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Rexona para no VakifBank, de Zhu, e fica com a prata no Mundial

João Batista Junior

14/05/2017 09h37

Bloqueio do VakifBank se impôs contra o Rexona-Sesc na final do mundial (foto: FIVB)

O Rexona-Sesc chegou até onde era possível no Mundial feminino de Clubes. Melhor: apesar do gosto amargo da medalha de prata, o time do Rio foi além das expectativas no torneio. Sim, foi além, pois para perder por 3 sets a 0 para o VakifBank, na manhã deste domingo, em Kobe (25-19, 25-21, 25-21), a equipe carioca precisou vencer o atual campeão russo, Dínamo Moscou, na primeira fase e, nas semifinais, o Volero Zürich, uma das três "multinacionais" do vôlei que disputaram o torneio – o Eczacibasi VitrA e o próprio Vakif foram as outras duas.

Terminar a competição na segunda posição bem que poderia figurar como lucro na contabilidade das atuais campeãs nacionais. A observação, contudo, é que o título mundial de clubes continua como lacuna no currículo do técnico Bernardinho e foi o único não conquistado em 20 anos de parceria com a Unilever – que se despede com 12 títulos da Superliga, três Copas Brasil, três Supercopas e quatro sul-americanos.

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Carreira de Bernardinho segue sem um título mundial de clubes no currículo

Dos aspectos positivos da participação do Rexona no mundial, vale destacar a ascensão de Drussyla. Mesmo sem ter sido brilhante no campeonato, já que foi bastante caçada pelas sacadoras adversárias, a ponteira foi a maior anotadora do time carioca na competição, com 75 acertos – 63 no ataque, oito no bloqueio, quatro no saque. O torneio foi um bom teste para quem, desde os jogos 4 e 5 das semifinais da Superliga, desbancou a holandesa Anne Buijs e virou titular.

Também se destacaram na campanha do Rio as duas centrais: Juciely, mais regular, era uma ótima pedida no ataque para Roberta, quando o passe chegava na mão, enquanto Carol, com dez pontos de bloqueio contra o Volero, igualou seu recorde na competição – obtido na edição 2016 diante do fraco PSL Manila.

VAKIFBANK
A dificuldade para encarar o VakifBank ficou estampada no segundo set. As cariocas melhoraram no saque, cresceram no bloqueio, ajustaram o passe e abriram 14 a 9. Aí, veio uma sequência de saques da levantadora reserva Ozbay, o passe quebra, o contra-ataque para e logo o placar apontava 17-16 para o time turco.

Castigado pelo saque adversário, que marcou quatro pontos diretos e provocou um sem número de erros de recepção, o Rexona-Sesc teve de lidar também com a elevada estatura do bloqueio do VakifBank: excetuada a líbero, a média de altura das titulares do campeão europeu e, agora, mundial é de 1,93m, sendo a jogadora mais baixa a levantadora Naz Aydemir, com 1,86m – mesma estatura de Drussyla, a titular mais alta da equipe brasileira. Resultado? Além das bolas amortecidas, o bloqueio do sexteto turco marcou 19 pontos no jogo da primeira fase e outros 13 na decisão.

Ting Zhu, novamente, foi destaque num jogo decisivo. Claro que a ponta chinesa, em certos momentos, teve dificuldade para superar o sistema defensivo rival e, como costuma ocorrer nos jogos do VakifBank, chegou a ser substituída por Cansu Cetin no fundo de quadra, no segundo e terceiro sets. Mas ela anotou 19 pontos na partida, média de 6,3 pontos por set.

Vale lembrar que, na final da Champions League, ela fez 22 pontos, média de 7,3 pontos por set, enquanto na Rio 2016, foram 28 acertos nas quartas de final contra o Brasil (5,6 pontos/set), 33 anotações contra a Holanda nas semis (8,25 por set) e 25 contra a Sérvia, no jogo da medalha de ouro (6,3 pontos por parcial). Não dá para discutir que, hoje, MVP das Olimpíadas, da Liga dos Campeões e também do Mundial, ela seja a melhor do mundo.

E, além dela, é bom ressaltar a qualidade do elenco do VakifBank, que conta com a norte-americana Kimberly Hill (MVP do Mundial da Itália 2014), a oposta holandesa Lonneke Slöetjes, duas ótimas centrais, como a sérvia Milena Rasic e a turca Kubra Akman, e também a levantadora Naz Aydemir: todas titulares em suas respectivas seleções.

O terceiro lugar do torneio ficou com o Volero Zürich, que bateu o Eczacibasi VitrA por 3 a 2. O Vôlei Nestlé, vencido pelo Dínamo Moscou por 3 a 1 (22-25, 25-19, 27-25, 25-18) ficou no sexto lugar.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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