patrocínio – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Com foco no futuro, Ana Moser e Serginho ganham apoio para projetos sociais http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/11/15/com-foco-no-futuro-ana-moser-e-serginho-ganham-apoio-para-projetos-sociais/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/11/15/com-foco-no-futuro-ana-moser-e-serginho-ganham-apoio-para-projetos-sociais/#respond Thu, 15 Nov 2018 08:00:43 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14995

Da esquerda para a direita, Felipe Andreoli, Mauro Menezes, Marcelinho Machado, Ana Moser, Gabriel Ferreira (Diretor Executivo do Banco Votorantim), Bob Burnquist, Serginho e Flavio Canto (Foto: Querô Filmes)

Foi pensando em promover cidadania, educação e a prática de esportes, sobretudo do vôlei, que o líbero Serginho, considerado por muitos o melhor de toda a história da modalidade, e a medalhista olímpica Ana Moser, uma das maiores referências do vôlei brasileiro, tomaram a iniciativa de criar projetos sociais. Para a ex-atleta, o desejo de desenvolver algo na área social surgiu há 17 anos, quando fundou o seu Instituto Esporte & Educação. Já para Serginho, a vontade nasceu mais recentemente. E foi esse interesse que fez com que ele buscasse recursos e encontrasse no Banco Votorantim o incentivo necessário para implementar suas atividades. Assim, em evento realizado nesta terça-feira (13), em São Paulo, foi lançada a plataforma BV Esportes (marca de varejo do banco) – tendo Ana Moser como mentora com a sua organização –, com o objetivo de destinar cerca de R$10 milhões às entidades de Serginho e de outros atletas, entre eles, Marcelinho Machado, Mauro Menezes e Bob Burnquist.

Presentes no evento de lançamento, as duas estrelas do vôlei nacional falaram bastante sobre os rumos da modalidade através das categorias de base, abordando aspectos distintos para diagnosticar a origem da crise. Para Serginho, a fonte do problema é a formação técnica dos jovens atletas. “O vôlei vem passando por um momento muito complicado quando se fala nas categorias de base. Hoje os campeonatos são tecnicamente muito fracos. O voleibol caiu muito tecnicamente. Se você observar as seleções de base, você vai ver que a gente não está conseguindo ganhar da Argentina. (…) Há alguns anos eu já tinha falado que nós deveríamos ficar atentos porque viria uma geração tecnicamente muito fraca”, destacou.

Além disso, para ele, falta comprometimento com a formação e com o esporte: “Mas acho que agora a gente precisa massificar, trabalhar com seriedade. Porque tem muita gente lidando com isso que não leva o voleibol a sério. E isso acaba se refletindo dentro da quadra, nos resultados. Então nós precisamos atrair a molecada e trabalhar”, ressaltou.

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De acordo com a ex-jogadora, por outro lado, a crise na base está fundada na ausência de um programa de disseminação do vôlei. Segundo ela, é fundamental que mais crianças e jovens pratiquem a modalidade. “O que acontece desde a minha época – e evoluiu pouco nesse sentido – é que o vôlei tem resultados na elite, mas não é praticado em larga escala. O problema da base no Brasil é de escala. É preciso ter muita gente praticando esporte, jogando vôlei, com as federações fortalecidas para ter mais clubes e campeonatos. Porque senão a gente vai ficar só numa peneira dos melhores, com meninos e meninas altas que despontam em algum clube privado ou projeto. Tem que ampliar esse número de projetos e de oportunidades para ter mais gente jogando vôlei, praticando esporte. Essa é a solução. Isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Se você tem pouca oferta, uma hora vai faltar. E é o que está acontecendo”, salientou.

Em relação ao apoio da plataforma para a criação do seu Instituto Serginho 10, o líbero falou sobre a importância do apoio e explicou que pretende desenvolver um projeto abrangente. “Foi a BV quem deu o pontapé inicial porque eu estava tentando realizar com recursos próprios. A gente estava tentando fazer lá em Pirituba, mas não conseguiu. Agora temos esse galpão em Guarulhos, que é gigantesco, onde a gente vai fazer as quadras. (…) Lá vai estar aberto de domingo a domingo, não vai fechar. Vamos oferecer voleibol para todo mundo”, afirmou, entusiasmado.

Comandando o Instituto Esporte & Educação há 17 anos, Ana Moser mencionou que a plataforma prestará um serviço de consultoria à sua entidade: “O apoio da BV ao meu projeto é mais voltado para a consultoria financeira e estratégica para programas novos que estamos desenvolvendo no instituto por meios próprios. São projetos que vão gerar recursos para a instituição. Estamos com uma proposta de venda de serviços de atividade física e esportiva para pessoas comuns para gerar sustentabilidade. Então a BV está ajudando com essa consultoria de negócios e estratégia de marketing”.

Além do Instituto Serginho 10, o Burnkit, do skatista Bob Burnquist, o Instituto Próxima Geração, do ex-tenista Mauro Menezes, e o M4NasEscolas, do recém-aposentado jogador de basquete Marcelinho Machado, serão contemplados com recursos para criação. Já o Instituto Reação, do ex-judoca Flávio Canto, servirá, assim como o de Ana Moser, como referência na capacitação destas novas organizações e de seus respectivos gestores.

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De “volta”, Osasco sonha estar entre os quatro grandes e lutando por final http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/05/29/de-volta-osasco-sonha-estar-entre-os-quatro-grandes-e-lutando-por-final/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/05/29/de-volta-osasco-sonha-estar-entre-os-quatro-grandes-e-lutando-por-final/#respond Tue, 29 May 2018 23:40:13 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=13557

Anúncio da permanência da equipe foi feito por Luizomar de Moura (em pé) no Centro de Treinamento do Audax, na Vila Yolanda (Fotos: João Pires/Fotojump)

Cerca de um mês e meio após o anúncio do desligamento de seu principal patrocinador, Osasco confirmou oficialmente a continuidade do time na elite do voleibol brasileiro. Em evento realizado nesta terça-feira (29), o clube anunciou uma parceria com o Audax, agremiação que possui um time de futebol masculino e um time de futebol feminino na cidade.

Apesar de os trabalhos para assegurar a sobrevivência da equipe terem atrapalhado as negociações para a formação do elenco visando a temporada 2018/2019, a expectativa é que o time mantenha o mesmo nível das recentes edições de Superliga. Ou seja: brigando por um lugar no pódio. Até o momento, três jogadoras foram confirmadas no elenco da equipe: a líbero Camila Brait, a ponteira Mari Paraíba e a levantadora Carol Albuquerque. A oposta americana Destinee Hooker já posou com a camisa do time no Instagram e deve ter o nome anunciado em breve, assim como a levantadora Claudinha e central Walewska.

