Zaksa Kedzierzyn-Kozle – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Adenizia se destaca no bloqueio e briga pela liderança esquenta na Itália http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/02/26/adenizia-se-destaca-no-bloqueio-e-briga-pela-lideranca-esquenta-na-italia/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/02/26/adenizia-se-destaca-no-bloqueio-e-briga-pela-lideranca-esquenta-na-italia/#respond Mon, 26 Feb 2018 09:00:32 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12166

Adenizia: cinco blocks contra Conegliano (foto: divulgação/Scandicci Volley)

Melhor jogadora de meio de rede da liga italiana, Adenizia cumpriu mais uma boa jornada no fim de semana. Sua equipe, o Savino Del Bene Scandicci, venceu o Imoco Volley Conegliano, líder da competição, fora de casa, por 3 a 0 (25-14, 25-22, 25-20), e deixou ainda mais acirrada a briga pela ponta da tabela. Para variar, a brasileira se destacou no bloqueio.

Dos seis pontos anotados pelo Scandicci no bloqueio, nada menos que cinco foram da central brasileira. Maior bloqueadora da competição, Adenizia chegou a 78 anotações nesse quesito (a segunda colocada tem 63), com a média de 1,1 ponto/set (a média da concorrente mais próxima é de 0,83).

Faltando duas rodadas para o fim da fase classificatória, o Conegliano estacionou nos 49 pontos, com 17 vitórias, e ainda pode ser alcançado pelo vice-líder Igor Gorgonzola Novara, que fez 3-1 no Saugella Team Monza e foi a 46 pontos e 15 vitórias, bem como pelo próprio Scandicci, que tem 16 triunfos e 45 pontos na temporada.

A próxima rodada do campeonato, no domingo que vem, terá um duelo entre Conegliano e Novara. No sábado, o Scandicci pega o Foppapedretti Bergamo, que precisa desesperadamente de uma vitória para não ser eliminado da briga por um lugar nos playoffs.

Na penúltima rodada da liga masculina da Itália, no domingo, o Azimut Modena, venceu o líder Sir Safety Conad Perugia por 3 a 2 (21-25, 25-20, 25-20, 21-25, 15-13), mas não tem mais chance de terminar essa fase na segunda posição: com a vitória do Lube Civitanova também por 3-2 sobre o Piacenza, a equipe do levantador Bruno e do ponta francês Earvin N’gapeth se consolidou no terceiro posto da tabela – o Perugia já havia garantido o primeiro lugar.

Siga o @saidaderede no Twitter
Curta a página do Saida de Rede no Facebook

Turquia
Em má fase na temporada – ainda mais, depois da eliminação precoce na Champions League, no meio da semana –, o Fenebahçe se deu mal na última rodada da primeira fase da liga turca feminina de vôlei.

Fenerbahçe não passou pelo Seramiksan e caiu na tabela (Fenerbahçe)

Ainda sem contar com Natália, as atuais campeãs nacionais perderam para o Seramiksan (da ponta sérvia Tijana Malesevic), nono colocado do campeonato, e caíram do terceiro para o quarto lugar. Na prática, o revés por 3 a 0 (25-20, 25-17, 25-15) para uma equipe eliminada dos playoffs colocou o Fenerbahçe em rota de colisão, numa hipotética semifinal, com o Eczacibasi VitrA – líder da competição.

Nas quartas de final, o Fenerbahçe pega o Bursa Sehíd, quinto colocado. Já o Nilüfer, da central brasileira Carol, que terminou na oitava posição, jogará contra o Eczacibasi.

Rússia
Com o Zenit Kazan disparado na ponta e o Belogorie Belgorod afincado à segunda posição, a boa briga na liga russa masculina é pelo terceiro lugar na tabela: a uma rodada  do fim da fase de classificação, o Dínamo Moscou (terceiro) tem 18 vitórias, enquanto o Fakel (quarto) e o Zenit São Petersburgo (quinto) têm 17 triunfos.

Dínamo Moscou está de olho na terceira posição da liga russa (divulgação)

Pela liga feminina, não houve partidas no fim de semana, mas os playoffs das quartas de final já estão em andamento. Sem surpresa, o Dínamo Kazan vence a série contra o Sakhalin por 1 jogo a 0, mesma situação do Dínamo Moscou contra o Leningradka. As segundas partidas das séries serão disputadas entre o próximo sábado (03/3) e segunda-feira (05/3).

Polônia
Depois de um revés para o Onico Warszawa, por 3-2, no meio da semana, o Zaksa Kedzierzyn-Kozle voltou a vencer na PlusLiga. No sábado, o líder do campeonato aplicou um 3 a 1 sobre o Lucziczka Bydgoszcz e foi a 62 pontos e 21 vitórias em 23 jogos.

A briga está boa, no entanto, na segunda posição, já que o Warszawa foi surpreendido pelo lanterna Bielsko-Biala, que venceu por 3-1, e voltou ao terceiro posto no campeonato, atrás do vice-líder PGE Skra Belchatow graças ao set average.

Chemik Police abriu boa vantagem sobre segundo lugar (foto: Krzysztof Cichomski)

Na liga feminina, o Chemik Police venceu o Legionovia Legionowo por 3-0 e disparou na liderança, com 51 pontos. O LKS Lodz, da ponta Regiane, joga na terça-feira contra o Bielsko-Biala muito mais preocupado em manter o segundo posto do que em alcançar o sexteto líder: o time tem 44 pontos e só está á frente do terceiro colocado (Developres SkyRes Rzeszow) por causa do número de vitórias – 16 a 15.

Faltam quatro rodadas para o fim da fase de classificação do campeonato feminino e sete  para o masculino.

]]>
0
De olho na Champions, Fenerbahçe vence na liga turca http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/01/22/de-olho-na-champions-fenerbahce-vence-na-liga-turca/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/01/22/de-olho-na-champions-fenerbahce-vence-na-liga-turca/#respond Mon, 22 Jan 2018 08:00:45 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=11486

Fenerbahçe venceu Besiktas em cinco sets (foto: divulgação/Fenerbahçe)

Às vésperas de um jogo que pode definir sua sorte na Liga dos Campeões feminina, o Fenerbahçe precisou do tie break para ganhar mais uma no campeonato nacional. Neste domingo, a equipe de Natália bateu o Besiktas por 3 a 2, com parciais de 19-25, 25-21, 20-25, 25-23, 15-13. A ponteira brasileira anotou 15 pontos, com destaque para seis no ataque em seis tentativas efetuadas na segunda parcial. A oposta Polina Rahimova obteve 23 acertos.

Terceiro colocado na liga turca – atrás do Eczacibasi VitrA, que fez 3-0 sobre o Nilufer, e do VakifBank, que venceu o Galatasaray por 3-1 –, o Fenerbahçe se prepara, agora, para um jogo potencialmente decisivo na Champions League.

Na quinta-feira (25), o time turco, que está na segunda posição do grupo B do torneio continental, com quatro pontos, recebe o Imoco Volley Conegliano, líder da chave (seis pontos) e primeiro colocado da liga italiana. Se não vencer, o Fenerbahçe pode ser ultrapassado pelo Igor Gorgonzola Novara (Itália), que joga em casa no mesmo dia diante do fraco Agel Prostejov, da Rep. Tcheca.

Natália: 15 pontos contra Besiktas

Os jogos valem pela terceira rodada da fase de grupos da competição europeia. Depois dela, o Fenerbahçe jogará duas partidas como visitante contra as esquadras italianas e pega o Agel Prostejov em Istambul. Noutras palavras, se não vencerem esta semana, as atuais campeãs turcas podem se complicar um bocado no torneio.

Apenas os vencedores de cada grupo da Liga dos Campeões feminina têm vaga assegurada na sequência da competição. Além dessas quatro equipes, as três melhores segundas colocadas também passam de fase. Daí, seis times disputarão os playoffs e um seguirá direto às semifinais, como representante da cidade-sede do Final Four.

Na liga turca masculina, o Ziraat Bankasi perdeu, no domingo, por 2 a 3 para o Arkas Spor (28-30, 25-16, 25-20, 20-25, 15-12), de João Paulo Bravo, e só mantém a liderança graças ao sistema de bonificação adotado na competição.

