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Sesc supera Minas e leva Supercopa mais uma vez

João Batista Junior

14/10/2017 00h07

Cariocas são tricampeãs da Supercopa (fotos: Jarbas Oliveira/MPIX/CBV)

No duelo entre as campeãs estaduais do Rio e de Minas, o Sesc levantou o primeiro troféu em nível nacional da temporada 2017/2018 do vôlei feminino brasileiro. Na noite desta sexta-feira, em Fortaleza, as vencedoras das últimas cinco Superligas bateram o Camponesa/Minas por 3 sets a 2 (21-25, 25-22, 25-19, 19-25, 15-10) e chegaram ao tricampeonato da Supercopa. Foi a primeira vez que a partida a taça foi definida em cinco sets – antes, o Rio vencera o Pinheiros, em 2015, por 3-0, e o Praia, ano passado, por 3-1.

Desfalcado de ponta Gabi, que operou o joelho e só deve voltar no returno do nacional, o Sesc começou a partida com a líbero Fabi, a levantadora Roberta, a oposta Monique, as centrais Vivian e Mayhara, as pontas Drussyla e Gabi Souza, que atuou como líbero pela seleção este ano – Juciely, que também passou por cirurgia e está voltando aos poucos, só entrou em quadra a partir da reta final do segundo set.

Pelo lado do Minas, o desfalque ficou por conta da norte-americana Destinee Hooker, que ainda não se apresentou à equipe nesta temporada. Assim, o time atuou Macris no levantamento, Mara e Carol Gattaz no meio de rede, Léia como líbero, Pri Daroit na ponta e Rosamaria, que começou na saída de rede e depois foi para a entrada, e Karol Tormena, que trocou de posição com Rosamaria no decorrer do jogo.

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Como em todo início de temporada que se preze, o jogo apresentou, aqui e ali, falhas ainda creditadas na conta do desentrosamento e do estágio de preparação física, oscilações características do período e, nessa esteira, certo grau de imprevisibilidade.

O Sesc pulou à frente no primeiro set, mas o Minas, quando ajustou a virada de bola, passou à frente e venceu. Na etapa seguinte, a equipe de Belo Horizonte comandou o marcador por um longo período, até que Rosamaria, sobrecarregada e bem marcada, passou a errar no ataque, e as cariocas igualaram o marcador em 1 a 1.

Com a queda de rendimento de Rosamaria no ataque, o técnico italiano Stefano Lavarini deslocou a atacante para a entrada de rede, integrando a linha de passe, e pôs Karol Tormena na saída. Na armação de jogadas, Macris deu lugar a Karine. As mudanças, contudo, não deram certo de imediato.

Rosamaria na saída de rede: mudança de posição durante o jogo

Aproveitando-se da recepção ruim do lado mineiro e com um bloqueio mais efetivo – muito graças à entrada de Juciely a partir dos pontos finais do segundo set –, o Sesc pegou carona na eficiência das cortadas de Monique e disparou no placar do terceiro set.

Quando parecia que o jogo estava à feição das cariocas, o quarto set mostrou um time com dificuldade para atacar pela entrada de rede, com Drussyla e Gabi Souza. O Minas, então, cresceu no bloqueio, capitalizou as falhas do Sesc na virada de bola e abriu boa margem no placar, levando o jogo para o set desempate.

No tie break, a partida ganhou emoção. As equipes mostraram mais volume de jogo e prevaleceu o bloqueio mais pesado do Sesc, que soube parar um ataque que jogava com pouca velocidade.

Sesc e Camponesa/Minas estreiam na Superliga na próxima terça-feira (17). As mineiras recebem o São Cristóvão Saúde/São Caetano às 20h (horário de Brasília), e as cariocas, com transmissão ao vivo pelo SporTV, às 21h30, visitam o Sesi, em Santo André.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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