seleção brasileira – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Em temporada pré-olímpica, lesões viram preocupação extra entre os atletas http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/25/em-temporada-pre-olimpica-lesoes-viram-preocupacao-extra-entre-os-atletas/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/25/em-temporada-pre-olimpica-lesoes-viram-preocupacao-extra-entre-os-atletas/#respond Mon, 25 Nov 2019 09:00:14 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19164

Tandara diz ter voltado ao Brasil com o objetivo de se preparar melhor para a Olimpíada (Foto: Marcio Rodrigues/ACE/Divulgação)

A aproximação da Olimpíada traz aos atletas da elite do voleibol brasileiro não somente a expectativa de uma convocação, mas uma preocupação extra: como prevenir uma lesão que possa culminar num doloroso corte às vésperas da competição mais esperada por todos ao mesmo tempo em que é preciso ser profissional e se doar ao máximo pelos clubes que pagam seus salários?

Tandara Caixeta admite que este é um tema que percorre sua mente. Inclusive, a opção dela em deixar o voleibol chinês e defender o Sesc-RJ na atual Superliga foi feita justamente pensando em estar na melhor forma possível para defender a seleção brasileira em Tóquio 2020.

“Claro que existe a disputa por vaga com algumas jogadoras e é preciso tomar cuidados. Optei por estar no Brasil para me cuidar fisicamente e estar perto da minha família”, comentou a oposta, que jogou pouco nos últimos meses devido a uma séria lesão no tornozelo esquerdo sofrida enquanto defendia o Guangdong Evergrande. “Tudo influencia e, a partir do momento que a cabeça está tranquila, as coisas fluem. Era exatamente isso que eu queria. Me sinto mais leve aqui no Sesc”, garantiu.

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Com a experiência de duas medalhas olímpicas de ouro no currículo, a líbero Fabi também aponta que o aspecto psicológico é tão importante quanto o físico nesta reta final de ciclo olímpico.

“Como toda temporada que antecede os Jogos Olímpicos, os jogadores querem mostrar serviço. Fica sempre aquela contagem regressiva para saber quem estará na lista final. Os atletas tem que conter essa ansiedade, manter a cabeça focada, saber o que precisam fazer para se cuidar mentalmente e fisicamente ao longo do ano”, comentou a ex-atleta, que trabalha como comentarista do SporTv desde que se aposentou, em 2018.

Wallace ganhou um período extra de descanso antes de voltar a jogar pelo Sesc RJ (Foto: Divulgação/CBV)

Há, porém, quem prefira não pensar nisso. É o caso da ponteira Fernanda Garay, que, apesar de ser um nome bastante cotado para estar na lista de 12 convocadas por José Roberto Guimarães, diz que a seleção não é seu foco no momento.

“Eu tenho um desafio muito grande que é estar da melhor forma possível nesta Superliga. A seleção não está nos meus planos e representar bem o Dentil/Praia Clube é o meu primeiro objetivo. Se eu conseguir ter uma boa temporada e o Zé Roberto achar que eu possa contribuir com a seleção, é um outro momento, mas agora não estou pensando nisso”, garantiu.

Da parte dos clubes, o primeiro pensamento também é de foco total na Superliga, mas alguns cuidados extras também acabam sendo tomados. A equipe masculina do Sesc-RJ, por exemplo, vem desenvolvendo um trabalho especial com o oposto Wallace e o ponta Maurício Borges, dois prováveis convocados por Renan Dal Zotto para a Olimpíada.

“A nossa preocupação é termos os nossos atletas íntegros para toda a temporada, pois, se eles chegarem bem no final, consequentemente, também estarão bem para a seleção. É um cuidado que se tem todos os anos, mas, nesta temporada, aproveitamos para dar um longo período de descanso para o Wallace fazer uma temporada íntegra, fisicamente falando. Com o Borges também se trabalha numa continuidade de ganho de força, de velocidade e potência em virtude do que ele perdeu em virtude da cirurgia no joelho que ele fez na temporada passada”, explicou Giovani Foppa, preparador físico da equipe.

Fabi também aponta um “tempero extra” consequente de uma temporada pré-olímpica. Segundo ela, a briga entre os atletas por uma vaga nas limitadas convocações, que acabam por aumentar a competitividade dos torneios: “Além das jogadoras que já estão no radar da seleção, as que não estão vão querer mostrar seu vôlei. Vale a pena acompanhar. Quem estiver ligado na Superliga certamente vai assistir bons jogos, bons embates. Espero que seja um campeonato sem lesões e que todo mundo consiga jogar no mais alto nível”.

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Zé Roberto: “O Paulista foi um dos títulos mais importantes da minha vida” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/13/ze-roberto-o-paulista-foi-um-dos-titulos-mais-importantes-da-minha-vida/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/13/ze-roberto-o-paulista-foi-um-dos-titulos-mais-importantes-da-minha-vida/#respond Wed, 13 Nov 2019 09:00:10 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19067

Zé Roberto exibe a taça obtida com o título paulista de 2019 (Fotos: Rubens Chiri/São Paulo FC.net)

O que significa um título de Campeonato Paulista para quem tem três medalhas de ouro olímpicas no currículo? No caso de José Roberto Guimarães, muito. Em entrevista ao Saída de Rede, o treinador da seleção brasileira feminina de vôlei disse que a vitória no torneio estadual na última sexta-feira (8) com a jovem equipe do São Paulo/Barueri foi um dos pontos altos de sua carreira por conta das circunstâncias vividas.