O Halkbank, do ponta Lucas Lóh, bateu o Besiktas em sets diretos (25-23, 25-14, 25-16), com 11 anotações do atacante brasileiro, e chegou às mesmas 14 vitórias do Ziraat. O Arkas, com dez vitórias, está na terceira posição.

Siga o @saidaderede no Twitter
Curta a página do Saida de Rede no Facebook

POLÔNIA
Regiane foi a maior pontuadora da partida no triunfo do LKS Lodz, no sábado, diante do Trefl Proxima Krakow, fora de casa, por 3 sets a 1 (25-19, 25-27, 25-22, 25-15). A brasileira obteve 50% de aproveitamento no ataque e marcou 26 pontos no geral.

A equipe de Lodz permanece em primeiro lugar na Orlen Liga, um ponto à frente do Chemik Police – que fez 3-0 sobre o Budowlani Torun, com 20 pontos da oposta Katarzyna Zaroslinska.

Muzaj, do Jastrzebski, enfrenta block do Belchatow (foto: PlusLiga)

O Zaksa Kedzierzyn-Kozle ainda nada de braçada na PlusLiga, mas não pode mais se gabar da condição de imbatível. No domingo, os líderes do campeonato masculino receberam o Asseco Resovia Rzeszow – quarto colocado – e perderam de virada por 3 a 1 (21-25, 25-22, 27-25, 25-22).

Mesmo com a derrota – a primeira em 18 rodadas –, o Zaksa ainda mantém uma distância confortável de nove pontos sobre o vice-líder PGE Skra Belchatow, que também perdeu neste domingo – 2 a 3 para o Jastrzebski Wegiel, com 22 pontos anotados pelo jovem oposto Maciej Muzaj, de quem o SdR já falou noutra ocasião.

ITÁLIA
Substituído pelo ponta holandês Marten van Garderen, o ponta Earvin N’gapeth viu, do banco, o Azimut Modena bater o Cucine Lube Civitanova por 3 a 0 (25-23, 25-21, 25-19), no domingo, fora de casa, com um aproveitamento de 79% no ataque do oposto Andrea Argenta. O francês entrou apenas no decorrer do segundo e terceiro sets.

Com a derrota do Civitanova, o Sir Safety Conad Perugia – que fez 3-0 contra o lanterna Biosì Indexa Sora – disparou na liderança da liga italiana masculina de vôlei, chegando a 51 pontos, quatro a mais que o segundo colocado. O Modena ocupa a terceira posição, com 45, seguido do Diatec Trentino – que bateu o Calzedonia Verona por 3 a 1 e ultrapassou o rival na classificação.

Trentino, de Kovacevic, vence e ultrapassa Verona (foto: Marco Trabalza)

Na competição feminina, a situação na parte de cima da tabela permanece a mesma já há algumas rodadas: o Imoco Volley Conegliano, que fez 3-1 no Foppapedretti Bergamo, com 19 acertos da ponta norte-americana Kimberly Hill, está na primeira posição, seguido do Novara, que contou com 23 pontos de Paola Egonu para marcar 3-0 sobre o Liu Jo Nordmeccanica Modena.

Única equipe a vencer fora de seu reduto nesta 16ª rodada, o Savino Del Bene Scandicci fez 3 a 1 sobre o Lardini Filottrano (22-25, 25-18, 25-15, 25-17), com oito pontos da central Adenizia e 27 da oposta sueca Isabelle Haak, e segue em terceiro.

RÚSSIA
Nada de novo sob o sol na Rússia. Os times de Kazan seguem dominantes e a cidade dificilmente deixará de comemorar os títulos nos dois naipes.

O Dínamo Kazan visitou o lanterna Dínamo Krasnodar no sábado e não permitiu que as anfitriãs chegassem a 20 pontos em nenhuma parcial. Com 15 pontos no geral da oposta Nataliya Mammadova e sete no bloqueio da central Anastasiya Samoylenko, as líderes da liga russa feminina venceram com parciais de 25-15, 25-14, 25-17.

Quem suou a camisa foi o vice-líder Dínamo Moscou, que precisou de 25 pontos de Goncharova e do tie break para bater, fora de casa, o quarto colocado da competição, o Zarechye Odintsovo (22-25, 25-17, 26-24, 22-25, 15-11).

Zenit Kazan, de León, segue liderando na Rússia (foto: Roman Kruchinin)

Entre os homens, o Zenit Kazan aplicou um 3-1 sobre o Kuzbass Kemerovo (25-15, 25-21, 22-25, 25-22) e manteve a diferença de três pontos sobre o Belogorie Belgorod – que fez 3-0 sobre o Yaroslavl.

Destaque para a vitória por 3 a 1 do Lokomotiv Novosibirsk sobre o terceiro colocado do campeonato, o Fakel Novyi Urengoy, com 27 pontos do oposto alemão Grozer. O resultado levou os campeões europeus de 2013 ao sétimo lugar, a apenas uma vitória e três pontos do Dínamo Moscou – quarto colocado.

]]>
0
Marcelo Mendez: duelo contra Zenit Kazan “será definido nos detalhes” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/16/marcelo-mendez-duelo-contra-zenit-kazan-sera-definido-nos-detalhes/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/16/marcelo-mendez-duelo-contra-zenit-kazan-sera-definido-nos-detalhes/#respond Sat, 16 Dec 2017 08:00:37 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10817

O treinador destacou a melhora na relação bloqueio-defesa a partir do saque mais consistente (fotos: FIVB)

O técnico do Sada Cruzeiro, Marcelo Mendez, conhece bem o Zenit Kazan, adversário da semifinal do Mundial de Clubes neste sábado (16), em Cracóvia, na Polônia. Foi diante desse time russo que a equipe mineira conquistou os dois últimos dos seus três títulos na competição. Para chegar a mais uma decisão, Mendez terá que fazer seu clube superar outra vez o Zenit, cinco vezes campeão da Champions League. “Vai ser um jogo muito equilibrado, sem favorito, que será definido nos detalhes, não tenha dúvida”, disse o treinador argentino ao Saída de Rede. A partida começa logo mais, às 14h30 (de Brasília), com transmissão do SporTV.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

Entre um treino e uma sessão de vídeo, Mendez falou brevemente com o SdR. “O ataque do Zenit pelas extremidades é forte demais, o saque deles também é muito bom. Antes de qualquer coisa, temos que ter em mente que para vencer é preciso fazer o coletivo prevalecer do nosso lado, jogar como um time”, afirmou o técnico, que além do tricampeonato mundial conduziu o Sada Cruzeiro ao tetra sul-americano e ao penta da Superliga, entre vários títulos.

O técnico abraça o central Simón após a vitória sobre o Zaksa

Saque
Marcelo Mendez ressaltou a evolução da equipe após a estreia desastrosa diante do italiano Lube Civitanova. “No primeiro jogo, sofremos muito com o saque do Civitanova, nossa linha de passe não funcionou direito, mas o time se ajustou depois. Fomos crescendo no saque, um fundamento que se torna ainda mais importante numa competição tão curta como essa. Com a melhora no serviço, tornou-se mais eficiente a relação bloqueio-defesa”, comentou. Isso pôde ser visto na última partida da primeira fase, quando o Sada Cruzeiro castigou o bicampeão polonês Zaksa Kedzierzyn-Kozle, depois de uma exibição razoável na vitória contra o iraniano Sarmayeh Bank.

Na outra semifinal, às 17h30, o Civitanova enfrenta a equipe polonesa Skra Belchatow, também com exibição pelo SporTV.

A final do Mundial de Clubes será domingo (17), às 17h30. Antes, às 14h30, haverá a disputa da medalha de bronze.

