Etapa de Moscou atesta evolução de Alison/Álvaro Filho na corrida olímpica
Neste domingo (18), o Brasil teve dois times no pódio da etapa quatro estrelas de Moscou (Rússia) do Circuito Mundial de vôlei de praia, confirmando um acirramento da disputa na corrida olímpica que selecionará os representantes do país na Olimpíada de Tóquio no que vem.
No masculino, Alison e Álvaro Filho ficaram com a medalha de prata ao serem superados na decisão pelos letões Aleksandrs Samoilovs e Janis Smedins por 2 a 0, com parciais de 21-12 e 21-16. Apesar do revés, a dupla não apenas permaneceu entre os quatro melhores times pela quarta vez consecutiva no Circuito, como agora soma 5.920 pontos na corrida olímpica brasileira.
Nesta temporada 2019, Alison e Álvaro Filho já haviam faturado o ouro em Espinho (Portugal) e Kuala Lumpur (Malásia), além da prata em Viena (Áustria). Para Álvaro, o mais importante é manter a regularidade no Circuito. "Queríamos o ouro, claro, mas estar sempre no pódio, disputando medalhas, é o objetivo inicial. Estamos ajustando e buscando evoluir como time, respeitando muito as outras equipes. Os letões foram superiores, mas temos consciência de que estamos trabalhando forte e no caminho certo", afirmou.
Com a pontuação em Moscou, a equipe diminuiu significativamente a diferença para os líderes Evandro e Bruno Schmidt que, a despeito da queda nas quartas de final para os compatriotas Guto e Saymon, acumularam 480 pontos, chegando aos 6.050. Cabe lembrar que Evandro e Bruno Schmidt já haviam eliminado André Stein e George, equipe que ocupa a terceira posição na corrida, ainda na repescagem da competição.
Já Guto e Saymon, derrotados na semifinal pelos letões, perderam a chance de disputar a primeira medalha no Circuito neste ano. Em função da lesão de Guto, ambos nem entraram em quadra para lutar pelo bronze contra os alemães Julius Thole e Clemens Wickler, atuais vice-campeões mundiais que foram declarados vencedores e ficaram com o terceiro lugar. Ainda assim, os brasileiros levaram 560 pontos, chegando aos 3.130, pontuação que ultrapassa os 2.800 de Pedro Solberg e Vitor Felipe.
No feminino, Talita e Taiana também garantiram a prata, subindo ao pódio pela primeira vez nesta temporada. Após eliminar na semi a tricampeã olímpica Kerri Walsh e sua parceira Brooke Sweat, dos Estados Unidos, a dupla foi batida na final pelas suíças Anouk Vergé-Dépré e Joana Heidrich por 2 a 1 (parciais de 21-18, 16-21 e 15-8).
Assim, com os 720 pontos conquistados, elas chegaram aos 4.280, passando a frente de Fernanda Berti e Barbara Seixas, que seguem com 3.820, ocupando agora a quinta posição na corrida olímpica.
As norte-americanas, que ficaram com o bronze ao vencerem as alemães Julia Sude e Karla Borger, já haviam derrotado Ana Patrícia e Rebecca nas quartas de final. Com isso, pela quinta colocação, as brasileiras contabilizaram 480 pontos na corrida, alcançando 6.120. Ágatha e Duda caíram no torneio ainda nas oitavas, mas seguem na ponta com uma pequena margem – tem 6.310 pontos. Já Carol Solberg e Maria Elisa permaneceram na terceira posição com 4.980.
Somente os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial (disputados entre março de 2019 e fevereiro de 2020), contam pontos para a disputa na corrida olímpica brasileira. Cada competição possui peso correspondente de acordo com o número de estrelas. Até o momento, tivemos 12 etapas no masculino e 11 no feminino.
As equipes podem descartar as piores participações, contabilizando apenas os 10 melhores resultados. São válidos apenas os pontos obtidos como dupla. Cada país pode ser representado por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
CONFIRA A CORRIDA OLÍMPICA BRASILEIRA:
Feminino
Ágatha/Duda – 6.310 pontos
Ana Patrícia/Rebecca – 6.120 pontos
Carol Solberg/Maria Elisa – 4.980 pontos
Talita/Taiana – 4.280 pontos
Fernanda Berti/Bárbara Seixas – 3.820 pontos
Masculino
Evandro/Bruno Schmdit – 6.050 pontos
Alison/Álvaro Filho – 5.920 pontos
André Stein/George – 4.770 pontos
Guto/Saymon – 3.130 pontos
Pedro Solberg/Vitor Felipe – 2.800 pontos
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