“Foi uma das conquistas mais importantes da minha vida”, afirmou o treinador, que comandou um grupo com média de idade de 20,7 anos responsável por superar forças do voleibol nacional como o Sesi Vôlei Bauru e o Osasco-Audax. “Toda a comissão técnica trabalhou muito e as jogadoras acreditaram nisso. Foi muito legal essa energia que se viu dentro de quadra, o que elas conseguiram mostrar de voleibol”, complementou.

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Segundo Zé Roberto, o time já vinha treinando bem desde as quartas-de-final da competição contra o São Cristóvão Saúde/São Caetano, especialmente no sistema defensivo. Mesmo a derrota em casa por 3 a 0 diante do Bauru na partida de ida da semi foi vista com bons olhos, dadas as parciais apertadas do confronto: 25-23, 25-22 e 25-22. “Era uma questão de ajustar algumas coisas e treinar um pouco mais alguns detalhes em cima da parte de posicionamento”, explicou o treinador.

Ainda assim, Zé Roberto admite, a expectativa para o duelo de volta, no interior paulista, era apenas complicar a vida do rival. “Na cabeça da comissão técnica, se a gente mantivesse isso e alguma jogadora conseguisse ajudar a Lorenne, que estava sobrecarregada, a Juma teria condição de distribuir melhor o jogo e faríamos uma boa partida. Mas, para ser sincero, eu não imaginava que a gente pudesse ganhar o jogo em Bauru. Achava que a poderíamos fazer uma boa partida, mas não vencer por 4 a 0 (3 a 0 no tempo normal e o Golden Set). A verdade é essa”, reconheceu.

Alcançado este feito, havia outro grande desafio na final: o Osasco-Audax, time que fora uma pedra no caminho de Barueri nos dois anos anteriores, quando a equipe pôde contar com orçamento maior e jogadoras mais famosas. “A gente sempre esteve próximo, mas nunca conseguia tirá-las de uma competição grande. Com aquele ginásio lotado em Osasco, composto por uma torcida que faz a diferença, pensei: será que elas (as atletas de Barueri) vão aguentar a pressão? Estava muito apreensivo, mas também tranquilo, no sentido de “aconteça o que acontecer”. Era um momento especial e essas jogadoras tinham que aproveitar. Acho que elas não vão esquecer nunca mais”, celebrou.

Apesar do bom momento, técnico não pensa em grandes resultados na Superliga, mas sim na evolução das atletas

OTIMISMO NO FUTURO E CAUTELA NA SUPERLIGA

A despeito do excelente e inesperado resultado no Campeonato Paulista, Zé Roberto mantém a cautela quando o assunto é a Superliga. Na visão dele, é improvável que o feito se repita na principal competição de clubes do país.

“Temos que ter os pés no chão. A Superliga é um campeonato longo e agora foram duas semanas onde o time teve um pico. Queremos tentar nos classificar entre os oito que jogarão os playoffs, o que não vai ser fácil. Há cinco times mais fortes (em ordem alfabética: Minas, Osasco, Praia, Rio e Sesi) e não vejo a gente na frente deles. Barueri, Curitiba, Flamengo, Fluminense, Pinheiros e São Caetano vão brigar pelas outras três vagas e tudo pode acontecer”, analisou.

As dificuldades, avalia o técnico, estarão também na própria equipe de Barueri. “Acho que vamos oscilar muito e veremos qual o comportamento depois desta vitória. Tem que manter os pés no chão, não podemos sobrecarregar a Lorenne e distribuir mais o jogo. Vai ser difícil e sofrido até o fim”, comentou o treinador. “O grande legado é que essas jogadoras evoluam e cresçam”, afirmou.

Isso, porém, não significa que Zé Roberto não confie no potencial de sua comandadas. “Durante todos esses anos eu tenho falado muito da base porque acredito nisso. Já havia dito que nesses times do Brasil que foram sexto colocados no Mundial sub-20 e terceiro no Mundial sub-18, havia algumas jogadoras interessantes. Há uma juventude aí para (as Olimpíadas de) 2024 e 2028 sendo trabalhada e que vai representar bem o Brasil”, garantiu.

O Saída de Rede também tem podcast: clique aqui e confira

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Livro de Bebeto de Freitas tem mico com Senna e brigas da Geração de Prata http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/04/livro-de-bebeto-de-freitas-tem-mico-com-senna-e-brigas-da-geracao-de-prata/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/04/livro-de-bebeto-de-freitas-tem-mico-com-senna-e-brigas-da-geracao-de-prata/#respond Mon, 04 Nov 2019 09:00:42 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18965

Falecido em 2018, Bebeto de Freitas só teve tempo de ver dois capítulos prontos de sua biografia (Foto: Divulgação)

Mais de vinte páginas dobradas: este foi o resultado da minha leitura do livro “ Bebeto de Freitas – O que eu vivi”, escrito pelo jornalista Rafael Valesi e publicado pela editora 7 Letras. A ideia inicial era destacar cinco histórias para o texto a ser publicado no blog, mas a leitura fluiu tão bem que, no fim, eu precisei fazer um enorme trabalho de edição para não contar tudo aqui.

Desde a relação com outros dois memoráveis membros da família, o tio João Saldanha e o primo Heleno de Freitas, até o trabalho no futebol do Botafogo e do Atlético-MG, Bebeto repassa sua vida com histórias saborosas e percepções de tudo o que viveu. O vôlei, que embasou sua vida profissional e o alçou ao estrelado, ocupa a maior parte das páginas, tornando a publicação obrigatória para quem é fã da modalidade.