]]>
0
“Sada Cruzeiro não é favorito desta vez”, dispara Mikhaylov http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/15/sada-cruzeiro-nao-e-favorito-desta-vez-dispara-mikhaylov/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/15/sada-cruzeiro-nao-e-favorito-desta-vez-dispara-mikhaylov/#respond Fri, 15 Dec 2017 08:00:41 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10793

Maxim Mikhaylov, do Zenit Kazan: “Nossa equipe é experiente, está bem preparada” (foto: CEV)

O oposto/ponta Maxim Mikhaylov, do Zenit Kazan e da seleção russa, acumula diversos títulos e prêmios individuais em grandes competições, mas ainda não conseguiu subir ao lugar mais alto do pódio no Mundial de Clubes. Ficou no quase nas duas últimas temporadas, recebendo a medalha de prata em ambas após seu clube ser derrotado pelo Sada Cruzeiro na decisão. Este ano, o time russo e o brasileiro se encontrarão na semifinal do torneio, disputado na Polônia. “O Sada Cruzeiro não é favorito desta vez”, afirmou Mikhaylov nesta quinta-feira (14), referindo-se ao fator torcida como essencial para as vitórias da equipe mineira, que jogava em casa nas duas ocasiões.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

Cruzeiro e Zenit se enfrentam na primeira semifinal, no sábado (16), às 14h30 (horário de Brasília), em Cracóvia. Na sequência, às 17h30, o italiano Lube Civitanova enfrenta o polonês Skra Belchatow. O SporTV mostra as duas partidas.

O time brasileiro, antes dos dois títulos conquistados sobre o Zenit Kazan em 2015 e em 2016, venceu também como anfitrião o Mundial 2013, derrotando na final outra equipe russa, o Lokomotiv Novosibirsk. Agora o Sada, que tem ainda uma prata da edição de 2012, tenta ganhar a competição pela primeira vez longe dos seus domínios. Já o clube rival acumula duas pratas e dois bronzes no torneio – além dos dois vice-campeonatos, Mikhaylov participou da campanha do bronze em 2011.

O atacante foi MVP da Champions League e do Europeu de seleções este ano (FIVB)

Elogio ao rival
Apesar de confiante, o atacante russo de 29 anos e 2,02m, dono de duas medalhas olímpicas (ouro em Londres 2012 e bronze em Pequim 2008), não arrisca um palpite sobre quem ficará com o título no domingo (17). Ele reconheceu a força do Sada Cruzeiro e apontou o ataque e o saque como os pontos fortes do adversário. “O Sada tem mais de um jogador capaz de decidir uma partida”, completou, sem citar nomes.

Maxim Mikhaylov aposta no saque, o principal trunfo do Zenit Kazan na avaliação dele, para barrar o tricampeão mundial no sábado. Na final do Mundial 2016, por exemplo, o clube russo optou pelo flutuante no primeiro set, sem sucesso. Depois começou a forçar. Porém, não bastassem os inúmeros erros na execução do serviço pelo Zenit, o Sada passou com eficiência – vitória brasileira por 3-0. “Quando nosso saque entra, fica muito difícil nos parar”, disse Mikhaylov, que está no Zenit desde 2010.

Na estreia do Mundial 2017, o Sada Cruzeiro viu sua linha de passe desmoronar com os petardos do Civitanova no serviço e caiu por 0-3. Mas o time mineiro se recuperou e derrotou, também em sets diretos, o iraniano Sarmayeh Bank e o bicampeão polonês Zaksa Kedzierzyn-Kozle, com uma atuação demolidora neste último jogo. O Zenit, pentacampeão da Champions League, não perdeu sets até aqui, mas teve um grupo mais fácil, com o argentino Bolívar, o chinês Shanghai Volleyball e o polonês Skra Belchatow. O Sada será sua primeira prova de fogo.

Vladimir Alekno é o técnico do Zenit Kazan (FIVB)

Experiência
“Nossa equipe é experiente, sabe ajustar a forma de jogar de acordo com o adversário, está bem preparada”, comentou Maxim Mikhaylov. O time tem ainda como destaques o ponta cubano naturalizado polonês Wilfredo León e o ponta/oposto americano Matt Anderson. O técnico é Vladimir Alekno, bastante conhecido pelo torcedor brasileiro – era ele quem comandava a seleção russa em Londres 2012, quando conseguiu uma virada histórica contra o Brasil na disputa da medalha de ouro.

MVP da Champions League e do Europeu de seleções este ano, entre outros prêmios de melhor jogador ao longo da carreira, Mikhaylov destacou o nível desta edição da competição. “Este é sem dúvida o Mundial de Clubes mais forte já realizado. Praticamente todas as equipes são muito boas”.

Colaborou Anna Daniluk, de Lodz

Veja a tabela do Mundial de Clubes 2017, na Polônia (horário de Brasília):

Grupo A – em Opole
12.12 – Zaksa (POL) 3-2 Sarmayeh Bank (Irã)
12.12 – Sada Cruzeiro (BRA) 0-3 Civitanova (ITA)
13.12 – Zaksa (POL) 2-3 Civitanova (ITA)
13.12 – Sada Cruzeiro (BRA) 3-0 Sarmayeh Bank (Irã)
14.12 – Sada Cruzeiro (BRA) 3-0 Zaksa (POL)
14.12 – Sarmayeh Bank (Irã) 0-3 Civitanova (ITA)

Grupo B – em Lodz
12.12 – Zenit Kazan (RUS) 3-0 Personal Bolívar (ARG)
12.12 – Skra Belchatow (POL) 3-0 Shanghai (CHN)
13.12 – Zenit Kazan (RUS) 3-0 Shanghai (CHN)
13.12 – Skra Belchatow (POL) 3-1 Personal Bolívar (ARG))
14.12 – Personal Bolívar (ARG) 2-3 Shanghai (CHN)
14.12 – Skra Belchatow (POL) 0-3 Zenit Kazan (RUS)

Semifinais – em Cracóvia
16.12 – 14h30: Sada Cruzeiro (BRA) vs. Zenit Kazan (RUS)
16.12 – 17h30: Skra Belchatow (POL) vs. Civitanova (ITA)

Finais – em Cracóvia
17.12 – 14h30: decisão do 3º lugar
17.12 – 17h30: decisão do 1º lugar

]]>
0
León diz que Zenit Kazan não jogou como deveria http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/13/leon-diz-que-zenit-kazan-nao-jogou-como-deveria/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/13/leon-diz-que-zenit-kazan-nao-jogou-como-deveria/#respond Wed, 13 Dec 2017 15:15:08 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10758

O ponteiro Wilfredo León é um dos destaques do clube russo Zenit Kazan (fotos: FIVB)

Apesar de ter estreado com uma vitória tranquila, o ponta cubano naturalizado polonês Wilfredo León não está satisfeito com o voleibol apresentado pelo clube russo Zenit Kazan, sua equipe desde 2014, que tenta pela primeira vez conquistar o Mundial de Clubes. “Não jogamos como deveríamos, enfrentamos algumas situações difíceis, talvez porque só treinamos duas vezes na Polônia antes da partida inicial”, disse León, um dos melhores atacantes do mundo, que conta com a autorização da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) para defender a seleção polonesa a partir de 2019. Nesta terça-feira (12), em Lodz, na Polônia, o Zenit Kazan, cinco vezes campeão europeu e que no Mundial acumula duas pratas e dois bronzes, venceu o argentino Bolívar por 3-0 (25-20, 25-19, 25-17) – León marcou 13 pontos.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

“Em Kazan nós damos ênfase ao treinamento de ataque e bloqueio, então esses aspectos funcionaram bem contra o Bolívar, mas temos que melhorar no restante para pensar em título”, observou o ponteiro de 24 anos e 2,02m. León tem duas pratas no torneio, conquistadas nas duas últimas edições, cujas decisões foram perdidas para o Sada Cruzeiro. Ele não quis fazer comentários sobre as equipes da outra chave, disputada na cidade de Opole, onde estão o time mineiro tricampeão mundial, o italiano Lube Civitanova, o iraniano Sarmayeh Bank e o polonês Zaksa Kedzierzyn-Kozle. Além de León, o Zenit Kazan conta também com nomes de peso como o ponta/oposto americano Matt Anderson e o oposto Maxim Mikhaylov.

León disse que seu time vai bater o Skra Belchatow

Confiança
O atacante tem sua atenção voltada, por enquanto, para o polonês Skra Belchatow, adversário desta quinta-feira (14), às 17h30 (horário de Brasília). “O Skra joga em casa, tem o apoio de uma torcida apaixonada, vai ser um jogo muito difícil e, com certeza, a melhor partida da chave. Mas eu digo que sairemos com a vitória”, comentou, esbanjando confiança. Logo mais, nesta quarta-feira (13), às 14h30, o Zenit Kazan entra em quadra contra o time chinês Shanghai Volleyball, que na estreia perdeu para o Skra por 0-3.