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“Mesmo com toda a situação de mercado, o time que conseguimos montar é um time que vai conseguir manter as tradições desse projeto tão longo do Osasco”, comentou o técnico Luizomar de Moura, que segue no comando da equipe. “Acredito que o time possa estar entre os quatro grandes lutando por uma final (de Superliga). Nosso objetivo para este ano é manter a hegemonia no Campeonato Paulista e chegar de novo às semifinais da Superliga. A partir daí, é pensar em coisas maiores”, apontou.

Luizomar admite que alguns dos adversários saíram na frente e “hoje levam vantagem, mas a Superliga tem mostrado muito equilibrio. Nos dois últimos anos não eramos apontados como uma das principais forças e fizemos duas belas temporadas”, destacou, lembrando a conquista de dois títulos paulistas e da Copa Brasil no período, além do vice da Superliga 16/17, perdendo a final no tie-break, e do equilibrado duelo contra o futuro campeão Dentil/Praia Clube na semifinal da Superliga 17/18, encerrada apenas no quinto e último jogo.

Mari Paraíba e Camila Brait seguirão na equipe

FIDELIDADE

A despeito do assédio de outros times durante a situação de indefinição, Camila Brait explicou os motivos que a fizeram continuar na equipe da Grande São Paulo. “Osasco sempre foi minha casa, cheguei aqui há 10 anos e é uma cidade com a qual me identifico muito, pois fui muito bem acolhida. A torcida louca do Osasco sempre foi maravilhosa com a gente. Tudo isso pesou muito. Além disso, o Luizomar foi o cara que me lançou na Superliga e confio muito nele”, comentou a líbero. “Acho que se desse errado não saberia o que fazer da vida. O dia que Luizomar me ligou e confirmou a continuidade fiquei muito feliz porque não queria sair daqui, não queria ir pra fora, ainda mais agora com a minha filha bebê”, afirmou.

Gratidão também foi a ideia principal na decisão de Mari Paraíba. “Comecei em Osasco com 14 anos, quando sai do Nordeste, no projeto que era o BCN. Fiquei aqui durante seis anos, foi onde cresci, joguei mais dois anos no adulto, no profissional. Passam muitas coisas na minha cabeça, onde comecei, onde fui muito bem acolhida e recebida. Não é fácil para nossos pais deixar a filha tão nova ir jogar fora. Estou muito feliz de continuar, ser acolhida pela torcida, pelo Luiz e por toda a diretoria. Espero que façamos outra grande temporada”, declarou.

Luizomar ainda falou sobre qual foi a maior vitória de todo o processo para garantir a continuidade da equipe. “Foi a forma em que fui ser recebido por grandes empresários para falar de esporte, de voleibol. Isso mostra a força do projeto. Só tive essa receptividade por conta do tamanho do trabalho. Sentei com pessoas importantes de mercado, do mundo corporativo e falar de voleibol para essas pessoas não faz bem só para Osasco, mas para o vôlei brasileiro. Muitas coisas que passamos, de visibilidade, de retorno, mexe com esses caras e um dia eles podem ver o voleibol como estratégia de comunicação”, analisou.

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Vôlei feminino de Osasco perde o patrocínio da Nestlé http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/10/volei-feminino-de-osasco-perde-o-patrocinio-da-nestle/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/10/volei-feminino-de-osasco-perde-o-patrocinio-da-nestle/#respond Tue, 10 Apr 2018 21:05:02 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12737

Time comandado por Luizomar de Moura agora terá que buscar outros apoiadores para se manter na ativa (Foto: João Pires/Fotojump)

Através de comunicado oficial, a Nestlé anunciou no fim da tarde desta terça-feira (10) o fim do patrocínio ao voleibol feminino da cidade de Osasco. Depois de nove anos de uma parceria bem-sucedida, a empresa alega que decidiu concentrar seus investimentos e esforços no fortalecimento de sua atuação em plataformas que amplifiquem o impacto nas comunidades onde tem operações.

De acordo com a multinacional, o encerramento do patrocínio neste primeiro semestre já estava previsto no contrato com o clube. Um dos times mais tradicionais do vôlei brasileiro, Osasco agora terá que buscar novos apoiadores para continuar na ativa. Curiosamente, em 2008, havia sido a própria Nestlé a “salvar” a equipe de uma situação semelhante, após o encerramento do apoio de longa data com o Finasa.

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A parceria vitoriosa entre Nestlé e Osasco Voleibol Clube, iniciada em 2009, deixa um legado de títulos e conquistas históricas. Neste período, a equipe conquistou títulos importantes, como a Superliga (2009/10 e 2011/12), o tetracampeonato Sul-americano (2009, 2010, 2011 e 2012), o hexacampeonato Campeonato Paulista (2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017), a Copa Brasil (2014, 2018), o tradicional Top Volley (2014), disputado na Basileia, Suíça, e o Mundial de Clubes (2012).

Antes disso, a Nestlé já havia construído uma história vitoriosa no vôlei feminino, desde 1992, quando a empresa iniciou o patrocínio ao time de Sorocaba, que no início foi nomeado como Leite Moça e, posteriormente, já na cidade de Jundiaí, Leites Nestlé. De 1992 a 1999, a Nestlé foi campeã Mundial de Clubes (1994), tricampeã Sul-Americana (1996, 1997 e 1998), tricampeã da Superliga (1994/95, 1995/96 e 1996/97) e tricampeã Paulista (1993, 1995 e 1998).

O Vôlei Nestlé/Osasco encerrou a temporada 2017/2018 da Superliga na quarta colocação. Individualmente, a oposta Tandara foi um dos destaques do torneio, sendo a maior pontuadora. A final do campeonato será realizada nos próximos dois domingos entre Dentil/Praia Clube e Sesc-RJ.

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Sem “mimimi”: Maria Elisa e Carol superam diferenças e despontam na praia http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/02/20/sem-mimimi-maria-elisa-e-carol-superam-diferencas-e-despontam-na-praia/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/02/20/sem-mimimi-maria-elisa-e-carol-superam-diferencas-e-despontam-na-praia/#respond Tue, 20 Feb 2018 09:00:32 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12057

Brasileiras já disputaram seis finais desde que se uniram, no meio de 2017 (Foto: Divulgação/FIVB)

Carol Solberg curte MPB e tem Caetano Veloso como ídolo. Já Maria Elisa prefere rock e Bon Jovi. Nas folgas, Carol se dedica aos dois filhos pequenos e, quando sobra tempo, ao surf. Maria Elisa, por sua vez, prefere o futevôlei e ainda curte o início do casamento com o estatístico Paulo Victor. Ela também é descrita como uma pessoa mais tranquila, enquanto a parceira tem como característica o foco intenso em tudo o que faz.

