Natália – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 O ano ruim do vôlei feminino brasileiro no Mundial de Clubes http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/22/o-ano-ruim-do-volei-feminino-brasileiro-no-mundial-de-clubes/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/22/o-ano-ruim-do-volei-feminino-brasileiro-no-mundial-de-clubes/#respond Sun, 22 Dec 2019 09:00:58 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19550

Vice-campeão na temporada passada, o Minas terminou este Mundial na 5a colocação (Fotos: Divulgação/FIVB)

Com boas recordações e algumas frustrações, 2019 está chegando ao fim. Por isso, o Saída de Rede realizará, a partir deste domingo (22), a tradicional retrospectiva dos principais fatos que marcaram o mundo do vôlei no ano.

Para começar, analisaremos a participação do Itambé Minas e do Dentil Praia Clube, representantes brasileiros no Campeonato Mundial de Clubes feminino. O atual campeão nacional e o vice terminaram o torneio em 5º e 6º, respectivamente. A competição foi realizada em Shaoxing, na China, e deu o primeiro título de sua história ao italiano Conegliano.

A quinta posição do time de Belo Horizonte, contudo, não chegou a ser uma surpresa. Depois de passar várias temporadas como uma equipe de meio de tabela na Superliga feminina, o tradicional clube mineiro fez um dos maiores investimentos para 2018/2019 ao contratar Natália e Gabi, a dupla titular na entrada de rede da seleção brasileira.

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O investimento não poderia ter sido mais acertado. Sob a batuta do talentoso treinador italiano Stefano Lavarini, o Minas viveu uma temporada gloriosa, ganhando todos os campeonatos de que participou (exceto o próprio Mundial, em que foi vice-campeão).

Neste ano, no entanto, o cenário se alterou drasticamente. O time perdeu a poderosa dupla de ponteiras para os gigantes turcos Eczacibasi e VakifBank (segundo e terceiro colocados neste Mundial) e, ainda, o técnico italiano para o Busto Arsizio. Para a delicada reposição, o clube apostou no compatriota Nicola Negro como comandante e nas atacantes Roslandy Acosta (venezuelana) e Deja McClendon (norte-americana).

O conjunto, contudo, ficou desequilibrado. Com performances bastante inseguras na recepção, ou seja, na construção do jogo, e, ainda, na virada de bola, as estrangeiras, que buscavam uma adaptação ao estilo imprevisível da levantadora Macris, pouco fizeram.

Minas apresentou muitas dificuldades na recepção durante o Mundial

Por outro lado, a veterana bicampeã olímpica Thaísa, recém-chegada para esta temporada, se mostrou muito decisiva pelo meio de rede ao lado de Carol Gattaz, um dos principais nomes do plantel, que acabou se machucando na reta final do torneio. Já a também experiente Sheilla, contratada para dividir a saída de rede com Bruna Honório, voltou a jogar neste ano depois de um longo período de inatividade, mas ainda luta para recuperar o voleibol que a consagrou.

Com isso, em outro patamar técnico e tático, a equipe precisou lidar esta imensa reformulação interna. Some-se a isto o nível desta edição do Campeonato Mundial. Com oito equipes em busca do troféu, o torneio, o mais forte dos últimos anos, reuniu alguns dos maiores times do mundo, verdadeiras seleções mundiais que, com enorme aporte financeiro, montaram seus elencos com as melhores jogadoras da atualidade. Assim, com adversários desta categoria, as chances de pódio ficaram ainda mais reduzidas.

Não podemos esquecer, entretanto, que o Minas não enfrentou apenas pedreiras. As derrotas na fase classificatória para o chinês Guandong Evergrande, um dos mais fracos times do campeonato, e para as reservas do Conegliano, equipes que o grupo minastenista, em tese, teria plenas condições de vencer, acabaram sendo um demonstrativo da fragilidade do campeão brasileiro na competição.

Com grande potencial ofensivo, time do Praia Clube não conseguiu render o esperado

Se a posição do Minas não causou tanta estranheza, do seu rival regional se esperava mais. Além de não ter vivido uma reconstrução tão radical – é verdade que perdeu a central bicampeã olímpica Fabiana, um dos pilares do time, e a levantadora norte-americana Lloyd, que não teve uma passagem muito feliz por Uberlândia –, o clube ainda preservou atletas, como a oposta Nicole Fawcett e a ponteira campeã olímpica Fernanda Garay.

Sem falar que o Praia assinou com a dominicana Brayelin Martínez, jogadora que não teve problemas para se adaptar ao vôlei brasileiro e que vem sendo o grande destaque ofensivo da equipe. Trouxe, ainda, a meio de rede Walewska, central campeã olímpica bastante regular que foi uma das figuras mais importantes para o título inédito da Superliga na temporada 2017/2018.

Desta maneira, a equipe teve um começo de temporada bem menos conturbado, batendo, inclusive, o grande rival em duas competições domésticas, o Campeonato Mineiro e a Supercopa. Claro que a expectativa não era que o conjunto aurinegro ganhasse o ouro no Mundial, mas que oferecesse mais resistência aos rivais em função de seu poder de fogo e, quem sabe, até pudesse beliscar um lugar no pódio.

Fernanda Garay sofreu uma fratura no torneio e só voltará a jogar no ano que vem

O grupo comandado pelo técnico Paulo Coco, contudo, não fluiu bem. Ao contrário, enfrentou dificuldades na linha de passe, no sistema defensivo e, especialmente, no ataque. Jogadoras tarimbadas como Garay e Fawcett renderam bem menos do que podiam, sobrecarregando Martínez pelas pontas.

