Renan Dal Zotto – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Como foi o ano da seleção brasileira masculina de vôlei? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/30/como-foi-o-ano-da-selecao-brasileira-masculina-de-volei/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/30/como-foi-o-ano-da-selecao-brasileira-masculina-de-volei/#respond Mon, 30 Dec 2019 09:00:46 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19624

O título invicto na Copa do Mundo coroou um ano que não começou tão bem para a seleção masculina (Foto: Divulgação/FIVB)

Se 2019 foi um ano repleto de indefinições para a seleção brasileira feminina de vôlei, o mesmo não se pode dizer sobre a equipe masculina. Isto não significa que o time comandado por Renan Dal Zotto tenha feito um ano inteiramente brilhante. Ao contrário, passou por perrengues que causaram desconfiança entre os torcedores. Na reta final, no entanto, a equipe mostrou evolução.

Assim como entre as mulheres, a exaustiva Liga das Nações foi o certame que abriu a temporada de seleções. Já com Leal como grande reforço na ponta, a seleção tricampeã olímpica fez uma fase classificatória muito boa, somando apenas um revés em quinze jogos. A partir dos mata-matas, no entanto, a equipe começou a padecer com problemas que já haviam aparecido antes.

O passe vacilante e a inconstância no ataque desmontaram completamente a seleção brasileira na fase final disputada em Chicago (EUA). Ao total, foram três revezes em quatro partidas disputadas, levando ao quarto lugar na competição – a mesma posição do ano passado. Com graves falhas táticas e técnicas, o time de Renan chegou a sofrer derrotas impressionantes para a equipe B/C da Polônia.

O drama se repetiu no Pré-Olímpico de agosto, quando o Brasil esteve, assim como no feminino, prestes a viver uma queda histórica. Em um verdadeiro teste para cardíaco, a seleção de Renan vinha sendo atropelada por 2 a 0 pela Bulgária na partida derradeira. Mas, em uma virada espantosa comandada por Leal, assegurou a vaga em Tóquio ao vencer o rival em casa no quinto set.

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Passado o sufoco, com um time B, o país ganhou a medalha de bronze no Pan disputado em Lima, no Peru. Já no Sul-Americano, com alguns titulares, a equipe teve que suar a camisa para levar o 32º título continental, batendo a Argentina de Marcelo Mendez de virada e somente no tie-break. Neste ínterim, a seleção aproveitou para intensificar os treinamentos em Saquarema em busca de mais consistência tática e confiança na execução dos fundamentos, especialmente a recepção.

O esforço foi recompensado. Com Lucarelli e Leal cada vez mais titulares na entrada de rede, além de Thales como líbero, o conjunto, ainda que tenha voltado a expor alguma instabilidade na linha de passe, melhorou bastante em todos os fundamentos na Copa do Mundo, última competição da temporada, em que ganhou o tricampeonato. O torneio ainda serviu para a afirmação do oposto Alan, uma das maiores surpresas da seleção masculina no ano.

Com um retrospecto excelente, o Brasil alcançou dez vitórias em dez jogos, vencendo, inclusive, Estados Unidos e Polônia, seleções que serão adversários diretos na disputa pelo ouro na Olimpíada de Tóquio. Com isso, diferentemente da seleção feminina, que se manteve no mesmo nível na reta final da temporada, o time de Renan deu um salto de qualidade, mostrando estar em curva ascendente na preparação para defender o ouro no Japão.

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O italiano Civitanova ganhou os títulos mais importantes em 2019 (Foto: Divulgação/FIVB)

Taubaté campeão da Superliga masculina pela primeira vez, Lube Civitanova no topo do mundo, França decepcionando de novo, Itambé Minas dominando o cenário nacional, Earvin Ngapeth preso, Sérvia triunfando na Europa…

Qual foi “o assunto” do vôlei em 2019? Sem dúvida, assim como em outros anos, foram vários os acontecimentos que movimentaram as redes sociais e mobilizaram os fãs da modalidade. O Saída de Rede fez uma seleção dos fatos mais relevantes.

Confira o sobe e desce do vôlei neste ano em ordem alfabética:

SOBE

Civitanova

Equipe do levantador Bruno fechou o ano com a conquista do Mundial de Clubes, em Betim (MG) (Foto: Divulgação/FIVB)

Considerado por muitos a melhor equipe de vôlei masculino da atualidade, o italiano Lube Civitanova soube angariar tamanho prestígio ao longo do ano. Afinal, não foi pouco o que o time comandado pelo experiente Ferdinando De Giorgi realizou em 2019. Com jogadores do naipe dos brasileiros Bruno e Leal, além de Juantorena e Simon em sua “linha de frente”, o Civitanova ganhou o Scudetto pela quinta vez em sua história e, uma semana depois, conquistou o segundo troféu da Liga dos Campeões da Europa, o mais importante torneio interclubes do continente.

Somando 11 vitórias em 11 jogos na competição, os italianos venceram o Zenit Kazan na final, equipe que se tornou o maior papa-títulos recente da Europa, interrompendo uma hegemonia de quatro anos da equipe russa. Foi uma façanha e tanta, uma vez que o último clube daquele país que conseguiu vencer a Champions League foi o Trentino nas temporadas 2008/2009, 2009/2010 e 2010/2011. Como se não bastasse, o Civitanova fechou o ano com chave de ouro ao colocar em sua galeria o único troféu que ainda faltava: o de campeão mundial.

Itambé Minas

A equipe mineira ganhou praticamente tudo na temporada 2018/2019 (Foto: Orlando Bento/FIVB)

A temporada 2018/2019 foi, seguramente, uma das mais vitoriosas da história do brasileiro Itambé Minas. Um dos nossos mais tradicionais clubes, o Minas sempre teve a sua importância valorizada no cenário nacional, mas, nos últimos anos, vinha sendo aquele time que apenas participava da mais relevante competição interclubes do país.

Com a chegada de reforços de peso, como as ponteiras Gabi e Natália, além da manutenção de outras jogadoras fundamentais, como Carol Gattaz e Macris, e do técnico italiano Stefano Lavarini, o grupo ganhou o Campeonato Mineiro, a Copa Brasil, o Sul-Americano e, depois de um jejum de 17 anos, a Superliga feminina.

O único título que restou foi o do Mundial de Clubes 2018, onde ficou com uma valorosa medalha de prata. A equipe perdeu algumas peças para a temporada 2019/2020 e está passando por um processo de reconstrução. No Mundial deste ano, alcançou o 5º lugar.

Já nesta Superliga pré-olímpica, o representante mineiro, hoje liderado por Nicola Negro, manteve a talentosa levantadora Macris e ainda conta com nomes, como a central bicampeã olímpica Thaísa, que vem retornando ao melhor de sua forma. A equipe está na vice-liderança do campeonato, somando 8 vitórias em 8 partidas.

Renan Dal Zotto

Renan teve um 2019 especial tanto no clube quanto na seleção (Foto: Divulgação/FIVB)

Homenageado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) pelo segundo ano consecutivo como o melhor técnico do país, Renan também teve um 2019 especial. Ele levou a seleção masculina de vôlei à conquista do 32º título do Campeonato Sul-Americano, classificou o Brasil para a Olimpíada de Tóquio no Pré-Olímpico – a competição mais importante da temporada, vencida de forma dramática em Varna, na Bulgária –, e, de quebra, ainda faturou a Copa do Mundo de maneira invicta.

