Luizomar de Moura – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Com tie-break arrasador, Sesc bate Osasco no clássico e segue invicto http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/30/com-tie-break-arrasador-sesc-bate-osasco-no-classico-e-segue-invicto/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/30/com-tie-break-arrasador-sesc-bate-osasco-no-classico-e-segue-invicto/#respond Sat, 30 Nov 2019 03:10:01 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19207

Equipe carioca passou por momentos de incerteza na partida, mas venceu o rival em um tie-break espetacular (Foto: Marcio Mercante)

No grande clássico do vôlei brasileiro, válido pela sexta rodada da Superliga feminina, o Sesc-RJ visitou o Osasco Audax na noite desta sexta-feira (29). Até então invictas, as duas equipes fizeram um jogo igual até o quarto set. Mesmo empurrado pela entusiasmada torcida que lotou o José Liberatti, o time de Luizomar de Moura, contudo, viveu um apagão na quinta e última parcial e acabou superado por parciais de 23-25, 25-21, 22-25, 25-21 e 5-15.

A partida ainda marcou o reencontro da levantadora Roberta, hoje titular em Osasco, com o Sesc, clube onde ela atuou durante nove anos. As maiores pontuadoras do jogo foram Tandara e Ana Bjelica, com 22 e 21 acertos, respectivamente.

O saque foi o fundamento mais utilizado como arma ofensiva por ambas as equipes desde o começo do duelo. Em um primeiro set bastante disputado, as donas da casa, entretanto, arriscaram mais e acabaram mostrando maior eficiência, quebrando a recepção carioca. Deste modo, explorando a fragilidade do passe de Drussyla e Amanda, o selecionado osasquense abriu 12 a 6.

As comandadas de Bernardinho, no entanto, não esmoreceram e reagiram a partir da metade do set. As representantes do Rio diminuíram a quantidade de erros, investiram em um serviço mais direcionado e apostaram principalmente nas boas coberturas de defesa que geraram contra-ataques bem aproveitados. A virada de bola também cresceu no fim da parcial, propiciando a reviravolta.

Assim como na etapa anterior, Osasco começou melhor. Mais regular na recepção e no ataque – sobretudo com as ponteira Jaqueline e Ellen -, as paulistas impuseram logo 17 a 10 no marcador. Do outro lado da quadra, o Sesc não se encontrava a fim de reverter novamente a situação.

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Passando por momentos de instabilidade na sua virada de bola com a central Juciely e a oposta Tandara, o grupo visitante também não contou com uma boa performance de Drussyla, que seguiu pecando tanto no passe quanto no sideout ao enfrentar excessivamente o bloqueio – somente neste fundamento, Osasco fez 7 pontos contra 3 do adversário no set.

Em um terceiro set mais equilibrado, o Sesc melhorou o aproveitamento no sistema ofensivo. Os dois times continuaram se sobressaindo na defesa, gerando ralis muito bem disputados. O Rio, contudo, contou com um desempenho mais regular de Tandara e Juciely no ataque. O saque e o bloqueio também acabaram fazendo a diferença a favor da equipe de Bernardinho.

Com tanta rivalidade, a temperatura subiu um pouco na quarta etapa. Em um jogo de alternâncias e muitas provocações de parte a parte, além da tensão com a arbitragem, o Sesc voltou a cometer erros bobos e a sofrer com a virada de bola, parando diversas vezes no bloqueio osasquense. Em oposição, destaque para a sérvia Ana Bjelica, que atuou em sua função de origem – na saída de rede – e foi a bola de segurança de Roberta a partir do terceiro set.

Diante de tanto equilíbrio, esperava-se uma última parcial também bastante parelha. No entanto, iniciando o tie-break de forma espetacular, o Sesc colocou rapidamente 10 a 3 no placar e não deu qualquer chance ao arquirrival no José Liberatti.

