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Manutenção do apoio ao esporte preocupa medalhista do vôlei de praia

Sidrônio Henrique

04/11/2016 06h00

Ágatha Bednarczuk foi medalha de prata ao lado de Bárbara Seixas na Rio 2016 (foto: FIVB)

Vice-campeã olímpica na Rio 2016, Ágatha Bednarczuk, 33 anos, enfrenta uma mudança e tem uma preocupação. O que deixa a jogadora de vôlei de praia apreensiva é a expectativa pela manutenção do apoio estatal ao esporte, que se fez presente durante todo o ciclo passado em razão do Brasil ser a sede dos Jogos Olímpicos. "O governo apoiou os atletas rumo ao Rio. Será que vamos poder contar com isso durante todo o caminho até Tóquio ou só virá um ano antes?", indaga a paranaense Ágatha.

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Já a mudança, conhecida após a prata olímpica, vem ocorrendo na parceria. Dias depois do final da Rio 2016, sua então companheira nas areias, Bárbara Seixas, anunciou o fim da dupla. A partir de janeiro, entra em cena a sergipana Duda Lisboa, 18 anos, uma das maiores revelações da modalidade, campeã mundial sub21 esta temporada e especialista na defesa. Até lá, Ágatha disputa as etapas do circuito brasileiro ao lado de Carol Solberg, irmã dos também atletas de vôlei de praia Pedro e Maria Clara, além de filha de Isabel Salgado, um dos maiores nomes do voleibol indoor no país no século passado.

Duda Lisboa é uma das grandes revelações mundiais da modalidade (foto: COB)

Mas é com Duda que a experiente Ágatha, MVP do último Mundial, disputado em 2015 e no qual conquistou o título ao lado de Bárbara, quer ir mais longe do que chegou nos Jogos Olímpicos do Rio. Ela sabe que a combinação do talento de ambas, com o desenvolvimento e ganho de mais experiência por parte de Duda, pode ser a chave para chegar ao alto do pódio em Tóquio 2020. A nova dupla contará com duas técnicas, anunciadas desde setembro: a mãe de Duda, a ex-jogadora Cida, e com ninguém menos do que Jackie Silva, ouro na praia em Atlanta 1996, quando jogava com Sandra Pires.

Picciani afirma que apoio será mantido (foto: Ministério do Esporte)

Ministério do Esporte
O blog procurou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, para perguntar sobre a manutenção do apoio aos atletas ao longo do próximo ciclo olímpico. "A Bolsa Atleta será mantida e haverá um aprimoramento da Bolsa Pódio para torná-la mais eficiente. Estamos fazendo um raio-X em atletas e modalidades, a partir dos resultados dos Jogos Rio 2016", afirmou Picciani ao SdR.

Dos 465 atletas brasileiros que disputaram os Jogos Olímpicos deste ano, 358 receberam subsídios do Governo Federal, somando um investimento total de R$ 18 milhões. Se a Bolsa Pódio fosse extinta, por exemplo, 220 esportistas de alto rendimento deixariam de receber entre R$ 5 mil e R$ 15 mil mensais. A Bolsa Pódio é a mais alta categoria da Bolsa Atleta.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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