Atenção, Bernardinho, precisa de uma ponteira no Rexona Ades? Tem holandesa querendo jogar no clube carioca. A ponta Anne Buijs, titular do VakifBank na temporada passada e também da seleção da Holanda, mencionou o time que venceu as quatro últimas edições da Superliga e disse que gostaria de trabalhar com o técnico, ainda que considere que não seria fácil conseguir isso. "O estilo brasileiro me atrai, a energia deles, que tecnicamente são, provavelmente, os mais próximos da perfeição. Seria ótimo poder aprender com eles", completou a ponta de 24 anos e 1,91m, numa entrevista ao site americano Volleyverse. Ela apontou Bernardinho como um dos melhores técnicos do mundo.

Segundo a imprensa italiana, o Rexona Ades estaria de olho em outra ponteira holandesa, Celeste Plak, 20 anos, 1,90m, que defendeu o Bergamo nas duas últimas temporadas. Procurado pelo Saída de Rede para comentar a possível contratação de alguma atacante estrangeira para a temporada 2016/2017, pensando não só na Superliga, mas no Mundial de Clubes, que será disputado em outubro, o Rexona Ades informou o seguinte: "Não divulgamos nada (ainda) sobre contratações, renovações nem intenções". O clube disse também que só vai abordar o tema a partir de 1º de junho, quando começa a nova temporada – na encerrada há pouco mais de um mês, a única estrangeira do time era a levantadora americana Courtney Thompson, dispensada após a Superliga.

Precocidade e contusões
No período 2015/2016, Buijs jogou pelo campeão turco VakifBank Istanbul, era colega de time da oposta brasileira Sheilla Castro. A equipe terminou como vice-campeã da Liga dos Campeões da Europa. A ponteira foi dispensada ao final da temporada. Antes de jogar na Turquia, havia passado pelo Lokomotiv Baku, do Azerbaijão, e o Busto Arsizio, da Itália. Ela ainda não começou a negociar com nenhum clube.

Buijs fez sua estreia na seleção holandesa adulta muito jovem, com apenas 16 anos, mas acabou ficando de fora em várias temporadas devido a contusões. Foi titular no Mundial 2014, embora tenha ficado a maior parte do tempo entre as reservas na derrota por 3-1 para o Brasil – começou jogando apenas no quarto set. No ano passado, foi escolhida a melhor ponteira do Montreux Volley Masters e também do Campeonato Europeu. Foi prata no torneio continental, mesma colocação três meses mais tarde no pré-olímpico da Europa, em ambos perdendo a final para a Rússia. A Holanda é favorita a uma das vagas no pré-olímpico mundial, que começa neste sábado (sexta-feira à noite no Brasil), no Japão.

Zé Roberto
Além de Bernardinho, Buijs citou o técnico José Roberto Guimarães, que desde 2014 trabalha apenas com a seleção brasileira feminina – seu último clube foi o extinto Amil Campinas. "Zé Roberto é um dos melhores do mundo, acho que ele ganhou três ou quatro medalhas olímpicas, seria ótimo trabalhar com ele. Nem sei se ele me conhece, mas seria sensacional", afirmou.

Anne Buijs lembrou ainda dos amistosos entre as seleções do Brasil e da Holanda, em 2015. "Nós jogamos alguns amistosos contra as brasileiras no ano passado e ficou claro que o nível delas é mais alto. Houve momentos em que chegávamos perto, equilibrávamos a partida, mas para ganhar teríamos que ser perfeitas o tempo todo e isso não é possível. É muito bom poder enfrentar esses times, assim podemos ver em que estágio nos encontramos, para onde estamos indo e no que precisamos evoluir", analisou a ponteira.

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