Renan também brilhou na temporada de clubes 2018/2019. O treinador assumiu o EMS Taubaté Funvic, uma das mais prestigiadas equipes da Superliga masculina, em fevereiro. Repleto de estrelas e selecionáveis, o time patinava na competição e enfrentava uma crise interna motivada por discordâncias entre o plantel e o técnico argentino Daniel Castellani que, demitido, foi interinamente substituído por Ricardo Navajas, supervisor técnico do clube.

No comando, Renan não apenas mudou a forma da equipe atuar, construindo uma base titular e um padrão de jogo muito mais estável, como ainda levou o representante do Vale do Paraíba a ganhar um inédito título nacional.

Sérvia

Seleção sérvia chegará forte nos Jogos de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

A Sérvia dominou completamente a Europa neste ano de 2019. Campeã mundial em 2018 e medalhista de prata na Rio 2016, a seleção feminina já vem fazendo um ciclo olímpico de encher os olhos. Liderada por Zoran Terzic, se sagrou campeã europeia pela terceira vez ao vencer a perigosa Turquia, do técnico italiano Giovane Guidetti, na casa do rival.

Para tanto, contou com o brilho da oposta Tijana Boskovic, uma das melhores jogadoras do mundo, e de sua “coadjuvante de luxo”, a forte ponteira Brankica Mihajlovic, além da talentosa levantadora Maja Ognjenovic. Trata-se de mais uma demonstração de que a equipe é uma das fortes candidatas ao ouro na Olimpíada do ano que vem.

Equipe masculina se redimiu depois de ter caído no Pré-Olímpico diante da seleção italiana (Foto: Divulgação/FIVB)

A seleção masculina, usualmente instável, não decepcionou desta vez. Cerca de duas semanas após a conquista feminina, os homens também levaram o tri na competição, derrotando a ascendente Eslovênia na final em Paris (França). O grupo teve o auxílio de um novo comandante, o técnico Slobodan Kovac, que substituiu Nikola Grbic logo após o torneio Pré-Olímpico.

O oposto Aleksandar Atanasijevic, que costuma “pipocar” nos grandes torneios com a Sérvia, foi o grande destaque ao lado do habilidoso ponteiro Uros Kovacevic. O título, sem sombra de dúvida, dá mais confiança e credencia o representante dos Bálcãs entre os favoritos à conquista da vaga olímpica na concorrida repescagem continental de janeiro.

Taubaté

Taubaté venceu a mais importante competição interclubes do país pela primeira vez (Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV)

A temporada 2018/2019 da Superliga masculina ficou marcada pelo aparecimento de um novo campeão. Mas, o começo dos trabalhos em Taubaté foi bastante alvoroçado. Com orçamento alto, a equipe formada por jogadores da categoria de Lucarelli, Conte, Rapha e Lucão, entre outros, não engrenava e os títulos não apareciam.

O Campeonato Paulista parecia muito pouco para um elenco tão poderoso. Por isso, a quarta colocação na experimental Libertadores do vôlei, disputada em casa, acabou sendo o estopim para a demissão do argentino Castellani.

A vinda de Renan Dal Zotto, entretanto, mudou tudo. Para ganhar a Superliga pela primeira vez, o grupo do Vale do Paraíba interrompeu uma sequência de seis títulos do multicampeão Sada Cruzeiro, batendo o time celeste na semifinal, e ainda venceu o disciplinado Sesi na decisão inédita.

O título acabou representando ainda uma espécie de redenção para o campeão olímpico Lucarelli, que depois de permanecer cerca de oito meses parado se recuperando de uma lesão no tendão da Aquiles, voltou a jogar e foi uma peça indispensável na exitosa temporada taubateana. Tanto que saiu como MVP do torneio.

DESCE

Earvin Ngapeth

Ngapeth foi preso em Minas Gerais após flagrante por importunação sexual (Foto: Divulgação/FIVB)

Um dos melhores jogadores do mundo na atualidade, o ponteiro Earvin Ngapeth não cansa de se envolver em confusões e polêmicas fora das quatro linhas. Após a final do Mundial de Clubes masculino, disputado em Betim (MG), o atleta, uma das estrelas da seleção francesa e do time russo Zenit Kazan, foi a uma boate de Belo Horizonte acompanhado de outros colegas e, após dar um tapa nas nádegas de uma frequentadora do local, acabou preso em flagrante pelo crime de importunação sexual.

Detido durante quase dois dias no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, Ngapeth foi solto após pagamento de fiança no valor de R$50 mil e responderá ao processo em liberdade. Cabe lembrar que não é a primeira vez que o nome do ponteiro é destaque nas páginas policiais.

Entre outros eventos, ele foi preso em 2015 ao agredir um funcionário de uma estação de trem de Marselha, na França, e perdeu a carteira de habilitação em 2017 por dirigir alcoolizado e provocar um acidente em Modena, na Itália.

Seleção francesa

Seleção francesa não consegue ganhar um título de grande expressão (Foto: Divulgação/FIVB)

Enquanto o seu principal astro não para de causar problemas fora das quadras, a seleção francesa de vôlei, uma das mais técnicas do mundo, segue colecionando fracassos. Assim como na Rio 2016, no Europeu de 2017 e no Campeonato Mundial de 2018, os “bleus” voltaram a decepcionar.

A primeira queda foi no torneio Pré-Olímpico, quando a equipe foi facilmente batida pela campeã mundial Polônia e perdeu a chance de se garantir antecipadamente na Olimpíada de Tóquio.

O segundo tombo no ano foi ainda mais doloroso. Disputando a fase final do Campeonato Europeu em casa, algo que a Federação local via como uma oportunidade para promover o vôlei no país, a seleção foi eliminada na semifinal pela equipe sérvia, que se sagraria campeã posteriormente, calando os 12 mil torcedores que lotaram a Arena Paris, na capital francesa.

Em baixa no cenário internacional, o grupo, que tem atletas para lá de respeitáveis, como o central Le Roux e o líbero Jenia Grebennikov, precisará buscar forças para se reconstruir e encarar o duríssimo classificatório continental para os Jogos de Tóquio.

Vôlei russo

Rússia corre o risco de não participar da Olimpíada de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

Há tempos sob suspeita – e perdendo credibilidade em função disso –, o esporte russo sofreu um baque neste final de ano. O país foi banido pela Agência Mundial Antidoping (WADA) das competições internacionais pelos próximos quatro anos, incluindo a Olimpíada do ano que vem. A decisão, obviamente, afetou diretamente o tradicional e vitorioso vôlei russo, detentor de inúmeros títulos, incluindo quatro medalhas de ouro olímpicas com os homens.

A propósito, o atual time composto por jogadores do naipe de Maxim Mikhaylov, Egor Kliuka e Dmitry Volkov, era considerado um dos candidatos ao pódio em Tóquio. Não é de hoje, entretanto, que atletas da seleção masculina vêm sendo citados em relatórios da WADA sob a suspeita de terem feito uso de substâncias proibidas.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) manifestou pleno apoio à Agência, mas o caso ainda será julgado em última instância pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, na sigla em francês). Já a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) se pronunciará apenas ao final do processo.

