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Dicas de Dani Lins e condição de titular na Superliga empolgam Roberta no retorno à seleção

Sidrônio Henrique

26/05/2017 15h00

No ano passado, Roberta Ratzke foi campeã do GP, mas foi cortada antes da Rio 2016 (foto: CBV)

A primeira passagem da curitibana Roberta Ratzke pela seleção brasileira principal, no ano passado, teve um gosto amargo. É que a levantadora do Rexona-Sesc sabia desde a convocação que havia grandes chances de ter que ceder o lugar para Fabíola, que deu à luz menos de três meses antes da abertura da Rio 2016. Ainda pôde participar da campanha vitoriosa no Grand Prix, como reserva de Dani Lins, mas não sentiu o sabor de disputar uma Olimpíada. Agora é diferente. Na luta a partir do começo deste ciclo, Roberta, 27 anos, 1,85m, quer entrar para valer na corrida por um lugar na equipe rumo a Tóquio 2020.

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"Minha busca agora é poder ver o máximo de anos possíveis o meu nome na lista de convocadas. Vou me entregar novamente, igual ao que fiz no ano passado. Mas este ano eu volto como uma atleta diferente. É que sendo titular (no Rexona-Sesc) eu pude jogar mais, tive mais experiência. Conversei com a Dani Lins também, ela me passou bastante coisa, está super na torcida", contou Roberta ao Saída de Rede.

Embora esteja no time de Bernardinho desde 2010, Roberta Ratzke só conseguiu a titularidade na reta final da Superliga 2015/2016, substituindo a levantadora americana Courtney Thompson durante a série semifinal. Na edição 2016/2017, teve a chance de ser titular do Rexona-Sesc desde o início do torneio.

A jogadora admite que ficou aflita com a espera pela convocação. "Estava ansiosa porque no ano passado ela saiu um dia depois da final da Superliga e este ano a gente teve que esperar mais um pouquinho, por causa do Mundial de Clubes, então o coração ficou apertado. Mas no final fiquei muito feliz em ver meu nome e estar mais um ano presente".

Roberta conquistou em abril mais um título de Superliga com o Rexona-Sesc (Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Depois do título na Superliga (o sexto dela, todos com a equipe carioca) e do vice-campeonato no Mundial de Clubes realizado no Japão, Roberta Ratzke, que seguirá no agora Sesc RJ, se apresentou à seleção, que está concentrada em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. Juntou-se ao grupo no último domingo (21). "Sobrou pouco tempo para descansar, mas é uma honra poder vestir a camisa do Brasil novamente", afirmou.

Ela foi convocada por Zé Roberto para o Montreux Volley Masters, torneio anual disputado na Suíça, que será realizado de 6 a 11 de junho, e também, como era esperado, está na lista ampla para o Grand Prix 2017, de 7 de julho a 6 de agosto. Na primeira competição, vai se revezar com Naiane, que jogava pelo Camponesa/Minas e irá para o Hinode/Barueri na próxima temporada de clubes. No GP, as duas ganham a companhia das levantadoras Juma, que renovou com o Bauru Vôlei, e Macris, que deixou o Brasília Vôlei e jogará pelo Minas.

Titular da seleção a maior parte desta década, Dani Lins, que ainda não definiu sua situação com o Vôlei Nestlé, tem planos de engravidar este ano e não foi chamada. Fabíola, reserva no Mundial 2014 e na Rio 2016, sofreu uma lesão no joelho, em abril, durante treino do clube suíço Volero Zurich para os playoffs da Liga dos Campeões da Europa, passou por uma artroscopia e está em recuperação – ela jogará pelo Vôlei Nestlé na próxima temporada.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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