Maurício Souza – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Em jogo de erros, Sesc cresce no ataque e quebra invencibilidade de Taubaté http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/19/em-jogo-de-erros-sesc-cresce-no-ataque-e-quebra-invencibilidade-de-taubate/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/19/em-jogo-de-erros-sesc-cresce-no-ataque-e-quebra-invencibilidade-de-taubate/#respond Thu, 19 Dec 2019 03:22:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19504

Sesc se reabilita na Superliga e derrota o líder Taubaté (Foto: Orlando Bento/MTC)

O atropelamento diante do Sesi-SP, no último domingo (15), em partida válida pela 8a rodada da Superliga masculina, exigia uma reação. E foi em busca desta recuperação que o Sesc-RJ recebeu, na noite desta quarta-feira (19), no Tijuca Tênis Clube (RJ), a equipe do EMS Taubaté Funvic, líder do torneio.

E em uma partida tecnicamente abaixo do esperado, o time comandado por Giovane Gávio se reabilitou e conquistou uma vitória importante no tie-break (25-18, 26-28, 25-19, 23-25 e 15-13), impondo a primeira derrota ao atual campeão da competição.

Em um começo de jogo disputado ponto a ponto até a metade da primeira parcial, o time mandante mostrou uma postura bem diferente daquela diante do Sesi. Mais concentrada e disciplinada em termos táticos, apresentou bom volume de jogo e melhorou em praticamente todos os fundamentos. E o bom rendimento no bloqueio, na virada de bola e principalmente no saque acabou dando a vitória ao Sesc.

Por outro lado, enfrentando grandes dificuldades na linha de passe com Lucarelli, Douglas Souza e Thales, Taubaté não conseguiu manter o padrão de jogo habitual na competição, prejudicando a distribuição das jogadas do levantador Rapha, que precisou recorrer às previsíveis bolas empinadas pelas extremidades. Além disso, a impressionante quantidade de erros de ataque e de saque (12 ao total contra apenas 5 do adversário) foi determinante para a derrota do campeão paulista na parcial.

O time comandado por Giovane Gávio manteve a pressão no saque e a consistência tanto na recepção quanto no sideout na etapa subsequente. Já os comandados de Renan Dal Zotto, apesar das falhas em demasia (10 no total), conseguiram equilibrar o confronto na parte final do set através do ataque e da potência do serviço.

O representante paulista, contudo, acabou empatando o jogo com o crescimento dos dois ponteiros: Lucarelli, que liderou a reação do time a partir do saque e da virada de bola, e Douglas Souza, que marcou três bloqueios seguidos no fim da parcial.

Desconcentradas, as equipes se perderam um pouco no terceiro set. Os erros de saque e de ataque se avolumaram, gerando grande queda na qualidade técnica do confronto. Entretanto, o bloqueio e a virada de bola do septeto carioca fizeram a diferença na reta final. Destaque para meio de rede Flávio Gualberto e o oposto Wallace. O oponente, por outro lado, seguiu cometendo erros em série, tanto que o set acabou definido em duas bolas para fora de Lucarelli.

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Apesar do equilíbrio entre as equipes na quarta parcial (e da diminuição dos erros), o Sesc seguiu dando trabalho ao sistema defensivo do interior paulista com muita eficiência no ataque. Diferentemente do ocorrido no duelo anterior, em que apenas o oposto Wallace segurou o time na virada de bola, o ponta argentino Martínez e o campeão olímpico Maurício Borges também estiveram muito mais compromissados e regulares no sideout. Eles também mostraram serviço no fundo de quadra.

Mantendo uma diferença de dois pontos até o final, o campeão carioca, no entanto, permitiu novamente o empate de Taubaté em 23 a 23 e a consequente virada a partir de um falha do levantador Marlon em uma tentativa de bola de segunda e de uma bola de Wallace para fora no ataque.

Em um tie-break lá e cá, o jogo acabou decidido no detalhe. As falhas de Taubaté voltaram a aparecer – sobretudo no saque -, colocando o time da casa em vantagem no momento crucial do set. E foi justamente em um erro de comunicação entre os comandados de Renan que a partida acabou: Douglas Souza e Maurício Souza tocaram, juntos, na mesma bola. Ao total, os paulistas cederam incríveis 47 pontos em falhas ao rival e receberam 29. Deste modo, caiu o único invicto na Superliga masculina.

Os maiores pontuadores do jogo foram Wallace e Lucarelli com 21 acertos. Pelo Sesc, se sobressaíram, ainda, Maurício Borges, Flávio e Martínez, que pontuaram 13, 12 e 11 vezes, respectivamente. Por Taubaté, o meio de rede Maurício Souza fez 15 seguido do marroquino Mohamed Alhachdadi, que pôs 13 bolas no chão. Lucão e Douglas Souza colaboraram com 11 cada.