Zenit Kazan

Zenit Kazan teve um desempenho muito ruim no Mundial de Clubes (Foto: Divulgação/FIVB)

Um dos clubes mais vencedores do voleibol mundial, o russo Zenit Kazan não viveu uma boa jornada neste 2019. Os problemas, entretanto, não começaram este ano. A queda precoce no Mundial de Clubes do ano passado foi um indicativo de que a equipe estava passando por turbulências.

Vale lembrar que o clube perdeu o astro polonês Wilfredo León e o norte-americano Matt Anderson, jogadores que formavam a espinha dorsal do time e que ajudaram a transformá-lo em uma potência mundial.

A perda do título nacional (após cinco conquistas) para o surpreendente Kuzbass Kemerovo e da Champions League para o Civitanova foi a confirmação de que o grupo precisaria se reconstruir. Com Ngapeth e Sokolov como titulares, além de Mikhaylov improvisado na ponta, o conjunto, no entanto, ainda parece buscar a identidade perdida.

O fiasco da participação no Mundial de Clubes, em Betim, é uma demonstração disso. A equipe teve atuações tecnicamente muito ruins, desinteressadas e preguiçosas. Mas, ainda assim, garantiu a medalha de bronze, sendo beneficiado pelo formato do campeonato formulado pela Federação Internacional, que teve apenas quatro competidores. O brasileiro Sada Cruzeiro ficou com o vice e o catari Al-Rayyan em quarto.

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Em jogo de erros, Sesc cresce no ataque e quebra invencibilidade de Taubaté http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/19/em-jogo-de-erros-sesc-cresce-no-ataque-e-quebra-invencibilidade-de-taubate/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/19/em-jogo-de-erros-sesc-cresce-no-ataque-e-quebra-invencibilidade-de-taubate/#respond Thu, 19 Dec 2019 03:22:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19504

Sesc se reabilita na Superliga e derrota o líder Taubaté (Foto: Orlando Bento/MTC)

O atropelamento diante do Sesi-SP, no último domingo (15), em partida válida pela 8a rodada da Superliga masculina, exigia uma reação. E foi em busca desta recuperação que o Sesc-RJ recebeu, na noite desta quarta-feira (19), no Tijuca Tênis Clube (RJ), a equipe do EMS Taubaté Funvic, líder do torneio.

E em uma partida tecnicamente abaixo do esperado, o time comandado por Giovane Gávio se reabilitou e conquistou uma vitória importante no tie-break (25-18, 26-28, 25-19, 23-25 e 15-13), impondo a primeira derrota ao atual campeão da competição.

Em um começo de jogo disputado ponto a ponto até a metade da primeira parcial, o time mandante mostrou uma postura bem diferente daquela diante do Sesi. Mais concentrada e disciplinada em termos táticos, apresentou bom volume de jogo e melhorou em praticamente todos os fundamentos. E o bom rendimento no bloqueio, na virada de bola e principalmente no saque acabou dando a vitória ao Sesc.

Por outro lado, enfrentando grandes dificuldades na linha de passe com Lucarelli, Douglas Souza e Thales, Taubaté não conseguiu manter o padrão de jogo habitual na competição, prejudicando a distribuição das jogadas do levantador Rapha, que precisou recorrer às previsíveis bolas empinadas pelas extremidades. Além disso, a impressionante quantidade de erros de ataque e de saque (12 ao total contra apenas 5 do adversário) foi determinante para a derrota do campeão paulista na parcial.

O time comandado por Giovane Gávio manteve a pressão no saque e a consistência tanto na recepção quanto no sideout na etapa subsequente. Já os comandados de Renan Dal Zotto, apesar das falhas em demasia (10 no total), conseguiram equilibrar o confronto na parte final do set através do ataque e da potência do serviço.

O representante paulista, contudo, acabou empatando o jogo com o crescimento dos dois ponteiros: Lucarelli, que liderou a reação do time a partir do saque e da virada de bola, e Douglas Souza, que marcou três bloqueios seguidos no fim da parcial.

Desconcentradas, as equipes se perderam um pouco no terceiro set. Os erros de saque e de ataque se avolumaram, gerando grande queda na qualidade técnica do confronto. Entretanto, o bloqueio e a virada de bola do septeto carioca fizeram a diferença na reta final. Destaque para meio de rede Flávio Gualberto e o oposto Wallace. O oponente, por outro lado, seguiu cometendo erros em série, tanto que o set acabou definido em duas bolas para fora de Lucarelli.

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Apesar do equilíbrio entre as equipes na quarta parcial (e da diminuição dos erros), o Sesc seguiu dando trabalho ao sistema defensivo do interior paulista com muita eficiência no ataque. Diferentemente do ocorrido no duelo anterior, em que apenas o oposto Wallace segurou o time na virada de bola, o ponta argentino Martínez e o campeão olímpico Maurício Borges também estiveram muito mais compromissados e regulares no sideout. Eles também mostraram serviço no fundo de quadra.

Mantendo uma diferença de dois pontos até o final, o campeão carioca, no entanto, permitiu novamente o empate de Taubaté em 23 a 23 e a consequente virada a partir de um falha do levantador Marlon em uma tentativa de bola de segunda e de uma bola de Wallace para fora no ataque.

Em um tie-break lá e cá, o jogo acabou decidido no detalhe. As falhas de Taubaté voltaram a aparecer – sobretudo no saque -, colocando o time da casa em vantagem no momento crucial do set. E foi justamente em um erro de comunicação entre os comandados de Renan que a partida acabou: Douglas Souza e Maurício Souza tocaram, juntos, na mesma bola. Ao total, os paulistas cederam incríveis 47 pontos em falhas ao rival e receberam 29. Deste modo, caiu o único invicto na Superliga masculina.

Os maiores pontuadores do jogo foram Wallace e Lucarelli com 21 acertos. Pelo Sesc, se sobressaíram, ainda, Maurício Borges, Flávio e Martínez, que pontuaram 13, 12 e 11 vezes, respectivamente. Por Taubaté, o meio de rede Maurício Souza fez 15 seguido do marroquino Mohamed Alhachdadi, que pôs 13 bolas no chão. Lucão e Douglas Souza colaboraram com 11 cada.

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Livro de Renan conta cirurgia espiritual e acordo pra ser técnico da Itália http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/14/livro-de-renan-conta-cirurgia-espiritual-e-acordo-pra-ser-tecnico-da-italia/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/14/livro-de-renan-conta-cirurgia-espiritual-e-acordo-pra-ser-tecnico-da-italia/#respond Sat, 14 Dec 2019 09:00:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19469

No livro, Dal Zotto usa passagens de sua vida para dar dicas de gestão de pessoas e para o mundo corporativo (Foto: Reprodução)

A agenda lotada de competições com a seleção brasileira masculina e o EMS Taubaté Funvic, atual campeão da Superliga, não impediu o técnico Renan Dal Zotto de colocar em prática mais um projeto pessoal: lançar um livro no qual usa sua vitoriosa carreira como jogador e os desafios como técnico e gestor esportivo para passar lições que podem ser úteis não só a fãs como também a pessoas que buscam ter uma vida profissional bem-sucedida.

