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Seleção feminina vence bem, mas é pouco testada na estreia em 2016

Carolina Canossa

27/05/2016 23h23

Reencontro da seleção com a torcida foi recheado de sorrisos (Foto: Reprodução/Facebook CBV)

A ideia da seleção brasileira feminina de vôlei em ter a República Dominicana como primeiro adversário na temporada era boa: recheado de talentos individuais, como Brenda Castillo, Bethania de La Cruz e Prisilla Rivera, o time caribenho viria com um bom ritmo de jogo por conta do Pré-Olímpico Mundial. Quem sabe até mesmo até chegaria ao Paraná com a vaga olímpica garantida. Além disso, o fato de Marcos Kwiek, ex-integrante da comissão brasileira, ser o técnico poderia colocar uma dificuldade a mais para as comandadas de José Roberto Guimarães.

Infelizmente, essas vantagens não puderam ser aproveitadas na noite desta sexta-feira (27): Castillo e Rivera sequer vieram ao Brasil, enquanto De la Cruz só ameaçou no saque. Em termos coletivos, as dominicanas estiveram ainda mais inconstantes que durante a campanha no Pré-Olímpico, onde terminaram em uma decepcionante sexta colocação entre os oito participantes. Resultado: o placar de 3 sets a 0 (25-12, 25-20 e 25-21) não trouxe muitos elementos a acrescentar na preparação das bicampeãs olímpicas rumo ao Rio-2016.

Saiba notícias sobre a lesão de Jaqueline

A partida foi tão tranquila que, nos minutos finais, Zé Roberto resolveu atender ao pedido da torcida e colocou Sheilla em quadra. A oposta, porém, não entrou em sua posição tradicional, mas sim como ponteira, substituindo Fernanda Garay. Discretamente posicionada na linha de passe, não chegou a fazer nenhuma recepção e sua participação valeu mais para a gente lembrar o quanto a atacante é querida pela torcida. O sorriso envergonhado durante a ovação do público deixou claro que ela ainda não se acostumou com tal idolatria. Que se acostume, pois cenas como essa devem se repetir nos próximos meses.

Falando em se acostumar, Natália precisa se preparar para o fato de que será o grande alvo dos saques adversários nesta temporada. Vítima de um bombardeio em São José dos Pinhais, ela se atrapalhou em determinados momentos. A líbero Camila Brait, por sua vez, surpreendeu ao mostrar grande agilidade em um momento do ano no qual as jogadoras costumam ficar mais lentas por conta do forte trabalho na academia. Um começo promissor, assim como de Roberta, que mostrou personalidade nas poucas vezes em que esteve em quadra. Fabíola que se cuide.

De resto, pouco a dizer: o festival de erros na recepção adversária facilitou demais o trabalho do bloqueio verde-amarelo. Esperamos que no amistoso de domingo (29), as dominicanas joguem melhor. Zé Roberto certamente vai agradecer.

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Para quem ficou curioso, o Brasil jogou a maior parte do tempo com Dani Lins, Tandara, Natália, Fê Garay, Adenízia, Juciely e Camila Brait de líbero. Ainda se recuperando da contusão no tornozelo sofrida durante a Superliga, Gabi foi poupada, assim como Jaqueline, que sofreu uma leve entorse no joelho no treino de quinta (27). A central Carol, com dores, também recebe atenção especial da comissão técnica.

Argentina

Também na noite desta sexta (27), a Argentina resolveu testar sua seleção feminina pela primeira vez, mas se deu mal: diante da Bulgária, que não vem à Rio 2016, as classificadas Panteras perderam por 25-15, 25-21 e 25-14.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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