Os dois primeiros de cada grupo seguem para Cracóvia. No sábado (16) serão disputadas as semifinais. A final será domingo. O SporTV transmite os jogos do Sada Cruzeiro na primeira fase e as partidas das finais do Mundial de Clubes.

Colaborou Filip Gradek, de Lodz

]]>
0
Rumo ao tetra mundial, Sada Cruzeiro terá mais europeus pelo caminho http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/11/rumo-ao-tetra-mundial-sada-cruzeiro-tera-mais-europeus-pelo-caminho/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/11/rumo-ao-tetra-mundial-sada-cruzeiro-tera-mais-europeus-pelo-caminho/#respond Mon, 11 Dec 2017 08:00:55 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10726

Tricampeão, Sada Cruzeiro tenta vencer mundial longe de sua torcida pela primeira vez (foto: FIVB)

A disputa pelo título mundial masculino de clubes 2017 começa nesta terça-feira, na Polônia, com algumas novidades em relação aos campeonatos anteriores e quatro equipes de ponta do voleibol europeu (em vez de um ou dois, como ocorrera nas edições passadas) como maiores obstáculos à quarta conquista do Sada Cruzeiro no campeonato.

Em termos logísticos, a competição deixa o calor mineiro, que acolheu as quatro últimas edições da competição (três vezes em Betim, uma em Belo Horizonte) e encontra o inverno polonês. É certo que a estação mais fria do ano só chega ao hemisfério norte no dia 22 deste mês, mas o país sede do torneio tem experimentado alguns períodos de temperaturas negativas nos últimos dias e a previsão, segundo o site AccuWeather, é de que a situação permaneça assim entre a primeira rodada do mundial e o domingo (17), dia da final. Sorte que os ginásios poloneses têm calefação.

Será, aliás, a primeira vez desde 2009, quando voltou a ser disputado depois de um hiato de 17 anos, que a versão masculina do torneio será na Europa.

Outra modificação em relação às edições passadas do mundial de clubes é que o campeonato deste ano será disputado em mais de uma cidade. Na primeira fase, o grupo A (Sada Cruzeiro, Lube Civitanova, Sarmaeyh Teerã e Zaksa Kedzierzyn-Kozle) está na cidade de Opole, num remodelado ginásio para 3,5 mil espectadores. Já o grupo B (Zenit Kazan, Personal Bolivar, PGE Skra Belchatow e Shangai) ficará na Atlas Arena, o imponente ginásio de Lodz, que poderá receber um publico de até 12,1 mil pessoas. As semifinais e as finais serão na Tauron Arena, em Cracóvia, que tem capacidade para 14,7 mil torcedores.

(Tanto o ginásio de Lodz quanto o de Cracóvia receberam partidas do mundial de seleções em 2014 – o Brasil, inclusive, disputou a terceira fase na Atlas Arena.)

Siga o @saidaderede no Twitter
Curta a página do Saida de Rede no Facebook

Grupo A
O Sada Cruzeiro que foi para a Polônia tem uma mudança significativa em relação ao sexteto campeão do ano passado: saiu o levantador William, MVP do último mundial, veio o armador argentino Nicolás Uriarte. Por outro lado, jogadores importantes, como o meio de rede cubano Robertlandy Simón, o ponteiro naturalizado brasileiro Yoandy Leal e o oposto Evandro, seguem no grupo, assim como os demais titulares do time campeão em 2016 – o meio de rede Isac, o líbero Serginho e os ponteiros Filipe e Rodriguinho, que se revezaram durante aquele torneio.

Nesta temporada, o time conquistou o campeão mineiro e Supercopa, e lidera a Superliga, com um jogo a mais que o Sesc, vice-líder, com dez vitórias em 11 partidas – foi batido apenas pelo EMS Taubaté Funvic, no tie break.

Diferentemente de outras edições, em que confrontou ao menos dois rivais de pouca expressão na primeira fase, o time mineiro terá ao menos dois adversários de peso na luta para avançar às semifinais e um terceiro que pode atrapalhar a vida dos favoritos.

Logo na estreia, o Cruzeiro encara o Lube Civitanova, líder da liga italiana. Os rivais cruzeirenses da terça-feira têm nomes bastante conhecidos do público brasileiro, como os norte-americanos Micah Christenson (levantador) e Taylor Sander (ponteiro), o oposto búlgaro Tsevtan Sokolov, o líbero francês Jenia Grebennikov e o atacante ítalo-cubano Osmany Juantorena – é uma das “seleções mundiais” que disputam o torneio.

Terceiro colocado na Liga Campeões passada, o Civitanova se classificou para o campeonato graças a um novo critério da FIVB: têm vaga no torneio os campeões nacionais dos dois países mais bem ranqueados que ainda não tenham representantes na competição. Assim, tanto o campeão italiano (o caso do Civitanova) quanto o Bolívar (campeão argentino) se qualificaram para jogar na Polônia.

Zaksa Kedzierzyn-Kozle é um dos rivais do Cruzeiro no grupo A (foto: CEV)

Outro time de relevo na chave cruzeirense é o Zaksa Kedzierzyn-Kozle, líder invicto da PlusLiga (a liga polonesa masculina de vôlei), classificado como atual campeão do país sede. Comandado pelo levantador francês Benjamin Toniutti, a equipe conta com o ponteiro belga Sam Deroo e os jogadores da seleção polonesa Matesz Bieniek (central), Pawel Zatorski (líbero) e Rafal Buszek (ponta).

É bem provável que a disputa por duas vagas às semifinais fique entre três equipes, mas elas não podem descuidar do Sarmayeh Bank Teerã, atual bicampeão iraniano e asiático. Com apenas o experiente levantador polonês Lukasz Zigadlo como estrangeiro, a equipe tem várias peças importantes da seleção nacional, com destaque para o central Seyed Mousavi, um dos melhores do mundo no meio de rede, e os pontas Shahram Marmoudi e Farhad Gaemi.

Grupo B
A disputa na outra chave pelos dois primeiros lugares, dentro das condições normais de temperatura e pressão, deve ficar entre Zenit Kazan e PGE Skra Belchatow.

Wilfredo León é uma das estrelas do Zenit Kazan (foto: CEV)

Vice-campeão nas duas últimas edições do mundial e vencedor das três últimas Ligas dos Campeões, o Zenit Kazan, do cubano naturalizado polonês Wilfredo León, do norte-americano Matt Anderson e do oposto Maxim Mikhaylov, talvez seja o grande favorito à conquista do troféu na Polônia. Primeiro colocado na liga russa, a equipe, inclusive, levantou a Copa da Rússia no domingo passado (dia 3).

Já o Belchatow, segundo na liga polonesa, chegou ao mundial por conta do wild card, e é forte candidata a uma vaga às semifinais. A equipe tem jogadores de seleção, como os centrais Lisinac (Sérvia) e Karol Klos (Polônia), o levantador polonês Grzegorz Lomacz, além do veterano oposto Mariusz Wlazly, que conduziu a Polônia ao título mundial de 2014.

Nessa briga, o Personal Bolívar, da Argentina, clube defendido pelo oposto brasileiro Théo, e que conta como o central Pablo Crer e o levantador Demián Gonzalez, parece correr por fora. Já o Shangai Volleyball Club, que recebeu o wild card da FIVB e tem no elenco os pontas Facundo Conte e Julien Lyneel (que, curiosamente, ia para o Bolívar nesta temporada, mas acabou assinando contrato com os chineses), é o grande azarão do campeonato.

