Minas supera Taubaté em jogo de altos e baixos
João Batista Junior
04/02/2017 18h00
Depois dos jogos deste sábado, faltarão ainda sete rodadas para o fim da fase classificatória da Superliga masculina. A tábua de classificação do campeonato mostra o Sada Cruzeiro disparado na ponta, Sesi, Funvic/Taubaté e Brasil Kirin brigando pela segunda posição, e Montes Claros, colhendo os frutos da campanha do primeiro turno, numa confortável quinta posição. A disputa pelas três outras vagas aos playoffs, a essa altura, parece restrita a JF Vôlei, Minas Tênis Clube, Lebes/Gedore/Canoas e Bento Vôlei/Isabela.
Nesse panorama, a vitória do Minas sobre o Taubaté, em Belo Horizonte, por 3 sets a 2 (25-22, 15-25, 25-22, 22-25, 16-14) pode ter sido um passo decisivo par a equipe da casa chegar aos mata-matas, pois bateu um adversário da parte de cima da tabela, que, em todo o campeonato, só havia concedido um ponto a um dos rivais diretos dos mineiros (numa vitória por 3 a 2 sobre o Canoas, na longínqua terceira rodada).
Para a equipe do Vale do Paraíba, que vinha embalada pelo título na Copa Brasil e por quatro vitórias seguidas na Superliga, o resultado da tarde deste sábado pode até lhe custar a terceira posição, se o Brasil Kirin vencer o Canoas fora de casa.
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O JOGO
O saque foi o termômetro de uma partida bastante irregular. O Minas investiu na variação de saque, ora forçado, ora flutuante, e os paulistas passaram a errar na recepção e no ataque. Nem mesmo a entrada de Japa no lugar de Vinícius, no terceiro set, para melhorar a recepção do Taubaté, mudou o ritmo da partida.
Com Wallace numa jornada pouco inspirada (apesar dos 22 pontos anotados, o oposto errou bastante no ataque) e sem o passe na mão para acionar os centrais, Raphael sofreu com a ausência de Lucarelli – contundido já há duas semanas.
A Funvic/Taubaté também conseguiu tirar o passe do levantador Thiago Gelinski, especialmente com boas passagens dos centrais Éder e Otávio. A diferença é que, mesmo com o passe quebrado, o armador mineiro teve no cubano Yordan Bisset a melhor opção para o ataque e no oposto Felipe Roque, que cresceu no decorrer do confronto, uma boa alternativa. Bisset, inclusive, marcou 20 pontos, teve 60% de aproveitamento nas cortadas e ganhou o troféu VivaVôlei.
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Não fosse a falta de consistência em seu jogo, o time da casa, que cometia erros em momentos cruciais, talvez houvesse definido a partida em 3 a 1. Mas o retrato da inconstância mineira foi justamente a reta final do quarto set: o oposto Aboubacar entrou numa inversão e levou o sexteto local ao empate em 22 a 22, com um ace. Em seguida, o time concedeu três pontos em erros e teve de definir o confronto no tie break.
A vitória do Minas foi definida num set parelho, em que os dois sistemas defensivos cresceram de rendimento e no qual Wallace, já sobrecarregado, cometeu um erro na última bola.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.