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No desespero, seleção dos EUA encara Brasil nesta quinta-feira

João Batista Junior

11/08/2016 15h00

Favorita antes da competição, seleção dos EUA tem feito campanha decepcionante no Rio (fotos: FIVB)

A situação da seleção norte-americana masculina de vôlei só não é pior, porque ela ainda depende apenas de si para se classificar à próxima fase da Rio 2016. Contudo, o que não pode passar despercebido é que com duas derrotas e nenhum ponto ganho em duas partidas, as perspectivas dos Estados Unidos mudaram radicalmente: quem chegou às Olimpíadas pensando na medalha de ouro vai ter de suar o uniforme para não sair mais cedo da festa.

É nesse panorama que os EUA enfrentam a seleção brasileira, às 22h35 desta quinta-feira, no Maracanãzinho, um jogo que pode ser o ponto de partida para uma virada, já que bater um rival de peso eleva o moral de qualquer um, ou pode complicar de vez a matemática dos norte-americanos.

Depois do Brasil, o time dirigido por John Speraw terá pela frente na fase de grupos a França, no sábado, e o México, na segunda-feira. É certo que serão dois confrontos em que os EUA precisarão da vitória, isso nem está em questão. A diferença é que uma derrota nesta quinta-feira deixa os norte-americanos dependentes de outros resultados, enquanto a vitória os mantém longe da calculadora.

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Ponto forte
Historicamente, as seleções de vôlei dos EUA têm uma boa relação entre bloqueio e defesa e bons sacadores. Mas como o time não venceu nenhum dos quatro últimos jogos oficiais que disputou – duas derrotas nas finais da Liga Mundial, duas derrotas no Maracanãzinho –, é bom apegar-se à tradição e ao elenco que tem para pensar que, sim, é possível sair do buraco em que se encontra e trilhar um caminho longevo nas Olimpíadas.

Ponto fraco
Com Aaron Russell e Taylor Sander como ponteiros titulares, o time ganha em ataque, mas perde na recepção. Não é à toa que o veterano ponta William Priddy voltou à seleção, mas ele tem ficado na reserva.

Qual a chance de ganhar do Brasil?
Não dá para não atribuir à seleção brasileira o favoritismo na partida. Além da campanha no Rio e do vôlei apresentado na temporada, o retrospecto recente é favorável à equipe de Bernardinho. Nos últimos três jogos oficiais entre as duas equipes, todos em Ligas Mundiais, o Brasil saiu vencedor: 3 a 1 nas finais da edição de 2015, novo 3 a 1 na fase classificatória deste ano (estes dois duelos foram no Rio) e, em Cracóvia, na Polônia, pelas finais deste ano, os reservas brasileiros veneram por 3 a 2.

No Rio, Matt Anderson tem 54% de eficiência no ataque

Contudo, não se deve menosprezar a equipe dos EUA. Alguém diria que é "zebra" uma derrota brasileira para uma seleção com três ouros olímpicos, atual campeã da Copa do Mundo e com nomes com Matt Anderson e Taylor Sander? O Brasil é favorito, mas não é um jogo vencido por antecipação.

Fique de olho
Ponteiro no Zenit Kazan, clube campeão russo e europeu, e oposto na seleção, Matt Anderson é o cara da equipe dos EUA. Certo que na Liga Mundial sua atuação foi das mais discretas, mas, no Rio, apesar das duas derrotas, tem tido bom aproveitamento no ataque – 54% de eficiência.

Diante de rival perigoso, seleção masculina mostra poder de reação

Elenco (em negrito, o provável time titular)
Levantadores: Kawika Shoji (camisa 7) e Christenson (11)
Opostos: Matt Anderson (1), Murphy Troy (9)
Centrais: David Lee (4), Max Holt (17) e David Smith (20)
Ponteiros: Aaron Russell (2), Taylor Sander (3), William Priddy (8) e Thomas Jaeschke (10)
Líbero: Erik Shoji (22)

Desempenho no ciclo olímpico
Com um título de Liga Mundial (2014) e o da Copa do Mundo (2015), os EUA são uma das mais premiadas seleções masculinas do equilibrado ciclo olímpico do Rio. O que depõe contra o time do Tio Sam é que no Mundial da Polônia 2014 perdeu três dos nove jogos que disputou e caiu fora do torneio antes mesmo de chegar à terceira fase, na sétima posição.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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