Marcos Kwiek – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Saque desequilibra e seleção feminina vence as dominicanas na Copa do Mundo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/23/saque-desequilibra-e-selecao-feminina-vence-as-dominicanas-na-copa-do-mundo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/23/saque-desequilibra-e-selecao-feminina-vence-as-dominicanas-na-copa-do-mundo/#respond Mon, 23 Sep 2019 05:40:55 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18450

As brasileiras enfrentaram as dominicanas na madrugada desta segunda-feira (Fotos: Divulgação/FIVB)

Sem chances de título e vindo de dois revezes consecutivos para Estados Unidos e China na Copa do Mundo do Japão, a seleção brasileira feminina de vôlei passou por um teste de fogo na madrugada desta segunda-feira (23), na cidade de Sapporo. Em um duelo direto por posições na tabela, o time de José Roberto Guimarães, então sexto colocado, enfrentou a República Dominicana, equipe que entrou em quadra ocupando o sétimo lugar.

E, assim como no jogo da Liga das Nações, em que derrotou o Brasil pela primeira vez em competições oficiais por 3 a 1, e no confronto no torneio Pré-Olímpico, quando quase conseguiu a classificação para os Jogos de Tóquio em pleno Sabiazinho, em Uberlândia (MG), as dominicanas voltaram a dar trabalho. Desta vez, contudo, as brasileiras mantiveram o mesmo nível de atuação apresentado contra as chinesas e venceram por 3 sets a 1 (16-25, 25-23, 19-25 e 22-25), tirando proveito principalmente da fragilidade rival no passe. Foi o quarto triunfo verde e amarelo nesta Copa do Mundo.

Depois de um início de partida equilibrado, a seleção brasileira conseguiu abrir ampla vantagem no primeiro set a partir da inversão 5-1 com a entrada da levantadora Roberta e da oposta Sheilla (ambas substituíram Macris e Lorenne). Com bom volume de jogo e uma estratégia de saque variado, o time causou sérios problemas à inconstante recepção caribenha, que não funcionou da forma mais adequada com a ponta Priscila Rivera e a líbero Larysmer Martinez, que está atuando na competição no lugar de Brenda Castillo. Assim, em dificuldades no passe, as atuais campeãs pan-americanas também cometeram erros de ataque e saque que colaboraram para a vitória brasileira na primeira etapa.

Com 21 acertos, Gabi foi a maior pontuadora do jogo

A partida, no entanto, mudou de figura a partir da segunda parcial. Mais concentradas, as dominicanas endureceram o jogo, atuando de igual para igual até o final do set. Lideradas pelo brasileiro Marcos Kwiek, elas usaram a mesma estratégia de saque das rivais, incomodando a linha de passe brasileira, que apresentou falhas importantes com Gabi e Amanda. Em um set disputado, com ralis eletrizantes – a líbero Leia novamente se sobressaiu com ótimas defesas -, e decidido no detalhe, acabou vencendo quem aproveitou melhor os contra-ataques.

Já a terceira parcial foi novamente marcada pelo desequilíbrio dominicano. A equipe voltou a pecar no passe (ao total, foram 4 aces do Brasil contra apenas 1 do rival) e cometeu falhas significativas, principalmente no serviço e no sideout. A seleção brasileira, em contrapartida, permaneceu aguerrida em quadra, arrumou a recepção e manteve a virada de bola regular – ainda que concentrada nas extremidades com Gabi na entrada e Lorenne pela saída.

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Na última parcial, novamente parelha, ambos os times demonstraram alguma fragilidade na recepção, mas os erros das comandadas de Kwiek – tanto no saque quanto na virada de bola – acabaram pesando bastante para o desfecho da partida a favor do Brasil. No total, foram 26 pontos dados em falhas contra 17 das brasileiras.

A maior pontuadora do jogo foi a ponteira Gabi com 21 acertos, seguida por Lorenne, que fez 18. No lado adversário, Brayelin Martinez e Bethania De La Cruz se destacaram com 19 e 18 bolas no chão, respectivamente.

Com o triunfo, a seleção somou 12 pontos e, com os demais resultados do dia, permaneceu na sexta posição. O próximo compromisso das brasileiras será contra as donas da casa nesta terça-feira (24), às 7h20. As japonesas ocupam agora a sétima colocação na competição, contabilizando três vitórias e quatro derrotas.

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Kwiek fala da sorte de Castillo e diz que líbero está bem após acidente http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/24/kwiek-fala-da-sorte-de-castillo-e-diz-que-libero-esta-bem-apos-acidente/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/24/kwiek-fala-da-sorte-de-castillo-e-diz-que-libero-esta-bem-apos-acidente/#respond Sat, 24 Aug 2019 09:00:59 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18155

Com passagens pelo voleibol brasileiro, Castillo é considerada uma das melhores líberos do mundo na atualidade (Foto: Divulgação/FIVB)

O momento de alegria decorrente do nascimento da filha e das boas atuações da seleção da República Dominicana no cenário internacional, com direito a sufoco no Brasil durante o Pré-Olímpico e título nos Jogos Pan-americanos, por pouco não se transformou em tragédia para Brenda Castillo. Considerada uma das melhores, senão a melhor, líbero do mundo na atualidade, ela sofreu um acidente de carro no último domingo (18), quando voltava com o marido de uma viagem entre a cidade de Las Terrenas de Samaná para a capital Santo Domingo.

