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Com técnicos assegurados, CBV trabalha por credibilidade

Carolina Canossa

18/01/2017 06h00

Ricardo Trade entrou na CBV em 2015, após escândalos que afetaram a imagem da entidade (Foto: Divulgação/CBV)

Por Denise Mirás

Foram tempos tumultuados, de denúncias, déficit nas contas, e ainda com o país em situação econômica difícil… Por isso, são grandes os desafios de Ricardo Trade, o Baka, diretor executivo da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), para garantir credibilidade no mercado e, com isso, a sustentabilidade da instituição, que inicia agora seu ciclo olímpico para Tóquio 2020.

Com os técnicos definidos – José Roberto Guimarães foi mantido como técnico da seleção feminina principal e Renan Dal Zotto é a novidade à frente da masculina – Baka também espera garantir a ele mesmo tranquilidade para trabalhar com foco no que chama de "área de governança", que inclui a prospecção de patrocinadores.

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O diretor executivo da CBV destacou a importância da chegada de novos parceiros – como a Asics, apresentada nesta segunda-feira (16) como responsável pelo material esportivo das seleções; da Sky, nas Superligas, assim como da Rede TV (aberta), com transmissão de dois jogos semanais ("Em horário nobre, às 21h das quintas-feiras, e às 14h dos sábados"), além do SporTV.

Em um ano de "desafio econômico", como diz, Baka agora tem a parceria inédita para voos internacionais com a Delta, por meio da Gol:  "Com isso, teremos uma interação maior com os Estados Unidos. Já temos amistosos para as seleções feminina e masculina marcados para este semestre – na verdade até agosto – que definimos com o Doug Beal, quando ainda era CEO da USA Volleyball (um dos grandes técnicos da história do esporte, agora aposentado)".

CBV anunciou, nesta semana, acordo com a Asics para fornecimento de material esportivo (Foto: David Mazzo)

Para o dirigente, é fundamental esse "grande esforço", como ele mesmo define, para o crédito com patrocinadores e governos depois dos escândalos que marcaram o fim da gestão Ary Graça e abalam o prestígio da CBV no mercado. "Temos a Ernest & Young nos ajudando na área de GRC (governança, riscos e conformidade). Hoje, representantes de atletas votam em assembleias, temos reuniões do Conselho Diretor, do Conselho Fiscal que agora se reúne a cada três meses e não mais anualmente… Tudo o que fazemos gera publicações no site da CBV", explica.

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O esforço pela sustentabilidade garante, por exemplo, que a CBV pague "tudo" para os clubes, na Superliga. "Conseguimos, por exemplo, manter dez, dos 12 campeões olímpicos no Brasil… São 12 times no feminino, 12 no masculino, com tudo pago: transporte, hospedagem, alimentação, arbitragem… ", afirma o dirigente, "Estive nove anos à frente de clubes, três na Transbrasil, três na Sadia, três na Colgate, e sei da importância desse apoio. Hoje, os clubes só precisam contratar atletas… e jogar", afirma.

Mesmo reduzindo o investimento em quase 20%, o Banco do Brasil manteve o patrocínio ao vôlei por mais quatro anos. Apesar da perda, o sentimento é de alívio na CBV, visto que diversas confederações estão sofrendo com a drástica redução ou até mesmo com a ruptura completa de seus apoiadores de antes da Rio 2016.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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