A hesitação da equipe para “matar” os jogos nos momentos-chave em que teve a oportunidade – a partida decisiva contra o chinês Tianjin, ainda na primeira fase, é um exemplo disso – foi outro entrave na difícil campanha do vice-campeão brasileiro na competição. A levantadora Claudinha também passou por instantes de desequilíbrio, fazendo escolhas equivocadas durante as partidas e cometendo erros técnicos que comprometeram a virada de bola.

Neste sentido, o desempenho – e não exatamente a colocação final – tanto do Minas, que esboçou uma melhora no fim da competição, quanto do Praia Clube, acabou sendo mais frustrante, dando uma ideia da posição atual do voleibol feminino brasileiro de clubes no cenário internacional.

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Conegliano, de Egonu, e Eczacibasi, de Natália, fazem a final do Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/07/conegliano-de-egonu-e-eczacibasi-de-natalia-fazem-a-final-do-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/07/conegliano-de-egonu-e-eczacibasi-de-natalia-fazem-a-final-do-mundial/#respond Sat, 07 Dec 2019 14:56:23 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19345

Com 38 pontos marcados, a oposta Egonu brilhou na partida contra o VakifBank (Fotos: Divulgação/FIVB)

Duas excepcionais partidas definiram, na manhã deste sábado (7), os finalistas do Mundial de Clubes feminino 2019. O italiano Conegliano e o turco Eczacibasi, liderado pelo brasileiro Marco Aurélio Motta, decidirão o ouro às 9h deste domingo (8), na cidade de Shaoxing, na China. A disputa do bronze será mais cedo, às 6h, entre VakifBank e Novara.

Em uma primeira semifinal de tirar o fôlego, o Conegliano derrubou o campeão passado VakifBank no tie-break (parciais de 25-23, 25-20, 25-23, 25-21 e 23-21), impedindo que o gigante turco fosse em busca de seu terceiro título consecutivo no torneio. Para tanto, contou com a força da oposta Paola Egonu, estrela italiana que brilhou intensamente ao marcar incríveis 38 pontos.

Apesar de alguma instabilidade na linha de passe – especialmente com a ponteira italiana Miriam Sylla –, o Conegliano estabeleceu uma boa relação bloqueio-defesa durante a partida, contando principalmente com o trabalho da líbero Monica De Gennaro no sistema defensivo. Com isso, a levantadora polonesa Wolosz conseguiu acionar Egonu nas bolas complicadas pela saída de rede.

E a atacante teve um papel basilar na última parcial, ajudando o vice-campeão europeu a reverter um placar de 14 a 11 para virar 23 a 21. A segunda maior pontuadora do Conegliano foi a passadora norte-americana Kimberly Hill com 11 acertos.

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Vale salientar, entretanto, que do outro lado a ponteira Gabi também teve um ótimo desempenho. Além de ter anotado 22 pontos, a brasileira ainda se sobressaiu no passe e no fundo de quadra. Ela só não pontuou mais do que a oposta sueca Isabelle Haak, que cresceu bastante no quarto set e terminou o confronto com 24 acertos.

Apesar do enorme equilíbrio entre as equipes, o que saltou aos olhos foi o número excessivo de erros do VakifBank – 32 ao total contra 24 do adversário. Se não tivesse cometido tantas falhas, o atual campeão turco poderia ter vencido o confronto, já que fez 80 pontos na virada de bola contra 67 do Conegliano.

Natália sofreu um pouco na virada de bola, mas ainda conseguiu anotar 17 pontos

Na segunda semifinal do dia entre o Eczacibasi, detentor de dois títulos mundiais, e o Novara, atual campeão da Champions League, as duas equipes passaram por altos e baixos. Contudo, o time de Marco Aurélio, além de ter tido mais lucidez nos momentos decisivos do duelo, se valeu também da eficiência da oposta sérvia Tijana Boskovic, uma das melhores jogadoras do mundo, para vencer o rival por 3 a 2 (25-21, 25-23, 25-11, 25-23 e 15-13).

O time do italiano Massimo Barbolini teve inúmeras dificuldades no ataque principalmente no primeiro e terceiro sets, quando caiu bastante de rendimento e passou a depender muito da experiente oposta sérvia Jovana Brakocevic. A atleta, que perdeu espaço na seleção de seu país justamente para a compatriota, travou um duelo particular com a estrela do Eczacibasi – ao final, no entanto, Boskovic terminou com 31 acertos contra 26 de Brakosevic.

Já o saque e o bloqueio fizeram grande diferença a favor do septeto turco, sobretudo na terceira parcial. Ao total, foram 20 pontos de bloqueio do Eczacibasi contra 14 do adversário. Os erros técnicos cometidos pela levantadora Carli Lloyd ao longo do jogo, entretanto, quase se transformaram em um problema para o time, comprometendo a virada de bola pelas extremidades com a brasileira Natália e a sul-coreana Kim Yeong Koung.

Ainda assim, ela apareceu como a segunda maior pontuadora do Eczacibasi com 18 acertos. Natália oscilou um pouco e colaborou com 17. No Novara, a meio de rede Chirichella somou 15 e a ponteira Vasileva fez apenas 11.

ITAMBÉ MINAS E DENTIL PRAIA CLUBE

Os brasileiros Minas e Praia Clube conquistaram a primeira vitória no Mundial e decidirão o 5º lugar da competição às 3h (horário de Brasília) deste domingo (8). O time de Paulo Coco venceu o Guandong Evergrande por 3 sets a 0, com parciais de 25-22, 25-20 e 25-14.

A ponta/oposta dominicana Brayelin Martinez foi a maior pontuadora com 19 acertos, seguida da ponta Fernanda Garay, que fez 16. Entre as chinesas, destaque para a passadora Tatiana Kosheleva e a meio de rede Yao Li com 14 bolas no chão cada.

