Naiane – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Anderson sobre Tifanny candidata: “Estou contando com ela como jogadora” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/08/11/anderson-rodrigues-projeta-futuro-promissor-para-o-sesi-volei-bauru/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/08/11/anderson-rodrigues-projeta-futuro-promissor-para-o-sesi-volei-bauru/#respond Sat, 11 Aug 2018 09:00:37 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14070

(Foto: Marcelo Ferrazoli/Assessoria Sesi Vôlei Bauru)

Por Daniel Rodrigues

Campeão olímpico como jogador em Atenas (2004), Anderson Rodrigues vive um novo desafio em sua carreira de técnico. Após uma experiência curta no exterior, onde comandou o tradicional Volero Zurique da Suíça, o mineiro lidera a comissão técnica do Sesi Vôlei Bauru, na temporada 2018/2019.

A fusão entre Sesi e Bauru trouxe outros nomes de peso ao elenco, como a levantadora Fabíola, a líbero Tássia, a jovem Edinara e a gigante italiana Valentina Diouf, com 2,02m. Além das contratações, permaneceram da equipe bauruense as centrais Andressa e Valquíria, a cubana Palacios (quarta maior pontuadora da Superliga 2017/2018), a oposta Tiffany e a incansável Arlene, com 48 anos.

Leia também: Estrangeiras invadem Superliga 2018/2019 e abrilhantam a edição

Sobre a confirmação da candidatura de Tiffany, uma de suas principais atacantes, como deputada federal pelo MDB para as eleições de outubro, o técnico demonstrou incerteza. “Eu não sei como eu vou proceder se ela for eleita. Sei que ela está concorrendo pelo mesmo partido do Paulo Skaf e tem uma grande chance de se eleger. Mas no momento, estou contando com ela como jogadora”, revelou.

O comandante deste novo grupo foi um dos destaques da Superliga 2016/2017, quando comandou o Brasília Vôlei. O time surpreendeu e protagonizou grandes duelos contra os considerados “grandes”, terminando a competição em sexto lugar.

O resultado positivo com o time representante do Distrito Federal atraiu olhares estrangeiros, levando o técnico ao Volero, onde não conseguiu completar sua trajetória até o final. “Toda experiência é boa e traz um aprendizado enorme. Foi muito agregador vivenciar uma cultura nova. Eles têm um voleibol bem diferente, um pouco amador, mas eu gostei muito. Infelizmente tive alguns problemas familiares e precisei voltar fora do tempo, porém tive a oportunidade de conhecer uma outra vertente do esporte”, explanou.

Anderson explicou como ocorreram os primeiros contatos com seu novo clube. “Já existia uma sondagem por parte do Bauru, para eu poder vir trabalhar aqui. Eu tinha voltado da Europa e não queria voltar esse primeiro momento para fora. Eles me convidaram e eu achei uma boa oportunidade. É um projeto ímpar”, destacou.

O comandante fez questão de elogiar seu elenco e pontuou trocas importantes que já estão ocorrendo entre suas atletas. “O grupo ficou muito bacana, mesclando experiência com a juventude. Temos jovens talentosas fazendo essa transição para o adulto. Temos também uma atleta muito importante como a Arlene inserida neste contexto. Além da Fabíola que está fazendo com que a Naiane volte a ser vista como um grande talento, uma grande promessa de levantadora. Trabalhar desta forma está sendo extremamente positivo”.

O Sesi Vôlei Bauru já disputou dois amistosos contra a equipe principal do Pinheiros e segue se preparando para os desafios sequentes. “É muito cedo para avaliar e os dois amistosos são poucos. Foram bons, muito bons, mas os dois times ainda estão se ajeitando tanto no físico, como no ritmo. A Copa São Paulo será o ponta pé inicial”, enfatizou Anderson, sobre o torneio que acontecerá nos dias 25 e 26 desse mês, em Bauru.

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Renovação na seleção feminina exige paciência do time e da torcida http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/07/19/renovacao-na-selecao-feminina-exige-paciencia-do-time-e-da-torcida/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/07/19/renovacao-na-selecao-feminina-exige-paciencia-do-time-e-da-torcida/#respond Wed, 19 Jul 2017 09:00:46 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=8412

Seleção brasileira tem oscilado no Grand Prix (fotos: FIVB)

Roberta, Naiane, Monique, Bia, Suelen, Gabi Souza, Rosamaria, Amanda, Drussyla… Neste ano de abertura do ciclo olímpico para Tóquio 2020, jogadoras novatas ou, ao menos, que nunca tiveram a oportunidade de defender o Brasil numa competição de grande relevo (Olimpíadas, Campeonato Mundial e Copa do Mundo) têm sido postas à prova na seleção. Dada a idade elevada do elenco na Rio 2016, a busca por novos nomes para recolocar o time no pódio olímpico era previsível e necessária, e é por isso que o torcedor tem de ser paciente.

Com três campeãs olímpicas no plantel – Natália, Adenizia e Tandara –, a busca do técnico José Roberto Guimarães por renovação tem tido avanços e percalços. O time conquistou um título no tradicional Torneio de Montreux e obteve uma vitória convincente contra a Sérvia, mas também experimentou bruscas oscilações, como na dura vitória por 3 a 2 sobre a Turquia e nas derrotas contra Tailândia e Japão no último fim de semana.