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Com reservas, Brasil vence Itália e termina Copa do Mundo invicto http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/15/com-reservas-brasil-vence-italia-e-termina-copa-do-mundo-invicto/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/15/com-reservas-brasil-vence-italia-e-termina-copa-do-mundo-invicto/#respond Tue, 15 Oct 2019 07:43:52 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18761

Isac foi o destaque individual do jogo, com 14 pontos e excelentes passagens pelo saque (Fotos: Divulgação/FIVB)

Campeã da Copa do Mundo com uma rodada de antecipação, a seleção brasileira masculina de vôlei atuou com reservas em sua última partida no torneio, diante da Itália na madrugada desta terça-feira (15). Ainda assim, a equipe não teve muitos problemas para vencer os rivais por 3 sets a 0, parciais de 25-20, 25-22 e 25-15.

Ao todo, os comandados do técnico Renan Dal Zotto conseguiram 11 vitórias em 11 jogos no Japão, tendo perdido apenas cinco sets – apesar de boa parte dos rivais não ter jogado a Copa com suas equipes principais, adversários importantes como Estados Unidos e Polônia foram superados mesmo usando uma equipe bastante parecida com a que devem jogar a Olimpíada do ano que vem.

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A Itália foi um dos times que optou por atuar no Japão sem força máxima, preservando suas principais estrelas, como o levantador Gianelli, o oposto Zaytsev e o ponteiro Juantorena. Ainda assim, no duelo de reservas nesta madrugada, o Brasil foi claramente superior, especialmente no ataque, fundamento em que marcou 40 pontos contra 30 dos rivais.

Destaque ainda para a passagem do central Isac no saque no começo do terceiro set: com ele no serviço, a seleção desestabilizou a linha de passe italiana de tal forma que uma desvantagem de 6-11 se transformou no set mais tranquilo da partida.

Apesar de o título estar assegurado, não faltou esforço aos jogadores da seleção em quadra

Com cinco aces, três bloqueios e seis pontos de ataque, Isac terminou o confronto como o maior pontuador, seguido pelo oposto reserva Felipe Roque, que marcou 12 pontos. Único titular em quadra ao lado do líbero Thales, o também meio de rede Maurício Souza colocou sete bolas no chão.

A Copa do Mundo marca o encerramento da temporada de seleções para o vôlei brasileiro – além do título agora, a equipe masculina do país venceu o Sul-americano, garantiu a vaga olímpica em um duelo dramático contra a Bulgária e ficou em quarto lugar na Liga das Nações. Os jogadores agora voltam aos seus respectivos clubes, com a Superliga programada para começar em 9 de novembro.

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Wallace diz se arrepender de “17” no Mundial, mas critica detratores http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/12/wallace-diz-se-arrepender-de-17-no-mundial-mas-critica-detratores/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/12/wallace-diz-se-arrepender-de-17-no-mundial-mas-critica-detratores/#respond Thu, 12 Sep 2019 09:00:09 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18293

Wallace atendeu o Saída de Rede durante um evento da Under Armour, seu patrocinador pessoal (Foto: Divulgação)

Que Wallace é um jogador de talento, ninguém duvida. Porém, a condição de ídolo do atleta, um dos principais destaques da campanha que culminou na conquista do ouro na Olimpíada do Rio, em 2016, foi abalada nos últimos anos por conta da forte polarização política no Brasil. Eleitor assumido de Jair Bolsonaro, o oposto virou alvo de torcedores que fazem oposição ao presidente por conta de suas opiniões, que são compartilhadas por outros atletas da modalidade.

Ouça o Voleicast, podcast de vôlei feito pelo Saída de Rede

Em entrevista exclusiva ao Saída de Rede concedida durante o evento de um patrocinador pessoal, a marca de materiais esportivos Under Armour, Wallace diz não se arrepender de quase todas as atitudes que tomou fora das quadras nos últimos meses. A exceção fica por conta do gesto de apoio ao então candidato do PSL durante o Campeonato Mundial do ano passado: após a vitória sobre a França ainda na primeira fase da competição, ele aparece em uma foto fazendo o número 7 com as mãos, acompanhado pelo central Maurício Souza – outro bolsonarista assumido –, que fez o 1. O 17 foi interpretado como uma manifestação política por muitos fãs e rendeu uma bronca da comissão técnica, temerosa com polêmicas que pudessem abalar a equipe.

“Eu me arrependo de ter feito com a camisa da seleção, mas mesmo assim ali não ficou totalmente claro, pois todo mundo estava colocando um número, não tinha nada a ver com nada”, afirmou o jogador, que se mostrou chateado com as pessoas que deixaram de admirá-lo por conta de suas opiniões pessoais. “Quem gostou, gostou, quem não gostou, eu vou fazer o que? Só não consigo entender como a pessoa não consegue diferenciar: ‘Nossa, você era um ótimo jogador,  mas agora você não joga nada’. Só mostra o quão pequeno, a pessoa não consegue separar as coisas”, declarou.

Gestos de Wallace e Maurício Souza no Mundial causaram polêmica entre torcedores (Foto: Reprodução/Instagram CBV)O bate-papo, claro, não se resumiu a isso. Fora do restante da temporada de seleções para que possa chegar descansado à Olimpíada de Tóquio, no ano que vem, Wallace também admitiu que teve uma queda de rendimento em quadra nos últimos meses por conta do cansaço decorrente do intenso calendário do vôlei, há anos alvo de intensas reclamações de técnicos e atletas.  “Não é uma desculpa, mas uma hora o corpo cobra”, admitiu o jogador, que também falou da dramática conquista da vaga olímpica contra a Bulgária, no começo de agosto, do que o Brasil precisa melhorar se quiser levar, no Japão, o quarto título olímpico da história e da divisão de responsabilidade no ataque com a chegada do cubano naturalizado brasileiro Yoandy Leal e da volta de Ricardo Lucarelli, que não jogou o Mundial 2018 devido a uma lesão no tendão de Aquiles.