O torneio terá transmissão do SporTV. Veja a tabela do certame, pelo horário de Brasília:

Grupo A – Opole
12.12 – 14h30: Zaksa (POL) vs. Sarmayeh Bank (Irã)
12.12 – 17h30: Sada Cruzeiro (BRA) vs. Civitanova (ITA)
13.12 – 14h30: Zaksa (POL) vs. Civitanova (ITA)
13.12 – 17h30: Sada Cruzeiro (BRA) vs. Sarmayeh Bank (Irã)
14.12 – 14h30: Zaksa (POL) vs. Sada Cruzeiro (BRA)
14.12 – 17h30: Sarmayeh Bank (Irã) vs. Civitanova (ITA)

Grupo B – Lodz
12.12 – 14h30: Zenit Kazan (RUS) vs. Personal Bolívar (ARG)
12.12 – 17h30: PGE Skra Belchatow (POL) vs. Shangai (CHN)
13.12 – 14h30: Zenit Kazan (RUS) vs. Shangai (CHN)
13.12 – 17h30: PGE Skra Belchatow (POL) vs. Personal Bolívar (ARG))
14.12 – 14h30: Personal Bolívar (ARG) vs. Shangai (CHN)
14.12 – 17h30: PGE Skra Belchatow (POL) vs. Zenit Kazan (RUS)

Semifinais – Cracóvia
16.12 – 14h30: 1ºA vs. 2ºB
16.12 – 17h30: 1ºB vs. 2ºA

Finais – Cracóvia
17.12 – 14h30: decisão do 3º lugar
17.12 – 17h30: decisão do 1º lugar

 

]]>
0
“Sada Cruzeiro é tudo o que nosso time gostaria de ser”, diz Christenson http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/10/sada-cruzeiro-e-tudo-o-que-nosso-time-gostaria-de-ser-diz-christenson/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/10/sada-cruzeiro-e-tudo-o-que-nosso-time-gostaria-de-ser-diz-christenson/#respond Sun, 10 Dec 2017 08:00:25 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10691

O Civitanova, com astros de várias seleções, é o adversário de estreia do Cruzeiro (foto: Lega Pallavolo Serie A)

O Lube Civitanova, atual campeão italiano, vive um bom momento na liga local. Esta semana, porém, o time muda o foco e encara um desafio inédito, o Mundial de Clubes, na Polônia. Logo na estreia, nesta terça-feira (12), às 17h30 (horário de Brasília), uma pedreira: o tricampeão mundial Sada Cruzeiro – completam a chave o bicampeão polonês Zaksa Kedzierzyn-Kozle e o iraniano Sarmayeh Bank Teheran, campeão asiático.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

Responsável pela distribuição na verdadeira constelação que é o Civitanova, o levantador americano Micah Christenson bateu mais uma vez um papo com o Saída de Rede e não poupou elogios ao rival brasileiro. “Aquela equipe é fortíssima, não tem mais nada a provar. O Sada Cruzeiro é tudo o que nosso time gostaria de ser. Esperamos um jogo duríssimo”, afirmou Christenson, que neste sábado (9) atuou em mais uma rodada da liga italiana, na vitória do Civitanova por 3-2 sobre o Padova.

Christenson arma jogada numa partida da liga italiana (Lega Pallavolo Serie A)

Favoritos
“Vejo o Sada e o Zenit Kazan como os maiores favoritos no Mundial”, disse o levantador titular da seleção dos Estados Unidos, referindo-se aos clubes que fizeram as duas últimas finais do torneio, com vitória brasileira em ambas. “O Zaksa está num momento muito bom na liga polonesa e acho que é uma ameaça. Ainda por cima, terá o apoio da torcida”, completou Christenson. O Civitanova enfrenta o bicampeão polonês na quarta-feira (13), às 14h30, encerrando a primeira fase diante do Sarmayeh, quinta-feira, às 17h30.

No grupo do Zenit Kazan, cinco vezes campeão europeu, está ainda o polonês Skra Belchatow, o argentino Bolívar e o chinês Shanghai Volleyball. Os dois primeiros de cada chave avançam às semifinais. O grupo do Sada Cruzeiro será disputado em Opole, enquanto o outro terá suas partidas em Lodz. As finais serão em Cracóvia. O SporTV transmite a competição, que termina no domingo (17).

O Sada é tricampeão mundial, tetra sul-americano e penta brasileiro (Divulgação/Sada Cruzeiro)

Entrosamento
Christenson gostou da decisão da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) de colocar o Mundial de Clubes no meio da temporada. “Acho uma boa porque os times vêm treinando, já há entrosamento, bem diferente do início do calendário, quando não há ritmo, ou então do final, quando pesa o desgaste. Claro que algumas equipes podem sentir o efeito desses jogos extras, além de outra viagem, o que reduz ainda mais o nosso tempo de descanso. De qualquer forma, todo mundo ali vai dar o máximo para ser campeão mundial”, disse ao SdR o levantador de 24 anos e 1,98m.

Na Itália, o Lube Civitanova defende o título de campeão nacional e lidera a temporada 2017/2018. Soma 11 vitórias em 12 jogos, embora tenha duas partidas a mais do que o vice-líder Perugia – quatro pontos atrás na tabela e que neste domingo (10) enfrenta o Latina.

Micah Christenson durante aquecimento para uma partida da seleção americana (FIVB)

Astros
Além de Micah Christenson, o Civitanova conta com o também americano Taylor Sander (ponteiro), o cubano naturalizado italiano Osmany Juantorena (ponteiro), o búlgaro Tsvetan Sokolov (oposto) e o francês Jenia Grebennikov (líbero). O veterano sérvio Dragan Stankovic (central) é reserva.

Christenson defende o Civitanova desde 2015, quando começou a jogar na liga italiana, após se graduar em Biologia pela Universidade do Sul da Califórnia. Considerado um dos melhores levantadores do mundo, peça fundamental no clube e na seleção americana, é reconhecido ainda pelo bom bloqueio, agilidade na defesa, saque consistente e pelo forte ataque na segunda bola com sua esquerda – ele é ambidestro. Dono de um bronze olímpico conquistado na Rio 2016, foi campeão da Liga Mundial 2014 e da Copa do Mundo 2015, além de bronze na Liga Mundial 2015.

]]>
0
Astro de adversário do Sada diz que seu time pode surpreender no Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/09/astro-de-adversario-do-sada-diz-que-seu-time-pode-surpreender-no-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/09/astro-de-adversario-do-sada-diz-que-seu-time-pode-surpreender-no-mundial/#respond Sat, 09 Dec 2017 17:00:01 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10653

Sam Deroo: “Será apenas uma semana e, se estivermos em sintonia, podemos ir longe” (foto: FIVB)

Principal nome do clube Zaksa Kedzierzyn-Kozle, líder invicto após 13 rodadas da temporada 2017/2018 da liga polonesa, o ponteiro belga Sam Deroo, 25 anos, 2,03m, volta sua atenção para o Mundial de Clubes Masculino, que começa nesta terça-feira (12) e vai até domingo (17), na Polônia. A missão do time que é o atual bicampeão daquele país não é nada fácil. Mesmo jogando em casa, terá pela frente, na fase de grupos, o brasileiro Sada Cruzeiro, tricampeão mundial, e o italiano Civitanova, campeão italiano, ambos recheados de astros de primeira grandeza. O iraniano Sarmayeh Bank Teheran completa a chave. “O Sada e o Civitanova são os grandes favoritos, não apenas do grupo, mas na briga pelo título com o Zenit, da outra chave. Mas nós temos um time coeso e a torcida a nosso favor, podemos surpreender no Mundial. Será apenas uma semana e, se estivermos em sintonia, podemos ir longe”, disse Deroo em entrevista ao Saída de Rede.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

O Zaksa enfrenta o Cruzeiro na quinta-feira (14), às 14h30 (horário de Brasília), na cidade de Opole, sede do grupo – o outro será disputado em Lodz e as finais serão em Cracóvia. Na liga polonesa, o Zaksa, que conta ainda com o levantador francês Benjamin Toniutti, joga na cidade que dá nome ao clube, Kedzierzyn-Kozle, mas Opole fica a apenas 50 quilômetros dali. São duas chaves no Mundial com quatro equipes cada. Os dois primeiros avançam às semifinais. O Sada estreia na terça-feira, às 17h30, contra o Civitanova e, no dia seguinte, no mesmo horário, enfrenta o Sarmayeh. No grupo do Zenit Kazan, cinco vezes campeão europeu, está ainda o polonês Skra Belchatow, oito vezes campeão nacional, o argentino Bolívar e o chinês Shanghai Volleyball. O SporTV transmite o torneio.