As integrantes da uma das melhores duplas brasileira de vôlei de praia feminino na atualidade são bem diferentes entre si fora das quadras. Porém, quando pisam juntas na areia para treinar ou competir, a coisa muda: indispensável para o sucesso em um esporte que exige tamanha convivência, a química entre elas já se converteu em resultados. Desde que se uniram, no meio do ano passado, Carol e Maria Elisa conquistaram duas medalhas no Circuito Mundial (ouro na etapa de Haia 2017 e prata em na etapa de Haia 2018) e quatro no Circuito Brasileiro (ouro em Itapema-SC e Fortaleza e prata em Campo Grande e Natal).

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Histórias contadas em cliques: os fotógrafos do vôlei

A explicação para tamanho sucesso em tão pouco tempo é dada por Maria Elisa. “Não temos mimimi, probleminhas bobos entre si”, afirma a campeã do Circuito Mundial em 2014.  “Uma fala para a outra o que acha, sem preocupação se vai ficar chateada… Há um respeito mútuo, mas somos também muito diretas e isso encurta caminhos na hora de solucionar problemas”, analisa.

Carol, que passou boa parte da carreira jogando ao lado da irmã Maria Clara, a quem define como alguém muito parecida com ela, concorda: “Nos respeitamos dentro de nossas diferenças. Nós nos complementamos, temos a mesma vibe e isso é muito importante”. Segundo a atleta, os pontos divergentes da personalidade das duas gera situações engraçadas. “Damos risada pra caramba porque normalmente tudo o que eu gosto, a Maria Elisa não gosta. É engraçado. Ela bota uma música, eu falo: ‘Putz, nada a ver’. Eu coloco e ela: ‘Pô, isso é música que o meu avô escuta’”, conta.

O próprio surgimento da dupla se deu por acaso. Decidida a jogar mais na defesa após o nascimento de seu segundo filho em 2016, Carol tentou jogar ao lado de Ágatha e depois de Juliana, mas não rendeu como gostaria. Percebeu que Maria Elisa também buscava uma nova parceria e voltou a exercer majoritariamente a função de bloqueadora. “As coisas foram se juntando e fomos vendo que dava”, conta o técnico da dupla, João Luciano Kioday. “Logo nos primeiros treinos, vimos que elas se conectavam de uma forma bem legal. Daí, já dava pra ver que algo bom sairia”, garante.

Carol (à esq) e Maria Elisa gastaram cerca de R$ 100 mil do próprio bolso para jogar o Circuito Mundial em 2017 (Foto: Reprodução/Instagram)

GASTOS DO PRÓPRIO BOLSO: O CONSTANTE PROBLEMA DO PATROCÍNIO

A despeito da evidente qualidade da dupla, demonstrada pelos bons resultados em pouco tempo, Maria Elisa e Carol precisam lidar com o eterno problema do esporte olímpico brasileiro: a falta de apoiadores financeiros. No ano passado, por exemplo, as duas tiveram que despender quase R$ 100 mil do próprio bolso para disputar etapas do Circuito Mundial.

“O que ganhamos lá em premiações, gastamos para bancar a dupla”, afirma Maria Elisa, se referindo aos gastos com passagens aéreas, hospedagem e alimentação. “Saímos no 0 a 0 no ano passado, mas nem somos dos piores casos. Teve dupla que não conseguiu os mesmos resultados com a gente e está devendo (…) Falo que o pessoal do vôlei de praia é casca dura mesmo porque desistir é fácil. A gente gosta muito do que faz”, complementa.

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Como fruto do sucesso da dupla até o momento, elas agora contam com o apoio da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) para as despesas básicas de viagem e de dois integrantes da comissão técnica, mas a conta ainda não fecha porque é preciso pagar os salários de oito integrantes do staff da parceria, que inclui, entre outros profissionais, fisioterapeuta, preparador físico e pessoal de apoio para montar as redes nos treinos. “Se a gente não chegar nas finais, os custos não se pagam. E, para ganhar, é preciso de pessoas por trás. Nosso time está reduzido, então todo mundo se desdobra, pois todos estão investindo (no sucesso da dupla). A nossa esperança é chegar um patrocínio”, explica Kioday.

Apesar das diferenças fora das quadras, as duas dizem ter boa química nos treinos e jogos (Foto: Reprodução/Instagram)

Trata-se de um investimento que não sai tão caro, principalmente quando se leva em conta as fortunas gastas pelos departamentos de marketing de grandes empresas: cerca de R$ 15 mil mensais. “(Os ganhos de) Um só atleta da Superliga paga o projeto do ano inteiro de um time de vôlei de praia, mas infelizmente as empresas não tem mostrado interesse”, lamenta o treinador.

Até por isso, Carol mantém os pés no chão ao falar sobre o futuro da parceria: “Tenho o maior sonho de ir para a Olimpíada de Tóquio, mas confesso que não fico pensando nisso. Seria incrível, mas tem tanta coisa que não está na nossa mão, sabe? Muita coisa pode acontecer até lá. Quero melhorar dentro das nossas limitações, jogar bem, me divertir em quadra e dar o meu melhor. O que tiver de vir, virá”.

Maria Elisa e Carol Solberg têm como próximo desafio a etapa de João Pessoa (PB) do Circuito Brasileiro, que será disputada entre quarta (21) e domingo (25).

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Situação financeira da CBV é preocupante, indica especialista http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/22/situacao-financeira-da-cbv-e-preocupante-indica-especialista/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/22/situacao-financeira-da-cbv-e-preocupante-indica-especialista/#respond Wed, 22 Nov 2017 08:00:28 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10355
Não temos a menor dúvida que vocês, caros leitores do Saída de Rede, querem mesmo é saber de saques, recepções, levantamentos, ataques e defesas. Porém, para que o Brasil siga como referência no vôlei, é preciso que longe das quadras os números também sejam admiráveis. Não, não estamos nos referindo às estatísticas, mas sim à capacidade financeira da CBV.

A pedido do SdR, o especialista em contabilidade Jorge Eduardo Scarpin analisou o último balanço financeiro da modalidade. Dono de uma competência inquestionável, Scarpin é doutor em contabilidade pela USP e  professor da Concordia College, nos Estados Unidos, além de professor licenciado da UFPRno ano passado, ele já havia feito trabalho semelhante para o blog.

A conclusão de Scarpin é preocupante: apesar de uma pequena melhora recente, a situação financeira da CBV pode se agravar bastante neste início de ciclo olímpico. “A tendência para o ano de 2017 não é nada boa. Se levarmos em consideração que haverá uma queda de 20 milhões no patrocínio, além de uma forte diminuição na captação de recursos via convênios, não será surpresa alguma se no próximo balanço os números vierem iguais ou até inferiores do que 2015, o pior ano da série histórica“, afirma o especialista.