Em entrevista exclusiva ao Saída de Rede, o brasileiro Marcos Kwiek, técnico da seleção dominicana feminina, contou que já teve a oportunidade de conversar com a ex-atleta do Vôlei Bauru, que, inclusive, já superou do susto que viveu. “Ela está muito bem”, destacou o treinador. “Foi um acidente, estava chovendo e o carro aquaplanou”, complementou.

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Com uma fratura no terço inferior do braço esquerdo, Castillo precisou passar por uma cirurgia de duas horas na última segunda-feira (19) para a implantação de uma placa especial anatômica de titânio. Um procedimento sério, mas bem sucedido. “Não foi nada muito grave perto do que poderia ter acontecido”, comentou um aliviado Kwiek.

Castillo precisou passar por cirurgia por conta de fratura no braço esquerdo (Foto: Reprodução Hoy Digital)

A previsão de volta aos treinos da líbero é de seis a oito semanas, a depender da consolidação da fratura. Para além da saúde da atleta, Kwiek, porém, pensa com calma. “Vamos trabalhar tranquilos e seguir os protocolos. O nosso foco é o Pré-Olímpico (em janeiro)“, destacou o brasileiro, referindo-se à repescagem continental, última chance de a equipe conseguir uma vaga em Tóquio 2020.

Nas próximas semanas, o time disputará a Copa do Mundo no Japão (14 a 29 de setembro) e o Campeonato regional da Norceca (países da América Central e do Norte), entre 6 e 14 de outubro.

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No sufoco, Brasil bate Rep. Dominicana e se classifica para a Olimpíada http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/03/brasil-rep-dominicana-pre-olimpico-toquio/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/03/brasil-rep-dominicana-pre-olimpico-toquio/#respond Sat, 03 Aug 2019 15:35:00 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17906

Lorenne foi o destaque do jogo nos primeiros sets, mas depois não conseguiu manter o ritmo (Foto: Divulgação/FIVB)

Em mais um duelo repleto de emoções, a seleção brasileira feminina de vôlei garantiu a classificação para a Olimpíada de Tóquio ao, no início da tarde deste sábado (3), bater a República Dominicana por 3 sets a 2. As parciais do jogo, disputado em Uberlândia (MG), foram 25-22, 25-19, 23-25, 18-25 e 15-10.

Depois de um início tranquilo, no qual deu a sensação de que faria um 3 a 0 com facilidade, a seleção brasileira teve problemas após a estabilização do passe dominicano, causado pela ida da ponteira Prisilla Rivera para o banco de reservas. Passou então a brilhar a estrela de Brayelin Martinez, que terminou o jogo com 20 pontos.

Para complicar, o técnico Marcos Kwiek ainda conseguiu acertar a marcação sobre a oposta Lorenne, que foi o destaque absoluto da primeira metade da partida, período em que fez a maior parte de seus 22 pontos. O aumento da pressão foi sentido pela jovem atacante e pela levantadora Macris, que passou a errar a precisão de bolas também para as outras atacantes. Não bastasse isso, o bloqueio ficou perdido em quadra.

O técnico José Roberto Guimarães tentou reagir, colocando Natália no lugar de Tandara, que mais uma vez iniciou o jogo como ponteira. A ex-atleta do Minas, porém, visivelmente estava longe de sua melhor condição física, já que vem de uma lesão na panturrilha sofrida na final da Liga das Nações. O tie-break foi inevitável.

Martinez passou a brilhar a partir do terceiro set e quase complicou o BrasilDiante de um adversário empolgadíssimo e com chances reais de fazer história, a tensão era palpável no ginásio Sabiázinho. Se não vencesse, o Brasil teria que disputar um Pré-Olímpico continental em janeiro, o que não só atrapalharia a preparação rumo aos Jogos Olímpicos como também prejudicaria a Superliga, dada a necessidade de treinar as principais jogadoras do Brasil.

As primeiras jogadas, de fato, foram truncadas, mas a partir da metade da parcial, as donas da casa engataram uma sequência de pontos e pularam à frente, acordando a torcida. Ao lado da levantadora Roberta, Tandara então voltou para o jogo, desta vez como oposta, posição que está acostumada a jogar. Gabi também cresceu quando mais se precisou dela e a torcida finalmente pôde respirar aliviada após um ataque pelo meio de Mara, lance que garantiu a vaga em Tóquio.

No vôlei masculino, a seleção brasileira buscará sua vaga entre os dias 9 e 11 de agosto, encarando Bulgária, Porto Rico e Egito num quadrangular que dará vaga apenas ao vencedor. A disputa será em Varna (Bulgária).

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Venda de ingressos para o Pré-Olímpico em MG começa nesta segunda (22) http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/22/venda-de-ingressos-para-o-pre-olimpico-em-mg-comeca-nesta-segunda-22/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/22/venda-de-ingressos-para-o-pre-olimpico-em-mg-comeca-nesta-segunda-22/#respond Mon, 22 Jul 2019 09:00:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17751

Seleção feminina se prepara para a disputa do torneio que dará uma vaga em Tóquio-2020 (Foto: Divulgação/FIVB)

Medalha de prata na Liga das Nações, a seleção brasileira feminina de vôlei segue em preparação para o Pré-Olímpico, o torneio mais importante da temporada, que será disputado entre os dias 1º e 3 de agosto na Arena Sabiazinho, em Uberlândia (MG).

