William Arjona – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Giovane diz que Sesc precisa de mais jogos e projeta evolução na Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/17/giovane-diz-que-sesc-precisa-de-mais-jogos-e-projeta-evolucao-na-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/17/giovane-diz-que-sesc-precisa-de-mais-jogos-e-projeta-evolucao-na-superliga/#respond Tue, 17 Dec 2019 09:00:16 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19497

Giovane acredita que o time poderá subir de produção com mais tempo em quadra (Fotos: Marcio Mercante)

“Jogamos mal”. Com esta frase, sem rodeios, o técnico Giovane Gávio, do Sesc-RJ, definiu a performance de seu time na incontestável derrota por 3 sets a 0 (parciais de 25-20, 25-18 e 25-16) para o Sesi-SP neste domingo (15). O duelo na Vila Leopoldina, em São Paulo, encerrou a 8ª rodada da Superliga masculina 2019/2020.

Com um padrão de jogo bastante irregular neste início de temporada, o Sesc, uma das equipes de maior investimento da Superliga, chegou ao terceiro revés em 8 partidas (ainda foi derrotado pelo Vôlei Renata por 3 a 2 e pelo Sada Cruzeiro em sets diretos). Assim, o time carioca caiu para a quarta posição na tabela, somando 16 pontos. O EMS Taubaté Funvic é o líder com 24, o Sesi aparece logo em seguida com 20 e o Sada Cruzeiro tem 18.

“A equipe não jogou o que a gente esperava, né? O Sesi sacou muito bem, quebrou o nosso passe e dificultou bastante o nosso trabalho no ataque. Jogaram o tempo inteiro na frente, com vantagem no placar. Em momento algum nós conseguimos colocá-los em dificuldades. Não foi uma boa partida. Jogamos mal”, apontou Giovane, reconhecendo a superioridade do rival.

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“O time não mostrou poder de reação. Ficou acuado, jogando sempre atrás com uma diferença muito grande no placar. E não conseguimos executar o nosso plano. Ou seja, a gente ainda busca o nosso padrão para atuar nesse nível”, complementou o levantador Marlon.

Toda esta diferença também ficou evidente nos números. O Sesc cedeu 24 pontos em erros e recebeu apenas 11 do adversário. A deficiência do ataque pelas pontas foi outro indicativo de que o sistema de jogo carioca está desequilibrado: enquanto o oposto Alan teve a colaboração do ponteiro Fábio na virada de bola (o primeiro marcou 16 vezes e o segundo fez 13), entre os comandados de Giovane apenas o campeão olímpico Wallace ultrapassou os dois dígitos, tendo 14 acertos.

Outro aspecto que chamou a atenção não apenas no jogo contra o Sesi foi a ineficácia do saque carioca e a consequente liberdade com que o levantador William atuou em praticamente todo o confronto, arriscando jogadas difíceis com seus atacantes tanto pelo meio quanto pelas pontas. Neste sentido, para Marlon, o serviço é o principal fundamento que precisa ser melhorado.

Para o levantador campeão mundial, Sesc ainda precisa melhorar o nível de atuação na Superliga

Só que o time precisará subir logo de produção, uma vez que o próximo adversário, nesta quarta-feira (18), será justamente Taubaté, o atual líder que perdeu apenas um set no campeonato e vem mostrando, pelo desempenho, que é a equipe a ser batida na Superliga masculina.

“É mais um grande jogo para nós. Taubaté tem jogadores importantes, decisivos. Será um momento especial para a gente colocar o nosso time em um padrão ideal, para mostrar que a nossa equipe tem força e reage em um cenário negativo. E, ainda, para a gente elevar o nosso moral e jogar com mais confiança no segundo turno”, colocou Marlon.

O treinador concordou com o seu levantador e frisou que o time precisa de mais tempo em quadra para evoluir.

“Contra Taubaté, outro time muito forte, que saca bem, teremos que ser um pouco mais agressivos. Vamos precisar equilibrar o sideout para o jogo ficar mais igual. Esse é o nosso objetivo. Pode soar um pouco como desculpa, mas a nossa diferença para as equipes que disputaram o Campeonato Paulista é que nós estamos no 8º jogo da temporada e eles estão no 26º. Então, sem dúvida, isso faz um pouco de diferença, mas vamos crescer ainda durante a competição”, finalizou Giovane.

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Voleicast: quais são as chances do Cruzeiro no Mundial de clubes masculino? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/02/voleicast-quais-sao-as-chances-do-cruzeiro-no-mundial-de-clubes-masculino/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/02/voleicast-quais-sao-as-chances-do-cruzeiro-no-mundial-de-clubes-masculino/#respond Mon, 02 Dec 2019 16:07:22 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19229

O renovado Sada Cruzeiro busca o tetracampeonato no Mundial de Clubes (Foto: Agênciai7/Sada Cruzeiro)

Assim como em 2013, 2015 e 2016, o Divino Braga, em Betim (MG), será palco do Mundial de Clubes masculino de vôlei, a partir desta terça-feira (3). Cidade fundamental para a consolidação do projeto do Sada Cruzeiro, equipe multicampeã que ganhou os três títulos do torneio jogando no ginásio, Betim receberá partidas entre algumas das maiores equipes do mundo.

Além do representante brasileiro, campeão Sul-Americano, a competição terá a participação de adversários do naipe do italiano Lube Civitanova e do russo Zenit Kazan, atual campeão e vice-campeão da Champions League. O quarto time na disputa será o catari Al-Rayyan, treinado por Carlos Schwanke, assistente de Renan Dal Zotto na seleção brasileira.