Entre as diversas as passagens dignas de nota, estão o tapa da mãe em uma cubana na arquibancada de um jogo de Pan-Americano, José Roberto Guimarães tentando manter a compostura após ser acidentalmente queimado com chá quente no Japão, a rápida passagem pelo Flamengo como jogador, o trabalho na experimental (e extinta) liga profissional americana, as provocações que fazia aos italianos no futebol, os bastidores da semifinal do Mundial de 1998 contra o Brasil, a decepção com o comunismo e as brigas com Carlos Arthur Nuzman… Decidi, no entanto, me limitar às cinco abaixo para escrever este texto.

Vale ressaltar, porém, que a maior preocupação de Bebeto com a publicação (que não chegou a ver finalizada por ter morrido em março de 2018), foi utilizá-la para espalhar suas ideias de política esportiva, como a massificação da atividade física por meio de clubes, a regionalização de campeonatos e a maior participação de atletas e treinadores nas decisões das Federações. “No Brasil, o conceito básico sobre o que é esporte está totalmente equivocado, e é por isso que não evoluímos nesta questão”, afirma.

Quem quiser saber mais sobre este que certamente é um dos maiores nomes da história do voleibol mundial pode adquirir o livro no site da Livraria Travessa (R$ 52,65 na data de publicação deste texto).

NUZMAN IMITANDO UMA GALINHA

Os desmandos de Carlos Arthur Nuzman no esporte brasileiro o tornaram um inimigo mortal de Bebeto de Freitas, mas nem sempre foi assim. Amigos na juventude, quando o técnico considerava o dirigente um “cara correto”, os dois atuaram juntos nas quadras com a camisa do Botafogo e viveram momentos inusitados. Na final do Troféu Brasil de 1972, por exemplo, o futuro presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) foi o tempo inteiro provocado pela torcida do Minas Tênis Clube com uma comparação com uma das principais cantoras nacionais à época por conta dos cabelos loiros compridos:

– Vanusa! Vanusa! Vanusa!

A afronta, porém, não surtiu efeito e o Botafogo, mesmo jogando em Belo Horizonte, venceu por 3 a 0 e ficou com a taça. A resposta em quadra, porém, não foi suficiente para Nuzman, que, após sumir por um momento, reapareceu na entrega das medalhas com um saquinho. Ao ser provocado pelos mineiros novamente, abriu o pacote e começou a jogar milho na torcida, imitando uma galinha “com direito a cocoricó”. “Todo mundo caiu na gargalhada”, lembrou Bebeto.

Treinador esteve à frente da seleção masculina de vôlei nas Olimpíada de 1984 e 1988

CHEFE REFORÇOU DELIBERADAMENTE O RIVAL

Ao longo das páginas, Bebeto não esconde sua admiração por Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, maior mecenas do esporte olímpico brasileiro. Responsável pela equipe da Atlântica-Boa Vista, uma das mais fortes do país nos anos 80, o empresário chamou o treinador ao seu gabinete semanas após a conquista do Campeonato Brasileiro de 1981, onde estavam dirigentes da Pirelli, maior rival da época, interessados em contratar dois dos destaques da equipe carioca, Amauri e Xandó.

“Você não vai deixar, né?”, perguntou Bebeto, antes de, atônito, ouvir a resposta do patrão: “Claro, é lógico que eles irão jogar na Pirelli”.

Não era brincadeira: os dois jogadores, de fato, foram para o adversário, para revolta de Bebeto: “Como o senhor faz uma coisa dessas?”. A réplica foi uma lição e se tornou uma das bases dos ideais esportivos do futuro dirigente: “Ô garoto, vai trabalhar, pois preciso pagar o seu salário. Sem adversários, esse voleibol não vai crescer. Precisamos de adversários”. De fato, a rivalidade entre cariocas e paulistas impulsionou o esporte naquele momento, culminando com a medalha de prata na Olimpíada de 1984.

DESGASTES E BRIGAS NA SELEÇÃO DE 1984

Falando na “Geração de Prata”, Bebeto afirma diversas vezes que o grupo que comandava e acabou fazendo história nos Jogos de Los Angeles tinha um ambiente complicado, com problemas de relacionamento causados principalmente pela fama repentina dos atletas: “Alguns jogadores executavam jogadas maravilhosas em parceria dentro da quadra, mas fora dela queriam distância do companheiro”.

Segundo Bebeto, Nuzman, então presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, não só sabia como permitia que alguns atletas ferissem contratos da CBV com patrocinadores. Tal situação culminou com uma discussão de mais de seis horas já com o torneio em andamento na Califórnia, “em que colocamos para fora  que estava engasgado”. Apesar de o técnico acreditar que a “lavação de roupa” foi fundamental para a chegada à final, o fato é que no dia seguinte o Brasil foi surpreendido por 3 a 1 pela Coreia do Sul, precisando obrigatoriamente vencer os Estados Unidos no encerramento da primeira fase para avançar às semis.

O confronto decisivo contra os americanos quebrou um dos principais planos da comissão técnica, que era evitar o máximo possível mostrar seus segredos contra os donos da casa – amistosos, inclusive, tinham sido deliberadamente evitados com este objetivo. Com a classificação ameaçada, o Brasil jogou tudo o que sabia e venceu os EUA por 3 a 0. Para isso, no entanto, expôs todo sua estratégia para os rivais, que se aproveitaram disso dias depois, quando as equipes se reencontraram na grande final, vencida por eles com um 3 a 0 tranquilo. “Perdemos a medalha de ouro olímpica para nós mesmos”, lamentou Bebeto, se referindo à derrota para os sul-coreanos.

