Nestlé – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Sem tempo para lamentos, Osasco já trabalha para fechar um novo patrocínio http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/12/sem-tempo-para-lamentos-osasco-ja-trabalha-para-fechar-um-novo-patrocinio/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/12/sem-tempo-para-lamentos-osasco-ja-trabalha-para-fechar-um-novo-patrocinio/#respond Thu, 12 Apr 2018 09:00:30 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12771

Luizomar (o 2º da esq para a direita) comemora título da Copa Brasil: em 2009, técnico também foi fundamental para que o clube conseguisse um apoiador que substituísse a Finasa (Foto: João Pires/Fotojump)

“O momento é difícil, mas também temos um produto muito forte, principalmente para quem está interessado em expor sua marca”. É com essa convicção que Luizomar de Moura tem agido desde a última terça-feira (10), quando a Nestlé anunciou o fim do patrocínio ao voleibol feminino de Osasco. O técnico do tradicional clube paulista contou em entrevista ao Saída de Rede que profissionais especializados em marketing esportivo já estão trabalhando a toda para que a equipe não só se mantenha na ativa como continue competitiva.

“Estamos com a diretoria empenhada e a prefeitura está me dando suporte, já que cidade é um case de logenvidade no esporte. Estou preocupado, mas esperançoso. Espero que a gente possa ter boas notícias em breve até porque o mercado (de contratação de atletas) já está super aquecido”, comentou Luizomar, que há nove anos, em abril de 2009, também tomou a frente do projeto e foi um dos principais responsáveis pelo acordo com a Nestlé após o término do apoio do Finasa. “Tomara que a gente possa reescrever de nova essa história. É um momento diferente de 2009, mas temos um produto mais forte do antes, além de uma cidade apaixonada”, complementou.

De acordo com o técnico, alguns possíveis parceiros já mostraram interesse em substituir a Nestlé. “Neste pouco tempo, já recebemos muitas solicitações e eu mesmo tive algumas reuniões. Os caras aqui estão trabalhando que nem loucos e o projeto está na mão de muita gente que quer ajudar”, afirmou.

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AGRADECIMENTO À NESTLÉ

Luizomar também aproveitou a oportunidade para mostrar gratidão ao antigo apoiador. “Não dá para lamentar uma empresa que fica nove anos no voleibol”, ressaltou o técnico. “Não só eu como o vôlei feminino temos muito a agradecer à Nestlé, uma marca que fez tanto pelo voleibol. Não foram só títulos, mas também uma vanguarda na estratégia de marketing, como as histórias contadas fora das quadras, etc…”, observou, referindo-se a diversas campanhas feitas ao longo dos últimos meses, inclusive clipes musicais e ações nas redes sociais.

A multinacional, inclusive, se colocou à disposição para auxiliar Osasco a encontrar um substituto. “A Nestlé me auxiliou com números e tudo o que pôde neste momento (…) O voleibol tem números fantásticos, a equipe fez uma temporada digna, com dois títulos e uma semifinal acirrada de Superliga em cinco jogos. Acredito muito que vamos conseguir”, destacou o treinador.

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Vôlei feminino de Osasco perde o patrocínio da Nestlé http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/10/volei-feminino-de-osasco-perde-o-patrocinio-da-nestle/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/10/volei-feminino-de-osasco-perde-o-patrocinio-da-nestle/#respond Tue, 10 Apr 2018 21:05:02 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12737

Time comandado por Luizomar de Moura agora terá que buscar outros apoiadores para se manter na ativa (Foto: João Pires/Fotojump)

Através de comunicado oficial, a Nestlé anunciou no fim da tarde desta terça-feira (10) o fim do patrocínio ao voleibol feminino da cidade de Osasco. Depois de nove anos de uma parceria bem-sucedida, a empresa alega que decidiu concentrar seus investimentos e esforços no fortalecimento de sua atuação em plataformas que amplifiquem o impacto nas comunidades onde tem operações.

De acordo com a multinacional, o encerramento do patrocínio neste primeiro semestre já estava previsto no contrato com o clube. Um dos times mais tradicionais do vôlei brasileiro, Osasco agora terá que buscar novos apoiadores para continuar na ativa. Curiosamente, em 2008, havia sido a própria Nestlé a “salvar” a equipe de uma situação semelhante, após o encerramento do apoio de longa data com o Finasa.

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A parceria vitoriosa entre Nestlé e Osasco Voleibol Clube, iniciada em 2009, deixa um legado de títulos e conquistas históricas. Neste período, a equipe conquistou títulos importantes, como a Superliga (2009/10 e 2011/12), o tetracampeonato Sul-americano (2009, 2010, 2011 e 2012), o hexacampeonato Campeonato Paulista (2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017), a Copa Brasil (2014, 2018), o tradicional Top Volley (2014), disputado na Basileia, Suíça, e o Mundial de Clubes (2012).