Confira o bate-papo completo abaixo:

Saída de Rede – Você se arrepende de ter aberto sua posição política tão explicitamente em um momento de polarização do país?
Wallace – Não acho que foi ruim o que eu fiz ou deixei de fazer. Isso cabe a mim. Agora, se a pessoa não tem o discernimento de separar uma coisa da outra, não posso fazer nada…

SdR – Mas você se arrepende?
Wallace – Não. Eu me arrependo de ter feito com a camisa da seleção, mas mesmo assim ali não ficou totalmente claro, pois todo mundo estava colocando um número, não tinha nada a ver com nada, mas foi só isso, nessa questão da seleção só.

SdR – O Renan (Dal Zotto, técnico da seleção) chegou a conversar com vocês?
Wallace – Foi só pra não fazer essas coisas, por conta da questão do banco e tal… (Wallace se refere ao Banco do Brasil, patrocinador da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei)

SdR – Você acha que o país está muito polarizado?
Wallace – Está. Eu evito ficar falando sobre isso porque uma vírgula errada, um “a” a mais e nego já quer ficar te batendo. Mas, sinceramente, não ligo. Quem gostou, gostou, quem não gostou, eu vou fazer o que? Só não consigo entender como a pessoa não consegue diferenciar: ‘Nossa, você era um ótimo jogador,  mas agora você não joga nada’. Só mostra o quão pequeno, a pessoa não consegue separar as coisas. Não tem nada a ver uma coisa com a outra.

SdR – Como tem sido este momento de descanso, algo raro para um atleta de alto rendimento como você?
Wallace – Eu precisava deste momento não só de descanso, mas também um pouco mais de tempo com a família. Não lembro da última vez que eu tive um período tão longo de folga como o que eu estou tendo agora. Calhou também que a minha filha vai nascer no final de outubro ou começo de novembro, então tudo pesou na minha decisão sobre a seleção. Eu já tinha pré-definido isso com a Renan antes mesmo de começar a temporada de seleções e ele disse que “beleza”, pois o principal objetivo era mesmo a classificação para a Olimpíada, o que nós conseguimos.

SdR – Você tem falado desta questão do cansaço com frequência no seu Instagram. Diria que chegou ao seu limite físico e mental?
Wallace – Eu acho. Não sei como os caras aguentam tanto tempo nessa batida: o Bruno, por exemplo, está aí na seleção desde 2008 e nunca o vi pedir pra parar. É um cara que tem que ser estudado. Com certeza, isso pesa, até na questão do rendimento. Muito se cobra: “O que está acontecendo com o Wallace?”. Não é uma desculpa, mas uma hora o corpo cobra. Em nenhum momento eu me machuquei, mas é fato que o meu rendimento caiu. Não preciso esconder de ninguém. Mas, com esse período de folga, tenho certeza que vou dar uma revigorada para a próxima temporada, já no Sesc, e no que vem para a Olimpíada.

SdR – É uma questão interessante, porque você mesmo se cobra e percebe que o rendimento caiu…
Wallace – Isso é o que me arrebenta, pois sei que não estou rendendo o que tenho que render. E, às vezes, essa cobrança é capaz até de me atrapalhar. Eu tenho que botar na cabeça que é um processo natural, que todo mundo cansa uma hora, ainda mais na minha posição, que recebe tantas bolas. Só que eu não consigo botar na minha cabeça que é normal. Então, tenho que conversar muito com meu procurador, ele fala muito isso, que eu não sou uma máquina que vai estar sempre lá em cima. É só não acontecer em um momento como Olimpíada que está tudo certo (risos)

SdR – O próprio Bruno, que você citou, já se manifestou publicamente contra a intensidade do calendário do vôlei. Você concorda que alguma coisa tem que ser feita?
Wallace – Não tem espaço, né? Acaba a temporada de clubes e, se você chega numa final de Superliga, tem uma semana antes de se apresentar à seleção. O que você vai fazer com uma semana? Não faz nada! Neste quesito, tem que mudar. Você começa uma Superliga em novembro, faz um jogo por semana até janeiro. Aí chega em fevereiro, março, os caras querem atropelar as coisas colocando Copa Brasil, Supercopa, isso, aquilo… Chegando nas quartas de final, já são dois jogos por semana. Qual é o nexo? Cansa muito! Depois, na seleção, ainda tem muita viagem. Aí, quando acaba a temporada de seleções é uma semana ou duas e já volta pro clube.