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A inconstância da equipe e a atual sétima posição no Grand Prix, colocação que a deixaria fora da fase final do torneio, têm alimentado críticas e feito a torcida desconfiar do talento de jogadoras que costumam ser decisivas em seus clubes.

Esse imediatismo – mal que assola o esporte brasileiro desde os primórdios e que despreza solenemente o custoso caminho que leva às vitórias – não condiz com um trabalho cujo objetivo não pode estar, meramente, na conquista de um GP (título que o Brasil já levantou 11 vezes).

Projetar o futuro a médio ou longo prazo da seleção brasileira com base no voleibol que tem jogado de maio para cá é especulação gratuita: ganhar o Grand Prix não é indicativo de vitória no mundial do ano que vem nem nas olimpíadas de 2020, e uma eventual ausência nas finais do torneio não sinaliza uma geração perdida – é tempo, agora, de renovar e observar.

Mundial de 2002: renovação forçada da seleção

Mudanças radicais
Desde que a seleção brasileira feminina subiu ao primeiro escalão no vôlei internacional, graças ao título do GP 1994, ao vice-campeonato mundial naquele ano e ao bronze em Atlanta 1996, este não é o primeiro grande período de renovação no time nacional, o que ocorreu entre 2001 e 2002.

Quando o técnico Bernardinho deixou o comando da equipe e foi para a seleção masculina, Marco Aurélio Motta assumiu a direção de um time que vinha de um terceiro lugar em Sydney 2000.

Depois de um desentendimento entre o técnico e algumas das medalhistas olímpicas, houve drásticas modificações no elenco, e o Brasil disputou o Grand Prix de 2001 sem algumas de suas principais estrelas. Com a sequência de maus resultados e a deterioração no relacionamento entre atletas e comissão técnica, a equipe que foi ao Mundial da Alemanha 2002 não tinha Fofão, Virna, Leila, Elisângela, Érika, Walewska, Ricarda, Raquel.

Em meio às brigas e a uma renovação forçada, o time caiu para a China nas quartas de final e teve de se contentar com a sétima posição no campeonato. A equipe, que tinha Karin, então com 29 anos incompletos, como atleta mais experiente, contava com com Marcelle, Luciana Adorno, Marina Daloca, Arlene, Fabiana Berto, e também com cinco futuras campeãs olímpicas – Sheilla, Paula, Valeskinha, Sassá e Fabi. (Alguém teria sido poupada de críticas, se, naquele tempo, houvesse sites de redes sociais com o alcance do Facebook ou do Twitter?)

Marco Aurélio Motta saiu em 2003, veio Zé Roberto, as veteranas voltaram para jogar a Copa do Mundo de 2003 e Atenas 2004. A partir de 2005, o processo de renovação entrou em marcha novamente: além das remanescentes do mundial da Alemanha, Mari, Fabiana, Paula e Jaqueline ganharam espaço e a seleção conquistou o ouro em Pequim com apenas uma titular com mais de 30 anos de idade – a levantadora Fofão.

É óbvio que não há razão para crer que a simples entrada de novas jogadoras garanta sucesso à seleção feminina. O êxito é fruto de um longo processo.

Insisto: otimista ou catastrófica, qualquer projeção sobre o futuro do time que tenha por base os resultados obtidos este ano é precipitada. A renovação é necessária e exige paciência.

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Skowronska está “praticamente fechada” com Barueri, diz Zé Roberto http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/06/23/skowronska-esta-praticamente-fechada-com-barueri-diz-ze-roberto/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/06/23/skowronska-esta-praticamente-fechada-com-barueri-diz-ze-roberto/#respond Fri, 23 Jun 2017 17:00:10 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7855

Zé Roberto já treinou a estrela polonesa no Pesaro e no Fenerbahçe (fotos: Cinara Piccolo/Photo&Grafia e FIVB)

A oposta polonesa Kasia Skowronska-Dolata está “praticamente fechada” com o Hinode/Barueri. A informação é do técnico José Roberto Guimarães, que conversou na manhã desta sexta-feira (23) com o Saída de Rede. Skowronska, que completa 34 anos na próxima sexta (30) e tem 1,89m, desembarca neste sábado (24) em São Paulo e segue para Barueri, na região metropolitana, para uma reunião com Zé Roberto.

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“Ela vem amanhã para conhecer o projeto e acertarmos a permanência dela”, disse o treinador tricampeão olímpico, que já foi técnico da atleta no Pesaro, da Itália, e no Fenerbahçe, da Turquia. Ele tentou trazê-la para jogar no Brasil quando era técnico do Amil, em Campinas, mas não foi possível. “Trazer uma jogadora top da Europa não é fácil por causa do câmbio”, ponderou.

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O Hinode/Barueri, que este ano venceu a Superliga B e ascendeu à primeira divisão, ainda tenta conseguir um co-patrocinador, mas já tem recursos para bancar a vinda da polonesa, que começou a carreira como central e jogou também como ponteira. Skowronska é, ao lado da atacante Malgorzata Glinka, já aposentada, o maior nome do voleibol feminino polonês nas últimas décadas.

Cirurgia
O fato de Kasia Skowronska estar se recuperando de uma cirurgia para reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho direito não preocupa Zé Roberto. “Ela está se recuperando bem, é muito determinada e acho que não terá nenhum tipo de problema”, comentou o treinador.