O ponteiro belga é o principal nome do Zaksa Kedzierzyn-Kozle (PlusLiga)

Honra
Será a primeira vez que Deroo terá a chance de encarar o Sada Cruzeiro, que além dos três títulos mundiais é tetracampeão sul-americano e pentacampeão brasileiro. “É uma honra enfrentar um time com a qualidade do Sada, que venceu tanto. É uma oportunidade para a minha equipe crescer. Eu vejo em confrontos como esse uma chance de me desenvolver, pois um time do nível do Sada vai exigir demais de mim”, comentou.

Sam Deroo é o principal jogador do ascendente voleibol belga desde que o genial levantador Frank Depestele deixou a seleção em 2014. Gradativamente, vem suprindo suas deficiências no passe e na defesa, suas maiores fraquezas na primeira metade desta década. Hoje se pode dizer que é um atleta completo. “Ainda tenho muito a melhorar, embora consiga um desempenho ao menos bom em todos os fundamentos. Uma coisa que gosto muito a meu respeito é que nunca me permito ficar acomodado, nunca estou satisfeito com o nível do meu jogo”, ponderou. Ele citou a falta de regularidade no saque como um problema a ser resolvido o quanto antes.

Em 2011, em Niterói, no Mundial Juvenil, recebendo presente de fãs (FIVB)

Perfil
O voleibol entrou na vida de Deroo muito cedo, por influencia do pai, que foi jogador. Aos 6 anos, começou a praticar a modalidade na cidade de Beveren, onde nasceu, vizinha a Antuérpia. Dedicava-se ao vôlei e aos estudos. Treinava tanto que, às vezes, dormia em sala de aula. Mas garante que era bom aluno – se graduou em Contabilidade. Seu primeiro time como profissional foi o Knack Roeselare, o mais tradicional clube da Bélgica. Após duas temporadas, aos 20 anos, foi para o Modena, da Itália, onde ficou mais duas. Transferiu-se para o Verona e jogou no período 2014-2015. Desde então, está no Zaksa.

Na seleção belga desde a base, ele guarda com carinho a lembrança de ter disputado um mundial juvenil no Brasil. “Joguei em Niterói, em 2011, os fãs eram sensacionais”, disse, caprichando na pronúncia do nome da cidade fluminense. Porém, seu foco está na Europa. É ídolo no Zaksa e, fora dali, se mantém ligado no cenário italiano. “Os três anos na Itália foram essenciais para o meu crescimento, tanto técnico quanto psicológico. Na Polônia se dá ênfase à força, enquanto na Itália há um equilíbrio entre força, técnica e tática. São duas ligas que eu gosto muito”.

O ponteiro belga melhorou bastante no passe nas últimas temporadas (PlusLiga)

AUSÊNCIA BELGA NA LIGA DAS NAÇÕES IRRITA DEROO
O ponta Sam Deroo ficou irritado com a não inclusão da Bélgica na Liga das Nações 2018, a nova roupagem da Liga Mundial, que teve sua última edição este ano. Sétima colocada em 2017, a seleção belga foi esnobada pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), embora tenham sido incluídos times da segunda e da terceira divisão da finada Liga Mundial.

“É um escândalo o que a FIVB fez e seus dirigentes deveriam se envergonhar por sequer conversar com a nossa federação. Não nos deram nenhuma oportunidade. Quando as partidas são realizadas na Bélgica, nós temos público e somos muito organizados. Tecnicamente, provamos que pertencemos à primeira divisão. Essa exclusão prejudica nossa preparação para o Campeonato Mundial 2018 e nossa tentativa de chegar aos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Isso influencia até mesmo na carreira dos jogadores, pois com menos exposição há o risco de redução do nosso valor de mercado, com impacto direto em nossos contratos”, afirmou Deroo.

Em 2017, além do bom desempenho na Liga Mundial, os belgas chegaram pela primeira vez à semifinal do Campeonato Europeu, terminando em um honroso quarto lugar.

Com sua equipe presente no torneio feminino da Liga das Nações, a Bélgica optou pela diplomacia, segundo o SdR apurou na federação daquele país. Vão deixar de lado a via judicial, afinal sua seleção feminina foi mantida mesmo tendo sido última colocada na primeira divisão do Grand Prix 2017. Outra federação de uma seleção excluída, a da Eslovênia, campeã da segunda divisão da Liga Mundial este ano, resolveu brigar. Os eslovenos entraram com recurso no painel de apelação da FIVB para que sua seleção masculina seja incluída na disputa do torneio. O SdR procurou a Federação Internacional para saber a posição da entidade sobre a reivindicação dos eslovenos. Por meio da sua assessoria de imprensa, a FIVB respondeu que não comentaria nada a respeito, “pois os procedimentos antes da decisão são confidenciais”.

]]>
0
Quem é quem na luta pelo título do Mundial Masculino 2018? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/18/quem-e-quem-na-luta-pelo-titulo-do-mundial-masculino-2018/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/18/quem-e-quem-na-luta-pelo-titulo-do-mundial-masculino-2018/#respond Sat, 18 Nov 2017 08:00:30 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10284

A seleção brasileira, de Bruno e Tiago Brendle, vai em busca do tetracampeonato (foto: FIVB)

Definidas as 24 seleções que participarão do Campeonato Mundial Masculino 2018, o Saída de Rede avalia quem tem reais chances de levar o título, aquelas equipes que podem atrapalhar a vida dos favoritos ou até beliscar uma medalha, além do bloco formado pela turma que faz valer a máxima “o importante é competir”. O torneio será co-sediado por Itália e Bulgária, de 9 a 30 de setembro. O Brasil, vice-campeão na última edição, busca o tetracampeonato.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

FAVORITOS
Brasil, França, Rússia, Estados Unidos
e Itália. Pouco antes do Mundial 2014, realizado na Polônia, o então técnico da seleção brasileira, Bernardinho, chamava a atenção para o equilíbrio no vôlei masculino e que na época pelo menos oito times tinham chance de ficar com o título. Sem dúvida, como ocorre historicamente, o naipe masculino é mais disputado, mas desta vez o universo de seleções com chances reais de título está mais enxuto e, se analisarmos as equipes pelo que apresentaram nesta temporada e pelo potencial de crescimento, não vão além do seleto grupo apontado acima.

Não há como negar o favoritismo da seleção brasileira, que nos últimos quatro Mundiais faturou três títulos e um vice-campeonato, todos na era Bernardinho. O técnico Renan Dal Zotto, que assumiu o time este ano, teve bons resultados na temporada, mas já comentamos as condições em que foram alcançados, enfrentando adversários na maioria das vezes representados por suas equipes B. Em 2018, a parada será mais indigesta. A base é o time campeão olímpico na Rio 2016. Dá para ganhar mais essa? Sem dúvida, porém a equipe terá que atuar melhor do que em 2017.

Desfalcada, a Itália teve um ano desastroso (CEV)

Jogando em casa, diante dos seus apaixonados tifosi, a Itália também tentará o tetracampeonato mundial. Seu último título foi o Europeu 2005. De lá para cá, a Azzurra desceu a ladeira, quase desabou para o segundo escalão, mas se reestruturou a tempo de se manter no pódio, caso das duas últimas Olimpíadas, em que foi bronze e prata, respectivamente. Espera-se que o ponta/oposto Ivan Zaytsev volte ao time depois do imbróglio deste ano, quando foi dispensado por causa de uma disputa, entre seu patrocinador pessoal e o fornecedor de material esportivo da seleção, em relação ao tênis que utilizaria. Sem ele, a equipe fez um papelão no Europeu 2017 – já havia amargado a lanterna na Liga Mundial. Com Zaytsev de volta, mais a presença do ponteiro cubano naturalizado italiano Osmany Juantorena, que teve folga este ano, a Itália sobe de patamar. Além disso, o fator casa deve ser considerado.