Já o time de Belo Horizonte venceu o chinês Tianjin, que não contou com Ting Zhu, lesionada, também em sets diretos (25-23, 28-26 e 25-19). A central Thaísa e a ponta Acosta marcaram 14 pontos cada. Pela saída de rede, Bruna Honório anotou 13. Do lado rival, as ponteiras Yu e a Li contribuíram com 13 e 12 pontos, respectivamente.

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Com brasileiras, semis do Mundial de Clubes terão duelos Itália x Turquia http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/06/com-brasileiras-semis-do-mundial-de-clubes-terao-duelos-italia-x-turquia/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/06/com-brasileiras-semis-do-mundial-de-clubes-terao-duelos-italia-x-turquia/#respond Fri, 06 Dec 2019 13:59:51 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19326

O poderoso VakifBank, de Gabi (10), segue em busca do tetra (tri consecutivo) no torneio (Fotos: Divulgação/FIVB)

A edição 2019 do Mundial de Clubes feminino terá um campeão europeu. Eczacibasi x Novara e VakifBank x Conegliano farão as semifinais da competição. Já classificados, os times italianos entraram em quadra nesta sexta-feira (6), em Shaoxing (China), apenas para cumprir tabela contra os brasileiros Itambé Minas e Dentil Praia Clube, que não tinham mais chance de título. E os europeus mantiveram a invencibilidade na competição (leia abaixo).

O Brasil, no entanto, ainda terá representantes nas finais do torneio. Natália, do Eczacibasi, e Gabi, do VakifBank, ponteiras titulares da seleção brasileira, ajudaram suas equipes a garantir suas vagas somente nesta última rodada da fase classificatória. No grupo A, o Eczacibasi atropelou as chinesas do Guandong Evergrande em sets diretos, com parciais de 25-21, 25-9 e 25-15. Com o resultado, as turcas encaram, neste sábado (7), às 9h, as italianas do Novara, líderes da chave B, em busca de um lugar na decisão.

Natália é um dos destaques do Eczacibasi

A oposta sérvia Tijana Boskovic marcou 24 pontos, seguida por Natália, que colaborou com 14. Entre as chinesas, a meio de rede Zheng e a búlgara Rabadzhieva pontuaram 9 e 8 vezes, respectivamente.

No confronto entre o Tianjin e o VakifBank, pelo grupo B, melhor para a equipe de Gabi, que venceu o rival também em sets diretos, parciais de 25-15, 25-14 e 25-19. Assim, o segundo finalista sairá do confronto, às 6h, entre a equipe de Giovanni Guidetti e o Conegliano, que terminou a fase de classificação invicto no grupo A.

Tricampeão mundial (atual bi consecutivo), o time turco teve como destaques ofensivos a oposta sueca Isabelle Haak, responsável por 24 acertos, e a ponta/oposta turca Ebrar Karakurt, que marcou 15. Gabi foi a terceira maior pontuadora com 12.

Gabi fez 12 pontos no jogo contra o chinês Tianjin

EQUIPES BRASILEIRAS VOLTAM A PERDER NO MUNDIAL

Já eliminados da competição, o Minas e Praia Clube foram novamente derrotados nesta sexta-feira (6). O campeão brasileiro foi batido no tie-break pelas reservas do Conegliano, com parciais de 25-17, 25-19, 20-25, 22-25 e 28-26.

Com 23 acertos (6 deles de saque), a promissora oposta italiana Nkemdilim Enweonwu, de 19 anos, foi a maior pontuadora do jogo ao lado da ponteira venezuelana Roslandy Acosta, do Minas, que fez a sua melhor apresentação na temporada com a camisa minastenista.

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No segundo confronto da terceira rodada, o Praia perdeu por 3 sets a 0 para o Novara, parciais de 25-21, 26-24 e 25-19. Empatadas com 17 pontos, a oposta sérvia Jovana Brakocevic e a ponta búlgara Elitsa Valiseva foram o desafogo da levantadora norte-americana Micha Hancock. Entre as praianas, Fernanda Garay colocou 13 bolas no chão.

Com três derrotas em três partidas na fase de classificação, as equipes mineiras entrarão na disputa do 5º ao 8o lugares no torneio. O Praia enfrentará o Guandong Evergrande nesta sexta-feira (6), às 23h (horário de Brasília), enquanto que o Minas terá pela frente o Tianjin às 3h deste sábado (7).

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Eczacibasi joga melhor e impõe segundo revés ao Minas no Mundial de Clubes http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/04/eczacibasi-joga-melhor-e-impoe-segundo-reves-ao-minas-no-mundial-de-clubes/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/04/eczacibasi-joga-melhor-e-impoe-segundo-reves-ao-minas-no-mundial-de-clubes/#respond Wed, 04 Dec 2019 10:28:35 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19267

A ponteira Natália ajudou o Eczacibasi a bater o Minas, seu ex-time, nesta quarta-feira (4) no Mundial de Clubes (Fotos: Divulgação/FIVB)

O Itambé Minas está eliminado do Mundial de Clubes feminino. Depois de ter sido superado pelo chinês Guandong Evergrande na estreia, o time jogou a sua sobrevivência no torneio nesta quarta-feira (4), em Shaoxing, na China. E no reencontro com o Eczacibasi, poderosa equipe turca que o septeto mineiro venceu na semifinal da competição no ano passado, chegando à decisão, quem se deu melhor foi o conjunto europeu.

