O troféu que faltava à galeria do Zenit Kazan foi conquistado neste domingo, em Cracóvia (Polônia). Nove vezes campeão da liga russa e cinco da Liga dos Campeões, o melhor time do mundo conquistou o Campeonato Mundial masculino de Clubes 2017 com uma vitória por 3 sets a 0 sobre o Lube Civitanova (27-25, 25-22, 25-22). O destaque dos campeões foi o ponteiro Wilfredo León, com 19 pontos no total e 65% de aproveitamento no ataque.

Em cinco partidas na competição, o representante da Rússia não perdeu nenhum set, o que demonstrou a superioridade do Zenit não apenas no torneio, mas também no cenário internacional.

O Civitanova, que também chegou invicto à decisão, lutou o quanto pôde, chegou a fazer frente no placar em algum momento de cada uma das parciais, mas não conseguiu evitar que o lado azul comemorasse no fim.

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Na primeira etapa da partida, os dois lados desenvolveram um duelo que pode ser resumido nestes termos: enquanto Osmany Juantorena, sacando e atacando com eficiência, marcou nada menos que dez pontos na parcial(!) e manteve o Lube Civitanova sempre próximo no marcador, o Zenit, mesmo sem muita eficiência dos atacantes das extremidades – Mikhaylov, León e Anderson –, contou com 11 erros dos rivais para abrir o placar. Considere-se também que, na hora H, Juantorena teve contra-ataque para fechar o set, mas parou no bloqueio russo.

Quando o Civitanova melhorou no saque, especialmente a partir de uma sequência do oposto Tsvetan Sokolov, ficou claro que Zenit Kazan precisava responder ao crescimento do adversário, e foi o que ocorreu. Exigido no passe, o ponta León assumiu a liderança técnica da equipe, mostrou-se a opção mais sólida no ataque e elevou-se no bloqueio. Na reta final do set, Matt Anderson, discreto até então, virou bolas importantes e sacramentou a virada do sexteto russo no segundo set.

Mesmo com o placar largamente adverso, o Civitanova recusava-se a entregar o jogo. No terceiro set, o time aproveitou certa instabilidade no Zenit no passe e no ataque para liderar a parcial até depois do segundo tempo técnico. Contudo, numa infeliz sequência de erros dos italianos – dois ataques para fora e um toque do bloqueador na rede –, o Zenit Kazan passou à frente e não foi mais alcançado.

Bronze cruzeirense
Num jogo sem muito brilho e, sobretudo, de um time só, o Sada Cruzeiro atropelou o PGE Skra Belchatow com uma vitória por 3 sets a 0 (25-19, 25-18, 25-13) e ficou com a terceira posição no Mundial de Clubes 2017.

Jogando com algum desinteresse, os dois times cometeram juntos nada menos que 41 erros na soma dos três sets – 21 erros dos brasileiros contra 20 dos vice-líderes da PlusLiga.

Prevaleceu, com sobras, o ataque cruzeirense, que obteve aproveitamento de 68,6% e produziu 46 pontos em face de apenas 25 dos poloneses. Leal e Evandro marcaram, cada um, 12 pontos nesse quesito, mas deve ser ressaltado o excelente percentual do oposto, que pontuou em 75% das cortadas que efetuou.

Cruzeirenses na seleção do torneio e Juantorena MVP
Após a final, a FIVB anunciou as premiações individuais do campeonato. O Sada Cruzeiro foi representado no time ideal da competição pelo ponta Leal e o central Simón. Já o ponteiro Osmany Juantorena, que não figura em posição alguma na seleção do torneio, mas foi o maior anotador da decisão, com 22 acertos, ganhou o prêmio de MVP.

Veja a seleção do campeonato mundial masculino de clubes 2017:

Levantador: Alexander Butko (Zenit Kazan)
Ponteiros: Yoandy Leal (Sada Cruzeiro) e Wilfredo León (Zenit Kazan)
Centrais: Robertlandy Simón (Sada Cruzeiro) e Alexey Samoylenko (Zenit Kazan)
Oposto: Tsvetan Sokolov (Lube Civitanova)
Líbero: Jenia Grebennikov (Lube Civitanova)
MVP: Osmany Juantorena (Lube Civitanova)