Mais interessante que o lado motivacional, porém, são as passagens biográficas descritas por Renan ao longo das 160 páginas de “Ninguém É Campeão Por Acaso – Os 6 Princípios Inegociáveis para o Alto Rendimento”. Entre elas, estão as dificuldades no início de carreira em um esporte até então desconhecido, bastidores da “Geração de Prata”, a passagem pelo voleibol de praia e os primeiros passos fora da quadra, além de episódios da vida pessoal (veja mais abaixo).

O leitor só não deve esperar grandes polêmicas: o ex-presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, que chegou a ficar preso por corrupção, é basicamente descrito através de uma perspectiva positiva, enquanto os desentendimentos dentro da seleção, mostrados na biografia de Bebeto de Freitas, são contados de forma vaga. Como  o livro termina justamente com Renan aceitando o convite para ser treinador da seleção, também não há nada sobre o atual trabalho que ele exerce.

Ainda assim, o livro de Renan é proveitoso e vale a pena ser lido. “Não me passava pela cabeça colocar tudo isso em uma obra, mas fui convencido por um amigo, o jornalista Tom Cardoso, e pela minha esposa, num momento delicado, em que me recuperava de uma cirurgia no joelho. Queria compartilhar minha vivência de mais de 40 anos no esporte e acho que ficou muito bacana”, comentou Dal Zotto, durante evento de lançamento em São Paulo, no início de dezembro. “Consegui trazer isso com uma linguagem corporativa, para a gestão de pessoas. Por isso, foquei esse livro em seis princípios que acho fundamentais para as chances melhorarem: paixão, treinamento, renúncia, ousadia, resiliência e planejamento”, explicou.

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Ouça o Voleicast, podcast de vôlei do Saída de Rede

Veja abaixo algumas das mais curiosas passagens do livro de Renan:

RENAN, QUASE ARQUITETO E DECORADOR FORMADO

Pouca gente sabe, mas Renan também tem um lado profissional bem distinto do vôlei: por conta da instabilidade da carreira no esporte, ele não quis abrir mão totalmente dos estudos, a despeito de uma notória evolução nas quadras. Optou então, pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Canoense (RS) por influência de um primo. Com dificuldades para concluir o curso por conta da rotina no vôlei, seguiu a sugestão de um professor e fez um curso complementar de seis meses de decoração de interiores na PUC de Porto Alegre.

“Agora, quando tem algum tipo de reforma lá em casa, meus filhos tiram sarro: “Vamos deixar tudo na mão do “decorador””.

CONFUNDIDO COM CANTOR RUSSO

Uma passagem divertida que Renan conta no livro ocorreu durante a Copa do Mundo de 1977, disputada no Japão. Até então um desconhecido, ele começou a estranhar o assédio intenso que sofria sempre que deixava o hotel, com pedidos de fotos e autógrafos. O mistério só foi desfeito algum tempo depois.

“Aquilo não fazia o menor sentido. Até que alguém da comitiva me mostrou a capa de uma revista anunciando a chegada ao país de um cantor russo, muito querido entre os japoneses, praticamente meu sósia. Igualzinho”.

A ORIGEM DO SAQUE VIAGEM

Responsável por popularizar o saque viagem, uma grande novidade técnica nos anos 80 hoje utilizada em larga escala no vôlei, Renan também conta no livro que a inspiração veio de um desconhecido jogador chinês observado durante amistosos realizados na Ásia em 1979.

“Ele sacava diferente de todo mundo. Nunca tinha visto nada igual. Ele dava os dois passos laterais que eram típicos da escola asiática, mas, na hora de sacar, tirava um dos pés do chão e batia firme na bola, também lateralmente, meio que de gancho. Esse movimento fazia a bola girar bastante e ganhar grande velocidade, bem diferente dos saques tradicionais da época. Fiquei olhando aquilo e pensei: “Acho que consigo fazer ainda melhor que isso””.

Renan então começou a treinar o novo movimento, mas, por ser apenas um novato na ocasião, só teve coragem de testá-lo na seleção no Mundial de 1982. Foi um sucesso e de uma eficiência tão grande que o “viagem” se tornou um clássico.

Dono de um talento natural, Renan foi um dos jogadores mais habilidosos da história do vôlei (Foto: Divulgação/FIVB)

CIRURGIA ESPIRITUAL PARA JOGAR EM LOS ANGELES-1984

Já um astro da seleção brasileira, Renan por pouco não ficou fora do grande momento de “Geração de Prata”, os Jogos Olímpicos de 1984, quando o Brasil ficou com o vice-campeonato. Ao pisar no pé de Amauri em uma partida realizada a 15 dias do torneio, ele recebeu o diagnóstico de uma lesão grave no tornozelo, que o deixaria sem condições de participar da disputa.

Sem opções na medicina tradicional, Renan aceitou a indicação de Vera Mossa, jogadora da seleção feminina, de um médium do interior de São Paulo chamado Waldemar Coelho, responsável por cirurgias espirituais, que foi ao Rio de Janeiro somente para atendê-lo.

“Foi tudo muito rápido. Durante a cirurgia espiritual, ele fazia todos os movimentos e gestos como se tivesse me operando no plano físico. Quando terminou, disse que eu teria que fazer muitas sessões de fisioterapia. Eu obedeci e fiz tudo (…) Faltando alguns dias para o começo dos Jogos, já não sentia a mesma dor. Estava quase pronto para jogar, mas só fui participar do time efetivamente após as primeiras partidas. Até hoje sou muito grato ao seu Waldemar pelo carinho e dedicação com que me atendeu”.

Gianluca e Enzo superaram dificuldades na infância e hoje são adultos saudáveis (Foto: Reprodução/Instagram)

LEUCEMIA E DDA DOS FILHOS

O momento mais dramático do livro de Dal Zotto é a passagem na qual ele conta fala sobre o tratamento do filho mais velho, Gianluca, diagnosticado com um tipo grave de leucemia quando tinha dois anos e quatro meses. Até ser receber alta dos médicos, já com cinco anos, o menino precisou passar por 42 transfusões de sangue e diversas sessões de quimioterapia.

Pouco após o diagnóstico, ao levar Gianluca às pressas para São Paulo, Renan conta que ele e a esposa chegaram a pensar em morrer. “Na viagem, houve um momento que eu nunca mais esqueço. Nós três ali, a Annalisa chorando, e nós desejando, dentro daquela loucura, daquele desespero, que o avião caísse”.

Os problemas foram superados e, hoje, Gianluca está bem e, após ter um namoro com o vôlei, é formado em engenharia de produção. Renan conta que o segundo filho do casal, Enzo, também trouxe desafios por conta do um diagnóstico de DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), mas também superou a questão e hoje trabalha como DJ e produtor musical.

ACORDO PARA SER TREINADOR DA SELEÇÃO ITALIANA

Atualmente vivendo ótima fase no comando da seleção brasileira masculina, Dal Zotto esteve perto de comandar um dos maiores rivais da seleção brasileira. Ele conta que, em 2007, quando foi treinar a equipe do Sisley Treviso, da Itália, o plano era, depois de um tempo, assumir a seleção do país.

