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Se a Coreia tem Kim, o Brasil tem um conjunto

Carolina Canossa

13/08/2016 00h56

Exceção feita ao fim do terceiro set, Brasil fez sua melhor apresentação na Rio 2016 (Fotos: FIVB)

Quem só costuma acompanhar vôlei em época de Olimpíada, deve ter pensado: "Sério que a camisa 10 da Coreia é essa jogadoraça que tanto falam?". Então já me adianto: sim, caro leitor, a Kim Yeon-Koung é uma craque de bola. Juro. De verdade. O fato de ela ter ido parar no banco na metade do segundo set foi uma exceção em sua carreira e deve ser creditado ao brilhante trabalho de marcação montado pela comissão técnica da seleção brasileira feminina de vôlei na noite desta sexta-feira (12).

No 3 sets a 0 (25-17, 25-13 e 27-25) visto na sessão "balada" do Maracanãzinho, o único momento que Kim brilhou foi no começo do jogo, quando fez os quatro primeiros pontos sul-coreanos. Depois, sobrecarregada, ela começou a derrubar cada vez menos bolas no chão, a ponto de o técnico ter optado por poupá-la quando percebeu que a surra aplicada pelo Brasil já estava grande demais. Essa é a diferença entre os times: enquanto Zé Roberto tem um conjunto em mãos, a Coreia tem Kim e mais um apanhado de jogadoras não mais que comuns.

É bem verdade que os asiáticos estão evoluindo nesse aspecto: como mencionamos no post anterior ao jogo, a oposta Kim Hee-Jin e a central Yang Hyojin estavam indo razoavelmente bem nessa Olimpíada – tanto é que, após a saída de Kim, elas começaram a pontuar. Talvez se a variação de jogo fosse maior desde o início do jogo, as ações ficassem mais equilibradas. Mas isso não aconteceu e, com um bom saque e muito volume de jogo, a vitória veio com tranquilidade para as donas da casa.

Kim teve uma rara partida no banco de reservas

Só não foi mais rápido porque Zé decidiu dar rodagem a quem estava no banco na metade final do terceiro set e as jogadoras que tiveram chance (Jaqueline, Gabi e Fabíola) não conseguiram manter o mesmo ritmo. Ainda assim, me pareceu mais uma questão pontual do que um problema propriamente dito, diferente dos erros de recepção de Natália e Fernanda Garay, que voltaram a acontecer e podem comprometer em um jogo decisivo.

Dada a qualidade do adversário, considero este o melhor jogo da seleção feminina até agora na Rio 2016. No domingo (14), a missão será contra a Rússia em busca da primeira colocação no grupo – curiosamente, porém, essa vitória pode nem ser tão desejável, visto que a forte China tem tropeçado e aparece com uma possibilidade razoável de ficar com a quarta posição na outra chave.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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