Após período de descanso, Wallace espera voltar com tudo para a seleção (Foto: Divulgação/FIVB)

SdR – Falando em seleção, por pouco você não precisam disputar mais um torneio em janeiro, já que o Brasil teve um jogo tenso contra a Bulgária no Pré-Olímpico.
Wallace – Imagina parar as disputas de clubes para ir para a seleção jogar um Pré-Olímpico sul-americano? Ainda bem que conseguimos voltar pro jogo, porque os caras atropelaram a gente no primeiro e segundo set. Depois, no terceiro, os caras ganhando e eu tenso… Conseguimos “pegar o rabo da vaca” e puxá-la de volta, mas sabíamos que, se ganhássemos o terceiro set, eles não conseguiriam manter a mesma pegada. E foi batata, tanto que o quarto set foi 25-16! No tie-break, eles ainda abriram dois pontos no começo, o que pesa, mas conseguimos reverter no saque.

SdR – Foi um jogo mais psicológico do que tático?
Wallace – Foi. Eu acho que eles sentiram (a pressão), principalmente no quarto set. Quem joga contra o Brasil é meio que um franco-atirador, pois a obrigação de ganhar é nossa.

SdR – O que a seleção brasileira precisa mais trabalhar até a Olimpíada?
Wallace – Eu não sei o que será definido na questão de ponteiros, mas, se for mesmo a dupla de ataque (Yoandy Leal e Ricardo Lucarelli), teremos que trabalhar bastante o passe, senão perderemos muito jogo pelo meio, o que nos complicará bastante. Mas eu acho que o passe já melhorou bastante entre a Liga das Nações e o Pré-Olímpico, pois o Renan enfatizou muito isso (nos treinos)

 

Wallace defende o Sesc-RJ desde 2018 (Foto: Divulgação/SESC-RJ)

 SdR – Ao mesmo tempo em que a chegada do Leal e a volta do Lucarelli prejudica o passe pela característica técnica de ambos, é bom que você, que ganha mais dois companheiros para dividir a responsabilidade no ataque.
Wallace – É isso mesmo. Fica muito mais tranquilo mesmo, mas, por outro lado, o meio joga menos. Não que eles sejam ruins no passe, mas não são especialistas nisso e sim no ataque. É uma dor de cabeça pro Renan, eu não quero saber (risos)

SdR – Qual é a principal dica você queria ter ouvido dez anos atrás?
Wallace – Eu ouvi de tudo, mas acho que a questão da dedicação, de você se doar ao máximo. É o que falaria para quem está com vontade de chegar lá. Tem que se doar. Aí, a chance de você conquistar o que quer é alta

SdR – O que implica, inclusive, em abrir mão da vida pessoal muitas vezes…
Wallace – A vida no vôlei é curta, então você vai abrir mão de algumas coisas no começo, mas depois você será compensado. Dói ficar longe da família, mas são frutos bons que você vai colher lá na frente

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Brasil vence outra, mas Maurício Souza vira preocupação para a fase final http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/30/brasil-vence-outra-mas-mauricio-souza-vira-preocupacao-para-a-fase-final/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/30/brasil-vence-outra-mas-mauricio-souza-vira-preocupacao-para-a-fase-final/#respond Mon, 01 Jul 2019 00:15:29 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17436

Maurício Souza sai carregado de quadra após torcer o tornozelo esquerdo em uma tentativa de bloqueio (Foto: Divulgação/FIVB)

Classificada e encerrando sua participação na fase classificatória da Liga das Nações diante de uma já eliminada Itália, a seleção brasileira masculina de vôlei conseguiu, na noite deste domingo (30), sua 14ª vitória em 15 jogos na competição. O placar da partida, disputada em Brasília (DF), foi 3 sets a 1, parciais de 26-28, 25-22, 25-18 e 25-18.

Se o resultado não mudou nada na tabela de classificação (com a derrota do Irã para os Estados Unidos mais cedo o primeiro lugar estava garantido ao Brasil antes mesmo do duelo começar), o time do técnico Renan Dal Zotto ganhou uma dor de cabeça: ao tentar um bloqueio no início do segundo set, o central Maurício Souza torceu o tornozelo esquerdo e, após receber o primeiro atendimento médico no banco, saiu carregado para o vestiário no intervalo anterior à terceira parcial. Serão necessários mais exames para saber se ele poderá estar em quadra na fase final da Liga das Nações, que será realizada entre 10 e 14 de julho em Chicago (Estados Unidos).

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Minutos antes, Alan havia passado situação semelhante, mas o caso do oposto não passou de um susto. Ele, inclusive, seguiu em quadra e terminou a partida como segundo maior pontuador do Brasil, com 17 pontos. Quem mais colocou bolas no chão foi Ricardo Lucarelli: 19 vezes.

Diante de uma Itália desfalcada de suas principais estrelas, que sequer vieram ao Brasil, a seleção masculina enfrentou dificuldades acima do esperado na primeira metade do confronto e esteve, inclusive, ameaçada ficar com 0 a 2 no placar (a Itália teve 20 a 18 na etapa antes de tomar a virada). O revés foi sentido pelos europeus, o que permitiu aos donos da casa se despedirem da torcida com mais um resultado positivo.