A venda online de ingressos exclusivamente para clientes do Banco do Brasil começa nesta segunda-feira (22) e segue até a quarta (24). Já o público em geral poderá comprar na internet a partir da próxima quinta (25). O ginásio do Sabiazinho terá bilhetes disponíveis no sábado (27). Os preços estão entre R$80 e R$40 a inteira, com meia-entrada.

Em busca de uma vaga na Olimpíada de Tóquio no ano que vem, a equipe de José Roberto Guimarães abre a competição classificatória no grupo D contra Camarões na quinta-feira (1º), às 14h15. Na sexta (2), a seleção enfrenta o Azerbaijão no mesmo horário.

O time azeri tem entre seus principais destaques a ponteira/oposta Jana Kulan, que se tornou em abril a recordista mundial de pontos anotados em uma partida, e a oposta Polina Rahimova, antiga detentora do recorde e novo reforço do Sesi Bauru para esta temporada.

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O último compromisso do time verde-amarelo será no sábado (3), às 10h, contra a República Dominicana, equipe comandada pelo brasileiro Marcos Kwiek, que derrotou o Brasil na Liga das Nações. Foi a primeira vitória das caribenhas sobre as brasileiras em competições organizadas pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

Entre outras boas peças, as dominicanas contam com a ponta Brayelin Martinez, quarta maior pontuadora da Liga das Nações e reforço do Dentil Praia Clube para a temporada 2019/2020 de clubes.

O campeão deste quadrangular carimba o passaporte rumo ao Japão de maneira antecipada. Quem não conseguir a vaga no torneio terá uma nova chance nos classificatórios continentais que serão realizados em janeiro de 2020. Todas as partidas do Brasil no Pré-Olímpico terão transmissão da Rede Globo.

Já o o Pré-Olímpico masculino acontece na semana seguinte – entre 9 e 11 de agosto. Na chave A, o time de Renan Dal Zotto buscará a vaga em Varna, na Bulgária, jogando contra os donos da casa, o Egito e Porto Rico.

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Kwiek, após vitórias surpreendentes das dominicanas: “um degrau por vez” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/04/kwiek-apos-vitorias-surpreendentes-das-dominicanas-um-degrau-por-vez/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/04/kwiek-apos-vitorias-surpreendentes-das-dominicanas-um-degrau-por-vez/#respond Tue, 04 Jun 2019 09:00:45 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17025

Comandante da seleção feminina da República Dominicana, o brasileiro Marcos Kwiek prega cautela diante dos bons resultados (Fotos: Divulgação/FIVB)

Uma das surpresas desta edição da Liga das Nações feminina tem sido, sem dúvida, o desempenho da República Dominicana, seleção desafiante que fechou a segunda etapa na 9ª posição na fase classificatória do torneio. Afinal, a equipe, comandada pelo brasileiro Marcos Kwiek desde 2008, vem quebrando escritas e derrubando rivais tradicionais – ainda que desfalcados –, com uma campanha surpreendente.

Na primeira semana de competição, disputada em Brasília (DF), o conjunto dominicano fez história ao superar a Rússia e o Brasil – que será adversário das caribenhas no Pré-Olímpico de agosto – pela primeira vez em competições organizadas pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB). Logo em seguida, na segunda etapa sediada na Itália, derrotou a seleção norte-americana, atual campeã do campeonato que substitui o antigo Grand Prix.

Em entrevista ao Saída de Rede, o técnico Kwiek falou sobre o bom momento vivido por seu time – tradicionalmente conhecido pelo enorme potencial físico e também pela instabilidade técnica e emocional –, além de ter apontado quais são as perspectivas da República Dominicana para a disputa de uma vaga em Tóquio-2020 no torneio classificatório que acontecerá no Brasil.

Décima colocada no ranking da FIVB, a equipe terminou a Liga das Nações do ano passado na 14ª posição. Ex-assistente técnico de José Roberto Guimarães na seleção brasileira, Marcos Kwiek tenta, assim, o segundo pódio em uma competição de nível mundial com as dominicanas, já que conquistou o 3º lugar na Copa dos Campeões em 2009. Para ele, mais relevante do que a satisfação pelo triunfo sobre equipes do primeiro escalão do vôlei internacional nesta edição, é a possibilidade de incentivar ainda mais a prática do esporte no país.

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“Vencer equipes fortes e tradicionais é sempre motivo de grande felicidade para nós, independentemente dos elencos que elas tenham. O Brasil, a Rússia ou os Estados Unidos com times B ou C não importa muito porque a realidade desses países é bastante diferente da nossa. São equipes sempre muito fortes pela quantidade de atletas que eles possuem. Procurando muito, eu tenho hoje um universo de trinta jogadoras, mas não são todas do mesmo nível. São trinta já mesclando atletas do infanto, do juvenil e da seleção adulta. Então, a nossa realidade é totalmente diferente”, explica o treinador que, mesmo neste cenário de escassez, levou a República Dominicana ao inédito 5º lugar no Campeonato Mundial de 2014 (no torneio de 2018, as caribenhas terminaram em 9º).