Com um saque mais regular e se valendo da performance de uma Juciely inspirada no sideout, as visitantes passaram a tocar em todas as bolas, imprimindo ótimo volume de jogo, o que desestabilizou completamente o ataque osasquense. Com o triunfo, a equipe quebrou a invencibilidade do adversário e manteve a ponta na Superliga feminina.

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Em duelo histórico, São Paulo bate Osasco e ganha inédito título paulista http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/09/em-duelo-historico-sao-paulo-bate-osasco-e-ganha-inedito-titulo-paulista/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/09/em-duelo-historico-sao-paulo-bate-osasco-e-ganha-inedito-titulo-paulista/#respond Sat, 09 Nov 2019 03:04:21 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19026

Equipe do São Paulo conquistou título inédito (Fotos: Rubiens Chiri/São Paulo FC)

Foi um jogo digno de uma grande final. Em uma batalha duríssima travada no ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), o São Paulo Barueri, jovem equipe comandada por José Roberto Guimarães – técnico da seleção brasileira feminina de vôlei -, fez história e bateu o rival em casa, em uma virada espetacular, conquistando o título do Campeonato Paulista pela primeira vez.

A equipe já havia demonstrado seu enorme potencial na competição ao vencer o até então favorito (e campeão) Sesi Bauru, em Bauru, em uma semifinal arrepiante. Não satisfeito, o time de Zé Roberto desafiou e derrotou em sets diretos mais um “grande”, o tradicional Osasco Audax, no jogo de ida da final, disputado em Barueri, na última quarta-feira (6). Acreditando que seria possível, o time voltou a vencer o adversário com autoridade, garantindo o troféu inédito. O placar foi de 3 a 2, com parciais de 25-22, 25-20, 24-26, 22-25 e 11-15.

Em um primeiro set já emocionante e disputado ponto a ponto, a inexperiente equipe do São Paulo não demonstrou o esperado nervosismo diante da barulhenta e apaixonada torcida de Osasco. O tricolor paulista jogou de igual para igual com o adversário, apresentando um bom volume de jogo e uma recepção bastante estável.

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O time de Luizomar de Moura, por outro lado, cometeu muitos erros – 11 no total contra 6 do rival -, mas acabou largando na frente no confronto se valendo da eficiência no bloqueio, que tocou em várias bolas, e da cubana Casanova, jogadora que foi o desafogo da levantadora Roberta na saída de rede ao anotar 8 pontos somente nesta parcial.

O bloqueio osasquense continuou perturbando o time de Zé Roberto na sequência da partida. Com muitas dificuldades na virada de bola, especialmente pela entrada de rede com Tainara e Maira, a equipe visitante também caiu no aproveitamento dos contra-ataques e se perdeu completamente na metade do segundo set, deixando o oponente abrir 17 a 7, a maior vantagem construída até então no jogo.

Apesar do atropelamento na segunda parcial, cabe ressaltar o trabalho realizado pelo sistema defensivo de Barueri, que subiu bolas importantes principalmente com a promissora líbero Nyeme. As comandadas de Zé Roberto ainda ensaiaram uma reação no set, sobretudo através da variação do saque e das boas combinações da armadora Juma com a meio de rede Mayany. Contudo, Osasco não deu chance ao azar e ampliou a vantagem com um erro da ponteira Maira.

Depois de ter sido dominado pelo oponente no set anterior, o São Paulo retornou melhor para o jogo. Desestabilizando a linha de recepção da equipe mandante com um saque acelerado – vale o destaque para a passagem da levantadora Juma pelo serviço –, o time cresceu no sideout e colocou uma diferença de 6 pontos na terceira parcial (12 a 6). O bloqueio tricolor, até então praticamente desaparecido na partida, também passou a funcionar a contento.

Tricolor paulista fez um grande jogo coletivo

O caldeirão do Liberatti, entretanto, voltou a ferver quando as donas da casa se recuperaram e empataram o jogo em 16 a 16. Com excelentes ralis, a parcial seguiu parelha até o fim. O São Paulo, no entanto, estabelecendo boa relação entre o bloqueio, em crescimento, e a defesa, acabou fazendo 2 a 1 no confronto.