Comandado pelo brasileiro Marco Aurélio Motta, o time venceu o adversário em sets diretos, com parciais de 25-17, 25-23 e 25-16. E para dar o troco no vice-campeão mundial, o atual líder do campeonato turco ainda contou com a colaboração de alguém muito especial: a ponteira Natália, uma das jogadoras mais importantes do elenco minastenista na exitosa temporada 2018/2019. Vale destacar que o jogo já era de vida ou morte também para o Eczacibasi, uma vez que estreou com derrota por 3 a 1 para o italiano Conegliano.

Com o resultado negativo, o Minas passou a depender de uma derrota do forte Conegliano para o Evergrande para seguir vivo no torneio. Contudo, as italianas não vacilaram e se garantiram na semi, batendo o time da Ásia em sets diretos, parciais de 25-16, 25-22 e 25-21. O destaque da partida foi a oposta Paola Egonu, que pontuou 19 vezes. A ponta norte-americana Kimberly Hill foi a segunda maior pontuadora com 15 acertos.

Em relação ao jogo do Minas contra o Eczacibasi, diferentemente da performance instável na recepção no confronto de estreia, o representante brasileiro mostrou mais regularidade no fundamento contra o adversário. A entrada da ponta Kasiely no lugar da norte-americana Deja McClendon acabou sendo determinante para essa estabilidade. Com o passe nas mãos, a levantadora Macris conseguiu variar mais a distribuição, alternando com jogadas rápidas de primeiro tempo e pelas extremidades.

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Assim, com ótimo volume de jogo, a equipe animou a sua torcida, jogando praticamente de igual para igual com o rival até a metade do primeiro set. Foi aí que a oposta sérvia Boskovic desequilibrou a parcial com o seu excelente saque viagem. Entretanto, não foi apenas o reconhecido potencial ofensivo do adversário que deu a vitória ao europeu. Os 8 erros (6 de saque) do Minas acabaram sendo determinantes para o desfecho da parcial.

O jogo seguiu lá e cá até o final da etapa subsequente. Com a levantadora Bruninha em quadra no lugar de Macris, a equipe melhorou, mantendo o padrão de jogo e a continuidade com boas coberturas de defesa. Só que o Minas, além de não render tanto na virada de bola, ainda desperdiçou contra-ataques importantes ao longo da parcial que gerariam uma boa vantagem para a equipe brasileira. Um pecado que não poderia ter sido cometido diante de um rival tão qualificado.

Remontado para esta temporada, Minas segue com muitos problemas ofensivos pelas pontas

Com Sheilla na saída de rede, o campeão brasileiro começou a terceira parcial de maneira arrasadora, abrindo 8 a 2 no placar. No entanto, a ótima vantagem foi dissipada com facilidade pelo oponente, que se utilizou do saque – especialmente da oposta Boskovic e da ponta Kim – para minar o passe mineiro e do sideout. A partir de uma sequência impressionante no serviço da sul-coreana, o Eczacibasi virou para 15 a 9.

Assim, bastante abalado, o esquadrão minastenista se perdeu completamente no ataque – terminando esta última parcial com apenas 6 pontos no fundamento contra 12 do adversário – e no bloqueio, em que perdeu por 5 a 0. A maior pontuadora do jogo foi Boskovic, com 21 bolas no chão, seguida da ponteira Kim, que fez 12. Natália contribuiu com 9 pontos.

No Minas, a maior pontuadora foi a central Thaísa, campeã mundial por Osasco em 2012 e pelo mesmo Eczacibasi em 2016. Ela marcou 8 pontos, o mesmo número de acertos da ponteira Kasiely. Carol Gattaz apareceu em seguida com 7. A venezuelana Acosta colaborou com 5 no confronto inteiro.

*Atualizado às 11h25

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Para Nicola Negro, será difícil Minas repetir façanha do Mundial 2018 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/28/para-nicola-negro-sera-dificil-minas-repetir-facanha-do-mundial-2018/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/28/para-nicola-negro-sera-dificil-minas-repetir-facanha-do-mundial-2018/#respond Thu, 28 Nov 2019 09:00:29 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19192

Técnico do Itambé Minas, Nicola Negro prevê muitas dificuldades para a equipe no Mundial de Clubes feminino (Fotos: Orlando Bento/MTC)

Uma temporada quase perfeita. Este foi o comentário mais ouvido tanto entre os profissionais de imprensa quanto entre os fãs de vôlei para classificar o momento vivido pelo Itambé Minas em 2018/2019. Hegemônico, o tradicional clube da capital mineira ganhou praticamente tudo: Estadual, Superliga feminina, Sul-Americano e Copa Brasil. O único troféu que faltou para a galeria foi o do Mundial de Clubes, torneio em que a equipe ficou com a prata ao perder a decisão para o turco VakifBank.

E é justamente para a competição que se inicia na próxima terça-feira (3), em Shaoxing, na China, que o Minas se volta agora. Na chave A, o campeão brasileiro terá um reencontro exatamente com Natália, ponteira que brilhou com a equipe no torneio e que hoje é um dos destaques do turco Eczacibasi. Cabe lembrar que, naquela oportunidade, as europeias foram batidas pelas minastenistas na semifinal e, seguramente, buscarão dar o troco no adversário.

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Mundial de Clubes 2019 terá reencontro entre Minas e Natália na primeira fase

Além do poderoso Eczacibasi, o conjunto belo-horizontino ainda enfrentará o chinês Guangdong Evergrande e o fortíssimo Conegliano, atual campeão italiano e vice da Champions League. A questão é que o momento por que passa o Minas atualmente é outro. Além de Natália, daquele grupo vitorioso também saíram o técnico italiano Stefano Lavarini, grande responsável pela guinada do time no cenário nacional, e Gabi, reforço do VakifBank.