Brasileiro foi campeão mundial com a Itália em 1998

MICO DIANTE DE AYRTON SENNA

Em 1992, já como técnico  do Maxicono Parma, da Itália, Bebeto reencontrou Braguinha às vésperas do GP de Ímola para um jantar. Devido a um imprevisto, precisou ir ao restaurante com um carro antigo, um Croma turbo  com um “problema técnico considerável”: cliques que faziam os faróis apagarem e acenderem com frequência.

Ao chegar ao hotel exclusivo da Fórmula 1, onde Braguinha se hospedava por conta de sua amizade com Ayrton Senna, a quem também ajudou, Bebeto escondeu seu “possante” no fundo de um estacionamento lotado de carrões de luxo. Apresentado ao tricampeão, o empresário, para desespero do treinador, afirmou: “Vamos no seu carro”

Depois de caminhar “uma eternidade no estacionamento”, lá estava Bebeto, um dos homens mais ricos do Brasil, um ídolo mundial e seu manager apertados num carro que foi “clicando” até o destino final.  “A cara de incredulidade do dono do restaurante foi impagável. O italiano olhava para o Ayrton, depois para o carro, em seguida para o Ayrton novamente…”

Em tempo: durante todo o trajeto e o jantar, enquanto Braguinha sacaneava Bebeto, o piloto de uma aula sobre carros e segurança…

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SEMIFINAL DE MUNDIAL CONTRA O BRASIL

A despeito de todas as desavenças com a CBV e as críticas públicas aos dirigentes do voleibol brasileiro, Bebeto nega ter sentido um prazer especial em ter eliminado a seleção brasileira na semifinal do Mundial de 1998, quando se sagraria campeão comandando a seleção italiana. “Essa partida mexeu comigo como nenhuma outra (…) Naquele dia, meus olhos não fecharam de jeito nenhum”.

Após a vitória por 3 a 2 diante do seu país e de jogadores que ajudou a formar, ficou sentado no banco de reservas, sem reação. Só despertou quando o levantador Maurício passou por ele e fez uma graça: “E aí, seu viadinho, não vai falar com a gente?”

Serviço:

Bebeto de Freitas – O que eu vivi
Rafael Valesi
254 páginas

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Oposta no Sesc, Tandara se diz feliz e disposta a ajudar o Brasil na ponta http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/30/oposta-no-sesc-tandara-se-diz-feliz-e-disposta-a-ajudar-o-brasil-na-ponta/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/30/oposta-no-sesc-tandara-se-diz-feliz-e-disposta-a-ajudar-o-brasil-na-ponta/#respond Wed, 30 Oct 2019 09:00:24 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18902

Reforço do Sesc-RJ, Tandara disse que vem aprimorando cada vez mais a sua forma física (Foto: Márcio Mercante)

Principal atacante da seleção brasileira feminina de vôlei no atual ciclo olímpico, Tandara está feliz. Em entrevista concedida recentemente durante o lançamento da Superliga 2019/2020, em São Paulo, repetidas vezes a atleta, grande reforço do Sesc-RJ para esta temporada, disse estar mais alegre e tranquila. E são vários os motivos.

O retorno ao Brasil após uma temporada que ela classificou como “extremamente difícil” no vôlei chinês, a possibilidade de trabalhar pela primeira vez com o técnico Bernardinho e o aprendizado sobre os limites do próprio corpo, especialmente após a séria torção sofrida no tornozelo esquerdo no final do ano passado, são alguns dos fatores que colaboram para este bom momento.

Às vésperas da Olimpíada de Tóquio, a jogadora, que fez o seu último jogo pelo Guangdong Evergrande no dia 21 de janeiro deste ano, conta que está animada e com grandes expetativas para voltar a jogar o seu melhor voleibol na Superliga pelo Sesc. Pela primeira vez em sua vitoriosa história, a equipe carioca caiu nas quartas de final da competição na temporada passada. Para Tandara, um desempenho convincente no clube é o caminho para chegar bem aos Jogos de 2020.

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Surpresas nas seleções, Alan e Lorenne se preparam para ano decisivo

“Venho evoluindo a cada dia física e tecnicamente, o que era o meu objetivo. Estou cuidando principalmente do meu pé. Antes, eu terminava o treino e sentia muita dor. Era algo que me incomodava bastante. Tanto que nem conseguia andar direito. Hoje, eu consigo treinar, me recupero depois e não sinto tanto. (…) Acredito que essa pausa foi importante para eu começar um novo ciclo dentro do Sesc”, pontuou.

“Estou muito feliz com esse retorno ao vôlei brasileiro, jogando com o Bernardo. Ele é uma pessoa que me acrescenta, desafia, ensina e escuta bastante todos os dias. Está dando aquele friozinho na barriga de querer entrar logo em quadra, jogar e realizar aquilo que sei fazer de melhor”, reiterou. Tandara ainda falou sobre a lição mais preciosa que aprendeu enquanto jogou na liga chinesa.

