O mundo do vôlei acordou com uma bomba nesta quarta-feira (18). Em entrevista à emissora russa Match TV, a oposta Ekaterina Gamova, da seleção da Rússia e ex-atleta do Dinamo Kazan, anunciou que está se aposentando.

"Gostaria de agradecer todos os fãs e técnicos que participaram do meu desenvolvimento como atleta, além da minha família, que sempre me apoiou", comentou a jogadora. "Foi uma decisão difícil, mas acho que foi o certo. Pensei muito", destacou.

A decisão de Gamova é ainda mais chocante quando se leva em conta que acontece a menos de três meses da Olimpíada do Rio de Janeiro – semanas atrás, a russa chegou a desmentir boatos de aposentadoria, dizendo que isso a importunava. De acordo com a jogadora, porém, ela não possui condições físicas de tentar ajudar a Rússia a conquistar a sonhada medalha de ouro. Ekaterina Gamova disputou quatro Olimpíadas e tem duas medalhas de prata (Sydney 2000 e Atenas 2004).

"Houve uma longa discussão para ver se eu deveria ou não participar pelo menos da preparação antes da Olimpíada e pro técnico também foi difícil decidir", afirmou.

Não há mais detalhes a respeito de qual seria o problema físico de Gamova. A aposentadoria da atleta, que defendeu o Dinamo Kazan na última temporada, inclui também o voleibol de clubes.

Na Olimpíada de Londres, em 2012, o Brasil finalmente conseguiu se vingar, alcançando uma milagrosa virada nas quartas de final após reverter seis match points. Na ocasião, Gamova deixou a quadra chorando. Quatro anos antes, nos Jogos de Pequim, o Brasil havia massacrado as russas em sets diretos, sem permitir que o adversário passasse dos 16 pontos em sua melhor parcial.

ATUALIZAÇÃO – 11h20

Outra jogadora histórica da Rússia, Lioubov Sokolova, 38 anos, também anunciou nesta manhã que não vai mais jogar. "Conversei com o técnico Yuti Marichev e, para ir às Olimpíadas, você tem que treinar o ciclo completo. Eu não fiz isso e nem quero tomar o lugar de outra pessoa. Encerro minha carreira na seleção e nos clubes", comentou a atleta, que também foi protagonista nos grandes jogos entre Brasil e Rússia dos últimos anos, sendo considerada, apesar da idade, peça importante na linha de passe e na defesa russa.

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