“São muito importantes [as vitórias sobre grandes seleções] porque você acaba fomentando o esporte no país. Quanto mais promovermos isso, melhor será para nós porque aí vamos conseguir captar mais jogadoras que possam ver a seleção como um espelho. As mais novinhas que vejam essas atletas e comecem a jogar voleibol. Então, três, quatro ou cinco jogadoras que se apaixonem pelo vôlei e comecem a praticar já será um número extraordinário para nós”, complementa.

Contudo, apesar das vitórias contra rivais de peso nas duas primeiras etapas da Liga das Nações, a República Dominicana ainda não foi suficientemente regular para estar na zona de classificação da fase final, que será disputada em Nanquim, na China. Por isso, para o treinador, é preciso manter os pés no chão.

“Somos uma equipe desafiante. Sabemos da nossa realidade e potencial. O vôlei na República Dominicana é muito novo. É uma seleção muito nova no cenário internacional, um time que tem mais ou menos 15 anos jogando em alto nível. E a gente conseguiu permanecer entre as 10 melhores do mundo no ranking, independente de você achar justo ou não o ranking, o que pra gente é muita coisa. Se você observar bem, as seleções que estão à nossa frente têm realidades muito distintas. (…) Temos consciência de que podemos alcançar muitas coisas ainda, mas precisamos dar um passo de cada vez”, explica.

Além disso, Kwiek afirma que a juventude da equipe caribenha pode ser um entrave à busca por mais consistência. O segredo, portanto, é dar mais bagagem às atletas.

Dominicanas venceram as brasileiras pela primeira vez em competições oficiais da FIVB (Foto: Divulgação/FIVB)

“A gente quer ter uma constância, subir um degrau por vez. Esse ano nós estamos jogando em um bom nível, mas é um time muito novo em idade, não em experiência. Das trinta jogadoras, eu tenho só quatro com mais de 30 anos de idade. As pessoas falam que a República Dominicana tem a mesma equipe há dez anos, mas é porque começamos a lançar atletas muito novas por não termos quantidade. Por exemplo, a [ponteira] Brayelin Martinez começou a jogar na seleção principal com 15 e hoje ela tem só 22 anos. Como eu vou renovar? A [líbero] Brenda [Castillo] tem 25. A [central] Jineiry Martinez tem 21, a [ponteira] Yonkaira Peña acabou de fazer 25. Então eu tenho time para mais um ciclo porque a nossa renovação foi feita dois ciclos atrás”, destaca.

“Por isso, é importante continuar dando rodagem a essas atletas para que elas cresçam individualmente. O objetivo é que o próximo passo seja a melhora coletiva com um padrão de jogo estabelecido, uma consistência para jogar de igual para igual. Hoje nós temos um time competitivo que faz um jogo maravilhoso e outro não tão bom, mas é justamente pela imaturidade delas. Conseguimos ter uma constância grande diante de adversários do mesmo nível que o nosso, mais intermediário. O nosso problema é manter a regularidade o tempo inteiro em jogos contra times muito superiores ao nosso”, acrescenta.

Em relação ao torneio Pré-Olímpico, Marcos Kwiek prevê uma disputa difícil contra a seleção brasileira na chave D. Além disso, faz questão de ressaltar que dificuldades também poderão surgir contra as outras equipes, como Camarões e Azerbaijão.

“A gente tem que pensar primeiro em Camarões, depois no Azerbaijão, que é um time muito forte também, para depois a gente se preocupar com o Brasil. Óbvio que em um Pré-olímpico de três dias, com jogos seguidos, não dá para você se preparar para cada um. Mas estamos usando esse tempo para pensar um dia após o outro e em cada adversário. Sabemos da dificuldade, que vamos precisar estar em um nível altíssimo para sonhar com alguma coisa. Se o Brasil estiver com os seus 100% acho que a disputa vai ficar bem difícil, mas vamos lutar”, concluiu Kwiek.

Colaborou Carolina Canossa

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Apesar do brilho de Gabi, Brasil perde para a República Dominicana http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/22/apesar-do-brilho-de-gabi-brasil-perde-para-a-republica-dominicana/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/22/apesar-do-brilho-de-gabi-brasil-perde-para-a-republica-dominicana/#respond Thu, 23 May 2019 01:53:55 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16838

A ponteira Gabi começou mal, mas se recuperou e marcou 29 pontos no confronto (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Adversária do Brasil no Pré-Olímpico de agosto que dará uma vaga para os Jogos de Tóquio, em 2020, a República Dominicana, comandada pelo brasileiro Marcos Kwiek, derrotou a seleção brasileira feminina de vôlei nesta quarta-feira (22) por 3 sets a 1 (parciais de 22-25, 20-25, 25-22 e 28-26) na segunda rodada da etapa de abertura da Liga das Nações, em Brasília (DF). Repetindo o que aprontou nesta terça-feira, contra da Rússia, o time caribenho fez história e venceu o Brasil pela primeira vez em competições organizadas pela FIVB.

A seleção brasileira entrou em quadra com a mesma formação do jogo de estreia, com Macris na armação, Amanda e Gabi na entrada, Mara e Bia pelo meio, Paula Borgo na saída de rede e Léia como líbero.