Em busca de seu primeiro título na Liga das Nações (o torneio substitui a antiga Liga Mundial), o Brasil vai encarar um grupo com Irã e Polônia na luta por um dos dois lugares na semifinal. Na outra chave, estarão Rússia, França e Estados Unidos. Os horários das partidas ainda serão divulgados pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei).

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Marcelo Mendez quase complica, mas Brasil bate Argentina e segue invicto http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/09/marcelo-mendez-quase-complica-mas-brasil-bate-argentina-e-segue-invicto/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/09/marcelo-mendez-quase-complica-mas-brasil-bate-argentina-e-segue-invicto/#respond Sun, 09 Jun 2019 09:14:57 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17120

Das seis vitórias do Brasil até agora na Liga das Nações, três foram no tie-break (Fotos: Divulgação/FIVB)

No primeiro encontro da seleção brasileira masculina de vôlei com Marcelo Mendez como treinador da seleção argentina, o técnico do Sada Cruzeiro impôs um duelo duríssimo para os comandados de Renan Dal Zotto, mas não pôde evitar a derrota por 3 sets a 2, parciais de 25-20, 21-25, 26-28, 25-23 e 15-12. O duelo foi válido pelo encerramento da segunda semana da Liga das Nações.

Iniciando seu trabalho à frente da Argentina, Mendez conseguiu colocar em quadra uma linha de passe bastante equilibrada, com destaque para o líbero Santiago Danani. Assim, o experiente levantador Maximiliano Cavanna pôde trabalhar com tranquilidade, o que se refletiu na diferença no total de pontos de ataque: 67 contra 58. Com 28 pontos, o oposto Federico Pereyra era a grande válvula de escape ofensiva da equipe.

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O problema é que, na mesma medida, a Argentina também cedeu pontos demais para o Brasil: 42, recebendo apenas 31 “em troca”. Com dificuldades na recepção, o ponteiro Yoandy Leal precisou ser substituído por Lucas Loh em alguns momentos, mas compensou no ataque, marcando 18 pontos, três a mais que Wallace, que não esteve em um dia inspirado.

Outro ponto chave na partida foi a troca da dupla brasileira de centrais a partir do quarto set, com Flavio e Isac substituindo Lucão e Maurício Souza. A partir daí, o bloqueio, que andava sumido, passou a tocar mais bolas e fazer pontos importantes, especialmente no tie-break, inclusive com o levantador Fernando Cachopa, “baixinho” de 1,85m.

O resultado deste domingo (9) não só manteve o Brasil invicto na Liga das Nações como também é mais uma vitória do técnico Renan Dal Zotto sobre Mendez – na Superliga, o brasileiro já havia sido o responsável por acabar com a hegemonia do Sada Cruzeiro, eliminando o time mineiro na semifinal e posteriormente conquistando o título com a EMS Taubaté Funvic, onde, curiosamente, contou com um titular da seleção argentina, o ponteiro Facundo Conte (19 pontos hoje).

Na próxima semana, a seleção masculina terá, teoricamente, confrontos mais tranquilos, exceção feita ao duelo de sexta (14) contra a Sérvia: China no sábado (15) e Portugal, dono da casa, no domingo (16).

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Milionário, Sesc-RJ chega às portas dos playoffs da Superliga em crise http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/10/milionario-sesc-rj-chega-as-portas-dos-playoffs-da-superliga-em-crise/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/10/milionario-sesc-rj-chega-as-portas-dos-playoffs-da-superliga-em-crise/#respond Sun, 10 Mar 2019 09:00:54 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16079

Recepção e incapacidade de jogar atrás no placar são os grandes problemas do Sesc-RJ (Foto: Luciano Belford/Divulgação Sesc-RJ)

Um mês sem vitórias e o mando de campo nos playoffs em risco real. Esta é a situação do Sesc-RJ, um dos times que mais investiram na Superliga masculina, às vésperas do início do mata-mata da principal competição de clubes do Brasil. O revés por 3 a 1 diante do Sada Cruzeiro sofrido na noite deste sábado (9) foi mais um resultado decepcionante para a equipe comandada por Giovane Gávio, especialmente considerando-se o elenco ali presente.

Desde a complicada vitória no tie-break sobre o lanterninha São Judas Vôlei em 9 de fevereiro, o Sesc foi superado por Fiat/Minas (1-3), EMS Taubaté Funvic (2-3), Vôlei Um Itapetininga (1-3), Sesi (1-3) e Sada Cruzeiro (1-3) – no meio do caminho, o clube ainda foi atropelado pelo Bolivar, da Argentina, na decisão da Libertadores do vôlei. Resultado: uma queda drástica na tabela. Com 36 pontos, o time carioca entra na última rodada da fase classificatória em quarto lugar, apenas dois pontos à frente do Vôlei Renata e três do Minas, que possui um jogo a menos que os rivais.

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A boa notícia para o Sesc é que o próximo adversário, o São Francisco Saúde/Vôlei Ribeirão, não tem mais nenhuma pretensão na disputa, estando tanto distante da zona de classificação aos playoffs como das duas últimas colocações, que levariam o time para a Superliga B. Mas é bom ficar esperto: no confronto entre as equipes no fim do primeiro turno, o time do interior de São Paulo chegou a estar liderando por 2 a 1 e só foi superado por 25 a 23 no tie-break.

