Clubes mantêm ranking na Superliga feminina; Tifanny vira sete pontos
Carolina Canossa
06/03/2018 18h59
Protagonista de uma grande polêmica nesta Superliga, Tifanny entrou no grupo de elite do vôlei brasileiro (Foto: Marcelo Ferrazoli/Volei Bauru)
Em reunião realizada nesta terça-feira (6) em São Paulo, os clubes que participarão da próxima edição da Superliga feminina decidiram manter o polêmico ranking que impede um time de contratar qualquer jogadora com a qual fechou um acordo. No masculino, depois de 26 anos, a decisão foi de acabar com qualquer limitação.
O Saída de Rede apurou que a proposta pelo fim do ranking teve apenas três dos 11 votos possíveis: Dentil/Praia Clube, Hinode Barueri e Comissão dos Atletas. Desta forma, segue valendo a mesma regra que vigora na atual temporada: cada equipe só pode contar com duas atletas classificadas como "sete pontos", máxima avaliação técnica possível. As demais jogadoras não são categorizadas e podem fechar com a equipe que desejar. Há uma tendência, porém, para que na temporada 2019/2020 sejam liberadas três atletas de "elite" por time.
Seguem valendo sete pontos a levantadora Dani Lins, as centrais Fabiana e Thaisa, as ponteiras Fernanda Garay, Gabriela Guimarães e Natália e a oposto/ponteira Tandara. A ponteira Jaqueline e a oposto Sheilla (que sequer atua desde a Olimpíada do Rio, em agosto de 2016) deixaram este grupo de elite, que passou também a contar com a oposto Tifannny, transexual quem vem causando grande polêmica na competição.
Cada equipe também só poderá contar com duas estrangeiras inscritas.
Participaram da reunião representantes dos dez primeiros colocados da fase de classificação da atual Superliga: Dentil/Praia Clube (MG), Sesc RJ, Camponesa/Minas (MG), Vôlei Nestlé (SP), Hinode Barueri (SP), Fluminense (RJ), E. C. Pinheiros (SP), Vôlei Bauru (SP), São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP) e BRB/Brasília Vôlei (DF) – o penúltimo colocado Valinhos e o lanterna Sesi (que se unirá a Bauru ao término desta Superliga) não foram chamados porque, devido à campanha ruim, foram "rebaixados" para a Superliga B. Presidente da comissão dos atletas, o ex-jogador André Heller também teve direito à voto.
Os representantes da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) (que fazem propostas, mas não opinam nesta questão) foram Renato D´Ávila, superintendente de Competições de Quadra, e Cilda D´Angelis, gerente da mesma unidade. Sheilla também esteve presente, mas como convidada.
A regra sobre o ranking da Superliga masculina 18/19 será oficialmente divulgada após a reunião que acontecerá no dia 20 de março, também em São Paulo (SP).
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*Atualizado às 8h15 de 07/03
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.