Horários definidos para as duas partidas comemorativas da seleção brasileira masculina contra os portugueses, em estádios de futebol, nos dias 3 e 4 de setembro. Após ter anunciado o primeiro jogo em Curitiba, na Arena da Baixada, dia 3 (sábado), às 16h, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) confirmou o segundo em Brasília, no estádio Mané Garrincha, dia 4 (domingo), às 10h. O SporTV mostra as duas partidas. A transmissão do confronto de domingo pela TV Globo ainda depende de confirmação.

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Os dois jogos celebram o tricampeonato olímpico do Brasil e ainda marcam a despedida do líbero Serginho da seleção. Convocado pela primeira vez quando Bernardinho assumiu a equipe, em 2001, Serginho é bicampeão olímpico (2004 e 2016), mundial (2002 e 2006), da Copa do Mundo (2003 e 2007) e sete vezes campeão da Liga Mundial (2001, 2003-2007 e 2009), entre outros títulos. Devido a problemas físicos não participou do Mundial 2010, quando o Brasil conquistou o torneio pela terceira vez. Foi escolhido o melhor jogador da Liga Mundial 2009 e das Olimpíadas 2016, único líbero a conseguir tal feito.

A seleção masculina sagrou-se tricampeã olímpica há uma semana, ao bater a Itália por 3-0, no Maracanãzinho, na final da Rio 2016. O Brasil havia conquistado ouro em Barcelona 1992 e em Atenas 2004. O país tem ainda três pratas no voleibol masculino: Los Angeles 1984, Pequim 2008 e Londres 2012.

Confira aqui as informações sobre a venda e os valores dos ingressos para o confronto Brasil vs. Portugal em Curitiba e em Brasília.

História
Os dois desafios em estádios de futebol remontam a um jogo épico, realizado há 33 anos. Na noite de 26 de julho de 1983, 95 mil pessoas lotaram o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, para acompanhar, debaixo de chuva, um amistoso de voleibol entre a seleção brasileira masculina e a da antiga União Soviética, então campeã olímpica e mundial.

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O duelo foi vencido pelos brasileiros por 3-1 e entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes, ao reunir o maior público em uma partida de voleibol, marca não superada até hoje e que dificilmente será quebrada, pois poucos estádios ao redor do mundo oferecem mais de 95 mil assentos. Na época, o Maracanã não contava com cadeiras em todos os setores – atualmente, após várias reformas desde aquela época, a capacidade do estádio é de 79 mil. A Arena da Baixada comporta 43 mil pessoas e o Mané Garrincha, 73 mil.

Aquele Brasil vs. URSS no Maracanã serviu de inspiração para a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e a Federação Polonesa de Voleibol (PZPS) realizarem a abertura do Campeonato Mundial 2014 no Estádio Nacional de Varsóvia. No dia 30 de agosto de 2014, 62 mil espectadores acompanharam o jogo inicial do torneio, entre Polônia e Sérvia, partida vencida pelo time da casa em sets diretos.

Portugal
O adversário do Brasil nos dois jogos comemorativos dos dias 3 e 4 de setembro não deve exigir muito do time de Bernardinho. Portugal foi vice-campeão da segunda divisão da Liga Mundial 2016, mas sua presença nas finais do grupo dois da competição deve-se ao fato de terem sido sede – a equipe terminou em último lugar entre os 12 participantes após a fase de classificação. No final four, empurrado pela torcida, o time passou pela esforçada Holanda na semifinal em um intenso 3-1, porém caiu por 3-0 na decisão diante do ascendente Canadá.

O principal jogador da seleção portuguesa é o ponta e capitão Alex Ferreira, 24 anos, 2,02m, com passagem pelo Trentino e que atualmente defende o Verona, ambos da liga italiana. Outros destaques são o levantador Miguel Tavares, que jogou pelo clube italiano Piacenza nas duas últimas temporadas, e o líbero Ivo Casas.

No comando da equipe, um brasileiro bastante conhecido no mundo do voleibol: Chico dos Santos, que foi assistente de Bernardinho na seleção brasileira de 2001 a 2005 e depois de 2009 a 2012. Chico já havia sido técnico da seleção masculina de Portugal em 2006. Em 2012, após os Jogos de Londres, foi convidado a treinar a seleção feminina do Peru, mas só ficou três meses no país, em razão de uma mudança no comando da federação local. Antes de ir treinar os lusitanos em 2016, ele teve uma passagem curta e uma saída conturbada da equipe feminina de Bauru, na Superliga 2015/2016.