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Procurada, a CBV assegura que já está trabalhando para evitar que isto ocorra: “Garantimos a renovação de contrato com seus patrocinadores, o que deixa a entidade com uma maior segurança para garantir a preparação de todas as seleções para o próximo ciclo olímpico. Além disso, há a captação de novos patrocinadores, já com alguns contatos em andamento, e ainda foi feita uma revisão orçamentária no intuito de reduzir gastos”.

Se isto vai, de fato, acontecer, só o tempo dirá. Torcemos para que sim, afinal uma CBV financeiramente saudável se reflete em seleções com boas condições de preparação para os torneios internacionais e clubes bem respaldados.

Confira abaixo a análise do professor Scarpin em detalhes:

2016 foi um ano de aparente recuperação na CBV. A situação que era de constante melhora desde 2010 e que teve uma grande piora em 2015, deixou de se deteriorar, apresentando melhora em diversos pontos. Entretanto, em outros aspectos o panorama é um pouco preocupante visando o futuro. Para a análise ficar mais completa, vamos separá-la em grandes pontos, considerando o ano de 2016 e comparando com os anos imediatamente anteriores

1. Endividamento

Apesar do bom nível de contabilidade da entidade, pela própria característica da CBV e de outras confederações esportivas que é trabalhar com convênios, os balanços ficam um pouco confusos e um ajuste precisou ser feito para fins de análise. Tal procedimento é relativamente comum, pois a visão de um analista é diferente da visão interna de uma empresa.

O ajuste refere-se ao recebimento antecipado de verba com convênios. É o caso de uma empresa injetar 20 milhões de reais para um projeto específico em 2016, mas o gasto será apenas em 2017. Isso faz com que a CBV tenha dinheiro, mas que não possa gastá-lo, pois o dinheiro é exclusivamente para tal projeto. E, enquanto este projeto não é executado, se considera uma dívida (passivo), visto que, se a CBV não gastar o dinheiro no projeto específico, este valor precisa ser devolvido. É o que chamamos, normalmente, de “dinheiro carimbado”. Para efeitos de análise, é altamente recomendável que este “dinheiro carimbado” seja excluído dos balanços, pois dá uma falsa sensação de haver muito dinheiro em caixa e também uma quantia enorme de dívidas.

Para chegarmos ao valor total das dívidas da CBV, deve-se somar o Passivo Circulante (dívidas já vencidas ou que vencem no ano de 2017) e o Passivo não Circulante (dívidas que vencem após 31/12/2017). Considerando os valores reclassificados, observa-se um montante de dívidas de R$  7.723.582, um valor alto, porém abaixo de muitas confederações menores, como a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), por exemplo.

Esse volume de dívidas traz uma informação relevante, pois houve uma queda no seu número em 2015, mas um novo crescimento em 2016. Entretanto, a melhoria não foi tão grande como em 2014.

Olhando o gráfico, a primeira conclusão é termos valores erráticos, sem uma tendência pré-definida. Entretanto, se considerarmos a série 2012, 2013, 2015 e 2016, podemos ver uma tendência de alta, tendo 2014 como um ano atípico, com um crescimento anormal das dívidas.

Entretanto, analisar só a dívida não é suficiente. Sempre que olhamos o endividamento, temos que comparar o volume de dívidas com os bens que uma entidade possui para pagá-las. Em balanços de empresas normais, como Vale do Rio Doce, Embraer, Pão de Açúcar, etc, veremos um volume de dívidas muito alto, porém, como os bens que possuem são maiores ainda, tal fato passa a ser relativizado.

No caso da CBV, houve uma melhora nos números o ano de 2016. Em uma empresa saudável, o volume de dívidas (endividamento) não deve superar 66% (2/3) do seu volume de bens e direitos (ativos). Na CBV, depois de péssimos números e 2009 e 2010 a situação começou a ficar sob controle a partir do ano de 2011, principalmente até o ano de 2013. Em 2014 o número teve uma leve piora e em 2015 a piora foi significativa. Já em 2016, voltou a melhorar, ficando no limite entre uma entidade saudável e uma entidade altamente endividada, como pode ser visto a seguir:

Aqui temos um comportamento parecido com a curva de dívidas. Se compararmos 2016 com 2015, vemos uma boa redução na relação dívida/ativos. Entretanto, se considerarmos 2015 um ponto fora da curva, podemos ver uma tendência de crescimento comparando com os valores de 2013 e 2014. Assim, resta esperar se em 2017 teremos nova redução ou novo aumento. Em minha opinião, infelizmente, teremos um novo aumento, por conta do comportamento das receitas, que será visto no tópico 4. Em 2016, o volume de dívidas da CBV representava 66.12% dos ativos, o que equivale a dizer que a CBV deve, aproximadamente, 2/3 do que possui.

Se olharmos o que a CBV tem de bens e direitos de curto prazo, ou seja, que são mais fáceis de transformar em dinheiro, vemos que a situação, por mais que tenha melhorado levemente, ainda é bem ruim. Ao calcularmos a sobra (ou perda) de recursos de curto prazo em relação às dívidas de curto prazo (indicador chamado de capital circulante líquido) que é o quanto sobraria ou faltaria de recursos para quitação das dívidas de curto prazo, o número está negativo em 1,4 milhões, continuando no negativo, como podemos ver no gráfico a seguir:

O que assusta neste gráfico não é o número em si, mas o comportamento dele. Depois de melhora sucessiva e contínua desde 2011, a piora em 2015 foi muito grande e a melhora em 2016 foi bastante pequena, não sendo suficiente para fazer com que tenhamos folga financeira. Se considerarmos a tendência de receitas (será explicada no tópico 4), podemos esperar um ano de 2017 tão ruim ou até pior do que foi o de 2015

2.Superávit ou Déficit

Aqui temos uma boa notícia. Em 2015, houve um enorme déficit nas contas que foi revertido em 2016. Entretanto, o superávit não foi muito significativo. Se considerarmos apenas os anos com superávit (2011, 2012, 2013, 2014 e 2016), tivemos o menor deles em 2016, com pouco mais de 1,4 milhões de reais. O gráfico a seguir mostra melhor este comportamento.

Aqui podemos ver mais claramente a redução da tendência de queda. Entretanto, temos uma situação interessante: se considerarmos só os anos de 2015 e 2016, podemos projetar um grande superávit para 2017. Entretanto, se considerarmos que o ano de 2015 foi atípico (ponto fora da curva), vemos que a tendência é de queda ou de estabilização. Para definirmos melhor o que esperar de 2017, precisamos de uma análise detalhada das despesas e receitas da CBV.

