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Renan opta pela segurança e chama base campeã olímpica em sua primeira convocação

Carolina Canossa

08/05/2017 11h44

Lenda como jogador, Renan é o substituto de Bernardinho após 16 anos de trabalho do antecessor (Foto: Divulgação/CBV)

Ciente da pressão que é substituir Bernardinho no comando da seleção brasileira masculina de vôlei, o técnico Renan Dal Zotto optou pela segurança na convocação para seu primeiro torneio no cargo, a Liga Mundial: nada menos do que dez dos 12 atletas campeões olímpicos no Rio de Janeiro foram chamados para a disputa do torneio, cujas finais serão em Curitiba no início de julho.

Os 18 nomes anunciados na manhã desta segunda (8) são: Bruno*, Rapha e Murilo Radke (levantadores), Wallace*, Evandro* e Renan Buiatti (opostos),  Ricardo Lucarelli*, Maurício Borges*, Douglas Souza*, Lipe* e Rodriguinho (ponteiros), Lucão*, Éder*, Maurício Souza* e Otávio (centrais), Tiago Brendle e Thales (líberos) – todos os que estão com um asterisco ao lado participaram da vitoriosa campanha na Rio 2016.

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Genial como jogador, Renan deve ter começo difícil como técnico da seleção

Os dois campeões olímpicos que ficaram de fora, William Arjona e Serginho, o fizeram por vontade própria – enquanto o primeiro tinha a promessa de passar um tempo maior com a família, o líbero de 41 anos decidiu não defender mais a seleção.

Lucarelli passou boa parte da temporada machucado, mas foi bem nos playoffs da Superliga ((fotos: Guilherme Cirino/Instagram @guilhermectx)

Wallace, por sua vez, não vai participar da primeira etapa da Liga Mundial, entre os dias 2 e 4 de junho na Itália, por conta do nascimento do primeiro filho.

"Alguns atletas do Rio 2016 realmente estavam em dúvida sobre a continuidade nesse momento, pois foi uma temporada bastante difícil com os Jogos Olímpicos no Brasil e é natural que eles queiram dar uma relaxada. Mas vi também que a maioria estava motivada para o recomeço. Senti que os que estavam em dúvida se motivaram e agora vão com a cabeça focada em dar 100% do melhor", destacou o treinador.

Atuar com os atletas mais experientes no primeiro ano do ciclo olímpico não é um fato muito comum no voleibol de seleções – em geral, os treinadores aproveitam a oportunidade para dar maior rodagem a jovens, mas Renan prefere abrir essa janela à nova geração em outras oportunidades.

"Temos jovens bastante interessantes surgindo, na própria Superliga vimos isso, e, na medida do possível, vamos tentar dar espaço para os garotos em algumas competições e amistosos. O Brasil é visto sempre com favorito e temos que ir com o que temos de melhor", justificou.

Ao todo, a lista de inscritos para a Liga Mundial possui 21 nomes, mas o central Isac, o oposto Rafael Araujo e o líbero Mario Jr. só jogarão em caso de lesão de algum companheiro de equipe.

Não bastasse a necessidade de apresentar resultados rápidos para superar a desconfiança, outro motivo para Renan ter optado pelos nomes anunciados nesta segunda é o fato de o Brasil viver um jejum na Liga Mundial, torneio que não vence desde 2010.

Leal só pode defender o Brasil em 2019

Leal

O técnico também falou sobre uma possível convocação do cubano Leal, cuja liberação para defender a seleção brasileira foi anunciada pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei) na semana passada.

"É um jogador espetacular, certamente um dos melhores ponteiros do mundo, mas que só estará à nossa disposição para a convocação em 2019: hoje, ele faz a diferença na nossa Superliga, é agressivo, definidor, não tem nem o que falar tecnicamente. Mas esporte é momento, vamos ver como ele vai estar lá até lá", destacou Renan.

O técnico ainda deixou em aberto a possibilidade de chamar o cubano para um período de treinamento com a seleção durante os dois anos de carência que ele precisa cumprir. "Quem sabe no ano que vem, se estiver em condições, como está hoje, o Leal vai poder ajudar nos treinos. Mas, sinceramente, não estou pensando nisso agora, meu foco é a Liga Mundial", afirmou.

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Além da Liga Mundial, cuja vaga da fase final em julho já está assegurada pelo fator sede, a seleção brasileira masculina de vôlei vai disputar o Sul-americano (classificatório para o Mundial) em agosto, mesmo mês em que fará quatro amistosos com a seleção americana. Em setembro, será a vez da Copa dos Campeões, no Japão.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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