A oposta, que estava na Itália na temporada passada, jogando pelo Bergamo, se machucou no dia 21 de janeiro, durante uma partida contra o Scandicci. Era a maior pontuadora do seu clube e uma das cinco maiores da liga italiana. Ela voltou imediatamente à Polônia para se submeter a uma cirurgia, está em recuperação e só deve treinar a partir de agosto.

Com a seleção do seu país, Skowronska foi bicampeã europeia (2003 e 2005), conquista inédita para o voleibol polonês – os homens só ganhariam seu primeiro e único título em 2009. Ela teve apenas uma participação nos Jogos Olímpicos, em Pequim 2008 – mesmo contando com Skowronska e Glinka, a equipe não passou da primeira fase.

Reforços do Barueri
Com o objetivo de chegar pelo menos à semifinal da Superliga 2017/2018, o Hinode/Barueri contratou como reforços, entre outras, a levantadora Naiane, a ponta Edinara, as centrais Saraelen e Fran – as duas primeiras foram convocadas para a seleção. Outra titular do time deve ser a ponteira Suelle, que participou da conquista da Superliga B.

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Mais do que título, seleção feminina deve comemorar a evolução em quadra http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/06/13/mais-do-que-titulo-selecao-feminina-deve-comemorar-a-evolucao-em-quadra/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/06/13/mais-do-que-titulo-selecao-feminina-deve-comemorar-a-evolucao-em-quadra/#respond Tue, 13 Jun 2017 09:00:46 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7665

Jogadoras da seleção se divertem com câmera de TV antes da premiação do Montreux (Fotos: Divulgação)

Roberta, Naiane, Tandara, Edinara, Fernanda Tomé, Natália, Rosamaria, Drussyla, Amanda, Adenízia, Carol e Suellen. Foi este o mix de jovens talentos e jogadoras experientes, mas que ainda não chegaram ao auge, que o técnico José Roberto Guimarães decidiu testar no primeiro torneio do ciclo olímpico, o Montreux Volley Masters, na Suíça. Em quadra, o resultado foi o melhor possível: a primeira colocação.

É verdade que o Montreux deve ser visto com ressalvas: apesar de tradicional, o campeonato tem caráter amistoso e, justamente por isso, as seleções convidadas costumam usá-lo para testes. Grandes estrelas dificilmente aparecem por lá e 2017 não foi diferente. Ainda assim, o fato de o Brasil ter confirmado o favoritismo imposto pela qualidade de seu plantel em relação aos adversários precisa ser elogiado – uma medalha que não fosse a mais dourada ali certamente implicaria em uma enorme desconfiança em relação ao trabalho realizado até o momento.

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Destaque da Superliga dá um tempo nas quadras para se dedicar aos estudos

O maior motivo de comemoração, porém, não está na classificação final e sim na evolução apresentada pela equipe ao longo da competição. Se na primeira fase houve uma derrota para a Alemanha e momentos difíceis contra os mistões de Polônia e Tailândia, o voleibol apresentado na semi e na final foi outro, de qualidade superior ao que havia sido demonstrado até então, incluindo os amistosos contra a República Dominicana.

Se a melhora tivesse um nome, ele seria o de Rosamaria Montibeller. Depois de uma segunda metade de Superliga abaixo do esperado, a jogadora do Camponesa/Minas correspondeu na primeira grande chance que teve com Zé Roberto, sacando bem e virando bolas importantes, algo que Drussyla e Amanda não conseguiram. Com ela no time, Tandara deixou de ser a única opção de segurança da levantadora Roberta nas jogadas pelas extremidades.

Bloqueio verde-amarelo funcionou muito bem na Suíça

O saque também foi um fator positivo, permitindo ao bloqueio aparecer – Adenízia esteve muito bem na função, enquanto Carol acabou eleita a MVP do torneio. A novata Edinara, por sua vez, não sentiu o peso da camisa bicampeã olímpica durante as inversões 5-1. Merecia, inclusive, ser mais testada e certamente deixou a Suíça anos-luz à frente de outra aposta de Zé Roberto para a saída, Fernanda Tomé.

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A evoluir, ressalte-se o passe. Nem mesmo a líbero Suelen esteve segura na recepção e Natália, apesar de ter sido premiada pela organização por seu trabalho no fundo de quadra, não é uma ponteira que exerce a função com naturalidade. Se eventualmente Rosamaria não se apresentar bem no ataque, a seleção tende a sofrer as mesmas dificuldades da primeira fase do Montreux. Por outro lado, cabe destacar que, por diferentes motivos, Zé Roberto ainda não pôde contar com três das principais jogadoras do país na posição na atualidade: Fernanda Garay, Gabi e Jaqueline.

Após um período de descanso, a seleção feminina volta aos treinos para a temporada 2017, cujos próximos desafios serão dois amistosos contra a Polônia, em 27 e 29 de junho, respectivamente em Belo Horizonte e São Paulo. A levantadora Macris e a oposta Monique já passaram por exames médicos no hospital Sírio-Libanês e devem estar à disposição da comissão técnica – a líbero Léia, que participou dos jogos contra a República Dominicana, pediu dispensa por conta de problemas familiares.

