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O que esperar da seleção brasileira feminina na Rio 2016?

Carolina Canossa

04/08/2016 06h00

Técnico Zé Roberto pode chegar na Rio 2016 ao quarto ouro olímpico (Foto: Divulgação/CBV)

Vamos direto à resposta: medalha. Difícil é saber de que cor. Atual bicampeã olímpica de vôlei feminino, a seleção brasileira tem totais condições de chegar ao tricampeonato e igualar-se à histórica Cuba de Mireya Luis e Regla Torres que brilhou nos anos 90. Mas ficar com a prata ou o bronze não seria nenhuma decepção.

Quem acompanhou o último ciclo olímpico de perto sabe que Estados Unidos e China chegam fortíssimos ao Rio. Apostando na força do saque e em um ataque de meter medo, a Sérvia surge como forte candidata a desbancar alguém do trio de favoritas. Rússia, mais pela tradição do que pelos recentes resultados, e Itália também podem beliscar uma medalha. Se encaixarem os melhores 20 dias da vida, Holanda e Coreia do Sul protagonizarão uma zebra, como aconteceu com as japonesas em Londres 2012.

Na praia e na quadra, quem é pedra no caminho do vôlei brasileiro no Rio?

Mas do que dependem as brasileiras para subir ao pódio? Em primeiro lugar, da recepção. A primeira metade do Grand Prix deixou bem claro que esse time não vai longe se Dani Lins e Fabíola não puderem trabalhar direito. Além da dificuldade natural da levantadora em lidar com passes ruins, não temos atualmente uma atacante que seja capaz de carregar o time nas costas durante muito tempo, como a russa Goncharova, a sérvia Boskovic ou a holandesa Sloetjes. Natália, Fernanda Garay, Jaqueline e Sheilla merecem todo o nosso respeito, mas é fato que costumam render melhor quando o coletivo flui.

Sem o passe, o Brasil também perde uma de suas principais armas ofensivas, a bola pelo meio com a capitã Fabiana e Thaísa. Aliás, Thaísa também tem uma grande importância no saque, fundamento em que é a melhor do time e que pode desequilibrar um eventual duelo contra americanas ou chinesas. Será interessante ainda observar como a seleção vai se comportar com uma inversão 5-1 ainda não usada em jogos oficiais em 2016, com Fabíola de volta às quadras após ter sua segunda filha em maio. A propósito, quem será a substituta de Sheilla nessas ocasiões, Gabi ou Adenízia?

Com a confiança renovada após o título do Grand Prix, o Brasil tem tudo para passar tranquilamente pela primeira fase olímpica invicto e ir às quartas na primeira colocação. Se isso acontecer, entra como favorito no primeiro mata-mata, provavelmente com Itália ou Holanda pela frente. Ou seja: há um boa chance de a seleção comandada por Zé Roberto estar na semifinal. A partir daí, tudo pode acontecer, mas acho difícil que esse grupo perca duas seguidas na Rio 2016.

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Vale lembrar que, neste ciclo olímpico, o Brasil não ficou fora do pódio em nenhum torneio que disputou. Dificilmente é agora que vai acontecer. Para não ficar em cima do muro, aqui vai o meu palpite sobre o resultado das meninas: prata. Espero estar errada, mas acho que falta um pouquinho de consistência e sobram bons rivais nessa briga pelo ouro. Em 20 de agosto, saberemos a resposta.

E você? Qual a sua aposta sobre o desempenho da seleção feminina de vôlei?

Confira os jogos do Brasil na primeira fase do vôlei feminino na Rio 2016 (horários de Brasília):

Sábado (6)
15h00 – Brasil x Camarões

Segunda (8)
22h35 – Brasil x Argentina

Quarta (10)
22h35 – Brasil x Japão

Sexta (12)
22h35 – Brasil x Coreia do Sul

Domingo (14)
22h35 – Brasil x Rússia

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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