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No caminho da renovação, Brasil vai bem no teste contra Rep. Dominicana

João Batista Junior

31/05/2017 15h00

Brasileiras comemoram vitória de virada sobre dominicanas (fotos: Michael Dantas/MPIX/CBV)

Numa partida em que o resultado deve ficar em segundo plano, dá para fazer, com algumas ressalvas, uma avaliação positiva do amistoso dessa terça-feira (30) à noite, em Manaus, entre Brasil e Rep. Dominicana. Se o duelo começou em marcha lenta, pelo lado brasileiro, e terminou com os dois sextetos dando sinais de cansaço, é preciso lembrar que a temporada de seleções está apenas começando e a parte física ainda está longe do ideal.

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O Brasil venceu sua primeira partida no ano (e do ciclo olímpico para Tóquio 2020) por 3 sets a 1, em parciais de 21-25, 25-20, 25-19, 25-21. A seleção atuou a maior parte do tempo com o time que iniciou a partida, com a levantadora Roberta, a oposta Tandara, as ponteiras Natália e Drussyla, as centrais Carol e Adenízia e a líbero Suelen.

Durante a partida técnico Zé Roberto pôs em quadra duas inversões distintas: nos dois primeiros sets, a armadora Naiane entrou junto com Fernanda Tomé e, no terceiro, com Edinara. A ponta Amanda ainda teve algumas passagens pelo saque e, quase no fim da partida, Rosamaria entrou para bloquear, mas não demorou muito em quadra. Ou seja, com apenas três jogadoras com experiência olímpica no currículo foram acionadas pelo treinador – Tandara, Natália e Adenízia. Esse é o caminho de quem quer (e precisa) renovar o plantel.

Do lado dominicano, o técnico Marcos Kwiek, que não convocou a líbero Brenda Castillo e a ponta/oposto Bethania De La Cruz para os amistosos, deixou a ponteira Brayelin Martinez, principal jogadora da seleção, apenas dois sets em quadra – o suficiente para ela ser o destaque de sua equipe.

Brayelin Martinez passa pelo bloqueio triplo: força no ataque

Na parcial de abertura, enquanto Roberta preocupava-se em distribuir bolas para todas as atacantes, mas só encontrava alguma eficiência em Adenizia e Carol, a caribenha Marte, hesitando nas bolas para a saída, logo percebeu nas cortadas de Brayelin – que pode vir defender o Bauru na próxima temporada – um atalho para a vitória no set. Mesmo caçada na recepção, a ponteira conseguiu se sobressair graças ao alcance e à potência de seu ataque.

Já no segundo set, quando Tandara – que passa toda a temporada de clubes como ponteira, só jogando como oposta nos meses em que serve à seleção –, se tornou mais efetiva no ataque, o jogo mudou de figura.

Roberta passou a jogar com Tandara e abandonar, por um certo período, a bola para a entrada de rede. Quando o bloqueio dominicano parecia haver esquecido Natália e Drussyla, eis que a levantadora brasileira voltou a distribuir o jogo com mais homogeneidade – o que compensou, até, o desentrosamento da levantadora com algumas das companheiras e a consequente falta de precisão em algumas jogadas.

Apesar de uma excessiva quantidade de erros nesse quesito, o saque brasileiro conseguiu quebrar o passe dominicano, o que tornou o jogo das caribenhas mais lento. Já bem marcada pelo sistema defensivo rival, Brayelin Martinez deixou a partida ao final do segundo set, quando o time verde-amarelo conseguia vencer ralis com mais frequência.

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Com algumas jogadas que levantaram o público, o Brasil chegou venceu o terceiro set e virou a partida. Sem a melhor jogadora dominicana em quadra e com as brasileiras ainda em busca da melhor da forma física, o ritmo do jogo caiu na quarta parcial, a última da noite, a que sacramentou a vitória do time comandado por Zé Roberto.

Brasileiras e dominicanas voltam à quadra na quinta-feira, em Belém, às 21h30 (horário de Brasília), para o segundo e último confronto da série. RedeTV! e SporTV transmitem o amistoso.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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