Com quatro jogadores da seleção brasileira principal em seu elenco (Wallace, Maurício Borges, Maurício Souza e Tiago Brendle), o Sesc tem apresentado nítidas dificuldades na recepção, além de saque inconstante e descontrole emocional quando se encontra atrás do placar. Um problema reconhecido pelo próprio Giovane Gávio. “Temos que ser mais firmes nos momentos que temos vantagem, isso vai fazer muita diferença nos playoffs, porque é um outro tipo de campeonato, onde não há espaço para erros: é vencer ou ficar pelo caminho”, admitiu o treinador.

O recomeço oferecido pelos playoffs pode servir para que a péssima fase se converta apenas em uma lembrança ruim de um time cuja continuidade na próxima temporada pode estar em jogo. Mas, pelo o que vem jogando, ficar pelo caminho nas quartas diante do Vôlei Renata ou do Minas não seria surpresa para ninguém.

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Brasil tem caminho livre rumo à 3ª fase do Mundial, mas bloqueio preocupa http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/20/brasil-tem-caminho-livre-rumo-a-3a-fase-do-mundial-mas-bloqueio-preocupa/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/20/brasil-tem-caminho-livre-rumo-a-3a-fase-do-mundial-mas-bloqueio-preocupa/#respond Thu, 20 Sep 2018 20:00:48 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14390

Contra a fraca China, Brasil fez somente quatro pontos de bloqueio e tomou nove (Foto: Divulgação/FIVB)

Foram necessários apenas quatro dias para a perspectivas da seleção brasileira masculina de vôlei no Campeonato Mundial 2018 mudarem completamente: se, no sábado (15), o clima era de pessimismo após a inesperada derrota contra a Holanda, a ponto de o atacante Lipe ter declarado que o time “jogou no lixo” as possibilidades de uma boa classificação, a competência de somar seis pontos contra Canadá e China aliada a uma combinação de resultados abriram um novo e otimista horizonte para os comandados do técnico Renan Dal Zotto: líder do grupo B, o Brasil pegou uma chave considerada tranquila na próxima etapa do torneio e tem uma possibilidade enorme de avançar à terceira fase, onde ficarão apenas os seis melhores times.

Austrália, Eslovênia e Bélgica, os três próximos adversários da seleção masculina, são equipes que volta e meia aprontam para cima dos favoritos, mas jamais entraram para o grupo de elite do voleibol masculino mundial. Teoricamente, são confrontos muito mais tranquilos que o das outras chaves, que terão jogos entre potências como Itália x Rússia, Polônia x França e Estados Unidos x Bulgária. Para melhorar, a campanha positiva feita até agora é carregada para fins de classificação na segunda fase, tornando bastante possível que os brasileiros se coloquem em primeiro ou entre os dois melhores segundos colocados.

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Manifestações políticas coletivas são proibidas na seleção depois de polêmica com Bolsonaro

Os altos e baixos vividos até agora, porém, recomendam cautela. “Nossos adversários chegaram aqui por méritos e estão no seu melhor momento dentro da competição após uma primeira fase muito boa. É preciso ter todo cuidado com as três equipes. É um grupo equilibrado”, afirma o técnico Renan. O capitão Bruno ressaltou o rápido poder de reação mostrado pelo time: “Eslovênia e Bélgica estão jogando muito bem. O importante era sair com a “cartela cheia”, com o máximo de pontos possíveis, pois eles são carregados. Soubemos sair de um momento complicado e esses seis pontos (conquistados contra Canadá e China) nos deixam na briga”.

Um ponto, em especial, merece atenção: o bloqueio. Dos 37 pontos no fundamento feitos pela seleção até agora, quase metade (18) foram feitos em um só jogo, a vitória por 3 a 2 diante da França. Considerada a média obtida nas quatro partidas restantes, chega-se a apenas 4,75 pontos por jogo, um número baixo para quem sonha em subir ao pódio. Para efeito de comparação, os australianos pontuaram cerca de 6,8 vezes em bloqueios por partida até agora, os eslovenos 8 e os belgas 10,4. Atual campeã e ainda invicta no Mundial de 2018, a Polônia chega a 11.

Melhor brasileiro nas estatísticas individuais do fundamento, em 29º lugar, o central Maurício Souza vê o baixo número de bloqueios do Brasil mais como um mérito dos adversários que demérito da equipe que defende. “Os caras do outro lado sabem o que estão fazendo, não vão enfrentar bloqueio com passe quebrado e, com passe na mão, fica difícil pra gente. Eles estão sabendo jogar o jogo”, afirmou o meio-de-rede. Ainda assim, ele admite que a performance pode subir. “Realmente dá para melhorar”, reconhece.

O primeiro jogo do Brasil na segunda fase do Mundial será nesta sexta (21) ao meio-dia (horário de Brasília). No sábado (22), às 15h30, é a vez de enfrentar a Eslovênia. No mesmo horário, mas no domingo (23), o adversário será a Bélgica. Todos os jogos serão transmitidos pelo SporTV 2, que ainda passará os seguintes jogos: Polônia x Argentina (sexta, às 14h40), Holanda x Finlândia (sábado, ao meio-dia) e Estados Unidos x Irã (domingo, às 11 horas).