“Na reunião para assinar o contrato com o Treviso (…), o Carlo Magri (presidente da Federação Italiana), estava presente (…) O acordo entre nós ali era mais ou menos o seguinte: eu dirigiria o Treviso por alguns anos e depois assumiria a seleção italiana”, conta Renan.

O plano foi abortado porque Renan não conseguiu manter o time no mesmo patamar dos resultados anteriores à sua chegada, o que ele atribui a um “erro grave de planejamento”: “Eu estava sozinho, não tinha mais ninguém da minha confiança na comissão técnica, nem um auxiliar técnico, nem um preparador físico. Só eu. Havia sido uma reivindicação minha na hora de assinar o contrato, mas eles bateram o pé, argumentando que aquele era um time campeão, já pronto, que bastava treiná-lo”.

O próprio técnico admite que a expectativa em torno dos passos futuros do projeto o fez desistir de levar seus companheiros de trabalho. “Tirei uma forte lição deste episódio. A prioridade número um de um treinador é escolher uma equipe de profissionais de sua confiança”, destacou.

RADAMÉS LATTARI FOI A PRIMEIRA ESCOLHA PARA SUBSTITUIR BERNARDINHO

Já no fim do livro, quando relata a negociação para assumir a seleção masculina no lugar de Bernardinho após a Rio-2016, Renan diz que ele não foi a primeira escolha da CBV para o cargo, mas sim Radamés Lattari, atual CEO da entidade e técnico do time nacional entre 1997 e 2001.

(Em um encontro) Ele me contou que havia sido a primeira opção do Toroca (apelido de Walter Pitombo Laranjeiras, presidente da CBV) para substituir o Bernardinho, caso ele confirmasse sua saída, e que tinha rejeitado prontamente o convite, dizendo que não tinha mais saúde para exercer esse cargo, que já tinha sido técnico, etc. Depois de me dizer isso, falou: “Eles agora querem que você assuma, Renan””.

Serviço:

Ninguém É Campeão Por Acaso – Os 6 Princípios Inegociáveis para o Alto Rendimento
Renan Dal Zotto e Tom Cardoso
160 páginas
Editora Benvirá

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Em temporada pré-olímpica, lesões viram preocupação extra entre os atletas http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/25/em-temporada-pre-olimpica-lesoes-viram-preocupacao-extra-entre-os-atletas/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/25/em-temporada-pre-olimpica-lesoes-viram-preocupacao-extra-entre-os-atletas/#respond Mon, 25 Nov 2019 09:00:14 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19164

Tandara diz ter voltado ao Brasil com o objetivo de se preparar melhor para a Olimpíada (Foto: Marcio Rodrigues/ACE/Divulgação)

A aproximação da Olimpíada traz aos atletas da elite do voleibol brasileiro não somente a expectativa de uma convocação, mas uma preocupação extra: como prevenir uma lesão que possa culminar num doloroso corte às vésperas da competição mais esperada por todos ao mesmo tempo em que é preciso ser profissional e se doar ao máximo pelos clubes que pagam seus salários?

Tandara Caixeta admite que este é um tema que percorre sua mente. Inclusive, a opção dela em deixar o voleibol chinês e defender o Sesc-RJ na atual Superliga foi feita justamente pensando em estar na melhor forma possível para defender a seleção brasileira em Tóquio 2020.

“Claro que existe a disputa por vaga com algumas jogadoras e é preciso tomar cuidados. Optei por estar no Brasil para me cuidar fisicamente e estar perto da minha família”, comentou a oposta, que jogou pouco nos últimos meses devido a uma séria lesão no tornozelo esquerdo sofrida enquanto defendia o Guangdong Evergrande. “Tudo influencia e, a partir do momento que a cabeça está tranquila, as coisas fluem. Era exatamente isso que eu queria. Me sinto mais leve aqui no Sesc”, garantiu.

E mais:

– Natália e Gabi mostram serviço na Europa a menos de um ano da Olimpíada

– Joia da Argentina, Matias Sanchez comemora chance de jogar no Brasil

– Voleicast: qual é o equilíbrio de forças da Superliga masculina e da Superliga feminina?

Com a experiência de duas medalhas olímpicas de ouro no currículo, a líbero Fabi também aponta que o aspecto psicológico é tão importante quanto o físico nesta reta final de ciclo olímpico.

“Como toda temporada que antecede os Jogos Olímpicos, os jogadores querem mostrar serviço. Fica sempre aquela contagem regressiva para saber quem estará na lista final. Os atletas tem que conter essa ansiedade, manter a cabeça focada, saber o que precisam fazer para se cuidar mentalmente e fisicamente ao longo do ano”, comentou a ex-atleta, que trabalha como comentarista do SporTv desde que se aposentou, em 2018.

Wallace ganhou um período extra de descanso antes de voltar a jogar pelo Sesc RJ (Foto: Divulgação/CBV)

Há, porém, quem prefira não pensar nisso. É o caso da ponteira Fernanda Garay, que, apesar de ser um nome bastante cotado para estar na lista de 12 convocadas por José Roberto Guimarães, diz que a seleção não é seu foco no momento.

“Eu tenho um desafio muito grande que é estar da melhor forma possível nesta Superliga. A seleção não está nos meus planos e representar bem o Dentil/Praia Clube é o meu primeiro objetivo. Se eu conseguir ter uma boa temporada e o Zé Roberto achar que eu possa contribuir com a seleção, é um outro momento, mas agora não estou pensando nisso”, garantiu.

Da parte dos clubes, o primeiro pensamento também é de foco total na Superliga, mas alguns cuidados extras também acabam sendo tomados. A equipe masculina do Sesc-RJ, por exemplo, vem desenvolvendo um trabalho especial com o oposto Wallace e o ponta Maurício Borges, dois prováveis convocados por Renan Dal Zotto para a Olimpíada.

“A nossa preocupação é termos os nossos atletas íntegros para toda a temporada, pois, se eles chegarem bem no final, consequentemente, também estarão bem para a seleção. É um cuidado que se tem todos os anos, mas, nesta temporada, aproveitamos para dar um longo período de descanso para o Wallace fazer uma temporada íntegra, fisicamente falando. Com o Borges também se trabalha numa continuidade de ganho de força, de velocidade e potência em virtude do que ele perdeu em virtude da cirurgia no joelho que ele fez na temporada passada”, explicou Giovani Foppa, preparador físico da equipe.

Fabi também aponta um “tempero extra” consequente de uma temporada pré-olímpica. Segundo ela, a briga entre os atletas por uma vaga nas limitadas convocações, que acabam por aumentar a competitividade dos torneios: “Além das jogadoras que já estão no radar da seleção, as que não estão vão querer mostrar seu vôlei. Vale a pena acompanhar. Quem estiver ligado na Superliga certamente vai assistir bons jogos, bons embates. Espero que seja um campeonato sem lesões e que todo mundo consiga jogar no mais alto nível”.

