Russas e italianas se classificam para o Mundial. Já as holandesas...
João Batista Junior
04/06/2017 21h19
Quarta colocada nas Olimpíadas do Rio 2016, a seleção feminina da Holanda perdeu a chance de já garantir vaga no Mundial feminino do Japão do ano que vem. O time laranja foi batido pelo Azerbaijão, sábado, em Baku, por 3 sets a 0 (30-28, 25-22, 25-13) e terá de disputar a repescagem, em agosto, valendo duas vagas para o campeonato. Melhor para as azeris.
Com vitórias por 3-0 sobre Noruega, Ucrânia, Dinamarca, Israel e Holanda, o Azerbaijão, da oposta Polina Rahimova, venceu o hexagonal em casa e carimbou o passaporte para seu quarto mundial como nação independente, o segundo consecutivo.
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Rahimova anotou nada menos que 100 pontos no torneio e terminou como segunda melhor jogadora na média de pontos dessa fase das eliminatórias, 7,14 pontos por set, inferior apenas a Tijana Boskovic, da Sérvia, com 7,45, que jogou na semana passada.
Do lado holandês, que teve Lonneke Slöetjes com apenas 11 pontos e 35% de aproveitamento no jogo decisivo e Anne Buijs, campeã da Superliga deste ano, com seis acertos e pontuando 31% das cortadas efetuadas, a frustração em Baku marcou a primeira competição do norte-americano Jamie Morrison no comando da equipe. Ele substitui o italiano Giovanni Guidetti, que classificou a Turquia neste domingo.
Depois de suar o uniforme para vencer a Bulgária, no sábado, por 3 a 2 (23-25, 25-23, 25-23, 13-25, 15-13), a Turquia entrou em quadra neste domingo, em Sofia, precisando de apenas uma vitória por qualquer placar contra a fraca seleção de Montenegro, e aplicou um 3-0.
Enquanto as turcas irão ao quarto mundial em sequência, as búlgaras vão disputar a repescagem. As duas seleções foram rivais de Brasil e Sérvia na primeira fase do Mundial da Itália 2014.
Outras das duas seleções qualificadas são as únicas europeias com título mundial no feminino: Rússia e Itália.
Com sete conquistas em mundiais – cinco no período soviético, dois nos tempos de Gamova –, a Rússia venceu o hexagonal da Croácia com 100% de aproveitamento e se qualificou para o Japão 2018.
Dada a fragilidade dos times rivais (Croácia, Grécia, Geórgia, Hungria e Áustria), tanto a oposta Nataliya Goncharova como a ponteira Tatiana Kosheleva, principais jogadoras da Rússia na atualidade, pouco atuaram no time titular.
Mesmo entrando quase sempre apenas no decorrer dos jogos, Goncharova foi a maior anotadora russa no torneio, com 59 acertos, e ficou no top-10 das atacantes mais eficientes dessa fase das eliminatórias, com 58% de aproveitamento nas cortadas.
A decepção foi a Croácia, da oposta Samanta Fabris, que ficou apenas na quarta posição e não vai, sequer, à repescagem – quem vai é a Grécia, da ponta Eva Chantava, que atuou pelo Fluminense na última Superliga.
Já a Itália, com um time bastante renovado, cumpriu seu papel com louvor. Sem perder nenhum set, a seleção campeã mundial em 2002 bateu Bósnia Herzegovina, Bielorrússia, Espanha, Letônia e a anfitriã Bélgica. Paola Eguno, pela saída de rede, foi a líder do time em pontos, com 65 anotações no total dos cinco jogos.
As belgas, segundas colocadas, ainda terão uma chance de jogar o mundial, através da repescagem.
Três pontos positivos e três negativos do começo de temporada da seleção feminina
A outra seleção europeia classificada foi a Alemanha, que enfrentou equipes de pouca expressão no voleibol feminino – Eslovênia, Portugal, Estônia, Finlândia e França – e garantiu participação no sétimo mundial consecutivo.
Com os resultados deste fim de semana, são oito os classificados para o Campeonato Mundial feminino de 2018: Japão (país sede), EUA (atual campeão), Sérvia, Rússia, Itália, Turquia, Azerbaijão e Alemanha. Ainda há mais duas vagas disponíveis para a Europa, que serão disputadas por Holanda, Bulgária, Grécia, Eslovênia, Bélgica e Rep. Tcheca, entre os dias 22 e 27 de agosto, em local ainda não definido.
Ao contrário do que informamos no último domingo, o Brasil ainda não está classificado para o Mundial: a América do Sul distribui duas vagas, uma para o campeão continental deste ano (torneio que será realizado em Cali, na Colômbia, em agosto) e outro para o vencedor das eliminatórias, que serão em outubro.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.