De acordo com o regulamento, as quatro equipes vão se enfrentar dentro do mesmo grupo. As semifinais serão disputadas entre primeiro e quarto colocados, além do segundo contra o terceiro. Os vencedores avançam à final e os perdedores decidem o terceiro lugar.

Contudo, quais são as chances do Cruzeiro na competição? O tradicional clube brasileiro é favorito na briga pelo tetracampeonato? Este é o tema do 15º episódio do Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede.

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As jornalistas Carolina Canossa e Janaina Faustino analisam as mudanças pelas quais o hexacampeão nacional passou nas últimas temporadas, levando em consideração a saída de atletas renomados, como o armador William Arjona, hoje no Sesi-SP, o ponteiro Leal e o meio de rede Simon – atuais estrelas do Civitanova, ao lado levantador Bruno -, além do líbero Serginho.

Passando por um processo de reconstrução com a chegada de novos jogadores, como o ponta argentino Conte e o canadense Perrin, avaliamos que a equipe treinada por Marcelo Mendez, embora possa surpreender atuando em um campeonato curto no caldeirão de Betim, não desfruta atualmente do mesmo favoritismo dos arquirrivais europeus.

As jornalistas comentam, ainda, a queda inesperada do tricampeão mundial na edição 2018, já como um reflexo dessa reformulação iniciada em 2016. Para quem não se recorda, a Raposa decepcionou e, pela primeira vez em sua história, não conseguiu passar da primeira fase, sendo derrotado pelo polonês Asseco Resovia e pelo tradicional Trentino, da Itália, que se sagraria pentacampeão mais tarde.

É só apertar o play abaixo:

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Joia da Argentina, Matías Sanchez comemora a chance de jogar no Sesc-RJ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/15/joia-da-argentina-matias-sanchez-comemora-a-chance-de-jogar-no-sesc-rj/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/15/joia-da-argentina-matias-sanchez-comemora-a-chance-de-jogar-no-sesc-rj/#respond Fri, 15 Nov 2019 09:00:38 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19084

Uma das contratações do Sesc para a temporada, Matías Sanchez é um dos melhores jogadores argentinos da nova geração (Fotos: Marcio Mercante)

Para os jornalistas argentinos, ele é uma das grandes promessas da seleção masculina de vôlei. Ágil e inventivo, vem brilhando desde as categorias de base, onde acumula prêmios individuais, como o de melhor levantador do Campeonato Mundial Infanto-juvenil de 2013, do Juvenil de 2015 e do Sub-23 de 2017.

Em uma modalidade esportiva em que a altura vem sendo cada vez mais priorizada – em alguns casos, até se sobrepondo à técnica –, ele, com apenas 1,75cm, nada contra a corrente e desafia a escrita de que só há espaço para os baixinhos no vôlei se for na função de líbero. Estamos falando de Matías Sanchez, de 23 anos, reforço do Sesc-RJ para a temporada 2019/2020.

O jogador chamou a atenção de muitos no Brasil atuando com extrema habilidade pelo argentino Obras San Juan no último Sul-Americano de Clubes, em Belo Horizonte (MG). Na competição, conquistou a medalha de bronze e, novamente, foi escolhido o melhor levantador. Além disso, convocado pelo técnico Marcelo Mendez neste ano, se destacou pela seleção principal da Argentina e levou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru.

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Contratado para atuar na equipe carioca ao lado de Marlon, experiente levantador campeão mundial, e de campeões olímpicos como o oposto Wallace e o ponta Maurício Borges, Sanchez conta, nesta entrevista exclusiva ao Saída de Rede, que se sente plenamente integrado e que já identificou diferenças entre a Superliga e o campeonato de seu país.

“Minha adaptação está indo muito bem. Meus companheiros de time me ajudam bastante e já me sinto parte do grupo, à vontade com o idioma. É um time com ótimas pessoas. O campeonato brasileiro é melhor que o argentino, com atacantes mais fortes, menos defesas por jogo e mais pontos de bloqueio, ataque e saque. Outra diferença é o tipo de bola, bem mais rápida do que aquela que usamos lá na Argentina”, revela o atleta vice-campeão do campeonato local na temporada 2018/2019.

“Estou gostando muito de atuar no Sesc, um clube que sempre busca ganhar todos os títulos que disputa. Jogar aqui é gratificante, especialmente porque estou ao lado de grandes jogadores como o Wallace e um grande treinador [Giovane Gávio]. Fica mais fácil jogar [risos]. As equipes aqui no Brasil estão muito niveladas por cima e o Sesc procura ganhar tudo o que compete”, reforça.

Melhor levantador da liga argentina na temporada passada, Matías é bem mais baixo do que a grande maioria dos atletas que atuam nesta posição no cenário internacional. Entre os seus colegas de seleção, por exemplo, o consagrado Luciano De Cecco, titular absoluto da equipe, tem 1,91cm. Já Nico Uriarte, que se sobressaiu por aqui no Sada Cruzeiro e no EMS Taubaté Funvic, mede 1,92cm. Nada disso, entretanto, parece assustá-lo.

“Os jogadores estão cada vez mais altos no vôlei. Mas, como sempre falo, o levantador precisa, em primeiro lugar, levantar. Depois cada um treina mais aquilo que acha que é melhor para o seu crescimento a fim de compensar a baixa estatura” afirma, categórico.