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Dicas de Dani Lins e condição de titular na Superliga empolgam Roberta no retorno à seleção http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/26/dicas-de-dani-lins-e-condicao-de-titular-na-superliga-empolgam-roberta-no-retorno-a-selecao/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/26/dicas-de-dani-lins-e-condicao-de-titular-na-superliga-empolgam-roberta-no-retorno-a-selecao/#respond Fri, 26 May 2017 18:00:37 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7359

No ano passado, Roberta Ratzke foi campeã do GP, mas foi cortada antes da Rio 2016 (foto: CBV)

A primeira passagem da curitibana Roberta Ratzke pela seleção brasileira principal, no ano passado, teve um gosto amargo. É que a levantadora do Rexona-Sesc sabia desde a convocação que havia grandes chances de ter que ceder o lugar para Fabíola, que deu à luz menos de três meses antes da abertura da Rio 2016. Ainda pôde participar da campanha vitoriosa no Grand Prix, como reserva de Dani Lins, mas não sentiu o sabor de disputar uma Olimpíada. Agora é diferente. Na luta a partir do começo deste ciclo, Roberta, 27 anos, 1,85m, quer entrar para valer na corrida por um lugar na equipe rumo a Tóquio 2020.

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“Minha busca agora é poder ver o máximo de anos possíveis o meu nome na lista de convocadas. Vou me entregar novamente, igual ao que fiz no ano passado. Mas este ano eu volto como uma atleta diferente. É que sendo titular (no Rexona-Sesc) eu pude jogar mais, tive mais experiência. Conversei com a Dani Lins também, ela me passou bastante coisa, está super na torcida”, contou Roberta ao Saída de Rede.

Embora esteja no time de Bernardinho desde 2010, Roberta Ratzke só conseguiu a titularidade na reta final da Superliga 2015/2016, substituindo a levantadora americana Courtney Thompson durante a série semifinal. Na edição 2016/2017, teve a chance de ser titular do Rexona-Sesc desde o início do torneio.

A jogadora admite que ficou aflita com a espera pela convocação. “Estava ansiosa porque no ano passado ela saiu um dia depois da final da Superliga e este ano a gente teve que esperar mais um pouquinho, por causa do Mundial de Clubes, então o coração ficou apertado. Mas no final fiquei muito feliz em ver meu nome e estar mais um ano presente”.

Roberta conquistou em abril mais um título de Superliga com o Rexona-Sesc (Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Depois do título na Superliga (o sexto dela, todos com a equipe carioca) e do vice-campeonato no Mundial de Clubes realizado no Japão, Roberta Ratzke, que seguirá no agora Sesc RJ, se apresentou à seleção, que está concentrada em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. Juntou-se ao grupo no último domingo (21). “Sobrou pouco tempo para descansar, mas é uma honra poder vestir a camisa do Brasil novamente”, afirmou.

Ela foi convocada por Zé Roberto para o Montreux Volley Masters, torneio anual disputado na Suíça, que será realizado de 6 a 11 de junho, e também, como era esperado, está na lista ampla para o Grand Prix 2017, de 7 de julho a 6 de agosto. Na primeira competição, vai se revezar com Naiane, que jogava pelo Camponesa/Minas e irá para o Hinode/Barueri na próxima temporada de clubes. No GP, as duas ganham a companhia das levantadoras Juma, que renovou com o Bauru Vôlei, e Macris, que deixou o Brasília Vôlei e jogará pelo Minas.

Titular da seleção a maior parte desta década, Dani Lins, que ainda não definiu sua situação com o Vôlei Nestlé, tem planos de engravidar este ano e não foi chamada. Fabíola, reserva no Mundial 2014 e na Rio 2016, sofreu uma lesão no joelho, em abril, durante treino do clube suíço Volero Zurich para os playoffs da Liga dos Campeões da Europa, passou por uma artroscopia e está em recuperação – ela jogará pelo Vôlei Nestlé na próxima temporada.

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Convocação de Zé Roberto tem o que deve ser feito em 2017: renovação http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/17/convocacao-da-selecao-feminina-tem-campeas-no-sub-23-e-11-finalistas-da-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/17/convocacao-da-selecao-feminina-tem-campeas-no-sub-23-e-11-finalistas-da-superliga/#respond Wed, 17 May 2017 09:00:59 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7261

Convocação de Zé Roberto privilegiou jogadoras mais jovens (foto: Leandro Martins/MPIX/CBV)

A lista das 24 convocadas pelo técnico José Roberto Guimarães para defender a seleção brasileira no Torneio de Montreux e de inicialmente inscritas no Grand Prix 2017 mostra que o primeiro ano do ciclo olímpico é, de fato, propício a testes. Nomes como Fernanda Garay, Thaisa, Dani Lins ou Jaqueline devem figurar noutras convocações – recordemos, inclusive, que Fabiana e Sheilla já disseram publicamente que não pretendem mais atuar na seleção, mas o treinador já deixou claro que ainda gostaria de contar com as duas. Porém, pensando que oito das 12 jogadoras do time das Olimpíadas do Rio tinham mais de 29 anos de idade, o que se impõe agora é a necessidade de dar rodagem a jogadoras mais jovens.