Entretanto, diferentemente do confronto da estreia contra a equipe chinesa, o Brasil não começou bem a partida contra as dominicanas. Sofrendo com o saque agressivo e o bom volume de jogo do adversário, a seleção brasileira teve um desempenho muito ruim no ataque na primeira parcial.

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Para se ter uma ideia das dificuldades do time de José Roberto Guimarães na virada de bola, a ponteira Gabi, destaque absoluto das brasileiras no jogo anterior, marcou apenas 1 ponto no primeiro set. No total, foram 15 a 9 para as caribenhas no ataque na primeira parcial. O “estrago” só não foi maior porque as dominicanas cederam 8 pontos em falhas à equipe verde e amarela.

Pressionada, a seleção brasileira cometeu vários erros de saque e de ataque, especialmente no segundo set. O técnico Zé Roberto chegou a testar, sem sucesso, a ponteira Julia Bergmann no lugar de Amanda e Lorenne substituindo Paula Borgo. Por outro lado, com a equipe praticamente completa (mas com uma baixa importante da líbero Brenda Castillo), Marcos Kwiek contou com uma ótima performance da oposta Brayelin Martínez, que colocou 18 bolas no chão.

Um pouco mais equilibrado emocional e tecnicamente, o time brasileiro reagiu na terceira parcial, se aproveitando do crescimento de Gabi, que chamou novamente a responsabilidade e fez impressionantes 29 pontos ao total no confronto. Com isso, chegou a abrir 12-5 no set. Entretanto, sem demonstrar a habitual instabilidade diante da seleção brasileira, a República Dominicana mostrou força e, com um sistema defensivo bem ajustado e a potência do seu ataque, quase fechou a partida em sets diretos.

Equipe dominicana, que tradicionalmente “treme” diante do Brasil, mostrou personalidade e derrotou a seleção pela primeira vez em jogos oficiais da FIVB (Foto: Divulgação/FIVB)

Com um saque mais forçado na quarta parcial, o Brasil passou a testar mais a inconstante linha de passe caribenha, que começou a ter mais dificuldades para entregar as bolas nas mãos da levantadora Marte. Além disso, a oposta Martinez, que vinha fazendo a diferença, caiu de produção a partir da reta final do terceiro set. Contudo, a República Dominicana voltou a mostrar volume de jogo, crescendo no bloqueio (foram 13 pontos neste fundamento contra 6 do Brasil) e no ataque, especialmente com a passadora De La Cruz, responsável por 20 acertos, freando a reação brasileira.

Apesar do revés, é fundamental ressaltar que a seleção brasileira está apenas no começo da temporada, atuando com um grupo renovado e sem algumas de suas peças mais importantes, entre elas, Natália, Carol e Tandara, que deverão se juntar ao grupo nas próximas etapas da Liga das Nações. Além disso, é importante que a comissão técnica permaneça investindo nas trocas, testando as novatas, para que a equipe ganhe corpo e consiga formar um padrão de jogo visando a fase final do torneio e, obviamente, o Pré-Olímpico de agosto, a competição mais relevante.

De qualquer modo, vale destacar, a primeira derrota para a República Dominicana, que cruzará o caminho da seleção brasileira na disputa por uma vaga em Tóquio, acende um sinal de alerta e demonstra que o torneio classificatório não deverá ser fácil.

Encerrando esta primeira semana do torneio, a seleção brasileira volta ao ginásio Nilson Nelson para enfrentar a Rússia nesta quinta-feira (23). A equipe europeia conquistou os três primeiros pontos no campeonato ao superar a China nesta quarta-feira por 3 sets a 1 (22-25, 25-16, 16-25 e 23-25).

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Saque efetivo quebra passe dominicano e Brasil vence a segunda no Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/30/saque-efetivo-quebra-passe-dominicano-e-brasil-vence-a-segunda-no-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/30/saque-efetivo-quebra-passe-dominicano-e-brasil-vence-a-segunda-no-mundial/#respond Sun, 30 Sep 2018 06:31:11 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14553

Crédito: Divulgação/FIVB

Por Daniel Rodrigues

Atuando em Hamamatsu (Japão), a seleção feminina não teve dificuldades para alcançar o segundo triunfo no Campeonato Mundial. Após uma estreia tranquila contra Porto Rico, as brasileiras mantiveram o bom padrão de jogo e derrotaram as dominicanas em sets diretos e parciais de 25-15, 25-20 e 25-22, no início deste domingo (30).

O técnico José Roberto Guimarães manteve a formação do primeiro desafio da competição, escalando Dani Lins, Tandara, Fernanda Garay, Gabi, Carol, Bia e a líbero Suelen. No decorrer da disputa, Roberta e Rosamaria entraram nas inversões de rede, além da ponteira Natália, utilizada para sacar e fazer o fundo de quadra. A central Adenizia também entrou no final do terceiro set, substituindo Carol e pontuando três vezes em bloqueios.

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A relação saque e bloqueio foi o ponto alto do Brasil no confronto contra as caribenhas. Foram 6 aces contra nenhum das rivais, além de 14 pontos em bloqueios e somente seis da República Dominicana. A efetividade no saque merece ser destacada, pois além de propiciar pontos diretos, também quebrou o passe das adversárias na maior parte do jogo, facilitando o trabalho do bloqueio, que já antecipava a marcação diante das fortes atacantes dominicanas.