Com personalidade, o jovem time do São Paulo não perdeu o foco na etapa subsequente. Enquanto o saque de Osasco teve uma queda significativa, o adversário passou a fazer pressão no fundamento, atrapalhando a distribuição da levantadora Pri Heldes, que substituiu Roberta. O ataque também se sobressaiu principalmente com a oposta Lorenne, que, assim como a colega Casanova, fez excelente partida, virando bolas difíceis. E foi justamente com um ataque de sua principal atacante na saída de rede que Barueri deixou tudo igual no placar.

Em um tie-break de tirar o fôlego, o São Paulo sacramentou a virada contando com o brilho de Lorenne. Assumindo a responsabilidade no ataque em momentos delicados da parcial, a jogadora, muito bem acionada pela armadora Juma, que também fez um ótimo jogo, se agigantou e praticamente decidiu a partida a favor de Barueri. Assim, com uma excepcional atuação coletiva, a equipe derrubou Osasco, evitando a conquista do 15o estadual da equipe.

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Virada incrível do São Paulo é uma das grandes vitórias de Zé Roberto http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/03/virada-incrivel-do-sao-paulo-e-uma-das-grandes-vitorias-de-ze-roberto/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/03/virada-incrivel-do-sao-paulo-e-uma-das-grandes-vitorias-de-ze-roberto/#respond Sun, 03 Nov 2019 20:54:50 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18958

Sem o mesmo orçamento dos adversários, Zé Roberto montou um elenco com atletas da nova geração (Fotos: Rubens Chiri/São Paulo FC.net)

O segundo jogo da semifinal do Campeonato Paulista de vôlei feminino, entre Sesi Bauru e São Paulo/Barueri parecia mera formalidade: vindo de um 3 a 0 na primeira partida, com uma campanha bem melhor ao longo da disputa e um orçamento superior do das adversárias, o time do interior era franco favorito para chegar à grande decisão. Mas, numa daquelas histórias que o esporte é capaz de nos proporcionar, o time de José Roberto Guimarães fez uma partida incrível e, depois de devolver o 3 a 0 (25-19, 25-19 e 25-20), faturou o Golden Set por 25-16 para sacramentar a zebra.

Foi, sem dúvida alguma, um dos maiores jogos da carreira do experiente técnico, que também dirige a seleção brasileira feminina. O feito se torna ainda mais brilhante quando se leva em conta que o São Paulo é formado por jogadoras jovens, as quais, espera-se, serão o futuro do voleibol nacional. Neste jogo, em especial, destacou-se a linha de passe, através da líbero Nyeme e da ponteira Maira, permitindo que a levantadora Juma acionasse com qualidade a oposta Lorenne, que havia se destacado com a seleção este ano, e a ponteira Tainara, uma atleta que Zé Roberto há tempos elogia em conversas informais com a imprensa especializada.

“Jogamos como um time. Cada vez que uma errava, a outra aparecia para consertar. Agora, vamos chegar para a final e não levar este resultado como um peso, pelo fato de termos eliminado o atual campeão. Temos que tentar jogar soltas como fizemos aqui, a gente se divertiu jogando”, comemorou Juma. Tainara também fez questão de elogiar o espírito coletivo da equipe. “Estivemos muito unidas neste jogo, nos mostramos focadas o tempo todo. A responsabilidade era toda delas, mas felizmente conseguimos nos superar. Fizemos um jogo excelente, colocar um 4 a 0 em uma equipe como o Bauru não é fácil. Agora, vamos para a final”, afirmou.

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Na final, cujas partidas serão disputadas na terça (5) e sexta (8), sempre às 21h30, Barueri terá pela frente o “vizinho” Vôlei Osasco-Audax, que se classificou com duas vitórias sobre o Pinheiros, a primeira no tie-break na noite de quarta (30) e a segunda na tarde deste domingo (3) por 3 a 1 (23-25, 25-17, 25-21 e 25-22).