O ponta Earvin N’gapeth e cia seguem em busca de um major. A atual geração francesa já conquistou duas vezes a defunta Liga Mundial (2015 e 2017), foi campeã europeia (2015), mas no Mundial e nos Jogos Olímpicos não subiu ao pódio. Em 2014, na Polônia, encantaram os fãs com o jogo mais bonito do torneio, mas na reta final a falta de experiência pesou e o time ficou em quarto lugar. Na Rio 2016, um papelão: sequer passaram da primeira fase, sendo humilhados pelos italianos na estreia. A má preparação levou a um fiasco no Europeu 2017 e o time deu de ombros para a desimportante Copa dos Campeões na sequência. Voleibol para serem campeões do mundo eles têm, resta saber se vão segurar os nervos e se sobrepor aos adversários. O melhor resultado da França na competição foi o bronze no Mundial 2002, com a geração anterior.

Maxim Mikhaylov em ação na final do Europeu 2017 (CEV)

Nunca subestime a Rússia. O vôlei russo tem seus momentos de baixa, mas sempre ressurge. Após um começo de ciclo promissor em 2013, a Rússia derrapou nas mãos do técnico Andrey Voronkov. O treinador campeão olímpico Vladimir Alekno foi chamado às pressas para apagar o incêndio no segundo semestre de 2015, melhorou o desempenho do time, mas não passou de um quarto lugar na Copa do Mundo daquele ano e na Rio 2016. Perdeu espaço. Em seu lugar, o bonachão Sergey Shlyapnikov começou discreto, colocou a molecada para jogar na Liga Mundial 2017 e, mais tarde, no Europeu, com o time principal, venceu o torneio de forma invicta, perdendo apenas dois sets. O veterano oposto Maxim Mikhaylov vem jogando seu melhor voleibol desde 2012 e novos nomes como o ponta Dmitry Volkov e o central Ilia Vlasov vão agregando valor ao time. Sem sombra de dúvida, a seleção russa tem cacife para subir ao lugar mais alto do pódio e conquistar pela sétima vez o Mundial – as seis anteriores herdadas da antiga União Soviética.

Campeões da Copa do Mundo 2015 e bronze na Rio 2016, os Estados Unidos também integram o pelotão de elite. A equipe tem, em tese, tudo para deslanchar neste ciclo, depois de utilizar o primeiro ano para dar experiência aos mais novos. Cinco nomes se destacam: os pontas Aaron Russell e Taylor Sander, o ponta/oposto Matt Anderson, o levantador Micah Christenson e o líbero Eric Shoji. Os ponteiros Russell e Sander, por exemplo, que passaram a integrar o time A no meio do ciclo passado, exibem hoje em seus clubes na liga italiana muito mais segurança e eficiência. Se levarem isso para a seleção, dividindo a carga no ataque com o experiente Anderson, os adversários deverão ter problemas.

A Sérvia, do ponta Uros Kovacevic, teve atuações irregulares em 2017 (FIVB)

PELOTÃO INTERMEDIÁRIO
Numa prova do equilíbrio de forças no voleibol masculino, o bloco com aquelas equipes que podem atrapalhar a vida dos grandes e ainda levar uma medalha, mas com chances remotas de título, reúne pelo menos 10 seleções no Mundial 2018: Sérvia, Eslovênia, Bulgária, Polônia, Holanda, Finlândia, Bélgica, Canadá, Argentina e Irã. Lamenta-se a ausência da Alemanha, do panzer Georg Grozer, bronze em 2014 e vice-campeã europeia em 2017, mas que não conseguiu vaga nesta edição.

Os sérvios… O leitor pode até se perguntar se eles não mereciam ser considerados elite, afinal a atual geração foi vice-campeã da Liga Mundial 2015 e papou o título do torneio no ano seguinte. Vamos com calma. Em 2015, tiveram um grupo fácil nas finais, jogaram no limite na semifinal e foram atropelados pelos franceses na decisão. O título de 2016 veio em condições atípicas. Sem presença na Rio 2016, o time comandado pelo ex-levantador Nikola Grbic tinha nas finais da Liga Mundial o ápice do seu calendário naquele ano, enquanto os demais ainda cumpriam etapas da sua preparação física rumo aos Jogos Olímpicos. Foi uma grande vantagem. A Sérvia, do oposto Aleksandar Atanasijevic, tem uma boa equipe. No entanto, há lacunas que os colocam em ligeira desvantagem diante dos times mais fortes, como a excessiva dependência do saque, a exemplo do que vimos em 2017 nas finais da Liga Mundial e do Europeu. Mesmo assim, se algum favorito vacilar, os sérvios podem muito bem aproveitar a oportunidade.

Jogadores eslovenos comemoram a inédita classificação para o Mundial (FIVB)

A Eslovênia é a única estreante no torneio. Vice-campeã europeia em 2015, quadrifinalista em 2017, a seleção eslovena ascendeu rapidamente no cenário internacional. Este ano, faturou a segunda divisão da Liga Mundial, mas foi esnobada pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) na composição da nova Liga das Nações – na verdade um retrofit na desgastada competição anterior, baseando-se na combinação de prestígio e dinheiro das federações incluídas. Tem nada não… A equipe comandada pelo treinador sérvio Slobodan Kovac promete fazer bonito na sua estreia no Campeonato Mundial. Sem a responsabilidade de ter que provar algo e com um time coeso, a Eslovênia pode dar trabalho no ano que vem. Cuidado com eles.

A Bulgária disputa as duas fases iniciais do Mundial em casa, tendo a seu favor uma torcida barulhenta, agressiva, intimidante para os adversários. Não é fácil jogar como visitante contra a Bulgária. Se conseguirem avançar à terceira fase, quando só restarão seis seleções, os búlgaros, liderados pelo oposto Tsvetan Sokolov, podem chegar ao pódio, embora tenham um jogo previsível e a sina de tremer na hora H.

Os poloneses precisam de um oposto, de um ponteiro de bom nível além do baixinho invocado Michal Kubiak e… de um técnico! O italiano Ferdinando De Giorgi só durou uma temporada no cargo. Quem quer que seja o sucessor – rumores apontam para o histriônico belga Vital Heynen, que levou a Alemanha ao bronze em 2014 e hoje dirige a seleção do seu país –, vai ter muito trabalho para reerguer um time que pouco lembra aquele que foi campeão mundial em 2014. Desta vez, eles não terão nomes como Winiarski, Zagumny e Wlazly – os dois primeiros aposentados e o outro abriu mão da seleção. O ponta Mateusz Mika, estrela da final do Mundial passado, sofre desde 2015 com uma lesão no joelho direito, que o afasta constantemente do esporte, e dificilmente deve voltar ao time. Num bom dia, em que o serviço funcione acima da média, a Polônia pode derrubar uma equipe mais forte.

Canadenses celebram a medalha de bronze na Liga Mundial (FIVB)

Os canadenses aproveitaram o esvaziamento da Liga Mundial 2017, repleta de times B, e pegaram uma inédita medalha de bronze, com uma equipe bem estruturada, tendo à frente o técnico francês Stéphane Antiga, que soube aproveitar o legado do competente Glenn Hoag. O Canadá, do oposto juvenil Sharone Vernon-Evans e do líbero Blair Bann, ainda oscila muito, mas quando entra em alta rotação pode ser um time perigoso.

A Argentina, tendo como treinador o incensado Julio Velasco, é capaz de incomodar qualquer time do mundo, mas também pode descer ao fundo do poço e seguir cavando, como na semifinal do Sul-Americano 2017, quando cometeu a façanha de perder para a bisonha seleção da Venezuela. Em 2018, o ponta Facundo Conte, que ganhou folga esta temporada, estará de volta para ajudar a evitar algum vexame. Destaque também para o levantador Luciano De Cecco, um dos mais habilidosos do mundo, em sua quarta temporada no italiano Perugia, e ainda para o central Sebastián Solé, um dos melhores da Superliga, jogando pelo EMS Funvic Taubaté.

Iranianos, belgas, holandeses e finlandeses têm um pouco menos a oferecer, mas podem incomodar, especialmente os dois primeiros. No Irã, segue chamando a atenção o duo formado pelo levantador Saeid Marouf e pelo central Seyed Mousavi – um dos melhores bloqueadores do mundo. O restante da equipe é claramente inferior, apesar de esforçada, o que compromete as chances iranianas. A Bélgica tem um bom conjunto e desde o início da década vem crescendo. Em 2017, foi sétima na Liga Mundial (e, assim como a Eslovênia, esquecida para a Liga das Nações) e quarta colocada no Europeu. Entre seus bons jogadores, vale prestar atenção no ponta Sam Deroo, que vem melhorando no passe e segue consistente no ataque, sendo um dos grandes nomes da liga polonesa, em sua terceira temporada no Zaksa Kedzierzyn-Kozle, bicampeão nacional, adversário do Sada Cruzeiro no Mundial de Clubes, em dezembro.

