Brasil vence bem e o melhor é que ainda há margem para crescer
Carolina Canossa
01/07/2016 14h20
Maurício Souza foi o melhor jogador do Brasil em quadra: disputa pela vaga de centrais está acirrada (Foto: Divulgação/FIVB)
A reta final da preparação para a Olimpíada se aproxima e a seleção brasileira masculina de vôlei não perde o ritmo: nesta sexta-feira (01), diante da campeã mundial Polônia, a equipe do técnico Bernardinho conseguiu uma boa vitória por 3 sets a 0 (30-28, 25-21 e 25-16) em pouco mais de uma hora e meia de partida. Com o resultado, o time saiu de quadra praticamente já classificado à fase final da Liga Mundial – a vaga foi confirmada no início da tarde, quando a França abriu 2-0 sobre a Bélgica.
Depois de fazer alguns testes por já estar classificada à decisão da Liga como país-sede, a Polônia colocou um time de respeito em quadra. Dos jogadores que costumam atuar, apenas o central Nowakowski esteve ausente. Nem assim a comissão técnica deixou de fazer testes visando à definição do grupo que estará na Rio 2016: o ponta Maurício Borges, que teve um excelente fim de semana na rodada passada, ganhou novamente uma chance como titular. Maurício Souza, por sua vez, formou a dupla de meios de rede ao lado de Lucão, enquanto Tiago Brendle deu um descanso para o veterano Serginho na posição de líbero.
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Destes, destaque para Maurício Souza: com 11 pontos, o central foi o segundo maior pontuador da partida, atrás apenas do oposto Wallace. A efetividade ofensiva pode ser vista em números, com 58% de aproveitamento nas 12 oportunidades que teve para atacar, além de três pontos de bloqueio. Com a Olimpíada chegando, a definição dos três centrais está cada vez mais incerta, já que Éder e Isac também tiveram boas participações nessa Liga e Lucão, em que pese ainda não ter atingido o nível que se espera dele, foi titular absoluto na seleção neste ciclo olímpico.
Tem sido bom também ver a evolução de Wallace no bloqueio – com quatro pontos no fundamento contra os poloneses, ele vem melhorando a olhos vistos em um aspecto que era seu ponto fraco como atleta de elite. As sequências de erros de saque que o time eventualmente engata são outro aspecto ainda a ser trabalhado, assim como a recepção a saques forçados (Maurício Borges, perseguido pelos poloneses hoje, que o diga…). Até a Olimpíada, porém, há tempo de melhorar isso.
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Considerando-se que, assim como a seleção feminina, o Brasil também tem pegado forte no treino físico com seus atletas de voleibol masculino, é possível dizer que o time está muito bem, obrigado. Antes da fase final da Liga Mundial, a equipe verde-amarela ainda enfrenta a irrelevante Bélgica, neste sábado (2), e a França, no domingo (3), em um teste que vai mostrar como o time se porta diante de adversários que prezam pela velocidade.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
Sobre o blog
O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.