Para a difícil reposição, o clube trouxe o técnico Nicola Negro, compatriota de Lavarini que dirigia o Trentino Rosa na segunda divisão local, e as pontas Deja McClendon (norte-americana) e Roslandy Acosta (venezuelana). As estrangeiras ainda não conseguiram fazer a diferença na entrada de rede minastenista neste começo de temporada. O treinador, entretanto, acredita na evolução da dupla.

“É um time diferente. No ano passado a equipe jogava muito com a Natália e a Gabi nas pontas, que são duas atletas de primeiro nível. Nesse ano, temos a experiência da levantadora Macris e da líbero Leia. Sem falar na Carol Gattaz e na Thaísa, duas centrais muito fortes e espertas. E temos na entrada de rede duas jogadoras novas e com enorme potencial de crescimento”, observou Nicola Negro.

Equipe passou por um processo de reestruturação nesta temporada com a saída de peças importantes

Adotando um discurso otimista, porém, realista, o técnico disse que essa será a edição mais dura do campeonato. “Claro que vamos para a China com a intenção de fazer o máximo e alcançar o melhor resultado possível. Mas, honestamente, acho que chegar ao pódio esse ano será mais difícil do que na temporada passada porque o nível do Mundial será alto como nunca visto antes”, ponderou.

“Serão oito times representando as quatro melhores ligas do mundo: Itália, Turquia, Brasil e China. Acredito que o Conegliano chega como favorito ao lado dos dois times turcos e do chinês Tianjin, que é uma equipe que se reforçou também com algumas jogadoras da seleção chinesa”, acrescentou.

O jogo de estreia do Minas será na mesma terça-feira (3) contra o Guangdong Evergrande, que tem no plantel atletas mundialmente conhecidas, como a russa Tatiana Kosheleva, ex-Sesc-RJ, e a búlgara Dobriana Rabadzhieva.

*Colaborou Janaina Faustino

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Com problemas no ataque pelas pontas neste começo de temporada, o Minas enfrentará adversários complicados na competição (Foto: Ignácio Costa/MTC)

O Campeonato Mundial de clubes de vôlei feminino 2019 começa na terça-feira da semana que vem (3) com a promessa de ser um dos mais equilibrados dos últimos anos. Sediado na cidade de Shaoxing, na China, a competição terá oito equipes na luta pelo troféu: os anfitriões Guangdong Evergrande e Tianjin Bohai, os italianos Novara e Conegliano, os turcos Vakifbank (atual tricampeão) e Eczacibasi e os brasileiros Itambé Minas e Dentil Praia Clube.

Todos estão divididos em dois grupos de quatro equipes cada que se enfrentarão. Os dois melhores de cada grupo avançam à semifinal, sendo que o primeiro encara o segundo da outra chave. A partir de então, as partidas serão disputadas em esquema de mata-mata para a definição dos finalistas e do campeão.

Em função do nível dos times em disputa, será complicado o Minas repetir o feito da edição passada. Para quem não lembra, em uma partida histórica, o time campeão brasileiro superou o poderoso Eczacibasi na semifinal e acabou superado pelo Vakifbank na decisão, terminando com o vice-campeonato.

Este é o assunto da 14ª edição do Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede. No programa, as jornalistas Carolina Canossa e Janaina Faustino avaliam quais são as chances dos brasileiros no torneio, chamando a atenção para o atual momento de instabilidade vivido pelo time minastenista, que perdeu o técnico italiano Stefano Lavarini e as ponteiras Natália e Gabi, protagonistas na vencedora campanha do ano passado, e contratou as bicampeãs olímpicas Thaísa e Sheilla.

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– Ouça nos outros episódios do Voleicast: qual é o equilíbrio de forças da Superliga feminina e da Superliga masculina?

Além disso, analisamos as possibilidades e o começo de temporada do Praia Clube, equipe que não manteve em seu plantel nomes de respeito, como a bicampeã olímpica Fabiana e a levantadora norte-americana Carli Lloyd. Por outro lado, assinou com a ponta/oposta domincana Braylein Martinez e preservou jogadoras, como a passadora Fernanda Garay e a oposta americana Nicole Fawcett. As novas peças indicam que, aparentemente, o time de Uberlândia conseguiu fazer escolhas mais acertadas na recomposição do elenco para 2019/2020. Apontamos, ainda, quais são as equipes favoritas ao título.

É só apertar o play abaixo:

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E você, concorda com as jornalistas? Na sua opinião, o Itambé Minas pode surpreender e repetir a campanha do ano passado no Mundial de Clubes? E o Praia Clube, tem chances de medalha? Diga o que acha através da caixa de comentários abaixo, na nossa fanpage no Facebook, no nosso Twitter, no nosso Instagram ou pelo e-mail saidaderede@uol.com.br. Você também pode aproveitar a oportunidade para dar sugestões, fazer críticas ou até mesmo elogiar o Voleicast.

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Natália e Gabi mostram serviço na Europa a menos de um ano de Tóquio http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/21/natalia-e-gabi-mostram-servico-na-europa-a-menos-de-um-ano-de-toquio/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/21/natalia-e-gabi-mostram-servico-na-europa-a-menos-de-um-ano-de-toquio/#respond Thu, 21 Nov 2019 09:00:12 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19121

Após sofrer na seleção feminina de vôlei com problemas físicos, Natália está se saindo bem na Europa (Fotos: Divulgação/CEV)

Às vésperas dos Jogos de Tóquio, o torcedor brasileiro pode, pelo menos até o momento, respirar aliviado. Depois de passarem por maus bocados neste ciclo olímpico em função das recorrentes lesões, Natália e Gabi, titulares na entrada de rede da seleção feminina de vôlei, estão dando conta do recado nos turcos Eczacibasi e Vakifbank, seus respectivos clubes na Europa.