O Sesc é um dos times de maior investimento na Superliga masculina

Não por acaso, seu grande ídolo da posição é o campeão olímpico William Arjona, jogador também conhecido por não ser muito alto – mede 1,86cm. Antes de fazer história no Cruzeiro, o brasileiro construiu uma carreira de imenso sucesso no país vizinho com a camisa do Bolívar. Tanto que chegou a ser convidado para se naturalizar e defender a seleção albiceleste.

“Sempre me espelhei muito no William enquanto ele jogava tanto na liga argentina quanto aqui. É o melhor levantador que já vi. Tem um jogo muito preciso e você nunca sabe para onde ele vai levantar. Ele sabe o que fazer em cada momento do jogo”, elogia, complementando que será diferente enfrentá-lo na Superliga. “Minha expectativa é muito boa e jogar contra ele vai ser uma grande experiência, mas claro que durante a partida tenho que pensar no melhor para o meu time”, ressalta.

Em relação à sua seleção, classificada de forma antecipada para os Jogos Olímpicos de Tóquio no torneio Pré-Olímpico, Matías se mostra otimista. “Este ano conseguimos fazer partidas com um padrão de jogo mais forte e agressivo, o que nos manteve próximos das grandes seleções. O time também passou por uma grande mudança com um treinador que deu oportunidades aos mais atletas jovens, fortalecendo a nossa confiança”.

“Acredito que, se a Argentina continuar fazendo bons jogos como este ano, terá muitas chances de fazer uma grande Olimpíada em Tóquio”, finaliza ele, mencionando que acredita em um futuro bastante promissor para a equipe. Futuro do qual, diga-se de passagem, ele tem plenas condições de fazer parte.

*Colaborou Carolina Canossa

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Elenco é decisivo para Taubaté ser campeão da Superliga pela primeira vez http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/12/elenco-e-decisivo-para-taubate-ser-campeao-da-superliga-pela-primeira-vez/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/12/elenco-e-decisivo-para-taubate-ser-campeao-da-superliga-pela-primeira-vez/#respond Sun, 12 May 2019 03:16:05 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16722

Taubaté se sagrou campeão pela primeira vez em sua história (Fotos: Guilherme Cirino/Saída de Rede)

A atmosfera não poderia ter sido melhor. Em Suzano, histórica cidade do interior paulista que dominou o voleibol brasileiro nos anos 1990, a 25a edição da Superliga masculina de vôlei foi decidida em mais um grande jogo neste sábado (11).

Em uma final inédita, o EMS Taubaté Funvic derrotou novamente seu rival estadual Sesi-SP por 3 sets a 1 (parciais de 21-25, 22-25, 25-21 e 20-25), se sagrando campeão pela primeira vez em sua história. O atual detentor do título paulista chegou a disputar a decisão na temporada 2016/2017, mas foi superado pelo hexacampeão Sada Cruzeiro.

Desta vez, contudo, os comandados de Renan Dal Zotto entraram em quadra decididos a escrever uma nova história. E, como em outros momentos da competição, as mudanças pontuais do técnico, se aproveitando do farto elenco à disposição, fizeram a diferença. Como esperado, o equilíbrio deu a tônica do confronto no início, com as duas equipes implementando uma estratégia de saque forçado que desmontasse a recepção adversária.

Talvez buscando surpreender o rival, a equipe do técnico Rubinho fugiu um pouco de suas características e apostou na potência do serviço. Entretanto, a estratégia não foi tão bem sucedida, pois o Sesi acabou cometendo erros em excesso. Taubaté, por outro lado, acostumado a construir o seu jogo em torno da agressividade no fundamento, se saiu melhor com essa proposta.

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O oposto Leandro Vissotto e o central Lucão incomodaram muito a quase sempre estável linha de passe adversária, atrapalhando, inclusive, as ações ofensivas do Sesi. Para se ter uma ideia, o ponteiro Lipe, maior destaque da quarta final, esteve completamente apagado e marcou seu primeiro ponto somente na segunda parcial. Em função disso, ele acabou sendo substituído pelo veterano Renato.

Além disso, o oposto Alan, bola de segurança do Sesi em toda a temporada, parece ter sentido o peso da decisão, não conseguindo ter a mesma performance de antes. Apesar do aproveitamento abaixo das expectativas, ele terminou a competição como o maior pontuador ao ultrapassar Wallace, atacante da saída de rede do Sesc-RJ. É inegável que, em função do desempenho ao longo da Superliga, o atleta é uma ótima aposta inclusive para a seleção brasileira.

Pelo outro lado, o sideout taubateano funcionou à perfeição, com o passador argentino Facundo Conte brilhando com uma atuação espetacular nos dois primeiros sets. Outro que fez a diferença a diferença no ataque foi Vissotto.

Vale mencionar, ainda, a eficiência do bloqueio de Taubaté, que “achou” o ataque do Sesi em momentos decisivos, além do ótimo desempenho do levantador Rapha, que se mostrou organizado taticamente e equilibrado na distribuição durante a maior parte do jogo. Em oposição, participando de sua décima final de Superliga, o seu colega William não teve uma noite tão feliz e viveu momentos de instabilidade na armação das jogadas, muito em função da inconsistência de sua recepção.

Título representa uma espécie de redenção para uma temporada difícil de Taubaté

O primeiro título de Taubaté, no entanto, pareceu ameaçado a partir da terceira parcial, quando a equipe da capital buscou uma reação, contando com uma queda de rendimento do oponente no saque e, especialmente, se beneficiando do crescimento do ponteiro Renato (líder nas estatísticas de recepção do campeonato), que estabilizou a linha de passe e colaborou no ataque, animando a torcida que abarrotou o ginásio de Suzano.

