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Acomodado, Brasil sofre para vencer Bélgica

João Batista Junior

02/07/2016 15h00

A seleção brasileira precisou de cinco sets para bater a Bélgica, pela Liga Mundial (fotos: FIVB)

O Brasil teve de suar o uniforme mais do que o previsto para passar pela Bélgica, neste sábado, em Nancy (França). A seleção brasileira venceu por 3 sets a 2 (20-25, 25-23, 22-25, 25-23, 15-11), e garantiu vaga nas finais da Liga Mundial. Além do fato de o time estar numa fase em que a musculação prepondera nos treinamentos, o voleibol apresentado pela seleção brasileira pareceu fruto de uma certa acomodação coletiva e individual do time.

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Contra uma equipe que, no torneio, já havia disputado tie breaks contra França e EUA (vitória sobre os Bleus, derrota para os americanos), e que, com três vitórias em sete jogos, mantinha parcas chances de classificação às finais, a seleção relaxou perigosamente.

Os vice-campeões mundiais e olímpicos entraram em quadra certos de que só um desastre matemático os excluiria da semana decisiva da competição. Além disso, dos titulares na partida, só os centrais (Isac e Éder) ainda estão em disputa ferrenha por um lugar na Rio 2016 – bem fisicamente, convenhamos, é difícil que Bruno, Wallace, Lucarelli, Murilo e Serginho não estejam nas Olimpíadas.

Van Walle, da Bélgica, foi o maior pontuador do jogo

O resultado dessa mistura foi uma virada de bola que demorou a mostrar serviço, um saque que, apesar do placar de 8 aces a 3, pareceu incomodar pouco a linha de passe adversária, um bloqueio que foi sobrepujado pelo rival (12 a 9 nesse quesito). O oposto belga Gert Van Walle, com 26 pontos, terminou com o maior pontuador da partida, enquanto Wallace, com 23, e Lucarelli, 21, foram os principais anotadores brasileiros.

Exceto por dois momentos de brilho no quarto set – um ataque de Maurício Souza pelo meio fundo e uma cortada de segunda de Lucarelli, no melhor estilo N'gapeth – o Brasil, que cometeu 29 erros contra 22 dos adversários, não empolgou.

A entrada de William no lugar de Bruno, ainda na metade do segundo set, não mudou o ritmo da partida. Nem seu entrosamento com Wallace e os centrais facilitou o trabalho da seleção brasileira.

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Outra mudança na equipe foi Douglas Souza disputando o tie break no lugar de Lucarelli: o jogador do Sesi – que luta, ao que parece, com Lipe e Maurício Borges para não ser o ponteiro cortado para as Olimpíadas – demonstrou fragilidade logo na primeira tentativa de passe e os belgas não hesitaram em sacar nele – mas a tática acabou não dando muito resultado, já que o time brasileiro compensou suas falhas na recepção.

Neste sábado, Murilo fez apenas sua segunda partida na Liga Mundial

O ponto positivo foi que Murilo, que só havia jogado na estreia, duas semanas atrás, contra o Irã, voltou ao time nesta partida. Poupado dos jogos na Sérvia por conta de uma leve lesão no músculo peitoral, o ponteiro foi devidamente testado. Foi o jogador mais visado pelo saque belga, de acordo com as estatísticas da FIVB, e terminou o confronto com 15 pontos anotados – dez no ataque (38,5%), um no bloqueio, quatro no saque.

No domingo, Brasil e França se enfrentam a partir das 13h, com transmissão do SporTV, no último compromisso das duas seleções na fase classificatória da Liga.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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