3. Despesas

As despesas totais aumentaram muito em 2015 comparado ao ano de 2014. Assim, será que 2015 ou 2014 é que foi um ano atípico? Creio que o gráfico a seguir ajuda a compreender melhor o ocorrido.

O número de 2016, por mais que tenha ficado abaixo do número de 2015, ainda foi o segundo mais alto da história. Entretanto, com exceção de 2014 e 2015, tais valores estão ficando estáveis em torno de 120 milhões de reais. Assim, se a tendência continuar, a CBV precisará, ou manter as receitas no nível que estão ou aumentá-las. Como veremos no tópico 4, isso não será uma tarefa fácil.

As despesas da CBV estão divididas em dois grandes grupos: Operacionais (gasto com a atividade de vôlei propriamente dita – torneios, seleção, etc) e Administrativas (gasto com a máquina da CBV, principalmente folha de pagamento). O gráfico a seguir mostra o comportamento das duas despesas:

Analisando as despesas, temos a maior como sendo as Operacionais e a menor como sendo as Administrativas. Assim como nas despesas totais, o que aparenta é que houve um novo nível de estabilidade, considerando 2014 e a média de 2015 e 2016. Mas, vamos ver o que a CBV disse sobre isso no seu balanço:

3.1 Despesas Operacionais

Passou de 69,4 milhões de reais em 2014 para 85,4 em 2015 e 83,3 em 2016 (leve queda de 2,5%). É composta por seis grandes itens, a saber:

a) Despesas com pessoal de apoio, atletas e comissão técnica: valor praticamente inalterado nos últimos três anos, passando de 23,2 milhões em 2014 para 24 milhões em 2015 e 23,9 milhões em 2016. Podemos notar que este é um gasto praticamente fixo da CBV ao longo do tempo.

b) Transportes: neste item são registrados o custo com transporte de pessoas e materiais para competições nacionais e internacionais, passando de 14 milhões em 2014 para 16,3 milhões em 2015 e caindo para 11,5 milhões em 2016 (queda de 30%). Analisando os números individuais, a queda foi expressiva no transporte aéreo internacional de pessoas (de 8 para 3 milhões de reais). Considerando a desvalorização cambial no período, este valor deveria ter aumentado ao invés de reduzir. Entretanto, podemos explicar este comportamento pelo fato dos Jogos Olímpicos de 2016 terem sido realizados no Brasil.

 

Bons resultados do Brasil na Rio 2016 aumentaram despesas com premiação dos atletas (Foto: Divulgação/FIVB)

c) Premiação de Atletas: passou de 14,4 em 2014 para 11, 4 milhões de reais em 2015 e subindo para 15,5 milhões em 2016. Considerando que 2016 foi o ano dos Jogos Olímpicos e levando em consideração a a performance dos atletas, um aumento nesta conta já era bastante esperado.

d) Locação: neste item são registradas todas as despesas com locação de bens móveis necessários para realização dos eventos de vôlei de quadra e praia organizados pela CBV. Comparando os números, vemos um comportamento um pouco errático, indo de 9,2 milhões de reais em 2014 para 13,8 milhões de reais em 2015 e caindo para 11,3 milhões de reais em 2016. Algo interessante é que houve aumento de 5 para 8 milhões de reais em locação de arena e quadra e uma queda de 6.8 para 2 milhões em aluguel de equipamentos. Infelizmente, a CBV não trouxe maiores explicações sobre isso.

e) Federações: o repasse para as federações estaduais ficou praticamente estável. No ano de 2016 a CBV também passou a evidenciar, além do apoio operacional, o apoio administrativo junto às Federações. Assim, os repasses totais para as federações caíram de 4.4 milhões em 2015 para 3.7 milhões em 2016.

f) Outros custos: particularmente não gosto quando vejo o nome “outros”, mas esta classificação é normalmente usado para itens de pequeno valor. Entretanto, na CBV o valor é expressivo e crescente, indo de 6,3 milhões em 2014 para 17,4 milhões em 2015 e 18.9 milhões em 2016. Nesta rubrica destaca-se o alto valor pago para “taxas gerais” que foi de 6,4 milhões em 2015 para 7,9 milhões em 2016. Ao final do detalhamento de alguns outros gastos menores, ainda há a rubrica de “outros custos com produtos” com valores expressivos e crescentes, passando de 1.6 milhões em 2015 para 3 milhões em 2016. Infelizmente, não há nada explicando quais são esses outros custos com produtos (NOTA DO BLOG: procurada, a CBV afirmou que nesses custos estão inseridas taxas pagas a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para participação em competições internacionais, assim como o repasse de verba aos clubes participantes da Superliga).

3.2 Despesas Administrativas

Neste item, basicamente são contabilizados as despesas com a máquina da CBV, principalmente gastos com pessoal e encargos trabalhistas, além de gastos com aluguel e propaganda. Houve uma pequena queda (6,7%), passando de 49 para 45,7 milhões de reais. Entretanto, ainda é bem superior ao ano de 2014 (36 milhões) e o segundo maior valor desde 2010. As despesas são compostas de quatro grandes grupos:

a) Despesa com Pessoal e Encargos: aqui está o grande problema da CBV, como foi em 2015. A folha de pagamento e os encargos sobre ela (FGTS e INSS). O valor passou de 11 milhões em 2014 para 18,8 milhões em 2015 e para 23,8 milhões em 2016, um aumento de 5,8 milhões, que se soma ao crescimento de 7,7 milhões de 2015 para 2014. Em 2015, a explicação para o aumento foi que “em 2015, a entidade passou a contar com um diretor executivo (CEO), que assumiu o cargo com a missão de adotar práticas responsáveis de governança e alcançar a excelência nos eventos promovidos pela CBV. E com uma gestão cada vez mais atenta e preocupada com os colaboradores, a confederação adotou um plano de cargos e salários, e melhoria nos benefícios (cartão de alimentação, plano de saúde e mental)”. Em 2016, não houve explicação alguma para este novo aumento (NOTA DO BLOG: procurada, a CBV diz que o aumento ocorreu por conta do custo com rescisões contratuais e reajuste de remuneração de funcionários conforme acordo coletivo da classe).

b) Despesas com Serviços Contratados: nesta rubrica estão gastos como serviços de informática, assessoria jurídica, etc. Esta conta teve uma redução de 6,2 milhões de reais em 2015 para 4,7 milhões em 2016. O segundo maior valor neste item é assessoria jurídica, com gastos de 770 mil reais no ano, uma das poucas contas que teve aumento de gastos nesta rubrica.

c) Despesas de Localização e Funcionamento: aqui basicamente temos o funcionamento da máquina da CBV, tirando o gasto com pessoal e encargos. Trata-se de aluguel, energia elétrica, hospedagem, transporte aéreo, etc. Esta conta teve uma redução de 7,3 para 6 milhões de reais.

d) Propaganda e publicidade: passou de 1,6 milhão em 2014 para 3,2 milhões em 2015 e teve queda para 2 milhões em 2016, não sendo muito relevante para o resultado final da CBV.

e) Há um item de outras despesas, que se refere principalmente a manutenção, impostos e taxas, etc, que teve redução de 10 para 7,8 milhões de 2015 para 2016. Um ponto a se destacar é que o maior gasto nesta rúbrica é de benefícios sociais (3 milhões de reais em 2016), sendo que a CBV não diz claramente no balanço quais benefícios e para quem são pagos (NOTA DO BLOG: procurada, a entidade afirmou que benefícios sociais são concedidos aos funcionários da entidade através de assistência médica, odontológica e alimentar, por exemplo).

