Sorteio coloca o Brasil em grupo complicado na terceira fase do Mundial
Carolina Canossa
24/09/2018 09h32
Por Daniel Rodrigues
A seleção brasileira não deverá ter vida fácil nos próximos jogos do Campeonato Mundial. Após um sorteio realizado na manhã desta segunda-feira (24), as seis melhores seleções da segunda fase foram dividas em mais duas chaves de três times. De um lado, formando o Grupo I, estão Brasil, Rússia e Estados Unidos, enquanto Itália, Polônia e Sérvia compõem o Grupo J. Os dois primeiros colocados de cada chave avançam às semifinais do torneio.
Os comandados de Renan Dal Zotto já realizaram oito partidas, vencendo sete delas. O grande teste foi contra a renomada França, em um raro duelo onde o Brasil se sobressaiu no bloqueio e conquistou o triunfo no tie-break. A única derrota veio ainda na primeira fase, quando os brasileiros foram derrotados para a seleção holandesa, por 3 sets a 1. Na segunda etapa, foram duas vitórias tranquilas contra Austrália e Eslovênia, e uma oportunidade de utilizar os jogadores reservas no confronto contra a Bélgica. A vitória foi de virada e veio no set desempante, fechando a participação brasileira em Bolonha (Itália).
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Os próximos desafios do time atual campeão olímpicos prometem ser verdadeiros testes de fogo. O primeiro deles será contra a Rússia, atual campeã da Liga das Nações, após uma vitória enfática contra os anfitriões franceses, em sets diretos, na grande final. Na competição, os russos haviam enfrentado os brasileiros na semifinal e levaram a melhor por tranquilos 3 sets a 0. No Mundial, a seleção russa soma seis vitórias e duas derrotas, para Estados Unidos e Sérvia. O grande pontuador até o momento é o oposto Maxim Mikhaylov, com 104 bolas no chão.
O segundo rival do Brasil será a seleção norte-americana, única invicta do Campeonato Mundial. Com uma campanha impecável, os Estados Unidos estão sendo liderados pelo oposto Matthew Anderson, com 106 pontos até o momento, e é um dos times a ser batido do campeonato. Os brasileiros também enfrentaram os norte-americanos na fase final da Liga das Nações, quando foram derrotados por 3 sets a 0 na disputa pela medalha de bronze.
Diante deste retrospecto, fica nítida a necessidade da seleção brasileira dar os seus 100% na terceira fase do Mundial, se quiser avançar às semifinais. O bloqueio precisará melhorar, assim como o passe, que tem sido instável ao longo da competição, de forma que a distribuição dos levantadores seja homogênea e dificulte a marcação de Wallace e Douglas Souza, os dois principais atacantes brasileiros até o momento.
O primeiro desafio do Brasil será na próxima quarta (26), contra os russos, às 12h (horário de Brasília) e o duelo diante dos Estados Unidos acontecerá na sexta (28), também às 12h.
Sobre a autora
Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.
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