“A Superliga é um dos campeonatos mais fortes do mundo. A China está em um nível um pouco inferior, mas eu aceitei jogar lá por outro motivo. Acredito que amadureci muito vendo os limites das minhas companheiras, sabendo onde eu posso chegar. Isso foi o principal. Quando voltei, vi que estava completamente estressada. Por mais que a minha cabeça pensasse ‘eu consigo’, o meu corpo não conseguia. Então eu precisava “ouvi-lo”. Foi o melhor que extraí da temporada na China, essa necessidade de prestar atenção no meu corpo”, ressaltou.

Tandara espera fazer uma grande Superliga para chegar bem à seleção brasileira em 2020 (Foto: Divulgação/FIVB)

Hoje trabalhando para atingir a sua melhor forma física, ela atuou pela última vez no Pré-Olímpico de agosto, ajudando o Brasil a garantir a vaga em Tóquio. A propósito, a oposta sente que pode colaborar novamente com a seleção brasileira na entrada, assim como fez no classificatório, se for necessário. Sem Natália, machucada, e com grandes problemas para a formação do grupo na temporada 2019 de seleções, Zé Roberto utilizou a atleta como ponteira.

“Acredito que sou uma jogadora versátil que pode atuar tanto na ponta quanto na saída. Fico muito feliz com isso porque abre portas, né? Assim, eu posso ajudar no momento em que o clube tiver alguma dificuldade no jogo. Mas, a princípio, eu vou atuar como oposta. Na seleção eu joguei na ponta pela necessidade do grupo”, finalizou a campeã olímpica, que vem treinando passe com suas companheiras no Sesc com o objetivo de aprimorar cada vez mais a sua condição técnica.

*Colaborou Carolina Canossa

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Surpresas nas seleções, Alan e Lorenne se preparam para ano decisivo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/27/surpresas-nas-selecoes-alan-e-lorenne-se-preparam-para-ano-decisivo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/27/surpresas-nas-selecoes-alan-e-lorenne-se-preparam-para-ano-decisivo/#respond Sun, 27 Oct 2019 07:15:07 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18881

Lorenne sequer tinha esperanças de ir para a seleção adulta este ano (Fotos: Divulgação/FIVB)

Jovens, tímidos e talentosos… à lista de semelhanças entre Alan Souza e Lorenne Teixeira, outro fato foi acrescentado em 2019: ambos foram destaques individuais das seleções brasileiras de vôlei e viram o sonho de jogar a primeira Olimpíada se aproximar. Mais visados pelos adversários, terão como desafio agora manter o alto nível apresentado em quadra para assegurar a convocação olímpica e continuarem a chamar atenção nas quadras.

Em conversa com o Saída de Rede, ambos garantiram ter consciência e estarem prontos para o desafio. “Sei que vou estar mais marcada e, por isso, vou treinar mais, aprender mais e tentar evoluir sempre”, comentou Lorenne, 23 anos. Eleito o melhor jogador da Copa do Mundo masculina, Alan, 25, demonstra confiança em sua fala: “Ser mais marcado é normal de acontecer com quem começa a se destacar, mas é aí que que os grandes jogadores aparecem, se reinventando a cada jogo, cada campeonato…”.

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Os dois, que jogam na posição de oposto, tiveram trajetórias distintas nos últimos anos: enquanto Alan vem se destacando pelo Sesi há duas Superligas, Lorenne teve um caminho de altos e baixos nos últimos anos: destaque em categorias de base, fez duas temporadas apagadas no Vôlei Audax Osasco, tendo jogado pouquíssimo em 2018/2019, quando foi a reserva da americana Destinee Hooker.

Tanto é que ela admite que sequer tinha esperanças de vestir a camisa da seleção em 2019. “Eu não esperava, na verdade. Foi uma grande surpresa para mim e uma temporada de muito aprendizado, seja com o Zé Roberto (Guimarães, técnico da seleção) ou com as meninas em quadra, caso da Sheilla. Graças a Deus, consegui aproveitar a oportunidade”, comemorou.

Zé Roberto destacou que realmente os planos para Lorenne eram outros, mas ela soube agarrar as chances que apareceram no caminho: “É uma história muito particular, pois ela foi convidada inicialmente só para treinar conosco. Como vimos que estava se destacando, duas semanas depois a convocamos. Houve então uma situação importante, se revezando com a Paula Borgo na fase classificatória da Liga das Nações e ela foi melhorando, assumindo uma certa titularidade em momentos decisivos. O que eu vejo de mais importante aí é que as jogadoras, bem como a comissão técnica, passaram a acreditar no potencial da Lorenne, que correspondeu”.

Substituto de Wallace, que ganhou um descanso, Alan foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo

A grande chance de Lorenne aconteceu por uma coincidência: depois de ganhar folga na primeira metade da temporada, Tandara voltaria ao time nacional para a disputa da fase final da Liga das Nações, mas não pôde viajar à China por conta de um desconforto na região abdominal. Reserva de Paula Borgo na vitória por 3 a 2 sobre a Polônia, a jovem atacante ganhou uma chance diante dos Estados Unidos, onde, apesar da derrota, marcou 21 pontos. Na semifinal contra a Turquia, brilhou ao lado de Natália e, no novo encontro com as americanas na final, fez 20 pontos. Depois, terminou a Copa do Mundo como a sétima maior pontuadora, com 161 pontos.

Ao relembrar o bom desempenho, Lorenne conta que o segredo é manter o foco em um lance de uma vez. “Sempre tive um friozinho na barriga, o que é normal, mas me concentro em cada ação, não fico pensando no futuro ou nas coisas que aconteceram, nos erros. Deixo tudo para trás para que eu fique no jogo”, afirmou.