4. Receitas

As receitas em 2016 tiveram uma boa melhora comparando com o ano de 2015. Entretanto, apenas voltou ao nível de 2014. Considerando que 2016 foi ano olímpico e, portanto, mais atrativo para patrocínios, não podemos considerar isso como uma nova tendência. Esse comportamento pode ser visto no gráfico a seguir:

Assim, a reversão do déficit para superávit foi ocasionada tanto por aumento na receita como por queda nas despesas. Entretanto, ao analisarmos os componentes das receitas, podemos ver que a coisa não está tão bem como uma primeira análise pode nos levar a crer.

a) Patrocínio: aumento de 6,5 milhões de reais, indo de 72,6 milhões em 2015 para 79,3 em 2015. Entretanto, com o novo contrato assinado junto ao principal patrocinador (Banco do Brasil) para o novo ciclo olímpico, o valor tende a cair para 55 milhões de reais por ano. Considerando que o superávit foi de 1,4 milhões e a receita deve ter redução de mais de 20 milhões com patrocínio, podemos ver um cenário não muito bom para 2017.

b) Demais receitas: praticamente constantes, com exceção de convênios, que subiu de 15,4 milhões em 2015 para 28,3 milhões em 2016. Entretanto, podemos observar que o volume de dinheiro captado para os próximos anos diminuiu. Vemos no balanço que, em 2015 havia 34,8 milhões captados para os próximos anos e em 2016 esse valor caiu para 17,1 milhões de reais

5. Conclusões

Fechando esta análise, podemos ver que a CBV apresentou uma melhora em relação ao péssimo ano de 2015. Entretanto, ainda continua em uma situação delicada, com capital circulante líquido negativo, alto endividamento e um superávit próximo a zero.

Infelizmente, a tendência para o ano de 2017 não é nada boa. Se levarmos em consideração que haverá uma queda de 20 milhões no patrocínio, além de uma forte diminuição na captação de recursos via convênios, não será surpresa alguma se no próximo balanço os números vierem iguais ou até inferiores do que 2015, o pior ano da série histórica.

Ressalte-se que toda esta análise foi feita com os dados fornecidos pela própria CBV em seus balanços, sem nenhuma montagem minha quanto a números, bem como nenhum acesso a informação privilegiada.

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Apoio raro de patrocinador faz Renata Valinhos sonhar alto no vôlei http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/21/apoio-raro-de-patrocinador-faz-renata-valinhos-sonhar-alto-no-volei/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/21/apoio-raro-de-patrocinador-faz-renata-valinhos-sonhar-alto-no-volei/#respond Tue, 21 Nov 2017 08:00:47 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10348

Valinhos quer se manter no top 10 da Superliga para garantir vaga na próxima temporada (Fotos: Divulgação)

Em um país no qual planejamentos realistas e de longo prazo são raridade, um time da parte de baixo da tabela da Superliga feminina de vôlei deve ser olhado com atenção. Criado há três temporadas, o Renata Valinhos/Country possui estrutura e apoio incomuns no voleibol de clubes, o que lhe permite sonhar em, pouco a pouco, galgar degraus no cenário nacional.

Um exemplo desta organização ocorreu pouco antes do início da Superliga, em outubro. Ciente de que Rio do Sul passava por dificuldades financeiras e corria sério risco de não conseguir disputar a competição, o time estava pronto para substituir a equipe de Santa Catarina. “Já tínhamos desde maio tudo estruturado para um patrocínio de 12 meses (com a empresa Selmi, dono da marca Renata). Mesmo perdendo a vaga na Superliga via Taça Ouro para o Sesi, mantivemos o trabalho e eu continuei dando treinos. Quando veio o convite, foi só falar sim”, conta André Rosendo, gestor e técnico da equipe do interior paulista.

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Tamanha preparação não deixa de ser uma surpresa, especialmente em um esporte já acostumado com perdas repentinas de patrocinadores, que acabam deixando atletas, integrantes de comissões técnicas e treinadores a ver navios de uma hora para outra.

“Foi um fato raro”, admite Rosendo. De acordo com ele, o projeto não sofreu alterações nem quando Valinhos perdeu duas vezes no tie-break, para o CWB/Madero e para o Sesi, na Taça Ouro, desperdiçando a chance de voltar à elite nacional graças aos resultados obtidos em quadra. “Já estava acertado que continuaríamos. O presidente da empresa havia me dito que, mesmo se a gente perdesse a Taça Ouro, iria investir forte para ganhar a Superliga B”, revela.

Técnico e gestor, Rosendo estava com tudo pronto para aceitar convite que veio após desistência de Rio do Sul

Esporte caro

Ainda que a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) arque com custos como o deslocamento das equipes ao longo da Superliga, estar na elite do voleibol brasileiro não é nada barato. O Renata Valinhos, por exemplo, conta este ano com um orçamento de R$ 700 mil para a temporada. O valor parece alto, mas é insuficiente para bater de frente com as grandes equipes – nas nove primeiras rodadas do campeonato, o time paulista conseguiu vencer apenas o confronto contra o Sesi.

RedeTV!: descaso e desrespeito com o vôlei

Mesmo assim, a situação é vista com otimismo por Rosendo. “(Esse valor) é uma evolução enorme. No nosso primeiro ano, tivemos R$ 130 mil para a temporada, estávamos no limite. O investimento foi duplicado no ano seguinte e agora mais que dobrou”, afirma o gestor, que ressalta o fato de a marca Renata também apoiar agora o time masculino de Campinas, ex-Medley e Brasil Kirin. “É uma crescente e o investimento no masculino mostra o quanto eles estão acreditando no esporte e no retorno que o vôlei dá”, complementa.