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Taubaté quebra domínio cruzeirense e vence a Supercopa pela primeira vez http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/07/taubate-quebra-dominio-cruzeirense-e-vence-a-supercopa-pela-primeira-vez/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/07/taubate-quebra-dominio-cruzeirense-e-vence-a-supercopa-pela-primeira-vez/#respond Fri, 08 Nov 2019 02:47:23 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19011

O time do Vale do Paraíba ganhou o título da Supercopa pela primeira vez em sua história (Foto: CBV)

Valendo o troféu da 5ª edição da Supercopa masculina, um duelo entre duas das principais forças do vôlei brasileiro abriu a temporada 2019/2020 de clubes nesta quinta-feira (7). Assim como na versão feminina, vencida pelo Dentil Praia Clube, o decacampeão mineiro Sada Cruzeiro e o hexacampeão paulista EMS Taubaté Funvic também se enfrentaram no ginásio Sabiazinho, em Uberlândia (MG).

E Taubaté, atual campeão da Superliga, confirmou o favoritismo deste início de temporada, fez um ótimo jogo e ganhou a competição pela primeira vez. O time derrotou o Cruzeiro por 3 sets a 1, com parciais de 25-21, 21-25, 25-16 e 25-18. Com o troféu, o conjunto paulista interrompeu uma sequência de três títulos do rival – os mineiros levaram em 2015, 2016 e 2017.

Logo no começo da partida, o saque forçado e o ataque vigoroso fizeram a diferença a favor do time do técnico Renan Dal Zotto. Colocando uma margem de quatro pontos no início do primeiro set, a equipe paulista deu a impressão de que poderia jogar a etapa sem sofrer maiores sobressaltos.

No entanto, o grupo do argentino Marcelo Mendez, campeão da Copa Brasil, não se abalou. Melhorou a performance no serviço – quebrando o passe rival -, cresceu no bloqueio, no sideout e virou o jogo, passando a comandar o placar até o final. Os taubateanos, por outro lado, se perderam nas falhas, sobretudo de saque, e não conseguiram evitar o triunfo mineiro no set.

E mais:

Confiante após Copa do Mundo, líbero Thales ainda não se vê em Tóquio

Voleicast #12 comenta o equilíbrio de forças na Superliga masculina

Tentando correr atrás do prejuízo, Taubaté começou a reagir a partir da segunda parcial. Cometendo menos erros e mais concentrada, a equipe teve um aproveitamento melhor no bloqueio e se mostrou mais bem postada no sistema defensivo. Assim, permaneceu na liderança do marcador até a metade do set.

Uma passagem pelo saque do central Otávio, que atuou no time do Vale do Paraíba na temporada passada, recolocou o Cruzeiro no set. Contudo, o restante do time não conseguiu manter o nível de eficiência no fundamento, cedendo pontos em excesso ao adversário. Além disso, a virada de bola paulista também funcionou muito bem especialmente com o oposto marroquino Mohamed Al Hachdadi e o ponta Lucarelli.

Com uma artilharia pesada no ataque, Taubaté fez jus ao favoritismo deste início de temporada (Foto: Divulgação/Sada Cruzeiro)

Ainda mais afiado no ataque – destaque para o oposto africano, bola de segurança do levantador Rapha, que, por sua vez, também se sobressaiu com uma ótima distribuição em todo o confronto – e no saque, Taubaté fez uma terceira parcial arrasadora e não tomou conhecimento do Cruzeiro. Sem fazer muita força, abriu rapidamente 18 a 10 no placar.

Em um set de muitas discussões com a arbitragem, Marcelo Mendez ainda tentou mudar o cenário, realizando várias alterações. O veterano Filipe, por exemplo, foi lançado à quadra para jogar na entrada de rede no lugar do canadense Perrin, que não esteve em uma jornada muito feliz e ainda busca o melhor entrosamento. Os comandados de Renan, entretanto, mantiveram o pé no acelerador e abriram 2 a 1 no confronto.

Deste modo, com um Lucarelli extremamente inspirado e decisivo, Taubaté manteve o ritmo no quarto e último set e venceu o adversário com autoridade. A equipe contou, ainda, com vários erros do Cruzeiro, que não conseguiu manter o equilíbrio em todos os fundamentos ao longo da parcial.

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Confiante após Copa do Mundo, Thales ainda não se vê em Tóquio http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/07/confiante-apos-copa-do-mundo-thales-ainda-nao-se-ve-em-toquio/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/07/confiante-apos-copa-do-mundo-thales-ainda-nao-se-ve-em-toquio/#respond Thu, 07 Nov 2019 09:00:48 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18990

Questionado no início da temporada com a seleção brasileira, o líbero de Taubaté terminou o ano em alta (Foto: Rafinha Oliveira/EMS Taubaté Funvic)

Como um jogador que encarou a (difícil) missão de substituir – na maior parte deste ciclo olímpico – o icônico Serginho, considerado por muitos o melhor de todos os tempos, na seleção brasileira masculina de vôlei, o líbero Thales, titular do EMS Taubaté Funvic, acabou sendo, para o bem e para o mal, um dos principais alvos da torcida verde e amarela na temporada.

Nesta reta final de ciclo olímpico, o atleta, que encerrou o ano na seleção com chave de ouro ao se sagrar campeão da Copa do Mundo, sendo eleito o melhor líbero da competição, teve um começo de temporada conturbado. Na Liga das Nações, primeiro torneio do ano em que o Brasil terminou na quarta posição (a mesma do ano passado), Thales demonstrou enorme insegurança tanto na recepção – principalmente do saque balanceado – quanto na defesa. E foi muito contestado.

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Voleicast #12 comenta o equilíbrio de forças na Superliga masculina 2019/2020 

Livro de Bebeto de Freitas tem mico com Senna e brigas da Geração de Prata

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“Para falar a verdade, eu nem sabia que estava sendo criticado. Não acompanho praticamente nada nas redes sociais e sites. Eu sei quando jogo mal e quando jogo bem. Mas procuro sempre ouvir as pessoas que estão ao meu redor, companheiros de time e técnicos para saber onde posso melhorar”, respondeu em entrevista exclusiva ao Saída de Rede, emendando que a evolução demonstrada na Copa do Mundo é fruto de muita dedicação.

“Isso é resultado da sequência de trabalho, bastante treinamento, confiança com o [Ricardo] Tabach, o Renan [Dal Zotto, técnico da seleção] e o [Renato] Bacchi. É muito tempo treinando. A minha família também foi importante, a minha esposa cuidando dos nossos filhos. O fato de estar tudo tranquilo na vida contribui para você jogar bem e ter um bom rendimento”, ressaltou.

Para o jogador, o Brasil é um dos candidatos ao ouro na Olimpíada de Tóquio, em julho de 2020. Entretanto, Thales acredita que a competição será extremamente difícil, já que “há muitas boas seleções em condições de ganhar”. Travando uma disputa direta pela titularidade com o líbero Maique, do Fiat Minas, ele destacou que a vaga para a participação na mais prestigiosa competição esportiva do planeta segue aberta.

Apesar de ter feito uma boa Copa do Mundo, Thales acredita que a vaga para os Jogos permanece indefinida (Foto: Divulgação/FIVB)

“Nessa Copa do Mundo eu acabei jogando mais. O Renan vinha falando com a gente que para a Olimpíada vai só um líbero e que, então, não adiantava ficar revezando. Que ele iria ter que optar por alguém. Naquele momento, na Copa, ele optou por mim por achar que eu estava melhor. Mas isso não quer dizer nada. Para a Olimpíada vai ser outro momento. Tem bastante tempo até lá. Por isso eu vou ter que estar bem naquele momento para ser escolhido”, frisou o líbero que trabalha com o treinador também em Taubaté, que acabou de ganhar o hexacampeonato paulista.