No plantel atual, apenas Adenizia, Tandara e Natália já têm uma medalha olímpica no currículo – o ouro de Londres 2012. A elas, juntem-se Juciely, Gabi e Léia, que disputaram a Rio 2016, e Carol, bronze junto com todas elas (exceto Juciely) no Mundial da Itália 2014. As sete são as únicas da lista que já participaram de alguma das duas principais competições do voleibol mundial.

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É bom frisar que essa lista vai sofrer alguns cortes, especialmente para o Grand Prix. Dito isso, registre-se que apenas quatro das 24 convocadas têm 30 anos de idade ou mais e que metade do elenco nem completou 26 anos ainda. É de se notar, por exemplo, que as levantadoras que conquistaram o mundial sub-23 em 2015 – as paraenses Juma e Naiane – foram convocadas e, junto com elas, outros seis nomes daquela equipe: Rosamaria, Saraelen, Paula Borgo, Valquíria, Gabi Souza e Drussyla.

Convocadas por Zé Roberto, Saraelen, Juma e Rosamaria foram campeãs mundiais no sub-23 (FIVB)

Outro aspecto próprio do período de experimentos é a posição em que algumas das jogadoras atuarão. Em Montreux, Edinara e Fernanda Tomé, de acordo com o anúncio oficial, jogarão na saída de rede, enquanto, no Grand Prix, devem figurar na entrada – nesta temporada, pelo São Cristóvão Saúde/São Caetano, Edinara, que passou boa parte do primeiro turno da Superliga na reserva, jogou mais como oposta e Tomé, ponteira. Já Gabi Souza, embora ponta do Vôlei Nestlé, é uma das três líberos inscritas para o GP.

Uma curiosidade na convocação de Zé Roberto é que, das titulares do time campeão brasileiro há algumas semanas, apenas a líbero Fabi – que não defende a seleção desde 2013 – não foi chamada: embora nenhuma jogadora do Rexona-Sesc esteja na seleção da Superliga (a CBV considera apenas as estatísticas para montar seu time ideal), o clube carioca foi o que mais jogadoras cedeu à equipe nacional, com seis atletas – uma a mais que o Osasco, o que contabiliza 11 finalistas da Superliga 2016/2017.

Dentre as jogadoras do Rio, ressaltem-se a oposta Monique, que ano passado alegou motivos pessoais para pedir dispensa da seleção às portas do Grand Prix, e a ponta Drussyla, que assumiu a titularidade da equipe comandada por Bernardinho na reta final da temporada e terminou como um dos destaques do time. Além delas, a levantadora Roberta, que enfim disputou uma Superliga completa como titular do Rexona, ganhou mais uma chance para se firmar na seleção: campeã do GP como reserva de Dani Lins, ela deu lugar a Fabíola no time olímpico.

Fora da “seleção” da Superliga, sexteto do Rexona está na seleção de Zé Roberto (Inovafoto/CBV)

Será também uma boa oportunidade para a atacante Rosamaria, do Camponesa/Minas, deslocada da saída para a entrada de rede, a levantadora Macris, a ponteira Amanda e a central Bia mostrarem na seleção o bom voleibol que apresentaram na Superliga.

Outra curiosidade na lista é que a central Saraelen e a oposta Paula Borgo perderam espaço no time titular do Vôlei Nestlé, respectivamente, para Nati Martins e Ana Bjelica, e ainda assim foram convocadas. O mesmo vale para Gabi, que passou mais tempo na reserva de Malesevic do que em quadra, mas, como já dito, com a ressalva de haver sido chamada para jogar de líbero.

Zé Roberto convida Fofão para integrar comissão técnica da seleção feminina

As três atletas que atuam o exterior, por sua vez, tiveram uma temporada muito boa. Na liga italiana, a líbero Suelen foi titular do Bergamo, quarta melhor campanha da fase classificatória, enquanto a meio de rede Adenízia, pelo Scandicci, foi a central que mais fez pontos na competição – tanto no geral, quanto de bloqueio. Na Turquia, a ponteira Natália foi campeã pelo Fenerbahçe da copa e da liga locais, sendo, inclusive, premiada como a melhor jogadora das finais do campeonato nacional.

O torneio de Montreux será disputado entre os dias 6 e 11 de junho. O Brasil está no grupo B, ao lado da Alemanha, da Tailândia e da Polônia, contra quem estreia Já no Grand Prix, que começa dia 7 de julho e vai até 6 de agosto, a caminhada brasileira começa em Ancara, na Turquia, diante da Bélgica. Antes, nos dias 30 de maio e 1º de junho, a seleção encara a Rep. Dominicana em amistosos, respectivamente, em Manaus e Belém.

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Macris confirmada no Camponesa/Minas, Naiane vai para o Hinode/Barueri http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/02/macris-confirmada-no-camponesaminas-naiane-vai-para-o-hinodebarueri/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/02/macris-confirmada-no-camponesaminas-naiane-vai-para-o-hinodebarueri/#respond Tue, 02 May 2017 21:14:16 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6908

Macris Carneiro foi a melhor levantadora das quatro últimas edições da Superliga (foto: CBV)

Destaque da Superliga, melhor levantadora das quatro últimas edições do torneio, Macris Carneiro, 28 anos, 1,78m, aceitou nesta terça-feira (2) a proposta do Camponesa/Minas para a temporada 2017/2018. Como o Saída de Rede havia antecipado, ela estava em negociação com o tradicional clube de Belo Horizonte.