O orçamento de Valinhos na atual temporada não só banca o time adulto, como também um trabalho de base, desde o sub-13 até o sub-19. Para 2018, o plano é também contar com uma equipe sub-21, o último passo antes do profissional. Já na atual Superliga, a meta é ficar entre os dez primeiros colocados entre os 12 participantes, para não ser rebaixado novamente. “Assim, garantimos nossa vaga no ano que vem. Depois, queremos ficar entre os oito melhores e ir crescendo. Quer queira quer não, agora temos uma boa visibilidade com o patrocinador também apoiando uma equipe do masculino e isso pode arrastar a gente junto”, destaca Rosendo, sonhando em fazer história no vôlei nacional.

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Unilever patrocinando o Praia Clube? Entenda como isso vai acontecer http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/09/02/unilever-patrocinando-o-praia-entenda-como-isso-vai-acontecer/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/09/02/unilever-patrocinando-o-praia-entenda-como-isso-vai-acontecer/#respond Sat, 02 Sep 2017 09:00:47 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=9168

Uma notícia de bastidores sacudiu a semana dos torcedores: segundo o site Melhor do Vôlei, a Unilever decidiu voltar à modalidade pouco mais de três meses depois de deixar de bancar a equipe do Rio de Janeiro para apoiar o Dentil/Praia Clube, de Uberlândia, um dos principais rivais da equipe carioca.

Mas como exatamente isso se dará? Explicamos abaixo.

Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que o patrocínio da Unilever ao time mineiro é “indireto”. Isso porque ele ocorrerá através do atacadista e distribuidor Arcom, que tem como exclusivas algumas das marcas que aparecem ou apareceram recentemente no uniforme do Praia, tal como o próprio Dentil, IsaBaby e Banana Boat.

Através de um comunicado, a Unilever afirma que a parceria tem como objetivo “divulgar o relançamento do desodorante Suave no Brasil por meio do incentivo a um tradicional time de vôlei”. Até então, a multinacional distribuía o produto apenas em determinadas regiões, como Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Paraguai e Caribe.

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Evidentemente, o valor investido desta vez (algo em torno de R$ 100 mil pela temporada) é bem menor do que no patrocínio à equipe do Rio, que segue na ativa com o suporte do Sesc.

Depois de uma temporada abaixo das expectativas, o Praia investiu pesado para chegar ao título da Superliga 2017/2018, tendo repatriado a campeã olímpica Fernanda Garay e contratado a oposta americana Nicole Fawcett – as meios de rede Fabiana e Waleswka seguem no elenco. O time também contará com um novo técnico, Paulo Coco, assistente de José Roberto Guimarães na seleção brasileira e que estava no Camponesa/Minas. O Sesc, por sua vez, manteve a base campeã do último nacional mesmo com a saída da Unilever: das principais atletas, somente a central Carol e a ponteira Anne Buijs saíram da equipe – ambas foram contratadas pelo Nilufer Bld (Turquia)

* Atualizado às 13h25

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De volta ao vôlei, Cimed faz investimento de R$ 10 mi e parceria com a CBV http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/21/de-volta-ao-volei-cimed-faz-investimento-de-r-10-mi-e-parceria-com-a-cbv/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/21/de-volta-ao-volei-cimed-faz-investimento-de-r-10-mi-e-parceria-com-a-cbv/#respond Fri, 21 Apr 2017 14:30:06 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6650

Hoje técnico da seleção masculina, Renan comandou o projeto da Cimed em Florianópolis (Foto: Luiz Pires/Vipcomm/Divulgação)

Numa época em que as vacas emagreceram bastante no esporte olímpico brasileiro, e que atletas e entidades se queixam da queda brusca de investimentos, o voleibol nacional encontrou um parceiro de peso na iniciativa privada. Ou melhor, reencontrou.

Trata-se do Grupo Cimed, que até as Olimpíadas de Tóquio, em 2020, pretende investir R$ 10 milhões na modalidade. O montante inclui também o valor que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) receberá da empresa do ramo farmacêutico em uma parceria que substitui a recém-encerrada união com a Nivea.

Bruno e Lucão: a caminho da Itália ou do Sesc

Jogadora a jogadora, quem leva a melhor na final da Superliga: Rexona ou Vôlei Nestlé?

“A Cimed é um parceiro que vai fornecer toda a parte de suplementos e remédios para todas as seleções em Saquarema, da base ao adulto”, afirma o diretor comercial e de marketing da CBV, Douglas Jorge. “A gente está fechado com eles para todos os eventos de quadra e acertando para a praia. Assim, eles vão pegar o guarda-chuva completo”, explicou o dirigente.

Entre as temporadas 2005/2006 e 2011/2012, a Cimed patrocinou a equipe mais premiada do vôlei masculino do Brasil naquele período. O time de Florianópolis, que na primeira metade do projeto teve como técnico e dirigente Renan Dal Zotto (treinador da seleção masculina desde janeiro), conquistou quatro Superligas e o Sul-Americano de Clubes de 2009. Dentre os atletas que passaram por aquela equipe estão os campeões olímpicos Bruno e Lucão, além dos medalhistas de prata Sidão e Thiago Alves.

Afastada da modalidade desde então, a empresa já havia dado sinais de que estaria novamente interessada no vôlei em fevereiro, quando fechou um acordo para estampar sua marca nas camisas de líbero, backdrops e placas de quadra do Sada Cruzeiro, atual campeão brasileiro e tricampeão mundial. Para a CBV, o retorno ajuda a minimizar parte da perda do aporte financeiro oriundo de seu maior patrocinador, o Banco do Brasil.

Levantador Bruno engrenou na carreira jogando pela Cimed (Foto: Divulgação/CBV)

“Com relação aos nossos patrocínios, apesar de sofrermos uma redução de valores com nosso principal apoiador (o Banco do Brasil), conseguimos manter um plano até Tóquio 2020. Não diria que estamos em uma posição confortável, mas realmente vamos conseguir ter um projeto para brigar por medalhas”, garantiu Douglas Jorge, obedecendo à política da CBV, não diz o valor injetado na confederação pelos patrocinadores.

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Além da Cimed, a CBV terá como parceiros, até 2020, Gatorade, Mikasa, Asics e, apesar da redução dos valores, o Banco do Brasil. A Gol tem contrato com a entidade até 2018. Já a Delta e a Sky, cujos contratos vencem neste ano, podem renová-los com a confederação até 2019. E o rol dos patrocinadores não deve parar por aí.

“Ainda temos uma cota livre, que são os ‘naming rights’ da Superliga, algo que conseguimos retomar agora e que antes não podíamos usar devido a contratos com TV”, afirmou Douglas Jorge. “Assim que vendermos, vamos fazer várias benfeitorias na Superliga”, prometeu o dirigente.

* Colaborou João Batista Jr.