Já Alan diz que, mesmo com a rota ascendente na carreira, não imaginava um ano tão bom na seleção brasileira, onde teve a missão de substituir o consagrado Wallace, que ganhou folga para se recuperar física e mentalmente de olho na Olimpíada.

“Nem nos meus melhores sonhos eu esperava isso. O que eu esperava era ir para a seleção, sabia que seriam jogos muito difíceis e queria só em dar o meu melhor. E deu tudo certo porque a seleção me acolheu muito bem, os jogadores e o Renan me ajudaram bastante, então isso me deixou mais calmo. Foi o melhor campeonato da minha carreira”, reconheceu o oposto, que diz se espelhar justamente em Wallace. “É um cara que fez muito pela seleção, uma inspiração. Me sinto muito bem jogando ao lado dele”, elogiou.

Não por acaso, o técnico da seleção masculina, Renan Dal Zotto, encheu Alan de elogios ao ser questionados sobre ele pelo SdR: “O Alan fez uma competição fantástica. É um garoto que tem um futuro esplêndido pela frente e eu posso dizer que ele está no caminho certo. É mentalmente muito forte, treina bastante e quer chegar a um lugar cada vez mais alto”.

Lorenne e Alan estarão em ação respectivamente por São Paulo/Barueri e Sesi na Superliga 2019/2020, cuja edição masculina começa em 9 de novembro, três dias antes da versão feminina.

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Treino: o remédio de Zé Roberto para a redenção do Brasil na Olimpíada http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/22/treino-o-remedio-de-ze-roberto-para-a-redencao-do-brasil-na-olimpiada/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/22/treino-o-remedio-de-ze-roberto-para-a-redencao-do-brasil-na-olimpiada/#respond Tue, 22 Oct 2019 09:00:00 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18832

Zé Roberto entrou para o Hall da Fama do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) nesta segunda (21) (Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBV)

Prestes a encerrar aquele que, em suas próprias palavras, foi o “ciclo olímpico mais difícil de todos”, o técnico José Roberto Guimarães tem total consciência de que a seleção brasileira feminina de vôlei não é favorita ao ouro na Olimpíada de Tóquio. Mas, ao mesmo tempo em que coloca China, Sérvia e Estados Unidos em um patamar superior no atual equilíbrio de forças da modalidade, não desiste do sonho de faturar o quarto título olímpico da carreira em sua despedida do time nacional. Para ele, o segredo desta difícil caminhada é simples: treino, treino e treino, algo que pouco pôde fazer ao longo dos últimos três anos.

(Desde a Rio 2016) Nós nunca conseguimos montar o time que achávamos ideal. Sempre uma ou outra jogadora estava lesionada e ficávamos correndo na subida. Mas sabemos que, se conseguirmos juntar na Olimpíada todas essas jogadoras com tempo adequado para trabalhar, jogamos de igual pra igual com qualquer time do mundo”, avisou o treinador na festa de lançamento da Superliga 2019/2020, na qual foi homenageado com a entrada para o Hall da Fama do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ao lado de Bernardinho.

De fato, o ciclo olímpico da seleção feminina tem sido marcado por uma série de altos e baixos: se por um lado faturou o extinto Grand Prix de 2017 e ficou com a prata na Liga das Nações 2019, por outro sequer passou da segunda fase do Campeonato Mundial e não subiu ao pódio da recém-encerrada Copa do Mundo. Adversários que antes eram batidos com relativa tranquilidade, como Alemanha, Polônia e República Dominicana passaram a dar trabalho e até vencer o Brasil, que ao mesmo tempo também conseguiu equilibrar partidas contra chinesas e americanas, mostrando que pode surpreender favoritos num torneio de “tiro curto” como os Jogos Olímpicos. “Tudo pode acontecer”, destacou Zé Roberto.

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Voleicast #10: Campeão da Copa do Mundo, Renan brilha no comando da seleção masculina

Em busca da melhor formação e entrosamento para a seleção feminina em Tóquio, o técnico passou uma “lição de casa” para as atletas selecionáveis, com metas a serem cumpridas em aspectos físicos. A Liga das Nações 2020 também será importante neste processo, com Zé indicando que pretende usar as primeiras rodadas do torneio para fechar o grupo que irá ao Japão e deixando o restante da competição com um time B, de forma que as principais atletas foquem totalmente na preparação para a Olimpíada.

“Elas já vão chegar preparadas dos clubes, pois não vamos ter muto tempo pra dar de folga (antes do início da temporada de seleções). Serão duas fases da Liga das Nações no Brasil e, depois, vamos ver o que iremos fazer. O ideal seria treinar e preparar fisicamente essas jogadoras para chegar na Olimpíada na melhor condição possível. Se pensarmos só em Liga das Nações, não vamos treinar e esse é o meu receio”, explicou.

Em relação ao provável grupo do Brasil na primeira fase de Tóquio 2020, Zé Roberto voltou a repetir o discurso de Olimpíadas anteriores: quanto mais difícil, melhor: “Assim, ou você passa ou você sucumbe e fica para trás. Se você disser logo a que veio, pode ter um cruzamento adequado e ir pra semifinal, final…”.