A recepção das brasileiras ainda oscilou um pouco, principalmente no início da partida, e precisará melhorar para o decorrer do torneio. No entanto, quando o fundamento funcionou, a levantadora Dani Lins conseguiu variar as jogadas e ditar um ritmo bastante acelerado a todas suas companheiras.

Entre os destaques individuais, as maiores pontuadoras foram Gabi, com 15 pontos (14 em ataques e um em saque), seguida pela oposta Tandara, com 14 (10 em ataques e quatro em bloqueios). A líbero Suelen também merece ser ressaltada, responsável por importantes defesas e passes bem colocados, quando recebeu os saques das adversárias. Entre as dominicanas, a oposta Gaila Gonzalez foi a grande anotadora, com 10 pontos, a frente de Peña, jogadora do Sesc-RJ, que entrou durante a segunda parcial e pontou 9 vezes.

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O resultado desta madrugada leva o Brasil ao topo do Grupo D, com 6 pontos e 100% de aproveitamento. As comandadas de Zé Roberto volta à quadra na segunda-feira (01), às 07h30 (horário de Brasília), quando enfrentarão a Sérvia, no embate que deverá decidir o primeiro lugar da chave.

O SporTv 2 transmite o Mundial feminino de vôlei. Confira a programação do canal para a primeira semana de disputas:

Domingo (30)
7h20 – Turquia x China

Segunda (1)
7h20 – Sérvia x Brasil

Terça (2)
7h20 – EUA x Coreia do Sul

Quarta (3)
7h20 – Quênia x Brasil

Quinta (4)
7h20 – Brasil x Cazaquistão

 

 

 

 

 

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Vitória fácil evidencia diferenças no trabalho de brasileiros e dominicanos http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/05/24/vitoria-facil-evidencia-diferencas-no-trabalho-de-brasileiros-e-dominicanos/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/05/24/vitoria-facil-evidencia-diferencas-no-trabalho-de-brasileiros-e-dominicanos/#respond Thu, 24 May 2018 21:45:27 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=13531

Brasil assumiu a segunda colocação na tabela após segunda semana da Liga das Nações (Foto: Divulgação/FIVB)

Foi mais tranquila do que imaginado. Apesar da força de suas principais atacantes, a República Dominicana ainda peca demais quando o assunto é manter a cabeça fria, seja para apelar para a técnica para colocar a bola no chão, seja para não cometer uma série de erros bobos que permitem ao adversário escapar no placar ao longo de um set.

Bastou ao Brasil fazer o mínimo, ou seja, estudar as Brayelin Martinez e Yonkaira Peña, além de sacar razoavelmente bem e pronto: venceu com sobras por 3 sets a 0, parciais de 25-20, 25-10 e 25-13, pela fase classificatória da Liga das Nações feminina. Uma olhada nas estatísticas deixa clara a falta de capricho e de alternativas da equipe comandada pelo brasileiro Marcos Kwiek: dos 43 pontos feitos pelas dominicanas, 67,4% vieram do ataque (para efeito de comparação, o índice na seleção verde-amarela ficou em 41,3%). As comandadas do José Roberto Guimarães ainda ganharam 22 pontos (quase um set inteiro!) em erros das adversárias.

Isso sem contar os pontos brasileiros decorrentes de erros de recepção, dados não disponibilizados pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei), mas que podem ser estimados pelos seis aces conseguidos pelas sul-americanas. Enquanto não mudar a mentalidade de que paciência e foco são tão importantes no vôlei quanto altura e potencial físico, a República Dominicana será o eterno time com potencial a ser explorado e resultados vexatórios na prática. Kwiek há anos tem se esforçado nesse sentido, mas patina.

Um bom exemplo da forma como Brasil e República Dominicana encara o vôlei é Amanda: jogadora razoável, mas com suas limitações, a ponteira tem sido bem orientada ao longo de sua carreira para explorar o que tem de melhor, o saque, a explorada no bloqueio e as largadas. Resultado: não só chegou à seleção brasileira, como tem pontuado bem neste início de Liga das Nações (foi a maior pontuadora do jogo desta quinta, com 14 pontos). Fosse dominicana, arrisco a dizer que também seria convocada para a seleção, mas já teria sido engolida por essa espiral de desatenção que mina a equipe.

As três vitórias da semana levaram a seleção brasileira para a segunda colocação na Liga das Nações, atrás apenas dos Estados Unidos. Agora, o time deixa a Turquia rumo à Holanda, onde entre 29 e 31 de maio, encara Coreia do Sul, Polônia e as donas da casa. Antepenúltimas na tabela, as dominicanas terão pela frente Alemanha, Tailândia e Estados Unidos após uma longa viagem até Bangcoc.

