Incentivar crianças a praticarem esporte é importante, mas infelizmente acontece menos do que gostaríamos no Brasil. No caso das modalidades paralímpicas então, este estímulo é ainda mais tímido. Daí a importância de ações como a do Vôlei Nestlé, que no último sábado (16) fez um jogo-exibição contra a seleção brasileira de vôlei sentado na abertura da Copa Nescau Jovem Pan, competição estudantil que reúne 5 mil atletas de 10 a 14 anos.

No confronto o resultado era o que menos importava, já que o objetivo era chamar a atenção para a inclusão por meio do esporte. Sendo assim, as atletas se misturaram para a disputa de um set. Em um duelo emocionante, a equipe comandada por Spencer Lee, assistente técnico do Vôlei Nestlé e da seleção paraolímpica, bateu o combinado de José Guedes, treinador da equipe nacional, por 16-14.

"Essa é uma iniciativa muito bonita e importante para todos. Para as atletas, pela oportunidade dessa troca de experiência, e para o público, que conhece uma modalidade paralímpica e passa a entender a importância da inclusão pelo esporte", comentou Lee.

A líbero Tássia observou que, mesmo para profissionais, o desafio de jogar vôlei sentado é grande: "Realmente não é fácil. Você tem que treinar muito e elas (as jogadoras da seleção paraolímpica) têm até uma facilidade de deslocamento, de fazer o movimento certinho. Mas foi legal, uma oportunidade de saber como é a vida delas e um aprendizado também para nossa vida".

Atleta da seleção do Brasil medalha de bronze na Paralimpíada Rio 2016, Nurya de Almeida destacou a importância de ações do tipo: "Foi bem marcante a participação delas, pois dá uma visão diferenciada para o esporte. Tenho certeza que isso vai chamar bem mais gente pra participar não só do vôlei, mas de outras modalidades paralímpicas".