A temporada 2019/2020 tem sido especial principalmente para Natália, que se machucou em julho, na final da Liga das Nações, competição na qual o Brasil ficou com a medalha de prata. Com uma lesão muscular na panturrilha esquerda, a ponteira nem jogou o Pré-Olímpico de agosto, torneio mais relevante do ano que classificou a seleção para a Olimpíada no ano que vem. Entretanto, de volta à Turquia após a vitoriosa passagem pelo Itambé Minas, ela tem mostrado que se recuperou e vem correspondendo.

Nesta terça-feira (19), a jogadora foi o maior destaque ofensivo do time no clássico caseiro contra o Fenerbahçe, clube onde atuou entre 2016 e 2018, na abertura da fase de grupos da Champions League. Pelo grupo A, o Eczacibasi, comandado pelo brasileiro Marco Aurélio Motta, venceu o rival por 3 a 2 (25-23, 25-18, 23-25, 22-25 e 15-10) e a atacante marcou 26 pontos, saindo como a MVP da partida.

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A oposta sérvia Boskovic apareceu logo em seguida, com 20 acertos, enquanto que a ponta sul-coreana Kim Yeon-Koung fez 9. Pelo Fenerbahçe, liderado por Zoran Terzic, treinador da seleção dos Bálcãs, a cubana Melissa Vargas se destacou ao colocar 23 bolas no chão pela saída de rede e a ponta norte-americana Kelsey Robinson colaborou com 18 pontos.

Já Gabi, que está tendo sua primeira experiência fora do país, não viveu uma jornada muito feliz em sua estreia na mais importante competição interclubes do planeta. Um dos candidatos ao título da Champions, o Vakifbank, do italiano Giovanni Guidetti, foi superado em casa pelo italiano Savino Del Bene Scandicci em jogo válido pelo grupo B, nesta quarta-feira (20).

Na partida decidida somente no tie-break (25-21, 19-25, 13-25, 25-15 e 15-11), a brasileira anotou 13 pontos. Apesar do revés, Gabi ainda liderou as estatísticas de recepção com um aproveitamento de 60%.

A oposta sueca Isabelle Haak enfrentou o seu ex-clube pela primeira vez na temporada e terminou como a maior pontuadora do time de Istambul, marcando 18 vezes. A meio de rede sérvia Milena Rasic e a ponta/oposta turca Ebrar Karakurt fizeram 12 e 11 pontos, respectivamente. Do outro lado, destaque para a passadora mexicana Samantha Bricio, responsável por 15 acertos.

Apesar de ainda buscar a melhor adaptação ao voleibol turco, Gabi já vem se sobressaindo no poderoso Vakifbank. Na foto, ela aparece recebendo instruções do técnico Guidetti

A dupla também tem se sobressaído no campeonato local neste começo de temporada. Ambas aparecem nas estatísticas de melhor passe da competição, o que é excelente para a seleção brasileira uma vez que a equipe andou oscilando excessivamente no fundamento, sobretudo na Liga das Nações.

Com 64% de aproveitamento no passe, Natália tem ajudado o Eczacibasi a se manter na liderança do torneio com 26 pontos (9 vitórias em 9 jogos). Gabi, por outro lado, tem 62% de rendimento no fundamento e seu Vakifbank, campeão turco em 2018/2019, soma 24 pontos, com 8 vitórias e 1 derrota para o Fenerbahçe.

Além disso, as brasileiras também se destacam entre as melhores ponteiras da competição. Enquanto Gabi ocupa a sétima posição no ranking em que se avalia o desempenho de cada atleta na recepção, no saque, no bloqueio e no ataque, Natália aparece em décimo lugar.

A expectativa do fã de vôlei, certamente, é que, em um ano em que a seleção ficou tão marcada por problemas físicos diversos, as jogadoras consigam manter o ritmo, cresçam ainda mais até o final desta temporada pré-olímpica e não sofram novas lesões, já que qualquer desgaste além da conta pode custar a vaga em Tóquio.

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Oposta no Sesc, Tandara se diz feliz e disposta a ajudar o Brasil na ponta http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/30/oposta-no-sesc-tandara-se-diz-feliz-e-disposta-a-ajudar-o-brasil-na-ponta/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/30/oposta-no-sesc-tandara-se-diz-feliz-e-disposta-a-ajudar-o-brasil-na-ponta/#respond Wed, 30 Oct 2019 09:00:24 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18902

Reforço do Sesc-RJ, Tandara disse que vem aprimorando cada vez mais a sua forma física (Foto: Márcio Mercante)

Principal atacante da seleção brasileira feminina de vôlei no atual ciclo olímpico, Tandara está feliz. Em entrevista concedida recentemente durante o lançamento da Superliga 2019/2020, em São Paulo, repetidas vezes a atleta, grande reforço do Sesc-RJ para esta temporada, disse estar mais alegre e tranquila. E são vários os motivos.

O retorno ao Brasil após uma temporada que ela classificou como “extremamente difícil” no vôlei chinês, a possibilidade de trabalhar pela primeira vez com o técnico Bernardinho e o aprendizado sobre os limites do próprio corpo, especialmente após a séria torção sofrida no tornozelo esquerdo no final do ano passado, são alguns dos fatores que colaboram para este bom momento.

Às vésperas da Olimpíada de Tóquio, a jogadora, que fez o seu último jogo pelo Guangdong Evergrande no dia 21 de janeiro deste ano, conta que está animada e com grandes expetativas para voltar a jogar o seu melhor voleibol na Superliga pelo Sesc. Pela primeira vez em sua vitoriosa história, a equipe carioca caiu nas quartas de final da competição na temporada passada. Para Tandara, um desempenho convincente no clube é o caminho para chegar bem aos Jogos de 2020.