“Acho que preciso melhorar em todos os aspectos e fundamentos. Não adianta achar que está bom, é preciso evoluir sempre. Tenho que dar o meu melhor em todas as funções de um líbero”, disse, ciente da concorrência e de que a temporada 2019/2020 de clubes será fundamental para o fechamento da lista com os nomes que representarão a seleção masculina em Tóquio.

O atleta se prepara para começar a terceira temporada com a camisa de Taubaté (Foto: Rafinha Oliveira/EMS Taubaté Funvic)

Confiante, Thales acredita que a sua equipe é uma das favoritas na Superliga que começará no próximo sábado (9). O adversário da primeira rodada será o Apan Blumenau na quinta-feira (13), no ginásio do Abaeté. “Taubaté vem forte para essa temporada. Montou um grande time, contratou bastante gente, jogadores da seleção. Trouxe atletas de outras equipes. Sabemos do nosso potencial”.

E a temporada masculina de clubes será oficialmente aberta nesta quinta-feira (7), no ginásio do Sabiazinho, em Uberlândia (MG), com a disputa da Supercopa. Atual campeão da Superliga, o time do Vale do Paraíba encara o Sada Cruzeiro, que levou o troféu da Copa Brasil.

“Acho que a gente tem condição de ganhar. Sabemos que o Sada Cruzeiro é uma grande equipe e tem ótimos jogadores. Todos, inclusive, a gente já conhece. Então sabemos sabe o que fazer para marcá-los. Tomara que Taubaté tenha sucesso nessa partida”, finalizou.

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Voleicast: o equilíbrio de forças da Superliga masculina 2019/2020 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/05/voleicast-o-equilibrio-de-forcas-da-superliga-masculina-20192020/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/05/voleicast-o-equilibrio-de-forcas-da-superliga-masculina-20192020/#respond Tue, 05 Nov 2019 09:00:09 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18979

Campão paulista, EMS Taubaté Funvic é favorito ao bicampeonato na Superliga (Foto: Renato Antunes/Maxx Sports)

A versão masculina da mais importante competição de clubes do país começa no próximo sábado (9) com ingredientes que prometem torná-la ainda mais interessante para o fã de vôlei. Como uma Superliga pré-olímpica, o campeonato certamente será decisivo tanto para jogadores quanto para a comissão técnica da seleção brasileira para definição dos nomes que representarão o país na busca pelo tetra nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

Além disso, pela primeira vez nos últimos oito anos, a Superliga 2019/2020 aponta para uma nova composição de forças no cenário nacional, já que o hexacampeão Sada Cruzeiro não desponta mais como “O” grande favorito ao título da competição. Ao contrário, percebe-se um distanciamento técnico cada vez menor entre o time mineiro e os rivais. Procurando se reestruturar com a chegada de novos atletas para retomar a supremacia perdida, a Raposa terá que lidar com o favoritismo do EMS Taubaté Funvic, equipe do interior paulista que venceu o torneio na temporada passada, está mais entrosada e chega em plenas condições de conquistar o bi.

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Episódio 11 – Bernardinho e Zé Roberto não são amigos. E daí?

Episódio 10 – Campeão da Copa do Mundo, Renan brilha no comando da seleção masculina


O equilíbrio de forças da competição é o tema do bate-papo entre as jornalistas Carolina Canossa e Janaina Faustino na 12a edição do Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede. No episódio, falamos também sobre as chances de Sesi-SP, vice-campeão da última temporada, e de Sesc-RJ, times que também desfrutam de grande investimento. E não deixamos de destacar as equipes que, embora com aporte financeiro menor, têm potencial para complicar a vida dos “grandes” na competição, caso do Vôlei Renata e do Fiat/Minas. A heroica vitória do São Paulo Barueri sobre o Sesi Bauru, na semifinal feminina do Campeonato Paulista, também é abordada, assim como o atropelo do Dentil/Praia Clube sobre o Itambé/Minas na Supercopa feminina.

É só apertar o play abaixo:

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Cruzeiro trouxe Gord Perry, capitão da seleção canadense, para tentar recuperar hegemonia no cenário internacional (Foto: Agência i7)

E você, concorda com as jornalistas? Na sua opinião, qual é o grande favorito ao título da 26a edição da Superliga? Diga o que acha através da caixa de comentários abaixo, na nossa fanpage no Facebook, no nosso Twitter, no nosso Instagram ou pelo e-mail saidaderede@uol.com.br. Você também pode aproveitar esses contatos para dar sugestões, fazer críticas ou até mesmo elogiar o Voleicast.

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Taubaté quebra invencibilidade campineira e conquista o hexa no Paulista http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/01/taubate-quebra-invencibilidade-campineira-e-conquista-o-hexa-no-paulista/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/01/taubate-quebra-invencibilidade-campineira-e-conquista-o-hexa-no-paulista/#respond Fri, 01 Nov 2019 04:08:56 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18922

Taubaté chegou ao sexto título consecutivo no Paulista (Foto: Renato Antunes/Maxx Sports)

O EMS Taubaté Funvic é hexacampeão paulista. Repetindo os anos de 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018, o time do Vale do Paraíba mostrou força e, em uma batalha que durou mais de três horas, derrotou – novamente de virada – o até então invicto Vôlei Renata em pleno ginásio do Taquaral lotado nesta quinta-feira (31). A equipe de Renan Dal Zotto bateu os adversários por 3 sets a 2 (parciais de 25-23, 22-25, 17-25, 25-21 e 13-15), levando ao golden set também vencido por 25 a 22.

Assim como na semifinal, em que Taubaté também saiu em desvantagem diante do Sesi-SP, conseguindo chegar à decisão após uma virada eletrizante, o grupo liderado por Renan, atual detentor do título da Superliga masculina, deu o troco no rival campineiro que havia largado na frente vencendo o primeiro duelo da final no tie-break (25-23, 26-28, 25-22, 15-25 e 15-13).

Em uma primeira parcial disputada ponto a ponto e marcada por discussões acaloradas dos jogadores com a arbitragem, o time mandante levou a melhor tirando proveito da boa virada de bola e da consistência no saque. Apesar da falta de continuidade no serviço no começo, os comandados do argentino Horacio Dileo realizaram uma variação no fundamento a partir da metade do set, desestabilizando a linha de passe taubateana na reta final.

Destaque para o levantador argentino González, que fez uma distribuição equilibrada entre o meio e as pontas, e para o ponteiro Gabriel Vaccari, que se saiu bem em todo o duelo. A favor de Taubaté, a eficiência no bloqueio, que dificultou o trabalho do oposto Renan Buiatti.

Com bom volume de jogo e maior regularidade tanto no saque quanto nos contra-ataques, a equipe visitante rapidamente abriu 13 a 8 na segunda etapa. A partir de uma passagem do oposto Renan pelo serviço, contudo, o time da casa voltou para o set e não mais deixou que o adversário desgarrasse no marcador. Taubaté acabou empatando o duelo se valendo da eficiência de seus atacantes no sideout, sobretudo com o ponta Lucarelli e o oposto marroquino Al Hachdadi, e das falhas do oponente tanto no ataque quanto no serviço.

