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Vôlei na política: dono do Sada vira prefeito e ex-selecionáveis perdem

Carolina Canossa

03/10/2016 06h00

Medioli (ao centro) levou o Sada Cruzeiro ao topo do vôlei mundial (Foto: Renato Araujo/Divulgação/Sada)

Figuras relacionadas ao esporte se candidatando a cargos públicos já deixaram de ser novidade faz tempo. O fenômeno, claro, também afeta o vôlei: nas eleições municipais disputadas neste domingo (2), personalidades conhecidas de quem acompanha a modalidade participaram do pleito, com destaque para Vittorio Medioli (PHS), eleito prefeito da cidade mineira de Betim.

Italiano naturalizado brasileiro, Medioli não é jogador ou treinador, mas está por trás do maior case de sucesso entre os times nacionais nos últimos anos: empresário, ele fundou em 2006 a equipe do Sada. Nesta década de atividade, o time cresceu pouco a pouco até virar o maior papa-títulos do voleibol nacional, com sete Mineiros, duas Copas Brasil, quatro Superligas, três Sul-americanos e dois Mundiais de clube. A popularização veio através da parceria com um clube de futebol, o Cruzeiro, feita em 2009.

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A gestão do Sada sempre se caracterizou por apostas em jovens talentos ao lado de jogadores consagrados, mas pouco badalados. É o caso do levantador William, do oposto Wallace, do ponteiro Filipe e do líbero Serginho, homônimo do vitorioso defensor que recentemente se aposentou da seleção brasileira. Milionário, Medioli bancou boa parte da própria campanha e foi eleito em primeiro turno, com pouco mais de 61% dos votos. No passado, ele já havia cumprido quatro mandatos como deputado federal.

Sem jogar desde 2014, Rodrigão não foi bem sucedido na tentativa de virar político (Foto: Mauricio Val/Vipcomm/Divulgação)

Bloqueio na disputa para vereador

Se os eleitores decidiram dar uma chance ao dirigente Medioli, o mesmo não se pode dizer de ex-atletas que se candidataram a vereador. Tricampeão mundial e medalhista de ouro em Atenas 2004, o ex-central Rodrigo Santana, o Rodrigão, tentou um cargo no Poder Legislativo da cidade paulista de Praia Grande. Filiado ao PRB, até usou a alcunha "Rodrigão do vôlei" na campanha, mas os 1313 votos que recebeu não foram suficientes para ele se eleger.

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Quem também se apoiou em seu passado na seleção para tentar se eleger foi a ex-jogadora Janina Conceição, medalhista de bronze em Sidney 2000 e atualmente filiada ao PSDB. Ela, porém, recebeu apenas 160 votos no pleito de Campos dos Goytacazes e ficou bem distante de conquistar um mandato.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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