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Após quase dois meses, ação judicial de atletas contra a CBV está parada

Carolina Canossa

25/05/2017 06h00

Atletas da seleção brasileira querem o fim do ranking da Superliga (Foto: Divulgação/FIVB)

Passados quase dois meses, a ação judicial de nove das melhores atletas do Brasil contra a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) pelo fim do ranking da Superliga feminina ainda não teve uma definição. Tanta demora surpreende até mesmo a defesa das jogadoras, que estão negociando seus contratos para a próxima temporada sem a liberdade que desejavam.

Solicitado em 27 de março, o mandado de segurança na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro chegou ao conhecimento oficial da CBV dias depois. A entidade então preparou uma defesa, que foi feita em 20 de abril. Desde então, não houve mais nenhuma novidade dos tribunais.

Garay é uma das jogadoras top que já definiram seu futuro (Foto: Reprodução/Instagram)

"Mandados de segurança costumam ser rápidos", comentou Carlos Heitor Pioli Filho, advogado das atletas. "Ao receber a defesa da CBV, a juíza tinha que ter remetido o caso ao Ministério Público ou proferido uma decisão. Até agora, não fez nem um nem outro", afirmou.

Não há qualquer previsão sobre quando a situação possa se resolver. Diante do impasse, segue valendo a regra de que qualquer clube da Superliga só pode ter duas jogadoras classificadas com "sete pontos" em seu elenco. Algumas delas, inclusive, preferiram não esperar e já definiram o futuro. É o caso de Fabiana e Fernanda Garay, que já foram anunciadas pelo Dentil/Praia Clube. Gabi e Tandara também renovaram respectivamente com o Sesc e o Vôlei Nestlé, mas a confirmação oficial só virá nas próximas semanas.

Fim do ranking, por si só, não vai melhorar a Superliga de vôlei

MVP das finais do Campeonato Turco, Natália deve permanecer no Fenerbahce. Thaisa, por sua vez, tem mais um ano de contrato com o Eczacibasi, do mesmo país. Com planos de engravidar nos próximos meses, Dani Lins ainda não anunciou o próximo passo de sua carreira, indefinição que também acontece com Jaqueline e Sheilla. Tandara, que preferiu não fazer parte da ação judicial, mas também é "sete pontos", provavelmente fica no Vôlei Nestlé.

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* Atualização às 10h28: por equívoco da autora o texto, foi publicada a expressão "dado um parecer" ao invés de "proferido uma decisão". O erro já foi corrigido

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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