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“Venho evoluindo a cada dia física e tecnicamente, o que era o meu objetivo. Estou cuidando principalmente do meu pé. Antes, eu terminava o treino e sentia muita dor. Era algo que me incomodava bastante. Tanto que nem conseguia andar direito. Hoje, eu consigo treinar, me recupero depois e não sinto tanto. (…) Acredito que essa pausa foi importante para eu começar um novo ciclo dentro do Sesc”, pontuou.

“Estou muito feliz com esse retorno ao vôlei brasileiro, jogando com o Bernardo. Ele é uma pessoa que me acrescenta, desafia, ensina e escuta bastante todos os dias. Está dando aquele friozinho na barriga de querer entrar logo em quadra, jogar e realizar aquilo que sei fazer de melhor”, reiterou. Tandara ainda falou sobre a lição mais preciosa que aprendeu enquanto jogou na liga chinesa.

“A Superliga é um dos campeonatos mais fortes do mundo. A China está em um nível um pouco inferior, mas eu aceitei jogar lá por outro motivo. Acredito que amadureci muito vendo os limites das minhas companheiras, sabendo onde eu posso chegar. Isso foi o principal. Quando voltei, vi que estava completamente estressada. Por mais que a minha cabeça pensasse ‘eu consigo’, o meu corpo não conseguia. Então eu precisava “ouvi-lo”. Foi o melhor que extraí da temporada na China, essa necessidade de prestar atenção no meu corpo”, ressaltou.

Tandara espera fazer uma grande Superliga para chegar bem à seleção brasileira em 2020 (Foto: Divulgação/FIVB)

Hoje trabalhando para atingir a sua melhor forma física, ela atuou pela última vez no Pré-Olímpico de agosto, ajudando o Brasil a garantir a vaga em Tóquio. A propósito, a oposta sente que pode colaborar novamente com a seleção brasileira na entrada, assim como fez no classificatório, se for necessário. Sem Natália, machucada, e com grandes problemas para a formação do grupo na temporada 2019 de seleções, Zé Roberto utilizou a atleta como ponteira.

“Acredito que sou uma jogadora versátil que pode atuar tanto na ponta quanto na saída. Fico muito feliz com isso porque abre portas, né? Assim, eu posso ajudar no momento em que o clube tiver alguma dificuldade no jogo. Mas, a princípio, eu vou atuar como oposta. Na seleção eu joguei na ponta pela necessidade do grupo”, finalizou a campeã olímpica, que vem treinando passe com suas companheiras no Sesc com o objetivo de aprimorar cada vez mais a sua condição técnica.

*Colaborou Carolina Canossa

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Sem “trio de ferro”, seleção feminina faz testes no Sul-americano http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/28/sem-trio-de-ferro-selecao-feminina-faz-testes-no-sul-americano/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/28/sem-trio-de-ferro-selecao-feminina-faz-testes-no-sul-americano/#respond Wed, 28 Aug 2019 09:00:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18181

Bicampeãs olímpicas Sheilla e Fabiana são as estrelas do elenco que disputa o torneio continental (Foto: Divulgação/CBV)

Com a vaga olímpica já garantida, a seleção brasileira feminina de vôlei encara um novo desafio a partir desta quarta-feira (28): o Campeonato Sul-americano, que será disputado até domingo (1) no Peru. Mais do que a manutenção da hegemonia no continente, o torneio será outra oportunidade de José Roberto Guimarães fazer testes visando Tóquio 2020.

O Brasil, porém, não contará com o trio de jogadoras que, na visão da comissão técnica, tem potencial para formar a base do time que buscará o ouro no Japão: enquanto as ponteiras Gabi e Natália ganharam folga, a oposta Tandara ganhou dispensa para cuidar de questões pessoais.

Mas isso não significa que estrelas não estarão em quadra: arrependidas da aposentadoria da seleção anunciada logo após a Rio 2016, a oposta Sheilla e a central Fabiana estão inscritas no torneio. “Precisamos ganhar ritmo de jogo e entrosamento. Essas partidas serão fundamentais para nos conhecermos mais como grupo”, comentou a meio-de-rede, recuperada de uma fascite plantar no pé direito que a fez atuar poucos minutos nos amistosos contra a seleção B da Argentina após os Jogos Pan-americanos.

Mais do que o 13º título seguido (a última derrota foi na final de 1993, para o Peru), o torneio vale pontos no ranking mundial, o que teoricamente pode ajudar o Brasil a cair em um grupo “mais fácil” na Olimpíada. Para os demais times, a importância é ainda maior, já que o Sul-americano definirá os quatro times que disputarão o Pré-Olímpico regional de janeiro, que dará uma vaga olímpica para o vencedor.

Além de Sheilla e Fabiana, compõem o elenco da seleção as levantadoras Macris e Roberta, a oposta, as ponteiras Drussyla, Amanda, Gabi Cândido e Maira, as centrais Carol, Mara e Bia e as líberos Léia e Suelen.

“Todo o campeonato que participamos defendendo as cores do Brasil é muito importante. Estamos em Cajamarca com o foco voltado para fazermos uma boa campanha no Sul-Americano e também já pensamos na Copa do Mundo que vai acontecer na sequência”, comentou Zé Roberto, referindo-se ao último torneio da temporada de seleções, entre os dias 14 e 29 de setembro.

Os oito times do Sul-americano foram divididos em dois grupos de quatro, com os dois melhores avançando à semifinal, onde haverá um jogo único para a definição dos finalistas. O SporTv2 promete exibir as partidas.