Taubaté viu o adversário crescer na partida depois da vitória na terceira parcial, sobretudo no ataque e no sistema defensivo. Mas a estrela do técnico Renan brilhou mais uma vez no momento em que ele percebeu a queda de produção do argentino no ataque e na recepção, lançando Douglas Souza no quarto set. O jogador chamou para si a responsabilidade e desequilibrou o jogo, fazendo defesas e ataques que minaram a confiança do Sesi. Foi aí que Lucarelli brilhou com um ataque que deu o título ao conjunto do interior paulista.

É importante ressaltar que o título coroa uma temporada repleta de altos e baixos de Taubaté, mas que terminou rendendo belos frutos com a chegada de Renan. Completando pouco mais de dois meses no cargo, o treinador da seleção brasileira chegou pressionado para fazer um elenco cheio de estrelas “andar”. E ele conseguiu dar mais equilíbrio e consistência a um conjunto que não tinha uma identidade.

Renan teve muitos méritos na conquista inédita do título nacional

Apesar do enorme investimento para esta temporada com a contratação de estrelas, o time vinha tendo um aproveitamento abaixo da média no primeiro turno da competição, inclusive caindo em outros torneios, como a Copa Brasil e, em casa, na Libertadores de Vôlei. Com isso, o título de Taubaté representa uma espécie de redenção para um grupo que cresceu na reta final da temporada, com um padrão definido e mais volume de jogo.

Não por acaso, o time bateu o até então campeão Sada Cruzeiro na fase semifinal, mostrando que tinha potencial para vencer a competição. Ao Sesi, por outro lado, faltou aquele algo a mais capaz de desequilibrar o confronto. Com um jogo “redondo” e muito bem construído ao longo do torneio, o grupo não obteve sucesso na tentativa de dar um segundo passo neste último confronto da série. Sem um plantel tão recheado, a equipe não conseguiu “tirar o coelho da cartola”. E, certamente, isto acabou fazendo a diferença a favor de Taubaté.

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Éder, sobre o revés: “Não mantivemos a calma nos momentos mais difíceis” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/02/eder-sobre-o-reves-nao-mantivemos-a-calma-nos-momentos-mais-dificeis/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/02/eder-sobre-o-reves-nao-mantivemos-a-calma-nos-momentos-mais-dificeis/#respond Thu, 02 May 2019 09:00:56 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16641

Sesi precisará ganhar o próximo jogo para forçar o quinto e último confronto da série (Foto: Reprodução/Instagram Sesi-SP)

Derrotada por 3 a 2 (20-25, 25-23, 27-25, 28-30 e 15-13) pelo EMS Taubaté Funvic na terceira final da série melhor-de-cinco da 25ª edição da Superliga masculina de vôlei, a equipe do Sesi-SP precisará voltar a mostrar a constância e a disciplina tática que apresentou ao longo da competição se quiser vencer o próximo duelo, forçando o quinto e último jogo.

Mais do que isto, necessitará manter o equilíbrio emocional para tomar as melhores decisões nos momentos-chave da partida. É o que pensa o experiente meio de rede Éder, um dos destaques da equipe, responsável por 19 pontos no confronto.

“A gente sabia que seria um jogo muito equilibrado. Tivemos o apoio da nossa torcida, mas infelizmente acabamos perdendo em um jogo duríssimo, com todos os sets extremamente disputados. Talvez a gente tenha pecado um pouco na nossa melhor qualidade, que é manter a calma nos momentos mais difíceis. Mas, em jogo desse nível não há muito o que fazer. Eles acabaram ganhando no detalhe”, ressaltou o central, que foi bastante acionado pelo levantador William nas bolas rápidas de meio, além de ter colocado a recepção rival em dificuldades com boas passagens no saque.

O time da capital paulista teve uma ótima performance principalmente no primeiro set, cometendo poucos erros e com eficiência no sideout. Contudo, o oposto taubateano Leandro Vissotto cresceu a partir da segunda parcial e equilibrou a partida a favor da equipe do Vale do Paraíba. O atacante foi o maior pontuador do jogo, com 25 acertos.

O meio de rede reconheceu os méritos do adversário. “O Vissotto fez um jogo sensacional. A gente não conseguiu fazer uma boa marcação nele. Ele teve um percentual de ataque muito alto e ajudou o time a conseguir essa vitória”, explicou Éder.

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Além do central e do oposto Alan, com 19 pontos cada, o ponteiro Lipe também se sobressaiu no ataque, colocando 15 bolas no chão. Entretanto, em uma demonstração deste desequilíbrio apontado, se irritou com o bloqueio que tomou de Vissotto no último lance do jogo e foi rapidamente para o vestiário sem se reunir com o time na quadra.

Pelo lado de Taubaté, o ponta Lucarelli também se destacou com 21 acertos. No entanto, apesar de ter levado a melhor nas ações ofensivas (foram 72 pontos contra 60 do oponente), o time de Renan Dal Zotto errou muito mais. Ao total, cedeu incríveis 40 pontos em falhas ao rival e recebeu 26.

Sem dúvida, trata-se de um aspecto que a equipe precisa melhorar para a próxima final, já que em confrontos parelhos como este, o excesso de erros pode fazer a diferença.

Apesar da vantagem aberta, o técnico Renan afirmou que é preciso seguir trabalhando e chamou a atenção para o equilíbrio da final.