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Voleicast: Campeão da Copa, Renan Dal Zotto brilha no comando do Brasil http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/18/voleicast-campeao-da-copa-renan-dal-zotto-brilha-no-comando-do-brasil/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/18/voleicast-campeao-da-copa-renan-dal-zotto-brilha-no-comando-do-brasil/#respond Fri, 18 Oct 2019 09:00:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18789

Renan não só fez o Brasil jogar bem na Copa como tem conseguido abrir espaço para a nova geração (Foto: Divulgação/FIVB)

Quando assumiu o comando da seleção brasileira masculina de vôlei, em janeiro de 2017, Renan Dal Zotto se viu repleto de desconfianças: para a maioria dos torcedores e boa parte da imprensa (incluindo este blog), o argentino Marcelo Mendez, do Sada Cruzeiro, e Roberley Leonaldo, o Rubinho, homem de confiança de Bernardinho na comissão técnica, eram opções melhores. Dois anos e meio depois, o ex-jogador mostrou que tinha sim a competência necessária para assumir o posto.

Não bastasse ter derrotado os dois rivais ao longo da última Superliga, Renan fez com que o Brasil conquistasse o título da Copa do Mundo com autoridade. É verdade que boa parte dos rivais colocaram reservas em quadra, mas, quando foi testada diante de Estados Unidos e Polônia, a seleção correspondeu. Outra boa notícia é que, ao mesmo tempo em que o nível das atuações sobe, a comissão técnica consegue abrir espaço para uma nova geração, através de nomes como o oposto Alan, 25, o levantador Fernando Cachopa, 23 anos, do central Flávio, 26, e do líbero Thales, 30.

Este é o principal tema da conversa entre as jornalistas Carolina Canossa e Janaína Faustino na 10ª edição do Voleicast, podcast dedicado ao vôlei feito pelo Saída de Rede. Ao analisar a conquista do Brasil, elas observam que a seleção subiu de nível na reta final da temporada depois de momentos turbulentos, mas ressaltam que, apesar do excelente momento, o time verde-amarelo não é favorito absoluto ao ouro na Olimpíada do ano que vem (e explicam os motivos). A histórica vitória da República Dominicana sobre os EUA no continental da Norceca, a definição das duplas olímpicas do Brasil no vôlei de praia e o Campeonato Paulista masculino também foram abordadas no programa.

Dê o play e ouça abaixo:

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Ouça mais:

Episódio 08 – Copa do Mundo mostra que seleção feminina tem muito a trabalhar até Tóquio 2020

Episódio 09 – Brasil tem bom início, mas ainda será testado na Copa do Mundo

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Brasil x Polônia rende liderança incomum ao SporTv2 na TV paga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/15/brasil-x-polonia-rende-lideranca-incomum-ao-sportv2-na-tv-paga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/15/brasil-x-polonia-rende-lideranca-incomum-ao-sportv2-na-tv-paga/#respond Tue, 15 Oct 2019 15:46:42 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18769

Eleito MVP da Copa do Mundo, oposto Alan foi um dos destaques da vitória brasileira contra a Polônia (Foto: Divulgação/FIVB)

A boa campanha da seleção brasileira masculina de vôlei na Copa do Mundo se refletiu entre os telespectadores brasileiros. Segundo informação obtida pelo Saída de Rede, o duelo entre Brasil e Polônia na madrugada do último domingo (13) rendeu ao SporTv2 a liderança de audiência entre os canais de TV a cabo.

Trata-se de um feito raro para o segundo canal esportivo do Grupo Globo, que, na ocasião, chegou a atingir 74% de participação entre os canais esportivos. Ou seja: de cada 100 televisores ligados em canais esportivos naquele momento, 74 estavam acompanhando a reedição da final dos dois últimos Campeonatos Mundiais. Foi a maior audiência entre todos os jogos do torneio transmitidos para o Brasil.

E mais:

+ Voleicast: seleção feminina tem muito a trabalhar até a Olimpíada

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Quem ficou acordado acabou presenteado com uma emocionante partida de voleibol, encerrada apenas no quinto set a favor dos comandados do técnico Renan Dal Zotto, resultado fundamental para a conquista do terceiro título brasileiro na história da Copa do Mundo (as outras duas conquistas foram em 2003 e 2007). Assim, o Brasil se tornou tricampeão entre as principais disputas do vôlei de seleções (Olimpíada, Mundial e Copa do Mundo), feito atingido apenas pela União Soviética, que não existe mais.

TEMPORADA DE CLUBES NA TV ABERTA

Com o fim da temporada de seleções, os jogadores da seleção voltam aos seus clubes, cuja principal competição, a Superliga, começa em 9 de novembro. De acordo com o site “Web Vôlei”, o torneio será transmitido na TV aberta pela TV Cultura, que vai exibir dois jogos por semana. Na TV fechada, a exclusividade segue sendo do SporTv, enquanto a TV NSports e no Canal Vôlei Brasil passarão jogos por streaming.

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Com reservas, Brasil vence Itália e termina Copa do Mundo invicto http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/15/com-reservas-brasil-vence-italia-e-termina-copa-do-mundo-invicto/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/15/com-reservas-brasil-vence-italia-e-termina-copa-do-mundo-invicto/#respond Tue, 15 Oct 2019 07:43:52 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18761

Isac foi o destaque individual do jogo, com 14 pontos e excelentes passagens pelo saque (Fotos: Divulgação/FIVB)

Campeã da Copa do Mundo com uma rodada de antecipação, a seleção brasileira masculina de vôlei atuou com reservas em sua última partida no torneio, diante da Itália na madrugada desta terça-feira (15). Ainda assim, a equipe não teve muitos problemas para vencer os rivais por 3 sets a 0, parciais de 25-20, 25-22 e 25-15.