Confira a tabela de jogos da seleção brasileira feminina:

Quarta (28) – Brasil x Equador, às 17h (Horário de Brasília)
Quinta (29) – Brasil x Venezuela, às 17h (Horário de Brasília)
Sexta (30) – Brasil x Argentina, às 17h (Horário de Brasília)

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Mundial de Clubes 2019 terá reencontro entre Minas e Natália na 1ª fase http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/26/mundial-de-clubes-2019-tera-reencontro-entre-minas-e-natalia-na-1a-fase/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/26/mundial-de-clubes-2019-tera-reencontro-entre-minas-e-natalia-na-1a-fase/#respond Mon, 26 Aug 2019 22:22:07 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18172

Jogadora fundamental para o Itambé Minas tanto na conquista da Superliga quanto na campanha do vice-campeonato mundial recente, a ponteira Natália estará do outro lado da quadra na próxima temporada (Foto: Orlando Bento/MTC)

O próximo Campeonato Mundial de Clubes feminino, que será realizado entre os dias 3 e 8 de dezembro, em Shaoxing (China), promete ser um dos mais equilibrados torneios dos últimos anos. Pelo menos, é o que sugerem os grupos divulgados nesta segunda-feira (26) pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

A competição, que não terá a participação do Osasco Audax em função da falta de recursos financeiros para custear a indicação da entidade, não deixará de ter um atrativo especial para outro tradicional clube brasileiro. Logo na primeira fase, pela chave A, o Itambé Minas, atual campeão da Superliga e vice-campeão mundial no ano passado, reencontrará a ponteira Natália, uma das mais importantes atletas da vitoriosa campanha mineira.

A atleta será um dos reforços do poderoso turco Eczacibasi para a temporada de clubes 2019/2020. Cabe ressaltar que o Minas chegou àquela decisão batendo justamente a equipe europeia de virada em uma semifinal histórica por 3 a 2 com uma atuação primorosa da ponteira, que marcou 31 pontos.

O time liderado pelo brasileiro Marco Aurélio Motta contratou a atacante para o lugar da norte-americana Jordan Larson, mas manteve sua base com jogadoras, como a ponta sul-coreana Yeon Koung Kim, a oposta sérvia Tijana Boskovic – apontada por muitos como uma das melhores atacantes da atualidade ao lado da italiana Paola Egonu –, a central Lauren Gibbmeyer e a líbero Simge Aköz.

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O clube mineiro, por outro lado, passou por uma grande reestruturação, já que além de Natália e do técnico Stefano Lavarini, hoje treinador da Coreia do Sul e do italiano Busto Arsizio, também perdeu a ponta Gabi, contratação do tricampeão (bi consecutivo) VakifBank. Assim, sob o comando de Nicola Negro, o representante brasileiro buscará um lugar no pódio com as experientes bicampeãs olímpicas Sheilla e Thaísa, que regressaram ao clube depois de muitos anos, a levantadora Macris e a meio de rede Carol Gattaz, entre outras.

Além do vice-campeão e do medalhista de bronze, o grupo A ainda terá o chinês Guangdong Evergrande, nova equipe da russa Tatiana Kosheleva (ex-Sesc-RJ) que conquistou o terceiro lugar em 2013, e o fortíssimo Conegliano, atual campeão italiano e vice da Champions League. Com nomes para lá de reconhecidos no mundo do vôlei, entre eles, a ponta norte-americana Kimberly Hill e a líbero Monica De Gennaro, o Conegliano assinou com oposta Egonu.

No grupo B, o Dentil Praia Clube, vice-campeão brasileiro e quarto colocado no Mundial passado, também terá novidades para encarar o chinês Tianjin Bohai Bank Volleyball Club, o italiano Novara e o VakifBank. A principal delas será a ponteira dominicana Brayelin Martínez, que poderá compor uma dupla de força na entrada de rede uberlandense ao lado da campeã olímpica Fernanda Garay.

Outra arma ofensiva do time de Paulo Coco na busca por uma medalha será a oposta Nicole Fawcett, que seguirá para a sua terceira temporada no interior mineiro. A central Walewska, campeã da Superliga com as praianas em 2017/2018, retornou à equipe e tem condições de se destacar pelo meio de rede ao lado de Carol.

Atual bicampeão mundial de clubes, o turco VakifBank terá várias caras novas a partir desta temporada (Foto: Divulgação/FIVB)

Também reformulado com a saída de Egonu para o Conegliano, o Novara, atual campeão da Champions League e vice italiano, preservou a central Cristina Chirichella e investiu na ponteira búlgara Elitsa Vasileva, na armadora americana Micha Hancock e nas experientes Jovana Brakosevic (oposta sérvia que perdeu espaço na seleção para Boskovic) e Valentina Arrighetti (meio de rede).

Já o VakifBank, de Giovanni Guidetti, também teve baixas significativas para a temporada. Além da chinesa Ting Zhu, grande estrela do time que jogará na liga local pré-olímpica, perdeu a oposta holandesa Lonneke Sloetjes e a ponta americana Kelsey Robinson. Mas, para defender o bi no Mundial, contará com a eficiência da brasileira Gabi, da jovem revelação sueca Isabelle Haak e da ótima levantadora sérvia Maja Ognjenovic, comandante da seleção europeia, que deverá travar uma disputa interessante com Cansu Ozbay, titular da equipe turca.

Diferentemente da competição no naipe masculino, que deverá sofrer mudanças a partir de 2020, com a possibilidade de ser decidida em confronto único entre campeão europeu e o sul-americano, o regulamento do Mundial de Clubes feminino segue os moldes da edição anterior. Com as oito equipes divididas em dois grupos de quatro, todas se enfrentarão dentro de suas respectivas chaves e os dois primeiros colocados de cada grupo avançam para as semifinais e a consecutiva final.

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