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Macris chegou a receber proposta do Vôlei Nestlé, mas a possibilidade de ser apenas a reserva de Dani Lins a fez recuar. Campeã olímpica e atleta de Osasco, Lins disse ao SdR que só vai negociar com o Vôlei Nestlé após o Mundial de Clubes, que será disputado na próxima semana, em Kobe, no Japão.

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Com passagem pela seleção B – foi titular da equipe que conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos 2015 –, Macris havia jogado as duas últimas temporadas pelo Brasília Vôlei. Ela recebeu oferta para renovar com a equipe do Planalto Central, além de propostas de Barueri e Fluminense, mas optou pelo Camponesa/Minas.

Naiane será treinada por Zé Roberto (Orlando Bento/MTC)

Naiane no Barueri
Considerada uma das maiores promessas do Brasil no levantamento, tendo treinado com a seleção principal em 2016, Naiane Rios, 22 anos, 1,80m, deixa o Minas após três anos e vai jogar no Hinode/Barueri, equipe do técnico José Roberto Guimarães, que venceu a Superliga B e irá disputar a primeira divisão. O Saída de Rede também havia informado em primeira mão as negociações entre Naiane e Barueri.

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Osasco quer manter Dani Lins, enquanto Minas procura Macris http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/26/osasco-quer-manter-dani-lins-enquanto-minas-procura-macris/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/26/osasco-quer-manter-dani-lins-enquanto-minas-procura-macris/#respond Wed, 26 Apr 2017 18:00:31 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6777

Dani Lins poderá disputar a quarta temporada seguida no Vôlei Nestlé (foto: João Neto/Fotojump)

Na primeira semana pós-Superliga, os nomes de algumas das principais levantadoras do País têm chamado a atenção nos bastidores. O Vôlei Nestlé quer manter Dani Lins para a próxima temporada. Macris está dividida entre seu atual clube, o Terracap/BRB/Brasília Vôlei, e uma proposta do Camponesa/Minas. Já Naiane pode ir parar no Hinode/Barueri ou até no time da capital federal.

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Dani Lins
O Vôlei Nestlé não pretende abrir mão da campeã olímpica, titular da seleção brasileira. Se topar a renovação para o período 2017/2018, Dani Lins, 32 anos, 1,83m, jogará sua quarta temporada consecutiva no time de Osasco, a nona no total – ela havia defendido a equipe de 2000 a 2005. O Saída de Rede falou com Lins. Ela nos disse que só vai negociar com o Vôlei Nestlé após o Mundial de Clubes, que será disputado de 9 a 14 de maio, em Kobe, no Japão. Há a expectativa de que Dani Lins se retire temporariamente das quadras este ano para engravidar, mas sua saída ainda é incerta.

Macris jogou as duas últimas temporadas no Brasília (CBV)

Macris
Escolhida a melhor levantadora das quatro últimas edições da Superliga, elogiada por diversos treinadores, Macris Carneiro, 28 anos, 1,78m, chegou a receber proposta do Vôlei Nestlé, como o SdR havia informado, mas a possibilidade de ser apenas a reserva de Dani Lins a fez recuar. Macris, que nas duas últimas temporadas jogou pelo Brasília Vôlei, aguarda proposta do seu atual time, que já manifestou interesse na renovação do contrato. A atleta recusou sondagens do Barueri e do Fluminense, mas esta semana recebeu oferta do Minas, que está sendo avaliada.

Naiane: técnico Zé Roberto a quer (Orlando Bento/MTC)

Naiane
Considerada uma das maiores promessas do Brasil no levantamento, tendo treinado com a seleção principal no ano passado, Naiane Rios, 22 anos, 1,80m, vem jogando pelo Camponesa/Minas desde 2014, mas pode ir parar no Hinode/Barueri, do técnico José Roberto Guimarães. A segunda opção no horizonte da jovem levantadora é justamente o Brasília Vôlei. A possível ida de Naiane para a equipe do treinador da seleção brasileira ou para o time do Planalto Central depende da decisão de Macris sobre ir ou não para o Minas.

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Pressionado, Bernardinho mostra sua força novamente e semi vai ao 5º jogo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/12/pressionado-bernardinho-mostra-sua-forca-novamente-e-semi-vai-ao-5o-jogo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/12/pressionado-bernardinho-mostra-sua-forca-novamente-e-semi-vai-ao-5o-jogo/#respond Wed, 12 Apr 2017 09:00:13 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6400

Assim como aconteceu com Roberta no ano passado, entrada de Drussyla foi fundamental para sobrevivência do Rexona (Foto: Divulgação/CBV)

O roteiro parecia aquele visto na Rio 2016: surpreendido por duas derrotas em casa, Bernardinho coloca em quadra sua equipe diante de um adversário fortíssimo para uma partida de vida ou morte. E, tal qual aconteceu com a seleção brasileira na Olimpíada, o Rexona-Sesc saiu da Arena Minas vivo, após uma vitória consistente por 3 sets a 1. Desta vez, as parciais foram de 25-12, 25-18, 27-29 e 25-23.

Para alegria dos fãs de vôlei, a série melhor de cinco que decide o segundo finalista da edição 2016/2017 da Superliga feminina de vôlei vai ao quinto jogo. Mesmo com altos e baixos ao longo de todo o confronto, Rexona e Camponesa/Minas estão fazendo um duelo de bom nível técnico, com emoções à vontade para os torcedores de ambos os lados. Na sexta (14), às 19h30 na Jeunesse Arena (antiga Arena da Barra, no Rio), veremos quem será o sobrevivente desta batalha.