Ao todo, os comandados do técnico Renan Dal Zotto conseguiram 11 vitórias em 11 jogos no Japão, tendo perdido apenas cinco sets – apesar de boa parte dos rivais não ter jogado a Copa com suas equipes principais, adversários importantes como Estados Unidos e Polônia foram superados mesmo usando uma equipe bastante parecida com a que devem jogar a Olimpíada do ano que vem.

E mais:

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A Itália foi um dos times que optou por atuar no Japão sem força máxima, preservando suas principais estrelas, como o levantador Gianelli, o oposto Zaytsev e o ponteiro Juantorena. Ainda assim, no duelo de reservas nesta madrugada, o Brasil foi claramente superior, especialmente no ataque, fundamento em que marcou 40 pontos contra 30 dos rivais.

Destaque ainda para a passagem do central Isac no saque no começo do terceiro set: com ele no serviço, a seleção desestabilizou a linha de passe italiana de tal forma que uma desvantagem de 6-11 se transformou no set mais tranquilo da partida.

Apesar de o título estar assegurado, não faltou esforço aos jogadores da seleção em quadra

Com cinco aces, três bloqueios e seis pontos de ataque, Isac terminou o confronto como o maior pontuador, seguido pelo oposto reserva Felipe Roque, que marcou 12 pontos. Único titular em quadra ao lado do líbero Thales, o também meio de rede Maurício Souza colocou sete bolas no chão.

A Copa do Mundo marca o encerramento da temporada de seleções para o vôlei brasileiro – além do título agora, a equipe masculina do país venceu o Sul-americano, garantiu a vaga olímpica em um duelo dramático contra a Bulgária e ficou em quarto lugar na Liga das Nações. Os jogadores agora voltam aos seus respectivos clubes, com a Superliga programada para começar em 9 de novembro.

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Brasil vence Polônia no tie-break e se aproxima do título da Copa do Mundo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/13/brasil-x-polonia-copa-do-mundo-volei-masculino/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/13/brasil-x-polonia-copa-do-mundo-volei-masculino/#respond Sun, 13 Oct 2019 08:51:55 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18721

Destaque desta Copa do Mundo, Alan brilhou mais uma vez pela seleção brasileira (Fotos: Divulgação/FIVB)

Não foi tão tranquilo como diante dos Estados Unidos, mas a seleção brasileira masculina de vôlei passou por mais um teste de fogo ao bater a Polônia na madrugada deste domingo (13) por 3 sets a 2. As parciais foram de 19-25, 25-23, 25-19, 16-25 e 15-11.

Com o resultado, o time do técnico Renan Dal Zotto não só manteve a invencibilidade no torneio como ficou muito próximo do título da Copa do Mundo, que pode ser garantido já nesta segunda (14) com uma rodada de antecipação: para isso, os atuais campeões olímpicos precisam bater o Japão, dono da casa, em jogo programado para começar às 7h20 (horário de Brasília).

E mais:

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No primeiro duelo oficial por seleções entre os cubanos naturalizados Yoandy Leal e Wilfredo León (ambos já haviam se enfrentado em um torneio amistoso), quem brilhou foi Alan. Substituto do consagrado Wallace, que ganhou uma folga neste penúltimo ano do ciclo olímpico, o oposto brilhou mais uma vez na Copa do Mundo, marcando 27 pontos. Leal, que se destacou no tie-break, ficou com 21 e León colocou 17 bolas no chão.

Para o duelo decisivo contra o Brasil, o técnico belga Vital Heynen abdicou do oposto Bartosz Kurek, que, usando o torneio para se recuperar de uma grave lesão nas costas, sequer ficou no banco de reservas. Exceção feita a ele e ao central Piotr Nowakowski, que nem foi à Ásia, o restante da seleção bicampeã mundial em quadra foi a considerada titular.

Comandado pelo líbero Tales, sistema defensivo do Brasil fez um grande trabalho

De olho em seu terceiro título na história da competição, a seleção brasileira sofreu com altos e baixos. No primeiro e no quarto sets, por exemplo, a equipe  voltou a apresentar falhas no recepção do saque balanceado, o principal problema visto ao longo da atual temporada. Isso facilitou a vida do bloqueio polonês, que também contou com um Bruno impreciso e insistindo erroneamente no jogo com os centrais – na penúltima parcial, por exemplo, a situação no placar ficou tão desfavorável que Renan aproveitou para dar um descanso à maior parte dos titulares.

Por outro lado, o sistema defensivo brasileiro teve uma atuação excepcional, o que foi fundamental para que a equipe neutralizasse, pouco a pouco, o forte ataque rival, composto também pelo bom oposto Maciej Muzaj e o polêmico, mas talentoso ponteiro Michal Kubiak. Para completar, o time de Renan apresentou enorme eficiência nos contra-ataques. Destaque ainda para o trabalho “estrutural” feito por Ricardo Lucarelli, que compensou o dia ruim no ataque (apenas quatro pontos em 17 tentativas) com uma boa atuação no fundo de quadra.

O aspecto mental foi outro ponto positivo dos brasileiros, que não se perderam no jogo nem mesmo após perderem dois sets de forma contundente, algo que não ocorreu pelo lado polonês, que cometeu erros bobos em momentos importantes da partida. A julgar pela atuação do time em todo o torneio, é difícil imaginar que a equipe perca o título desta Copa do Mundo, que certamente dará moral ao Brasil às vésperas da Olimpíada de Tóquio.

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