“As duas partidas que foram 3 a 0 também tiveram as parciais muito equilibradas. Hoje foi um resumo do que aconteceu nos dois primeiros confrontos e as duas equipes poderiam ter saído de quadra com a vitória. Tivemos sorte em alguns momentos e sabemos que ainda não tem nada definido”, frisou.

A quarta final será no próximo sábado (4), às 21h30. Se necessário, o quinto e último jogo será no sábado seguinte (11). Todos os confrontos serão também na Arena Suzano, em Suzano (SP).

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Com propostas distintas, Sesi e Taubaté buscam vantagem na fase final http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/30/com-propostas-distintas-sesi-e-taubate-buscam-vantagem-na-fase-final/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/30/com-propostas-distintas-sesi-e-taubate-buscam-vantagem-na-fase-final/#respond Tue, 30 Apr 2019 09:00:27 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16611

Oposto Alan, do Sesi-SP, tenta passar pelo bloqueio taubateano de Lucão e Leandro Vissotto (Fotos: Gaspar Nobrega/Inovafoto/CBV)

O terceiro duelo da decisão da Superliga masculina de vôlei, nesta terça-feira (30), na Arena Suzano, em Suzano (SP), promete. A vitória segura por 3 a 0 sobre o rival estadual EMS Taubaté Funvic na abertura da fase final fez com que alguns torcedores imaginassem que o Sesi-SP, equipe que teve a campanha mais regular na etapa classificatória, poderia encerrar a série melhor de cinco em três jogos, conquistando o bicampeonato na competição sem passar por grandes percalços.

Entretanto, ratificando a escrita de que “final é final”, Taubaté, em busca do seu primeiro troféu na Superliga, voltou a mostrar o voleibol agressivo que eliminou o atual campeão Sada Cruzeiro nas semifinais e igualou a disputa em 1 a 1 ao devolver o categórico 3 a 0 ao adversário. Assim, o empate acabou confirmando as expectativas de equilíbrio entre as equipes na reta final do torneio.

Em disputa, duas propostas de jogo distintas, porém, igualmente eficazes. O conjunto do treinador Rubinho, bastante estável e técnico, mostra grande volume de jogo com um forte sistema defensivo e se apoia em uma sólida linha de passe – formada pelos ponteiros Lucas Loh e Lipe, além do líbero Murilo – para entregar a maioria das bolas nas mãos do experiente armador William. Foi assim que o time saiu na frente nesta fase decisiva.

Levantador William (camisa 7) conta com uma das mais sólidas linhas de passe do campeonato para distribuir bem suas bolas

Com o passe nas mãos, o levantador fica livre para demonstrar toda a sua habilidade, acionando seus atacantes, como o ponta Lucas Loh, que subiu de produção nesta temporada, e, especialmente, o oposto Alan. O jogador é a bola de segurança da equipe e aparece nas estatísticas como o maior pontuador da competição com 432 pontos (uma vez que Wallace, o primeiro colocado, teve 480 acertos, mas já foi eliminado nas semifinais com o Sesc-RJ).

A equipe do técnico Renan Dal Zotto, por outro lado, constrói o seu jogo coletivo em torno de um serviço forçado que visa minar o tempo todo a recepção adversária – estratégia que funcionou melhor na segunda final.

Neste fundamento, o ponteiro Lucarelli é o principal trunfo do time: terceiro melhor sacador da Superliga, ele soma 37 aces (7 a menos do que o central Le Roux, ex-Cruzeiro, que lidera as estatísticas) dos 173 marcados somente nesta temporada. É preciso tomar cuidado, contudo, com o número excessivo de erros de saque, algo que pode acabar comprometendo o desempenho.

Além disso, outra arma que robustece o jogo do time do Vale do Paraíba é a força do ataque. Com um plantel repleto de estrelas, Taubaté conta com uma variedade maior de peças à disposição para confundir a marcação adversária e, consequentemente, desequilibrar a partida.

Taubaté tem mais peças à disposição para mudar o ritmo do jogo

Não custa lembrar que o levantador Nico Uriarte e o oposto Abouba, reservas da equipe, substituíram Rapha e Leandro Vissotto no jogo 2 e foram essenciais para o empate na série. Outro exemplo: o ponteiro Douglas Souza, melhor jogador da seleção brasileira na campanha do vice-campeonato mundial e titular de Taubaté em grande parte da temporada, tem ficado no banco, dando lugar ao argentino Facundo Conte, que vem brilhando desde os confrontos da semi.

Assim, conforme a série tem demonstrado, não existe propriamente um favorito à conquista do título. Levará o troféu da Superliga a equipe que souber desenvolver melhor a sua proposta de jogo.

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Confrontos:

Terça-feira (30) – Sesi-SP x EMS Taubaté Funvic (SP), às 21h30, na Arena Suzano, em Suzano (SP)

Sábado (4/5) – EMS Taubaté Funvic (SP) x Sesi-SP, às 21h30, na Arena Suzano, em Suzano (SP)

Se for necessário, sábado (11/5) – Sesi-SP x EMS Taubaté Funvic (SP), às 21h30, na Arena Suzano, em Suzano (SP)

*Todos os jogos terão transmissão do SporTV2

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Lucarelli pede cautela: “Que essa vitória não sirva de armadilha” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/28/lucarelli-pede-cautela-que-essa-vitoria-nao-sirva-de-armadilha/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/28/lucarelli-pede-cautela-que-essa-vitoria-nao-sirva-de-armadilha/#respond Sun, 28 Apr 2019 09:00:07 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16593

Com a vitória sobre o Sesi-SP, Taubaté quebrou uma invencibilidade de 18 jogos do rival na Superliga (Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBV)

Em um grande confronto da série melhor-de-cinco que definirá o campeão da Superliga masculina nesta temporada 2018/2019, o EMS Taubaté Funvic devolveu, neste sábado (27), a derrota sofrida no primeiro jogo por 3 a 0 para o Sesi-SP, empatando a decisão em 1 a 1.