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O representante do Vale do Paraíba manteve o ritmo na terceira parcial. Por outro lado, no embalo da torcida, o conjunto campineiro voltou a reverter a frente imposta pelo atual campeão da Superliga no começo desta etapa. Faltou ao time, no entanto, manter a consistência na recepção e no ataque. Tocando em quase todas as bolas, o bloqueio rival fez uma boa leitura do jogo do armador González e marcou 5 pontos somente neste fundamento.

Com outra postura no quarto set, o Vôlei Renata colocou uma margem de 14 a 8 contando também com o crescimento no ataque. Ainda que tenham oscilado um pouco ao longo da parcial, permitindo a reação taubateana, os donos da casa incendiaram o Taquaral e levaram ao jogo ao tie-break com ótimo rendimento na virada de bola de Renan e Vaccari.

Em um set desempate novamente parelho, os pentacampeões paulistas impuseram seu jogo na marra e, no detalhe, venceram o confronto, forçando o golden set. Ainda que tenha perdido a partida regular, o time de Campinas fez uma parcial bastante consistente especialmente no ataque.

Apesar do equilíbrio, ambas as equipes aparentaram cansaço na parcial decisiva. Mesmo empurrados pelo Taquaral abarrotado, os campineiros não resistiram ao padrão de jogo taubateano, especialmente à evolução de Douglas Souza, que foi substituído por Lipe ao longo da partida, mas voltou ao set e virou bolas importantes.

Os 31 pontos anotados pelo ponta Vaccari e os 30 de Renan não foram suficientes para barrar a triunfo taubateano. Deste modo, o time chegou ao sexto título paulista.

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Surpresas nas seleções, Alan e Lorenne se preparam para ano decisivo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/27/surpresas-nas-selecoes-alan-e-lorenne-se-preparam-para-ano-decisivo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/27/surpresas-nas-selecoes-alan-e-lorenne-se-preparam-para-ano-decisivo/#respond Sun, 27 Oct 2019 07:15:07 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18881

Lorenne sequer tinha esperanças de ir para a seleção adulta este ano (Fotos: Divulgação/FIVB)

Jovens, tímidos e talentosos… à lista de semelhanças entre Alan Souza e Lorenne Teixeira, outro fato foi acrescentado em 2019: ambos foram destaques individuais das seleções brasileiras de vôlei e viram o sonho de jogar a primeira Olimpíada se aproximar. Mais visados pelos adversários, terão como desafio agora manter o alto nível apresentado em quadra para assegurar a convocação olímpica e continuarem a chamar atenção nas quadras.

Em conversa com o Saída de Rede, ambos garantiram ter consciência e estarem prontos para o desafio. “Sei que vou estar mais marcada e, por isso, vou treinar mais, aprender mais e tentar evoluir sempre”, comentou Lorenne, 23 anos. Eleito o melhor jogador da Copa do Mundo masculina, Alan, 25, demonstra confiança em sua fala: “Ser mais marcado é normal de acontecer com quem começa a se destacar, mas é aí que que os grandes jogadores aparecem, se reinventando a cada jogo, cada campeonato…”.

+ Voleicast #10: Renan brilha e Brasil é campeão da Copa do Mundo masculina

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Os dois, que jogam na posição de oposto, tiveram trajetórias distintas nos últimos anos: enquanto Alan vem se destacando pelo Sesi há duas Superligas, Lorenne teve um caminho de altos e baixos nos últimos anos: destaque em categorias de base, fez duas temporadas apagadas no Vôlei Audax Osasco, tendo jogado pouquíssimo em 2018/2019, quando foi a reserva da americana Destinee Hooker.

Tanto é que ela admite que sequer tinha esperanças de vestir a camisa da seleção em 2019. “Eu não esperava, na verdade. Foi uma grande surpresa para mim e uma temporada de muito aprendizado, seja com o Zé Roberto (Guimarães, técnico da seleção) ou com as meninas em quadra, caso da Sheilla. Graças a Deus, consegui aproveitar a oportunidade”, comemorou.

Zé Roberto destacou que realmente os planos para Lorenne eram outros, mas ela soube agarrar as chances que apareceram no caminho: “É uma história muito particular, pois ela foi convidada inicialmente só para treinar conosco. Como vimos que estava se destacando, duas semanas depois a convocamos. Houve então uma situação importante, se revezando com a Paula Borgo na fase classificatória da Liga das Nações e ela foi melhorando, assumindo uma certa titularidade em momentos decisivos. O que eu vejo de mais importante aí é que as jogadoras, bem como a comissão técnica, passaram a acreditar no potencial da Lorenne, que correspondeu”.

Substituto de Wallace, que ganhou um descanso, Alan foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo

A grande chance de Lorenne aconteceu por uma coincidência: depois de ganhar folga na primeira metade da temporada, Tandara voltaria ao time nacional para a disputa da fase final da Liga das Nações, mas não pôde viajar à China por conta de um desconforto na região abdominal. Reserva de Paula Borgo na vitória por 3 a 2 sobre a Polônia, a jovem atacante ganhou uma chance diante dos Estados Unidos, onde, apesar da derrota, marcou 21 pontos. Na semifinal contra a Turquia, brilhou ao lado de Natália e, no novo encontro com as americanas na final, fez 20 pontos. Depois, terminou a Copa do Mundo como a sétima maior pontuadora, com 161 pontos.

Ao relembrar o bom desempenho, Lorenne conta que o segredo é manter o foco em um lance de uma vez. “Sempre tive um friozinho na barriga, o que é normal, mas me concentro em cada ação, não fico pensando no futuro ou nas coisas que aconteceram, nos erros. Deixo tudo para trás para que eu fique no jogo”, afirmou.

Já Alan diz que, mesmo com a rota ascendente na carreira, não imaginava um ano tão bom na seleção brasileira, onde teve a missão de substituir o consagrado Wallace, que ganhou folga para se recuperar física e mentalmente de olho na Olimpíada.

“Nem nos meus melhores sonhos eu esperava isso. O que eu esperava era ir para a seleção, sabia que seriam jogos muito difíceis e queria só em dar o meu melhor. E deu tudo certo porque a seleção me acolheu muito bem, os jogadores e o Renan me ajudaram bastante, então isso me deixou mais calmo. Foi o melhor campeonato da minha carreira”, reconheceu o oposto, que diz se espelhar justamente em Wallace. “É um cara que fez muito pela seleção, uma inspiração. Me sinto muito bem jogando ao lado dele”, elogiou.

Não por acaso, o técnico da seleção masculina, Renan Dal Zotto, encheu Alan de elogios ao ser questionados sobre ele pelo SdR: “O Alan fez uma competição fantástica. É um garoto que tem um futuro esplêndido pela frente e eu posso dizer que ele está no caminho certo. É mentalmente muito forte, treina bastante e quer chegar a um lugar cada vez mais alto”.

Lorenne e Alan estarão em ação respectivamente por São Paulo/Barueri e Sesi na Superliga 2019/2020, cuja edição masculina começa em 9 de novembro, três dias antes da versão feminina.

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