube por 3 sets a 1 (25-17, 25-23, 20-25 e 25-14), a equipe de Belo Horizonte teve uma atuação horrenda diante do Sesc-RJ e acabou derrotada por 25-16, 25-21 e 25-14.
Embalado pelo apoio dos quatro mil torcedores que lotaram o ginásio José Liberatti, em Osasco, o Vôlei Nestlé conseguiu explorar bem a principal vulnerabilidade do Praia nesta Superliga, o passe. Sem boas condições para armar os ataques e explorar a força das centrais Fabiana e Walewska, a levantadora Claudinha ainda viu aquela que deveria ser seu principal desafogo, a oposta Nicole Fawcett ter uma noite complicada, somando apenas oito pontos – para efeito de comparação, Tandara, oposta do time da casa, marcou 23.
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Somente quando o serviço de Osasco caiu um pouco, na terceira parcial, é que o Praia teve alguma esperança. A equipe mineira, porém, não contava com as boas atuações de duas reservas rivais, a levantadora Carol Albuquerque e a central Nati Martins. Destaque ainda para as ponteiras Angela Leyva e Mari Paraíba, que, com sucesso, apostaram na técnica para superar o bloqueio adversário e terminaram o confronto com, respectivamente, 13 e 11 pontos.
A vitória fará com que o Vôlei Nestlé chegue com moral para o duelo de sexta-feira (30) em Uberlândia, o terceiro melhor da série melhor-de-cinco que decide um dos finalistas da competição – vale lembrar que no primeiro jogo, o grupo comandado por Luizomar de Moura esteve muito perto da vitória, com 7 a 3 no tie-break, mas permitiu a recuperação do Praia.
Minas é atropelado
"Nossa pior partida na temporada". Foi assim, de forma direta, que a capitã Carol Gattaz definiu para o "SporTv" a atuação do Minas esta noite na Jeunesse Arena. E a central não está exagerando: o jogo contra o Sesc-RJ só não é daqueles classificados como "para esquecer" porque pode ser usado pelo técnico Stefano Lavarini com um exemplo do que não deve ser feito.
Exceção feita à atuação de Destinee Hooker no primeiro set, o desempenho das campeãs sul-americanas foi horrível. Saques errados, recepção quebrada, contra-ataques desperdiçados, pontos tomados por desatenção na defesa… absolutamente nada funcionou na noite desta segunda-feira. Jogando no sacrifício devido a uma tendinite patelar no joelho esquerdo, Carol Gattaz conseguiu sete pontos, mas foi pouco para evitar o prejuízo.
A entrada de Pri Daroit no lugar de uma inofensiva e ineficiente Rosamaria, que saiu zerada de quadra, até deu alguma sobrevida às visitantes, mas os únicos momentos em que o confronto ficou minimamente equilibrado foi quando o Sesc errou em excesso. Na verdade, o time carioca precisou fazer apenas o "feijão com arroz" para abrir uma vantagem importante na série. Agora, basta uma vitória no sábado (31), às 15 horas, quando as equipes voltam a se enfrentar no Rio, para o Sesc chegar à decisão da Superliga pela 14ª temporada seguida.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.