Com parciais de 25-23, 25-22 e 25-20, os comandados de Renan Dal Zotto empolgaram a torcida que lotou o ginásio do Abaeté, em Taubaté (SP), com uma performance agressiva e consistente. Com o triunfo, Taubaté quebrou uma invencibilidade de 18 jogos da equipe do técnico Rubinho.

Se na primeira decisão o conjunto da capital paulista pouco foi incomodado pelo saque e pelo sideout do adversário, neste jogo foram justamente estes fundamentos que fizeram a diferença a favor de Taubaté. Para o ponteiro Lucarelli, que teve ótima atuação e foi o maior pontuador (16 acertos), o time mostrou evolução.

“Nossa proposta de jogo deu certo. A gente foi muito mal na virada de bola no primeiro jogo e o saque também não foi dos melhores. Mas essas duas coisas foram o diferencial aqui. A equipe teve uma postura bem melhor e uma agressividade maior no bloqueio, na defesa. Isso contribuiu para a vitória. Estou feliz e agora temos que descansar porque terça-feira já tem a outra partida”, destacou o atleta, fazendo referência ao jogo 3 da série, que será disputado na próxima terça-feira (30), na Arena Suzano, em Suzano (SP).

Em relação ao convincente placar de 3 a 0, Lucarelli se mostrou cauteloso. “Não importa. O que a gente queria era sair com a vitória. O 3 a 0 foi melhor ainda porque saímos menos cansados, e isso deu uma confiança maior. Mas que isso não sirva de armadilha também para a gente achar que está muito bem, pois a gente sabe que tem coisa para melhorar. Está no finalzinho [da competição], mas dá para evoluir ainda”, ressaltou.

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Para o ponta argentino Facundo Conte, outra peça fundamental na engrenagem taubateana, a mudança de postura foi determinante para o empate na série.

“Acho que a diferença entre esse e o primeiro jogo foi a emoção. No primeiro não jogamos nos 110% que jogamos aqui. Entramos agressivos porque sentimos essa diferença. E foi importantíssimo porque conseguimos reagir diante de um rival muito bom. Tomamos 3 a 0 em uma partida difícil, mas mostramos que podemos jogar emocionalmente lá em cima. Temos muitos jogadores e eles também. Me sinto contente porque o time mudou completamente”, salientou o jogador que colocou 11 bolas no chão.

Pelo lado do Sesi-SP, o armador William lamentou as escolhas equivocadas da equipe nos momentos decisivos do confronto.

“Final é final. Os dois times são competentes. A gente fez um bom jogo em casa. Aqui fizemos duas parciais razoáveis, buscamos o primeiro set, abrimos o segundo… Mas acredito que tomamos decisões erradas em alguns momentos da partida. Já eles decidiram certo, a favor deles e ganharam o jogo. A série é longa”, concluiu.

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Destaque na Superliga, oposto Alan é a principal arma do Sesi na final http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/18/destaque-na-superliga-oposto-alan-e-a-principal-arma-do-sesi-na-final/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/18/destaque-na-superliga-oposto-alan-e-a-principal-arma-do-sesi-na-final/#respond Thu, 18 Apr 2019 09:00:46 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16464

Em ascensão, oposto Alan é o segundo maior pontuador da Superliga (Foto: Helcio Nagamine/Fiesp)

Na final da Superliga masculina pela quinta vez em sua história, o Sesi-SP fez uma das campanhas mais sólidas da competição ao encerrar a fase classificatória em primeiro lugar, passar pelo Vôlei Um Itapetininga nas quartas e bater o Sesc-RJ por 3 a 0 na série semifinal.

Para tanto, a equipe do técnico Rubinho se valeu, mais uma vez, do ótimo desempenho do oposto Alan, atleta que já havia se destacado na temporada passada e que vem se consolidando como um dos mais promissores atacantes da saída de rede no país.

O curioso é que, diferentemente das demais equipes que chegaram às semifinais, o Sesi não tem opostos tão badalados. Enquanto o outro finalista EMS Taubaté Funvic tem o campeão mundial Leandro Vissotto na posição, os eliminados Sada Cruzeiro e Sesc contavam com os campeões olímpicos e selecionáveis Evandro e Wallace.

Para o treinador Rubinho, contudo, seus atacantes Alan e Franco formam uma dupla que não fica a dever nada a esses opostos mais famosos.

“São dois excelentes jogadores, muito completos. O Alan é um garoto mais jovem e bastante qualificado. Tanto que quando eu cheguei, pedi logo para fecharem com ele porque é um jogador muito interessante. Até porque ele já tinha uma experiência com o [levantador] William [ambos jogaram juntos no Sada Cruzeiro]. Então eu sabia que ele iria deslanchar aqui”, elogiou o técnico.

“O Franco já é um jogador mais experiente, mas também bastante qualificado. Bloqueia bem, saca, ataca. Os dois são fisicamente muito fortes. No treino mesmo, eu às vezes me assunto com o alcance deles. O time tem um perfil mais técnico, de passadores etc., mas eles fazem realmente muita diferença em relação ao peso do ataque. Acredito que os dois se completam. Um é mais jovem e o outro mais experimentado”, acrescentou.