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No caminho da renovação, Brasil vai bem no teste contra Rep. Dominicana http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/31/no-caminho-da-renovacao-brasil-vai-bem-no-teste-contra-rep-dominicana/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/31/no-caminho-da-renovacao-brasil-vai-bem-no-teste-contra-rep-dominicana/#respond Wed, 31 May 2017 18:00:48 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7440

Brasileiras comemoram vitória de virada sobre dominicanas (fotos: Michael Dantas/MPIX/CBV)

Numa partida em que o resultado deve ficar em segundo plano, dá para fazer, com algumas ressalvas, uma avaliação positiva do amistoso dessa terça-feira (30) à noite, em Manaus, entre Brasil e Rep. Dominicana. Se o duelo começou em marcha lenta, pelo lado brasileiro, e terminou com os dois sextetos dando sinais de cansaço, é preciso lembrar que a temporada de seleções está apenas começando e a parte física ainda está longe do ideal.

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O Brasil venceu sua primeira partida no ano (e do ciclo olímpico para Tóquio 2020) por 3 sets a 1, em parciais de 21-25, 25-20, 25-19, 25-21. A seleção atuou a maior parte do tempo com o time que iniciou a partida, com a levantadora Roberta, a oposta Tandara, as ponteiras Natália e Drussyla, as centrais Carol e Adenízia e a líbero Suelen.

Durante a partida técnico Zé Roberto pôs em quadra duas inversões distintas: nos dois primeiros sets, a armadora Naiane entrou junto com Fernanda Tomé e, no terceiro, com Edinara. A ponta Amanda ainda teve algumas passagens pelo saque e, quase no fim da partida, Rosamaria entrou para bloquear, mas não demorou muito em quadra. Ou seja, com apenas três jogadoras com experiência olímpica no currículo foram acionadas pelo treinador – Tandara, Natália e Adenízia. Esse é o caminho de quem quer (e precisa) renovar o plantel.

Do lado dominicano, o técnico Marcos Kwiek, que não convocou a líbero Brenda Castillo e a ponta/oposto Bethania De La Cruz para os amistosos, deixou a ponteira Brayelin Martinez, principal jogadora da seleção, apenas dois sets em quadra – o suficiente para ela ser o destaque de sua equipe.

Brayelin Martinez passa pelo bloqueio triplo: força no ataque

Na parcial de abertura, enquanto Roberta preocupava-se em distribuir bolas para todas as atacantes, mas só encontrava alguma eficiência em Adenizia e Carol, a caribenha Marte, hesitando nas bolas para a saída, logo percebeu nas cortadas de Brayelin – que pode vir defender o Bauru na próxima temporada – um atalho para a vitória no set. Mesmo caçada na recepção, a ponteira conseguiu se sobressair graças ao alcance e à potência de seu ataque.

Já no segundo set, quando Tandara – que passa toda a temporada de clubes como ponteira, só jogando como oposta nos meses em que serve à seleção –, se tornou mais efetiva no ataque, o jogo mudou de figura.

Roberta passou a jogar com Tandara e abandonar, por um certo período, a bola para a entrada de rede. Quando o bloqueio dominicano parecia haver esquecido Natália e Drussyla, eis que a levantadora brasileira voltou a distribuir o jogo com mais homogeneidade – o que compensou, até, o desentrosamento da levantadora com algumas das companheiras e a consequente falta de precisão em algumas jogadas.

Apesar de uma excessiva quantidade de erros nesse quesito, o saque brasileiro conseguiu quebrar o passe dominicano, o que tornou o jogo das caribenhas mais lento. Já bem marcada pelo sistema defensivo rival, Brayelin Martinez deixou a partida ao final do segundo set, quando o time verde-amarelo conseguia vencer ralis com mais frequência.

Melhor seleção da Europa, Sérvia tritura adversários e está no Mundial feminino 2018

Com algumas jogadas que levantaram o público, o Brasil chegou venceu o terceiro set e virou a partida. Sem a melhor jogadora dominicana em quadra e com as brasileiras ainda em busca da melhor da forma física, o ritmo do jogo caiu na quarta parcial, a última da noite, a que sacramentou a vitória do time comandado por Zé Roberto.

Brasileiras e dominicanas voltam à quadra na quinta-feira, em Belém, às 21h30 (horário de Brasília), para o segundo e último confronto da série. RedeTV! e SporTV transmitem o amistoso.

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Qual é a situação de Sheilla, Mari, Jaqueline e Paula no mercado? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/29/qual-e-a-situacao-de-sheilla-mari-jaqueline-e-paula-no-mercado/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/29/qual-e-a-situacao-de-sheilla-mari-jaqueline-e-paula-no-mercado/#respond Mon, 29 May 2017 09:00:22 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7413

Paula, Sheilla e Jaqueline, bicampeãs olímpicas. Mari, ouro em Pequim 2008 (fotos: FIVB)

Elas estiveram presentes em grandes momentos do voleibol brasileiro, têm lugar cativo na memória do torcedor e ainda animam uma legião de fãs, que constantemente perguntam ao Saída de Rede onde as quatro irão jogar na temporada 2017/2018. A oposta Sheilla Castro, 33 anos, a ponta/oposta Marianne Steinbrecher, 33, e as ponteiras Jaqueline Carvalho, 33, e Paula Pequeno, 35, estão à disposição no mercado e a gente conta para você, sem revelar valores, qual é a situação de cada uma.