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Após polêmica com Bolsonaro, seleção proíbe expressões políticas coletivas http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/14/apos-polemica-com-bolsonaro-selecao-proibe-expressoes-politicas-coletivas/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/14/apos-polemica-com-bolsonaro-selecao-proibe-expressoes-politicas-coletivas/#respond Fri, 14 Sep 2018 18:08:31 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14335

Após polêmica com fãs, CBV apagou fotos de Wallace e Souza manifestando apoio a Bolsonaro em seu Instagram (Foto: Divulgação/FIVB)

A tranquilidade trazida pela vitória no tie-break sobre a forte França pela segunda rodada do Mundial masculino de vôlei durou pouco: nesta sexta-feira (14), uma polêmica a respeito de uma suposta manifestação de apoio de dois jogadores do time, Wallace e Maurício Souza, ao candidato a presidência Jair Bolsonaro (PSL) estourou nas redes sociais entre os fãs de vôlei.

São duas imagens, ambas publicadas no Instagram oficial da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e no site da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) respectivamente após as vitórias sobre o Egito, na estreia do torneio na quarta (12) e os franceses na quinta (13). Nelas, Souza faz um sinal de 1 com as mãos, enquanto Wallace faz o 7, formando o número do candidato.

Questionada pelo Saída de Rede se, de fato, tratava-se de uma manifestação de cunho político e se a CBV dava algum tipo de orientação aos integrantes da seleção a respeito deste tema, a entidade limitou-se a dizer que, apesar de “não se permitir controlar redes sociias de atletas”, “não compactua com manifestações políticas” e que a “gestão da seleção irá tomar providências para não permitir que aconteçam manifestações coletivas”.

Oposto e central (ao fundo) repetiram o 1 e o 7 com as mãos após a vitória sobre a França

Confira a nota na íntegra:

“A CBV repudia qualquer tipo de manifestação discriminatória, seja em qualquer esfera, e também não compactua com manifestação política. Porém, a entidade acredita na liberdade de expressão e, por isso, não se permite controlar as redes sociais pessoais dos atletas, componentes das comissões técnicas e funcionários da casa. Neste momento, a gestão da seleção irá tomar providências para não permitir que aconteçam manifestações coletivas”

Ambas as fotos já foram deletadas da rede social da CBV, mas permanecem à disposição no site da FIVB no momento da publicação deste texto. Na internet, torcedores da seleção dividem-se entre aqueles que acham que os dois possuem o direito de se manifestar politicamente e os que acreditam que a equipe nacional não é o melhor lugar para isso.

Em geral, entidades esportivas proíbem qualquer exposição relacionada ao assunto entre os atletas que participam de seus torneios – o Comitê Olímpico Internacional (COI), por exemplo, desautoriza expressamente manifestações políticas nas Olimpíadas, assim como a Fifa no futebol, sob risco de multas e exclusões.

No site da FIVB, o único documento que trata do assunto se refere a proibições entre uniformes de atletas de vôlei de praia. Procurada pelo SdR sobre o caso do Brasil no Mundial de vôlei, a entidade ainda não se manifestou.

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Seleção brasileira dá show de bloqueios e está na semi da Liga das Nações http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/07/05/selecao-brasileira-da-show-de-bloqueios-e-esta-na-semi-da-liga-das-nacoes/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/07/05/selecao-brasileira-da-show-de-bloqueios-e-esta-na-semi-da-liga-das-nacoes/#respond Thu, 05 Jul 2018 20:52:30 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=13799

 A seleção atual campeã olímpica mostrou poder de recuperação após o revés para os franceses (Crédito: Divulgação/FIVB)

Por Daniel Rodrigues

O Brasil entrou em quadra na tarde desta quinta-feira (05) com a “corda no pescoço”. Não podendo perder para seguir viva na Liga das Nações, a seleção atual campeã olímpica mostrou poder de recuperação após o revés para os franceses e venceu a Sérvia em sets diretos e parciais de 25-16, 28-26 e 25-19. Com o resultado, os brasileiros somaram quatro pontos no Grupo A, classificando-se automaticamente para a semifinal da competição.

A evolução foi notória em vários aspectos, mas o bloqueio foi fator primordial no triunfo perante os sérvios. Com somente sete pontos do fundamento em cinco sets disputados contra a França, os brasileiros tiveram um desempenho taticamente perfeito na tarde de hoje, marcando 14 pontos em bloqueios, além de inúmeras bolas amortecidas. O destaque absoluto foi o central Lucão, responsável por parar os ataques do adversário em 8 oportunidades.

Dois jogadores que começaram no banco na derrota contra os franceses, também tiverem atuações marcantes na vitória desta quinta: Maurício Souza e Douglas. O central marcou pontos em todos os fundamentos, enquanto o jovem ponteiro colocou dez bolas no chão e apresentou-se de forma segura e confiante tanto no ataque, como no fundo de quadra. A missão de substituir Maurício Borges, que sofreu uma distensão no ligamento do joelho direito, em uma partida de “vida ou morte” não era nada fácil, mas o jogador mostrou sua capacidade e correspondeu às expectativas de Renan Dal Zotto.