Alan em ação contra seu ex-time, o eliminado Sada Cruzeiro (Foto: Agênciai7/Sada Cruzeiro)

O líbero Murilo faz coro com o técnico. “Eu acho que eles têm tantas condições quanto os outros grandes opostos do Brasil. O Alan vem crescendo muito, fez uma Superliga espetacular no ano passado e está dando continuidade. É um cara muito físico, salta e ataca muito forte. Provavelmente vai ter daqui para frente chances na seleção. E a tendência é ele evoluir, chegando perto desses grandes opostos. O Franco, sempre que foi chamado, deu conta do recado”, ressaltou.

Murilo ainda falou sobre o papel fundamental do reserva Franco na vitória da equipe de virada no segundo confronto das semis contra o Sesc dentro da casa do rival. “Naquela partida contra o Sesc, ele e o Renato entraram e viraram o jogo. É um oposto muito físico também. Já não é mais um garoto como o Alan, mas já fez grandes Superligas, jogou fora do país e isso dá uma bagagem muito grande para eles. A gente tem uma dupla muito forte caso algum deles não esteja em um dia tão bom”, enalteceu.

Em sua segunda temporada no Sesi, Alan tem como companheiros os campeões olímpicos William, Éder e Lipe, além do bicampeão mundial Murilo, que ainda tem no currículo duas pratas em Jogos Olímpicos. Para ele, que já aparece nas estatísticas da Superliga como o segundo maior pontuador, com 404 acertos, perdendo apenas para Wallace, que tem 480, tanta experiência é fundamental para o seu crescimento como atleta.

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“Eles passam a experiência e eu tento absorver o máximo para mostrar dentro de quadra. Transmitem a confiança e me cobram ao mesmo tempo e eu estou conseguindo assimilar bem. Com isso, me sinto tranquilo para atacar forte, sacar bem. Não vou fazer nada ao contrário do que o Murilo, o Chupita [o ponteiro Lipe] o Murilo falam, né? O que eles mandarem, é lei”, brincou o oposto de 25 anos que começou a carreira no Botafogo, do Rio de Janeiro, e logo se transferiu para o Cruzeiro, onde permaneceu por seis anos.

Para o levantador William, uma das maiores qualidades do oposto titular da equipe é a humildade. “O Alan é um dos poucos dessa nova geração que sabem escutar. Hoje, o cara que é jovem já quer ganhar dinheiro, tem empresário, quer estar logo na seleção brasileira, atinge o objetivo e não valoriza o que precisa passar para chegar lá”, apontou.

“O Alan batalha todos os dias, treina muito bem sempre. O segredo do sucesso é esse: treinar, confiar no trabalho. Acreditar que ele é peça fundamental no meio de tantos medalhistas olímpicos. Ele escuta e entende isso. Talvez esse seja o seu diferencial. É um cara jovem, ambicioso e que tem a humildade de escutar, mesmo sabendo que ele já é uma estrela do time”, elogiou o experiente armador.

*Colaborou Carolina Canossa

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Consistentes, Sesi e Taubaté fazem a final da Superliga masculina http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/14/final-superliga-masculina/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/14/final-superliga-masculina/#respond Sun, 14 Apr 2019 03:28:45 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16436

Sesi chegou à final com mais uma vitória em casa por 3 a 0 (Foto: Juliana Kageyama/Divulgação)

Pouca gente imaginava, mas aconteceu: as duas séries melhor-de-cinco da semifinal da Superliga masculina foram encerradas em apenas três jogos. Mostrando muita agressividade e consistência, Sesi e EMS Taubaté Funvic carimbaram a vaga na decisão na noite deste sábado (13)/madrugada de domingo (14) ao vencerem respectivamente o Sesc-RJ e o Sada Cruzeiro.

Melhor time da fase classificatória, o Sesi bateu o time carioca com relativa tranquilidade com um triplo 25-21. O Taubaté, por sua vez, conseguiu o feito de eliminar o hexacampeão Sada Cruzeiro em uma partida tensa, repleta de reclamações, no tie-break: 21-25, 36-34, 25-19, 19-25 e 15-12 – é a primeira vez desde a temporada 2009/2010 que o time mineiro fica fora da decisão.

Também em cinco jogos, a final da Superliga masculina será disputada a partir do dia 23 de abril, terça-feira – por ter melhor campanha, o Sesi tem direito a mando de quadra em três dos duelos. O time paulistano se dividirá entre a Vila Leopoldina e o Arena Suzano, que tem maior capacidade, na disputa pela taça.

PRESSÃO E CONFIANÇA: OS SEGREDOS DO SESI

A classificação em três jogos foi surpreendente para os próprios jogadores do Sesi, conforme admitiu o líbero Murilo.

“A gente nunca espera nem um placar de 3 a 0, quanto mais fechar a série em 3 a 0”, comentou o jogador, que destacou o fato de o adversário sempre estar “correndo atrás” ao longo da série. “Ganhar a primeira partida aqui foi muito importante, pois jogou a pressão de eles terem que fazer o resultado em casa. Lá, estávamos perdendo por 2 a 1 quando o Rubinho mexeu no time e surtiu efeito. Mostramos a força do grupo, como peças de reposição. Hoje era tudo ou nada para eles e nós tentando segurar ao máximo a ansiedade de fechar. E muita coisa funcionou bem”, comemorou.

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O técnico Rubinho, por sua vez, contou que a estratégia da pressão foi algo planejado. “Apesar de termos errado muito no saque, conseguimos ser bem agressivos. Já no primeiro set hoje, fizemos muita pressão e deu certo. Talvez eles não estivessem preparados para isso, sentiram o baque e aí já deslanchou”, analisou.