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Sheilla Castro
Bicampeã olímpica, Sheilla Castro não jogou na temporada de clubes recém-encerrada. Após a eliminação do Brasil pela China nas quartas de final da Rio 2016, ela deu adeus à seleção e anunciou que tiraria um ano sabático. Nos dois períodos anteriores, havia jogado pelo time turco VakifBank. Foi titular no primeiro ano, mas no segundo ficou como reserva da holandesa Lonneke Sloetjes – às vezes sequer era escalada como suplente pelo técnico Giovanni Guidetti.

Um dos maiores empecilhos à contratação de Sheilla no Brasil é o alto valor pedido pela atleta, fora do alcance mesmo dos clubes de maior orçamento. O Vôlei Nestlé já tem duas opostas, Paula Borgo e Lorenne. O Dentil/Praia Clube busca uma estrangeira para a posição e, de qualquer forma, já conta com o máximo de duas atletas ranqueadas pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) com o teto da pontuação (sete pontos), a central Fabiana Claudino e a ponta Fernanda Garay – Sheilla e outras oito jogadoras estão no topo do ranking. O Sesc RJ (antigo Rexona-Sesc) já renovou com a oposta Monique e não tem espaço para a veterana. O Camponesa/Minas, desde o fim da temporada, tinha a americana Destinee Hooker como prioridade e renovou com ela. O Hinode/Barueri aguarda um co-patrocinador e foca numa estrangeira para a posição – o técnico José Roberto Guimarães tem à disposição uma relação com quatro nomes, todas com custo inferior ao de Sheilla, sendo uma europeia a primeira da lista.

Segundo uma fonte consultada pelo SdR, ainda que fosse reduzido pela metade, o valor pedido por Sheilla Castro “seria considerado irreal”. A mesma fonte comentou que, embora a prioridade dela seja permanecer no país, os mercados italiano e asiático não foram descartados.

Jaqueline entrou em quadra no returno da Superliga 2016/2017 e ajudou o Minas (foto: Orlando Bento/MTC)

Jaqueline Carvalho
Outra do grupo das bicampeãs olímpicas e das ranqueadas com sete pontos pela CBV, a ponta Jaqueline Carvalho não tem pressa. Embora seja considerada uma das principais ponteiras-passadoras do mundo por técnicos do quilate de Bernardinho, Zé Roberto e do americano Karch Kiraly, seu custo comprometeria a maioria dos orçamentos no Brasil e ela não tem interesse em voltar a jogar no exterior agora.

Na temporada passada, a exemplo do período 2014/2015, pegou o bonde andando, mas mesmo assim ajudou o Camponesa/Minas a chegar às semifinais da Superliga. Entre uma e outra, na edição 2015/2016, teve um desempenho abaixo do usual no Sesi. Em entrevista ao Saída de Rede, publicada em fevereiro, ela avisou que não pretende parar e que, inclusive, segue à disposição da seleção. Além de enfatizar que quer acompanhar o dia a dia do filho – Arthur completou 3 anos em dezembro –, Jaqueline dá apoio ao marido, o bicampeão mundial Murilo Endres, que permanece no Sesi, agora como líbero. Ele foi pego no teste antidoping no início deste mês. A contraprova do exame de Murilo confirmou o resultado positivo para furosemida, um diurético que consta na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada).

Paula Pequeno
MVP de Pequim 2008 e presente na campanha de Londres 2012, a ponteira Paula Pequeno jogou as últimas quatro temporadas no Brasília Vôlei. A veterana despertou a atenção do Bauru, mas assim como o seu atual clube, o time paulista tem limitações orçamentárias. O Bauru perdeu a Genter como patrocinador master e busca outro parceiro – o anterior segue apoiando, mas agora apenas com uma cota. Na capital federal, a equipe de PP4 renovou com o Banco de Brasília (BRB), mas ainda aguarda a confirmação da permanência do co-patrocinador, a Terracap.

Tanto no interior paulista como no Planalto Central, Paula teria ainda a opção de trazer, caso consiga, um patrocinador e jogar pela equipe. Bauru terá certamente um time mais competitivo, mas ela é de Brasília, está bem instalada na cidade e isso também pode pesar. Parar não está nos planos da atacante, que foi peça importante para seu clube na última edição da Superliga. Em janeiro, ela disse ao SdR: “Enquanto meu físico aguentar e eu amar o voleibol do jeito que amo, vou estar aqui dentro”.

Mari durante aquecimento numa partida da Superliga 2016/2017 (foto: Neide Carlos/Vôlei Bauru)

Marianne Steinbrecher
Titular na campanha do ouro olímpico em 2008, Marianne Steinbrecher também não pensa em parar. “Eu acho que fisicamente, apesar dos contratempos, ainda tô super tranquila pra jogar”, disse ao Saída de Rede, numa entrevista veiculada em março. Mari, que não renovou com Bauru, tem outras questões que dependem de ajustes com seu futuro clube. “Eu tenho que ver minha mãe, que agora é uma senhora paraplégica que mora sozinha, eu tenho todo um esquema um pouco diferente”, explicou na época ao blog. A mãe dela vive em Rolândia, no interior do Paraná, cidade onde a paulistana Mari foi criada. Quando a equipe do interior paulista a contratou, o técnico Marcos Kwiek deu seu aval para que ela se ausentasse quando fosse preciso. A ponta/oposta foi reserva de Bruna Honório na Superliga 2016/2017. Seu destino na próxima temporada permanece indefinido.

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