Veja nossa análise do jogo 3 da série entre Rexona e Minas

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Pressionado pelas duas derrotas sofridas em casa na série, Bernardinho chegou a Belo Horizonte com duas estratégias. A primeira foi apostar em Drussyla, 20 anos, para o lugar da holandesa Anne Buijs no time titular. A segunda foi jogar com extrema agressividade desde o início do jogo, algo que acuou o Minas e levou o placar do primeiro set a impressionantes 13-01. Assustado, o time da casa errava demais e virou presa fácil do ótimo sistema defensivo rival. A etapa inicial foi perdida em um piscar de olhos.

Ainda que não de maneira tão aguda, o segundo set foi um replay da parcial anterior. O Rexona era claramente superior e, com um saque que obrigava a recepção adversária a mandar bolas muito altas para a levantadora rival (primeiro Naiane e depois Karine), chegou à vitória sem ser ameaçado. Parecia que o 3 a 0 viria com tranquilidade, como no primeiro jogo da série. Peças-chave nas boas atuações do Minas nesta temporada, as centrais Carol Gattaz e Mara só faziam número em quadra.

Termômetro do Minas, centrais demoraram a entrar no jogo 4 (Foto: Orlando Bento/Minas Tênis Clube)

O time de Paulo Coco só foi entrar de vez no jogo a partir do terceiro set. O nível do saque do Rexona caiu e Karine pôde começar a usar suas centrais, especialmente Gattaz. Hooker, por sua vez, iniciou um belíssimo duelo com Gabi para ver quem dava a cortada mais bonita – as duas eventualmente foram auxiliadas por Jaqueline e Drussyla. A boa atuação das atacantes fez com que tivéssemos nesta terça o menor número de bloqueios por set em toda a série. O erro de Gabi no lance decisivo foi um daqueles pecados que só o vôlei proporciona, pois, se havia alguém que não merecia aquela falha, era ela.

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Vislumbrando a final novamente no radar, o Minas entrou com tudo no quarto set. Mais confiante, Rosamaria se consolidou como outra opção de ataque e o tie-break se tornou uma possibilidade real. Só que, ao contrário das partidas 2 e 3, o Rexona desta vez contava com uma definidora, Gabi, que contou com a boa atuação da jovem Drussyla para ter liberdade no ataque e levar o time à vitória. A ponteira, aliás, não só se destacou no ataque como fez defesas importantes ao longo do confronto.

A entrada de Drussyla lembra o ocorrido na semifinal do ano passado: quando o Vôlei Nestlé era melhor na série, Bernardinho não hesitou em tirar a experiente americana Courtney Thompson para colocar Roberta como levantadora. A alteração surtiu efeito, ela não saiu mais do time e o Rexona sagrou-se campeão da Superliga. Será que a história se repetirá ou o Minas mostrará a força de seu elenco mais uma vez? Na sexta à noite, saberemos a resposta.

Enquanto o jogo 5 não chega, deixe sua opinião na caixa de comentários: quem vai à final: Rexona ou Camponesa/Minas?

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Enquanto Minas coloca hegemonia do Rexona em xeque, Tandara sepulta Praia http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/08/enquanto-minas-coloca-hegemonia-do-rexona-em-xeque-tandara-sepulta-praia/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/08/enquanto-minas-coloca-hegemonia-do-rexona-em-xeque-tandara-sepulta-praia/#respond Sat, 08 Apr 2017 09:00:58 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6269

Tandara brilhou nas semifinais contra o Praia (fotos: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

O Vôlei Nestlé oscilou na fase classificatória da Superliga feminina de Vôlei: o time perdeu cinco jogos e só conseguiu garantir a segunda posição da tabela – tradução: a vantagem do fator casa nos mata-matas – na última rodada. No entanto, a equipe cresceu nos playoffs, passou pelo Fluminense sem conceder nenhum set, nas quartas, e superou o Dentil/Praia Clube, nas semifinais, sem perder nenhuma partida. Agora, pode assistir de camarote à definição de seu adversário na decisão do campeonato nacional.

É claro que, nos três duelos semifinais contra o Praia, o Vôlei Nestlé contou com atuações sólidas da central Bia – a melhor meio de rede da competição – e teve na oposta sérvia Ana Bjelica uma pontuadora consistente, que assinalou 14 pontos em cada um dos dois jogos em casa e 13 no jogo 2, em Uberlândia. Mas seria injusto não intitular Tandara como a protagonista do sexteto e da série.

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Na vitória por 3 sets a 1 dessa sexta-feira (25-18, 23-25, 26-24, 25-11), em Osasco, Tandara foi, pela terceira vez nos três confrontos do playoff, a maior anotadora em quadra. Com os 27 pontos que assinalou na partida, ela chegou à marca de 74 acertos na série, o que lhe rendeu a ótima média de 6,72 pontos por set e aproveitamento de 47% no ataque. São números que coroam o ótimo campeonato que a atacante tem feito e que deixam o torcedor osasquense com esperança de reconquistar um título que não levanta há cinco anos.