Mais uma vez, o sistema defensivo brasileiro demonstrou bastante regularidade. Tanto o líbero Thales, como os ponteiros Lucas Lóh e Douglas Souza, tiveram a tranquilidade e competência de controlar a recepção e a defesa do time azul e amarelo, propiciando uma distribuição homogenia, com participação ativa de todos os atacantes.

O grande pontuador do duelo foi o oposto sérvio, Aleksandar Atanasijevic, com 17 bolas no chão. Mas o rival brasileiro da posição, com 16 pontos marcados, merece e deve ser destacado. Wallace, que vem sendo a bola de segurança do Brasil durante todo o torneio, teve outra atuação exemplar. Liderando o time junto com o levantador Bruninho, o jogador virou bolas decisivas e foi essencial no sentido da agressividade do grupo.

Pelo grupo B da fase final, a seleção norte-americana eliminou a Polônia, após a vitória desta quinta, por 3 sets a 0 (28-26, 25-17 e 25-18). O destaque do confronto ficou por conta de Matthew Anderson, com 15 pontos. Desta forma, Estados Unidos e Rússia são os países classificados para as semifinais pelo grupo B. Na outra chave, com os brasileiros já qualificados, franceses e sérvios disputam a última vaga nesta sexta-feira (06).

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Inconstante, Brasil estreia na fase final da Liga das Nações com derrota http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/07/04/inconstante-brasil-estreia-na-fase-final-da-liga-das-nacoes-com-derrota/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/07/04/inconstante-brasil-estreia-na-fase-final-da-liga-das-nacoes-com-derrota/#respond Wed, 04 Jul 2018 21:59:54 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=13792

O Brasil abriu a fase decisiva na tarde desta quarta-feira (04), com derrota no tie-break para os anfitriões (Crédito: Divulgação/FIVB)

Por Daniel Rodrigues

A fase não é das melhores para a seleção masculina de vôlei. Após a derrota na última partida da etapa classificatória por 3 sets a 0 para a Argentina e apresentações irregulares no decorrer da Liga das Nações, o Brasil segue oscilando. Atuando em Lille, na França, os comandados de Renan Dal Zotto abriram a fase decisiva na tarde desta quarta-feira (04), com derrota no tie-break para os anfitriões, em parciais de 22-25, 25-20, 21-25, 25-22 e 15-13.

Somente quatro jogadores marcaram mais de dez pontos no duelo: Stephen Boyer (25) e Earvin Ngapeth (23) da França, além de Wallace (21) e Maurício Souza (11), pela seleção brasileira. No entanto, a equipe atual campeã olímpica encontrou mais dificuldade para anular os marcadores franceses, que foram ganhando confiança no decorrer da disputa e empolgaram os torcedores presentes no ginásio. O bloqueio do Brasil mostrou-se ineficiente, apesar da melhora significativa com a entrada do central Maurício Souza, responsável por três dos somente seis pontos da equipe no fundamento.

O número de erros não chegou a ser decisivo, já que foram 35 para cada lado, mas o momento em que foram cometidos acabou sendo fatídico. A quantidade excessiva de saques na rede, principalmente no set final, foi fundamental para o triunfo dos europeus.

O saque, inclusive, é outro fundamento que merece ser analisado. A parcial em que o Brasil teve melhor atuação no serviço (3º set), foi a mesma em que a equipe teve mais tranquilidade e controle da partida. Foram três aces e uma vitória sem grandes sustos por 25 a 21. Contudo, a história não se repetiu nos outros sets, onde os brasileiros não conseguiram atingir a agressividade no fundamento e facilitaram a distribuição de bolas de seu adversário.

A parte emocional também pode ter pesado contra a equipe comandada por Renan. No final da terceira parcial, o experiente ponteiro Maurício Borges sofreu um entorse no joelho direito e saiu carregado de quadra. No lugar do campeão olímpico entrou o jovem Douglas Souza, que não chegou a comprometer, mas pareceu não passar tanta confiança ao grupo que mostrou-se abalado.

O destaque positivo fica por conta do líbero Thales, protagonista de uma de suas melhores atuações vestindo a camisa amarela. Retrato disso foi a eficiência do fundo de quadra do Brasil durante grande parte da disputa, apresentando uma evolução notável em relação aos desafios anteriores.

O próximo compromisso dos brasileiros será já nesta quinta-feira (05), quando irão enfrentar os sérvios, às 15h45, em uma partida de “vida ou morte”. Caso vença por 3 a 0 ou 3 a 1, a seleção brasileira automaticamente se classifica para a semifinal da competição, bem como em caso de derrota, estará eliminada. Caso vença no tie-break, a equipe irá depender do resultado do jogo entre França e Sérvia, na sexta (06).

Pelo grupo B, a Rússia bateu os poloneses na abertura da fase final da competição, por 3 sets a 1 (25-18, 25-23, 22-25 e 25-17), garantindo três pontos na classificação. Os destaques ficaram por conta dos russos Volkok e Mikhaylov, com 17 e 16 pontos, respectivamente, além de Kurek, da Polônia, com 23.

 

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