Topo

Claudinha se vê mais marcada e faz autocrítica: “Tenho muito a evoluir”

Sidrônio Henrique

01/03/2017 06h00

Claudinha durante treino: "No dia em que o passe sai fica difícil para o adversário" (fotos: CBV)

Aos 29 anos, Cláudia Bueno está na segunda temporada consecutiva no Dentil/Praia Clube, de Uberlândia (MG), depois de passar por equipes como o tradicional Minas Tênis Clube, o extinto Amil Campinas, o Sesi, além do próprio Praia ainda na década passada. Mas se no ano passado seu time fez uma campanha muito boa na Superliga e terminou com o vice-campeonato, no período 2016/2017, apesar do terceiro lugar na tabela, tem sido instável, atrapalhado por contusões e com uma linha de passe que não vem facilitando o trabalho de Claudinha. "Um aspecto importante é que estou cada vez mais marcada, mas isso até que é bom, funciona como um desafio para mim. Ainda tenho muito a evoluir", disse ao Saída de Rede a levantadora de 1,81m.

Curta o Saída de Rede no Facebook
Siga @saidaderede no Twitter

Claudinha, que completará 30 anos em setembro, cobra não apenas de si mesma, mas da equipe. "Com o elenco que nós temos, no dia em que o passe realmente sai fica difícil para o adversário. Claro que eu preciso fazer a minha parte e mandar uma bola perfeita para as atacantes". Porém o clube tem sofrido na recepção. Na rodada mais recente, a oitava do returno, foi a Osasco encarar o Vôlei Nestlé, numa partida que valia a vice-liderança da Superliga, e caiu em sets diretos, com a cubana Daymi Ramirez sendo massacrada no passe.

A levantadora está na segunda temporada com o Dentil/Praia Clube

Com mais três jogos até o final do segundo turno, o Praia recebe neste sábado (4) o ascendente Camponesa/Minas – às 14h10, com transmissão da RedeTV. Depois, ainda em casa, pega o Fluminense. No encerramento do returno vai ao Rio para enfrentar o líder Rexona-Sesc, time que nunca venceu em 22 confrontos oficiais, incluindo a final da Superliga passada, disputada em local neutro, e do recente Sul-Americano de Clubes, no qual o Praia foi anfitrião.

Após 19 rodadas, o Rexona-Sesc soma 53 pontos na classificação, seguido pelo Vôlei Nestlé com 45. O Dentil/Praia Clube tem 43. O Camponesa/Minas está em quarto com 39 e o Genter Vôlei Bauru vem em quinto com 37.

Seleção e Zé Roberto
Com passagem pela seleção brasileira principal em 2013, quando foi reserva, Claudinha jamais voltou a ser convocada. Na temporada 2013/2014 era do Amil Campinas, equipe do treinador da seleção, José Roberto Guimarães, quando a insatisfação dele com seu jogo foi exposta em rede nacional durante um pedido de tempo. No dia 12 de abril de 2014, no terceiro set de uma partida da fase semifinal da Superliga contra o Rexona, no Maracanãzinho, Zé Roberto levou Claudinha para um canto e reclamou do seu desempenho. No áudio captado pela TV, ele aparece chamando a atleta de burra. "Eu tô assumindo a responsabilidade, você não tem força pra isso. Larga de ser burra", foi a frase do técnico.

Demora nas contratações complica Minas na reta final da Superliga
Time de vôlei inova e representa oficialmente clube em parada LGBT

Ela, no entanto, minimiza o ocorrido e afirma que ainda sonha em servir à seleção. "Seria uma consequência do meu trabalho, se o treinador achar que mereço uma chance. Aquele episódio no Amil ocorreu no calor da partida, já aconteceu com vários atletas e vai continuar acontecendo, coisa de jogo mesmo. Hoje compreendo o que ele me pedia naquele momento, algo que não entendia por ser mais nova, por estar pela primeira vez num time grande", comentou.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Claudinha se vê mais marcada e faz autocrítica: “Tenho muito a evoluir” - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

Mais Posts