Antes disso, a Nestlé já havia construído uma história vitoriosa no vôlei feminino, desde 1992, quando a empresa iniciou o patrocínio ao time de Sorocaba, que no início foi nomeado como Leite Moça e, posteriormente, já na cidade de Jundiaí, Leites Nestlé. De 1992 a 1999, a Nestlé foi campeã Mundial de Clubes (1994), tricampeã Sul-Americana (1996, 1997 e 1998), tricampeã da Superliga (1994/95, 1995/96 e 1996/97) e tricampeã Paulista (1993, 1995 e 1998).

O Vôlei Nestlé/Osasco encerrou a temporada 2017/2018 da Superliga na quarta colocação. Individualmente, a oposta Tandara foi um dos destaques do torneio, sendo a maior pontuadora. A final do campeonato será realizada nos próximos dois domingos entre Dentil/Praia Clube e Sesc-RJ.

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Caso Unilever: encerramento de patrocínio é triste, mas não o fim do mundo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/14/caso-unilever-encerramento-de-patrocinio-e-triste-mas-nao-o-fim-do-mundo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/14/caso-unilever-encerramento-de-patrocinio-e-triste-mas-nao-o-fim-do-mundo/#respond Tue, 14 Mar 2017 21:25:02 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5675

Apoio do Rexona será encerrado com o Mundial de clubes, em maio (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)

A bomba solta por Fernanda Venturini na segunda (13) teve sua confirmação oficial no fim da tarde desta quarta (14): depois de 20 anos, a Unilever decidiu sair do vitorioso projeto iniciado em Curitiba e amadurecido no Rio de Janeiro. O ponto final da parceria será dado no Mundial de Clubes, programado para maio, no Japão.

Claro que a chegada de uma notícia como esta jamais será boa. Diante das dificuldades cada vez maiores neste período de ressaca olímpica, perder um apoiador de tal porte pode significar a saída de atletas de alto nível do país, sem contar com o menor incentivo na formação de jogadoras. Porém, não deve ser tratado como o fim do mundo. Explico as razões:

Seleção masculina perde mais uma peça-chave após saída de Bernardinho

Satisfeita, CBV busca patrocinadores para expandir transmissões online

– A saída não foi repentina. Boatos de uma possível mudança de estratégia no marketing da Unilever já estavam ocorrendo há pelo menos um ano e meio. A empresa, por exemplo, teve a sensibilidade de fazer uma transição adequada com o Sesc para não deixar profissionais sem trabalho de uma hora para outra, diferente do que já aconteceu em outras rupturas. Para quem não se lembra, em 2014 a Amil chegou a anunciar a substituição do técnico José Roberto Guimarães por Paulo Coco apenas uma semana antes de retirar o investimento, pegando as próprias atletas de surpresa;

– Apesar de ainda não estar claro qual será o nível de investimento do Sesc na próxima temporada, o time continuará na ativa. Mesmo que o orçamento seja menor, há a esperança de ao menos jovens atletas terem uma oportunidade de despontar em alto nível. Vale destacar que o Sesc já apoia um time masculino no Rio, comandado por Giovane Gávio, com um dinheiro razoável para a disputa da Superliga B;

Projeto começou no Paraná, onde ficou até 2003 (Fotos: Divulgação)

– O Rexona não é o primeiro e, infelizmente, não será a última equipe a passar por isso no vôlei nacional. Mas, ainda assim, o esporte continua. Pouco após a conquista do primeiro ouro olímpico no feminino, em Pequim 2008, o Bradesco decidiu romper o apoio dado a Osasco através da Finasa. Houve um certo pânico da época, mas o time está na ativa até hoje ao lado de um novo patrocinador, a Nestlé, que em 2011/2012 praticamente repetiu a escalação da seleção brasileira na equipe.

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A situação do vôlei brasileiro de clubes é perfeita? Longe disto. Há muita coisa a ser feita ainda. Aumentar a visibilidade dos patrocinadores, inclusive com a menção dos nomes deles pela Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão, é essencial. Mas, culpar apenas isso e a crise econômica vivida pelo Brasil pela saída da Unilever do vôlei, é analisar a situação de forma rasa.

Amil encerrou o projeto no vôlei uma semana após anunciar troca de técnicos

Isso porque crises econômicas não são exatamente uma novidade no país, que já viveu outros momentos de finanças em baixa desde 1997, data do início do apoio da Unilever ao time de Bernardinho. Além disso, nunca a Globo se dispôs a falar os nomes reais das equipes em quadra, sempre apelando para denominação de clubes ou das cidades nas quais são sediados. Ainda assim, a empresa permaneceu no jogo durante 20 anos e, quem conhece um mínimo de marketing e ambiente corporativo, sabe que isso não aconteceu por solidariedade. Se não desse retorno, eles certamente não teriam ficado tanto tempo no projeto. O mesmo acontece com outros times e grandes empresas que investem no esporte: ninguém colocaria dinheiro (que não é pouco) no vôlei se o produto não fosse bom.

Ciclos acabam e estratégias mudam. É da vida. Ao invés de se lamentar e promover uma “caça às bruxas”, quem gosta de vôlei precisa trabalhar (ou cobrar) mudanças no que não está bom. Só assim o Brasil continuará a crescer na modalidade.

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