A Tunísia, do oposto Hamza Nagga, irá ao Mundial pela décima vez (FIVB)

O IMPORTANTE É COMPETIR
Alguns aqui são presença constante nas grandes competições, mas seja por falta de estrutura ou escassez de talentos, mais uma vez vão fazer figuração. Com algum esforço, quem sabe, chegam a coadjuvantes, mas sem estofo mesmo para o pelotão intermediário. O que esperar de Austrália, Porto Rico, Cuba, República Dominicana, Japão, China, Tunísia, Egito e Camarões? Olha, adoraríamos ver uma zebra, mas é quase impossível que isso aconteça. Como esquecer a irreverente seleção camaronesa, beirando a irresponsabilidade com seu saque suicida, levando os EUA do oposto Clayton Stanley ao tie break no Mundial 2010? Ou os tunisianos, na Copa do Mundo 2003, forçando a França, prata no Europeu daquele ano e bronze no Mundial 2002, a ir ao quinto set? Os dois franco-atiradores perderam, mas animaram o público. Seria ótimo para quebrar a monotonia assistir algum desses times aprontar para cima do pelotão intermediário ou mesmo dos favoritos – desde que não seja o Brasil. Mas vamos voltar à realidade.

A nota triste do bloco é ver Cuba e Japão nesse miolo. Os cubanos, que já foram potência, vão ao Mundial 2018 com um time juvenil e ninguém vai se surpreender se em alguns anos vários de seus jogadores deixarem o país, como já fizeram craques do calibre dos pontas Yoandy Leal, Wilfredo León e Osmany Juantorena, que se naturalizaram, respectivamente, brasileiro, polonês e italiano. O Japão era referência nos anos 1960 e 1970. Atualmente, o voleibol masculino japonês é somente uma sombra do que já foi.

A Austrália, dirigida desde maio por Mark Lebedew, técnico do clube polonês Jastrzebski Wegiel, tenta subir ao pelotão intermediário, mas ainda é irregular. Este ano, sem seus principais jogadores, o central Aidan Zingel e o oposto Thomas Edgar, ficou em terceiro na segunda divisão da Liga Mundial. Os dois atletas estarão de volta em 2018. É esperar para ver se o time apresenta evolução.

]]>
0
Técnico do Sada Cruzeiro vê Mundial mais difícil e nível alto na Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/14/tecnico-do-sada-cruzeiro-ve-mundial-mais-dificil-e-nivel-alto-na-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/14/tecnico-do-sada-cruzeiro-ve-mundial-mais-dificil-e-nivel-alto-na-superliga/#respond Tue, 14 Nov 2017 08:00:57 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10212

Treinador argentino Marcelo Mendez, 53 anos, 38 deles dedicados ao voleibol (foto: Divulgação/Sada Cruzeiro)

Sob o comando do técnico argentino Marcelo Mendez, o Sada Cruzeiro virou um papa-títulos: tricampeão mundial, tetracampeão sul-americano, pentacampeão brasileiro, para citar os mais importantes. De 12 a 17 de dezembro, a equipe mineira, uma constelação temida internacionalmente, vai em busca do seu quarto título mundial – o primeiro fora de casa. Por enquanto, segue na disputa da Superliga 2017/2018 e, embora líder, teve um começo menos empolgante do que, por exemplo, na temporada anterior. “Disputamos a maior parte dos jogos do primeiro turno fora de casa e isso atrapalha um pouco. Outro aspecto relevante é que o nível da Superliga subiu, agora há mais times fortes. Sobre o Mundial, nunca tivemos uma edição com tantos adversários tão difíceis, vai ser complicado”, diz Mendez, em entrevista ao Saída de Rede.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

O cenário, tanto aqui quanto lá fora, desperta preocupação, mas o treinador argentino, 53 anos, 38 deles dedicados ao voleibol, mantém a tranquilidade. “Agora vamos focar mais no Mundial. Falta pouco menos de um mês para a estreia. Nessas quatro semanas creio que teremos tempo suficiente para colocar o time física, técnica e mentalmente apto para a competição na Polônia”, comenta, ainda misturando espanhol e português, embora viva no Brasil desde 2009 – começou no Montes Claros e no ano seguinte foi para o Cruzeiro.

Repleto de astros, o Civitanova é o adversário da estreia do Sada no Mundial (Divulgação/Lube Civitanova)

Pedreiras no Mundial
A tarefa na Polônia não será nada fácil. De cara, a equipe enfrenta o Civitanova, atual campeão italiano. Na sequência, o Sada Cruzeiro pega o iraniano Sarmayeh Bank Teheran, campeão asiático. Fecha a primeira fase enfrentando o local Zaksa Kedzierzyn-Kozle, bicampeão polonês. Todas essas partidas na cidade de Opole. Se ficar em primeiro ou em segundo lugar no grupo, avança às finais e segue para Cracóvia. Na outra chave, em Lodz, os mais fortes são o russo Zenit Kazan, pentacampeão europeu e derrotado pelo Sada nas duas últimas decisões do Mundial, e o polonês Skra Belchatow. O SporTV transmitirá o torneio.

“Tem muito time bom, todos os adversários são difíceis. Os mais complicados são o italiano Civitanova, o russo Zenit Kazan e os dois poloneses. Mas os clubes do Irã e da Argentina (Bolívar) também jogam muito bem. Não dá para apontar um favorito”, pondera Mendez. A quantidade de jogos em tão pouco tempo o preocupa, mas ele vem preparando o time para a maratona polonesa, que afinal será um problema para todos os participantes. “Estamos impondo uma carga mais longa de treinos, mais puxada, para que nossos jogadores encarem bem esses cinco jogos num período de tempo tão curto no Mundial. Precisamos nos adaptar a isso”. O time mineiro chegará a Opole cinco dias antes da estreia.

Mendez com Medioli e Leal: técnico evitou temas envolvendo a seleção brasileira (Divulgação/Sada Cruzeiro)

Cansaço na Superliga
Questionado sobre o rendimento do Sada Cruzeiro na Superliga, Marcelo Mendez, além de ter apontado o crescimento do nível dos adversários, com os reforços no EMS Funvic Taubaté e a chegada do Sesc-RJ à primeira divisão, ressalta o desgaste da sua equipe. “Adiantamos duas partidas por causa do Mundial, viajamos bastante, com certeza o cansaço atrapalhou, a quantidade de jogos. Mas prefiro que atrapalhe agora do que mais tarde, no Mundial de Clubes”, brinca o técnico. O Sada lidera a Superliga com 21 pontos. São sete vitórias até aqui em oito partidas – seis foram disputadas fora de casa.

O time conta com nomes de peso como o central cubano Robertlandy Simon, o competente levantador argentino Nicolás Uriarte e ainda selecionáveis como o oposto Evandro, o central Isac e o ponta Rodriguinho, que retorna após uma lesão. As recentes críticas do presidente do clube, Vittorio Medioli, ao modo como os atletas são tratados na seleção brasileira não tiveram eco no treinador, que evitou o tema.

Outro assunto que ele não quis abordar foi o recente imbróglio envolvendo o nome do maior astro do seu time, o ponta cubano naturalizado brasileiro Yoandy Leal. Num lance de comédia pastelão, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou que Leal poderia defender a seleção brasileira a partir de 2018, mas no dia seguinte disse que tudo não passou de um “erro administrativo” e que o atleta só estaria à disposição da seleção em 2019. Não tem jeito, sobre seleção brasileira, onde parte da imprensa e da torcida especulou que ele poderia estar, após a saída de Bernardinho, o argentino não fala mais. O cargo está nas mãos de Renan Dal Zotto. O experiente e multicampeão Mendez, que chegou a ser sondado para comandar a seleção polonesa (e recusou), mantém o foco no Sada Cruzeiro.

]]>
0