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Caso Unilever: encerramento de patrocínio é triste, mas não o fim do mundo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/14/caso-unilever-encerramento-de-patrocinio-e-triste-mas-nao-o-fim-do-mundo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/14/caso-unilever-encerramento-de-patrocinio-e-triste-mas-nao-o-fim-do-mundo/#respond Tue, 14 Mar 2017 21:25:02 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5675

Apoio do Rexona será encerrado com o Mundial de clubes, em maio (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)

A bomba solta por Fernanda Venturini na segunda (13) teve sua confirmação oficial no fim da tarde desta quarta (14): depois de 20 anos, a Unilever decidiu sair do vitorioso projeto iniciado em Curitiba e amadurecido no Rio de Janeiro. O ponto final da parceria será dado no Mundial de Clubes, programado para maio, no Japão.

Claro que a chegada de uma notícia como esta jamais será boa. Diante das dificuldades cada vez maiores neste período de ressaca olímpica, perder um apoiador de tal porte pode significar a saída de atletas de alto nível do país, sem contar com o menor incentivo na formação de jogadoras. Porém, não deve ser tratado como o fim do mundo. Explico as razões:

Seleção masculina perde mais uma peça-chave após saída de Bernardinho

Satisfeita, CBV busca patrocinadores para expandir transmissões online

– A saída não foi repentina. Boatos de uma possível mudança de estratégia no marketing da Unilever já estavam ocorrendo há pelo menos um ano e meio. A empresa, por exemplo, teve a sensibilidade de fazer uma transição adequada com o Sesc para não deixar profissionais sem trabalho de uma hora para outra, diferente do que já aconteceu em outras rupturas. Para quem não se lembra, em 2014 a Amil chegou a anunciar a substituição do técnico José Roberto Guimarães por Paulo Coco apenas uma semana antes de retirar o investimento, pegando as próprias atletas de surpresa;

– Apesar de ainda não estar claro qual será o nível de investimento do Sesc na próxima temporada, o time continuará na ativa. Mesmo que o orçamento seja menor, há a esperança de ao menos jovens atletas terem uma oportunidade de despontar em alto nível. Vale destacar que o Sesc já apoia um time masculino no Rio, comandado por Giovane Gávio, com um dinheiro razoável para a disputa da Superliga B;

Projeto começou no Paraná, onde ficou até 2003 (Fotos: Divulgação)

– O Rexona não é o primeiro e, infelizmente, não será a última equipe a passar por isso no vôlei nacional. Mas, ainda assim, o esporte continua. Pouco após a conquista do primeiro ouro olímpico no feminino, em Pequim 2008, o Bradesco decidiu romper o apoio dado a Osasco através da Finasa. Houve um certo pânico da época, mas o time está na ativa até hoje ao lado de um novo patrocinador, a Nestlé, que em 2011/2012 praticamente repetiu a escalação da seleção brasileira na equipe.

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A situação do vôlei brasileiro de clubes é perfeita? Longe disto. Há muita coisa a ser feita ainda. Aumentar a visibilidade dos patrocinadores, inclusive com a menção dos nomes deles pela Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão, é essencial. Mas, culpar apenas isso e a crise econômica vivida pelo Brasil pela saída da Unilever do vôlei, é analisar a situação de forma rasa.

Amil encerrou o projeto no vôlei uma semana após anunciar troca de técnicos

Isso porque crises econômicas não são exatamente uma novidade no país, que já viveu outros momentos de finanças em baixa desde 1997, data do início do apoio da Unilever ao time de Bernardinho. Além disso, nunca a Globo se dispôs a falar os nomes reais das equipes em quadra, sempre apelando para denominação de clubes ou das cidades nas quais são sediados. Ainda assim, a empresa permaneceu no jogo durante 20 anos e, quem conhece um mínimo de marketing e ambiente corporativo, sabe que isso não aconteceu por solidariedade. Se não desse retorno, eles certamente não teriam ficado tanto tempo no projeto. O mesmo acontece com outros times e grandes empresas que investem no esporte: ninguém colocaria dinheiro (que não é pouco) no vôlei se o produto não fosse bom.

Ciclos acabam e estratégias mudam. É da vida. Ao invés de se lamentar e promover uma “caça às bruxas”, quem gosta de vôlei precisa trabalhar (ou cobrar) mudanças no que não está bom. Só assim o Brasil continuará a crescer na modalidade.

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Fernanda Venturini revela: Unilever vai deixar o vôlei http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/13/fernanda-venturini-revela-unilever-vai-deixar-o-volei/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/13/fernanda-venturini-revela-unilever-vai-deixar-o-volei/#respond Tue, 14 Mar 2017 01:01:17 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5656

Venturini lamenta o fim do apoio de 20 anos: “No Brasil, o esporte não é muito estimulado” (Foto: Reprodução/Facebook)

Em entrevista transmitida online pela Revista Veja, no final da tarde desta segunda-feira (13), a ex-levantadora Fernanda Venturini trouxe uma bomba para o mundo do voleibol: esta será a última Superliga da Unilever. “Depois de 20 anos, a Unilever, Rexona-Sesc este ano, está saindo, é uma pena. Foram 20 anos sensacionais, uma empresa fantástica”, acentuou.

Esposa do técnico Bernardinho, treinador do Rexona, Venturini ressaltou que “no Brasil, o esporte não é muito estimulado”, e comparou a situação daqui com a da maior potência esportiva do mundo, os Estados Unidos.

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Moreno: conheça o primeiro ídolo do voleibol brasileiro

Você vê: nos EUA, são 300 universidades onde jogam vôlei. É surreal olhar lá fora e querer comparar aqui. Então, a gente não tem nenhum incentivo. Lá, você bota uma menina pra jogar vôlei numa escolinha, você paga uma grana, mas sabe que ela vai pra uma universidade de graça. Então, o vôlei lá vale ouro. Como futebol americano, beisebol e basquete pegam muita bolsa masculina, no feminino, sobra muito para o vôlei”, explicou Venturini. “Hoje, no Brasil, não tem incentivo do governo, da prefeitura. A gente incentiva quando? Quando vai ter uma Olimpíada, um Mundial, coisa assim pontual”, comparou.

Time de Bernardinho é o maior campeão brasileiro, com 11 títulos (Foto: Alexandre Arruda)

Participando da Superliga desde 1997, quando a sede do projeto ainda era em Curitiba, a Unilever conquistou 11 títulos nacionais e quatro sul-americanos. A equipe, que joga nesta temporada como Rexona-Sesc, venceu a Copa Brasil e a Supercopa, foi quinta colocada no Mundial de Clubes e terminou a fase classificatória do nacional na liderança – pega o Pinheiros nas quartas de final.

Entre os dias 8 e 14 de maio, o time sediado no Rio de Janeiro ainda joga o Mundial de Clubes de Kobe, no Japão. A competição terá a participação também do Vôlei Nestlé, que jogará como uma das quatro equipes convidadas pela FIVB.

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