Ainda no começo de preparação, naquela que foi apenas sua terceira partida do ano, a seleção de vôlei masculino do Brasil encaixou o saque, o que facilitou as ações do bloqueio e da defesa, passando pela Itália por 3-1 (25-15, 17-25, 25-23, 25-22). O confronto, que foi intenso, mas teve baixo nível técnico, encerrou a primeira semana da equipe do técnico Renan Dal Zotto na Liga Mundial 2017. Jogando em Pesaro, Itália, os brasileiros haviam perdido por 2-3 para a Polônia e vencido o Irã por 3-1. O Brasil já está classificado para as finais, como país-sede, pois a disputa será na Arena da Baixada, em Curitiba, de 4 a 8 de julho.

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A partida deste domingo (4) foi o primeiro reencontro entre as seleções masculinas de Brasil e Itália após a final olímpica em agosto passado, quando os brasileiros conquistaram o tricampeonato olímpico. Se os brasileiros estavam sem o oposto Wallace e o ponteiro Lipe, duas peças fundamentais na Rio 2016 e que retornarão ao time na terceira semana da Liga Mundial, os italianos também estavam sem duas peças-chave. O ponteiro Osmany Juantorena pediu ao técnico Gianlorenzo Blengini para descansar esta temporada e foi atendido. O mesmo com o ponta/oposto Ivan Zaytsev em relação à Liga Mundial – ele volta para a disputa do Campeonato Europeu, na Polônia, no final de agosto.

O oposto Evandro rendeu menos contra os italianos do que nos jogos contra poloneses e iranianos, mas mesmo assim deixou a quadra como principal pontuador, desta vez empatado com o italiano Luca Vettori, também oposto, com 19 pontos. O ponta Maurício Borges mais uma vez foi figura importante na linha de passe da seleção, destacando-se nessas três primeiras partidas. Pela Itália, chamou a atenção o bom desempenho de Vettori, do ponta Filippo Lanza e do levantador Simone Giannelli, ainda que este último tenha se precipitado em alguns momentos importantes do terceiro set.

O ponteiro Lucarelli, que teve atuações discretas nos dois primeiros jogos, foi essencial para a vitória. Sua sequência de saques na reta final do terceiro set selou a vitória brasileira na parcial, colocando o time na frente.

O levantador Bruno Rezende, que havia tido atuações abaixo da média nas duas primeiras partidas, foi mais preciso diante dos italianos, fazendo também uma distribuição equilibrada.

O técnico Renan Dal Zotto começou o jogo com Bruno, Evandro, os pontas Maurício Borges e Lucarelli, os centrais Maurício Souza e Éder, e fez um revezamento entre os líberos, com Thales no passe e Tiago Brendle na virada de bola dos italianos.

Alguns aspectos ficaram evidentes neste começo de jornada. O bloqueio brasileiro, ainda que tenha funcionado bem, precisa ajustar a marcação do oposto adversário, ou seja, há que se melhorar a sintonia entre os ponteiros e os centrais nesse ponto. Outro problema é que, mesmo quando o passe é A (excelente), a seleção do Brasil tem demonstrado menos eficiência do que o usual na virada de bola. A exemplo do que fez na análise da partida de sábado (3), o SdR ressalta o efeito da periodização sobre o desempenho da equipe, focada na parte física, com treinos de musculação mais pesados na etapa inicial de preparação.

A primeira semana, com duas vitórias por 3-1 e uma derrota em cinco sets, dá ânimo ao técnico Renan Dal Zotto e sua comissão, que estão começando um trabalho rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

O Brasil segue para Varna, na Bulgária, onde sexta-feira (9), sábado e domingo enfrenta, respectivamente, o ascendente Canadá, a embalada Polônia e o time da casa.