Do outro lado da rede, é preciso dizer que, no jogo em que foram eliminadas, as atuais vice-campeãs da Superliga lutaram com as armas como puderam, mas foram assombradas por dois fantasmas que as perseguiram pela temporada toda: as lesões e a instabilidade emocional.

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Voltando de uma contusão no pé, a central Fabiana entrou em quadra a partir do segundo set e não saiu mais. Fez o que pôde, mas era nítido que não estava no ideal da forma física – marcou quatro pontos, um no ataque e três de bloqueio. A oposta reserva Malu, de acordo a reportagem do SporTV, deixou a área de jogo logo após o primeiro set no que parecia ser uma crise alérgica. A líbero Tássia chegou a passar mal durante a partida, reclamando de queda de pressão. A oposta Ramirez, antes do início de uma das parciais, precisou de socorro do fisioterapeuta.

Claudinha observa ponto adversário: nada deu certo contra Osasco (João Pires/Fotojump)

Em suma: mais uma vez, o Dentil/Praia Clube não pôde extrair o melhor de seu elenco devido à parte física.

Quando o time de Uberlândia conseguiu aproveitar-se de erros do Vôlei Nestlé e venceu uma parcial, suas chances de reação, no entanto, pararam na dura derrota sofrida no terceiro set, quando teve vantagem de 24-22. O revés cobriu de desânimo uma equipe já combalida. O quarto set, contra um adversário cabisbaixo e exaurido, virou mero protocolo para Osasco.

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Na final, o Vôlei Nestlé enfrenta quem vencer, ou melhor, quem sobreviver ao embate entre Camponesa/Minas e Rexona-Sesc.

A acirrada disputa entre mineiras e cariocas, que só terminará na semana que vem, seja na terça-feira, no jogo 4, em Belo Horizonte, seja no hipotético jogo 5, sexta-feira, no Rio, traz uma questão para Osasco: é bom descansar duas semanas para uma final em partida única, que será dia 23 deste mês, ou faz mal chegar a uma decisão com menos ritmo de jogo do que a equipe rival?

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Minas comemora: vaga na final está a uma vitória de distância (Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

VIRADA DO MINAS
Eis que “de repente, não mais que de repente”, o Rexona-Sesc, de apenas uma derrota na fase de classificação e de vitória fora de casa na abertura das semifinais, se vê a um passo de cair para o Camponesa/Minas nos playoffs. Se as atuais campeãs pareciam fadadas ao quinto triunfo consecutivo pela campanha até aqui, sua supremacia tem sido vigorosamente contestada pelas minastenistas nesta série.

A vitória das visitantes no jogo 3, no Rio, por 3 sets a 2 (25-21, 13-25, 21-25, 25-23, 15-8) ajuda a explicar por que o time de Belo Horizonte virou o placar do confronto para 2 a 1.

Destinee Hooker, que já disse, em entrevista ao blog, ter voltado para o vôlei brasileiro para ser campeã, é a mão pesada do sexteto, e por isso não espanta que tenha anotado 20 pontos e tenha sido a maior pontuadora da partida. Contudo, a matemática revela que a virada na série passou por uma mudança de postura e estratégia na distribuição da levantadora Naiane.

Já falamos a respeito disso no comentário sobre a segunda rodada das semifinais: tanto nas duas partidas contra o Genter Bauru, pelas quartas, quanto na derrota sofrida na primeira partida desta série, em Minas, a armadora acionou a oposta em mais de 40% dos levantamentos. Por outro lado, no jogo seguinte, o índice caiu para 33% e, nesse último, para 30%.

Com a maior participação das demais atacantes (a ponta Rosamaria, por exemplo, voltou a definir bolas importantes no ataque, assim como a central Carol Gattaz), o jogo do Minas tem fluído mais e o bloqueio carioca, pontuado menos. Se, no 3 a 0 do jogo 1, o Rexona-Sesc alcançou a média de 4,33 pontos por set nesse quesito, esse número caiu 3,5 na partida da terça-feira e 2,0 no duelo da sexta-feira.

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Rosamaria enfrenta bloqueio de Monique e Juciely (Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Outros dois fatores importantes para a virada das quartas colocadas na fase classificatória foram o serviço e o passe. Percebendo que tanto Naiane quanto Roberta, levantadora do Rexona-Sesc, precisariam ter o passe na mão, as duas equipes forçaram bastante no saque, e a marcha do placar no terceiro jogo foi reflexo disso.

Vendo que o Minas sacava melhor na primeira etapa e criava problemas para o passe de sua equipe, Bernardinho tirou a ponteira Anne Buijs e pôs Drussyla para compor a linha de recepção junto com Gabi e Fabi. Quando o Rexona melhorou no saque, as visitantes optaram por proteger Rosamaria no passe, mas deixaram um latifúndio para a líbero Léia tomar conta, e nisso as anfitriãs assumiram a dianteira no marcador.

A situação mudou novamente quando a recepção carioca caiu de rendimento e, mais uma vez, ficou nítida a carência do time de atacante de força. Nisso, o Camponesa/Minas, com boa relação bloqueio e defesa e tendo Hooker e Rosamaria para pontuar no contra-ataque, definiu a partida e deixou o Rexona-Sesc na inusitada situação de precisar vencer o próximo compromisso a qualquer custo para levar a série ao jogo desempate.

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