O treinador ainda destacou o fato de seus comandados terem reagido bem nos momentos cruciais da semifinal. “Conseguimos controlar principalmente os momentos de decisão. No Rio, voltamos de uma situação bem adversa e isso te dá corpo na série”, afirmou.

Segundo o levantador William Arjona, essa postura passou a fazer parte do Sesi graças a uma derrota, justamente para o Sesc-RJ, na semifinal da Libertadores do vôlei, em fevereiro. “Lá o time aprendeu a jogar de uma maneira diferente. Estamos bem mais consistentes e difíceis de ser quebrado agora. Foi isso que fez a série ser tão boa diante de um timaço como o Sesc. Ninguém imaginava fechar por 3 a 0, mas, sem dúvida, merecemos os três jogos”, analisou.

COM RENAN DAL ZOTTO, TAUBATÉ FAZ HISTÓRIA

A eliminação do poderoso Sada Cruzeiro, com direito a duas vitórias fora de casa, é o ponto alto da temporada de um Taubaté que, até então, era marcado pela inconsistência. O time, por exemplo, demitiu o técnico argentino Daniel Castellani e contou com Ricardo Navajas como interino até fechar com Renan Dal Zotto, na segunda quinzena de fevereiro.

A chegada do treinador da seleção mudou a cara do time, que ainda não havia firmado uma base titular. Mesmo com pouco tempo de trabalho, Dal Zotto efetivou o levantador Rapha e o ponteiro argentino Facundo Conte como titulares, mas ao mesmo tempo manteve a motivação dos reservas Nicolas Uruarte e Douglas Souza, que tiveram participação fundamental nas vitórias da equipe nesta semifinal.

Eleito o melhor em quadra esta noite, Souza falou sobre o tamanho do feito alcançado por ele e seus companheiros de equipe. “É uma grande honra fazer 3 a 0 em uma série contra um time como o Cruzeiro. Vamos chegar bastante fortes à final”, comentou o jogador, que definiu a partida como uma das mais difíceis que já disputou. “Sabíamos que seria assim, mas conseguimos nos firmar e dar várias voltas ao longo do jogo. O grupo sai fortalecido”, garantiu.

 

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Com 1,79m e 120kg, levantador ignora preconceito e se destaca no Piauí http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/08/com-179m-e-120kg-levantador-ignora-preconceito-e-se-destaca-no-piaui/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/08/com-179m-e-120kg-levantador-ignora-preconceito-e-se-destaca-no-piaui/#respond Tue, 08 Jan 2019 08:00:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15561

José Leilson não se importa com as ofensas: “O problema do ser humano é julgar conhecer as pessoas” (Fotos: Arquivo Pessoal)

O IMC de 37,5, decorrente dos 120 kg distribuídos por uma altura de 1,79m, poderia ser intimidante, assim como a gordofobia que quase sempre vem das arquibancadas. Mas, para o melhor levantador do último Campeonato Piauense, a obesidade e o preconceito se transformaram em força de vontade para provar que é possível jogar vôlei competitivo mesmo longe do padrão atlético.

“Eu não sou o primeiro e nem serei o último a ser criticado por estar acima do peso. Isso é combustível para, a cada dia, melhorar minha qualidade de vida e  assim vou seguindo: brincando e me divertindo”, comenta José Leilson, que defende a equipe do Mano Vôlei, terceira colocada no último Estadual. “Consigo fazer uma das coisas que eu mais gosto na minha vida, que é jogar voleibol, e ainda dou conta do recado dentro da minha equipe”, comemora.

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Amador como o restante da equipe, Leilson diz já ter pensado em seguir carreira profissional, mas acabou ficando pelo caminho por causa da baixa estatura. Apesar de sempre ter sido, em sua própria definição, “forte”, os problemas com o peso se intensificaram no período em que morou em São Paulo, onde não tinha tempo de praticar atividade física. Resultado: entre 2011 e 2014, ganhou 30kg.

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O ganho de peso não mexeu com a autoestima do jogador, que ganha a vida como professor de educação física e também é árbitro de voleibol regional, além de técnico nível 2 formado pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). “Meus alunos falam todo dia coisas como ‘Professor, quero jogar que nem você’ ou ‘Queria fazer 50% do que você faz’. Até me conhecerem, os novatos têm um certo preconceito, mas as percepções mudam com o andar da carruagem”, conta.

Ainda que os quilos a mais prejudiquem a mobilidade em quadra, Leilson se destaca pelo bonito toque na bola, fruto de treinos com bola de basquete, a única disponível, quando começou a jogar na adolescência, usando como rede um pedaço de elástico da loja da mãe costureira. “Assim, quando pegava uma bola oficial, não tinha que me esforçar muito para mandá-la na medida para os atacantes”, relembra o levantador. Não por acaso, uma de suas especialidades é o levantamento com uma só mão, imitando seu ídolo, William Arjona. “Jogo com a camisa de número 7 por causa dele. Não perco um jogo dele”, afirma.

Sem grandes preocupações com o próprio corpo, Leilson só quer continuar se divertindo com o esporte: “Graças a Deus, nunca senti nada. Continuando feliz, o que a sociedade tenta intervir na vida dos outros pouco me importa. O corpo perfeito é aquele onde existe uma pessoa alegre e feliz dentro. Cada um vive como quiser: gordo, magro…”.

Veja José Leilson em ação:

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