“Jogos assim fortalecem a equipe, fazem com que a gente tenha um feedback do que tem que ser melhorado. Estou muito satisfeito com a linha de passe da equipe. Ainda podemos evoluir muito, especialmente no ataque. Temos muita margem para crescimento. E o time tem trabalhado bastante nos momentos que dá, pois o calendário é apertado. A torcida nos empurrou o tempo todos e conseguimos uma virada incrível no quarto set. Essa vitória e mais essa final é para a cidade de Osasco”, comentou o técnico Luizomar de Moura, que saiu da quadra direto para uma reunião com a comissão técnica para traçar a estratégia para a decisão.

Na decisão, São Paulo terá pela frente o tradicional Vôlei Osasco-Audax

Já a central Bia exaltou os 3.800 torcedores que lotaram o ginásio José Liberatti. “Sabíamos que seria um jogo difícil. O Pinheiros tem um time mais entrosado, com uma defesa muito boa. Mas hoje a nossa torcida deu um show. Quem estava aqui, em algum momento, se arrepiou com a força do nosso torcedor. Também conseguimos jogar melhor que na primeira rodada da semifinal, com um sistema defensivo melhor. Nosso time ainda tem muito a crescer, melhorar e evoluir. Esse foi o segundo jogo que o Luizomar teve todas as peças à disposição e vamos em frente”, analisou.

SADA CAMPEÃO MINEIRO DE NOVO

Quem também brilhou neste fim de semana foi o Sada Cruzeiro, que faturou o 11o título mineiro de sua história (décimo consecutivo) ao bater o Fiat/Minas na decisão por 3 sets a 0, triplo 25-19.

“A temporada é longa e demos um primeiro e importante passo para a nossa equipe ganhar moral e saber que está no caminho certo. E aos pouquinhos a gente vai crescendo, ganhando cara. Cada partida é um tijolinho que vamos colocando na construção da nossa casa e, pouco a pouco, colocamos muito bem os primeiros da temporada. Deixamos tudo em quadra, colocamos o coração, estudamos muito a equipe deles, mas acho que o principal foi olhar para o lado de cá. A maneira como a gente se portou do primeiro ao último ponto fez a diferença. Éssa atitude que a gente impôs hoje que foi o mais importante”, comemorou o levantador Fernando Cachopa.

“A cada temporada essa equipe nos orgulha mais, pela consistência, pelo exemplo que os nossos jogadores representam para tantas pessoas, tantas crianças e jovens. O Campeonato Mineiro é uma conquista muito especial para nós e vamos com tudo para fazer o nosso melhor em todas as outras competições que virão”, afirmou Vittorio Medioli, fundador do Sada Cruzeiro.

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Falta de aporte financeiro fez Osasco-Audax negar convite para o Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/22/falta-de-aporte-financeiro-fez-osasco-audax-negar-convite-para-o-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/22/falta-de-aporte-financeiro-fez-osasco-audax-negar-convite-para-o-mundial/#respond Thu, 22 Aug 2019 09:00:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18141

Luizomar lamentou demora em fechar com patrocinadores para a temporada 2019/2020 (Fotos: João Pires/Fotojump)

As idas e vindas de patrocinadores no vôlei tem efeito direto no esporte e mais um exemplo desta dura realidade afetou a equipe do Vôlei Osasco-Audax nas últimas semanas: com dificuldade para conseguir o valor necessário para pagar a indicação feita pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), a equipe paulista se viu obrigada a abdicar da disputa do Mundial feminino de clubes, no fim do ano.

“Recebemos o convite para o Mundial, mas não conseguimos, a tempo, o aporte financeiro para participar. Foi uma pena essa falta de recursos”, lamentou o técnico de Osasco, Luizomar de Moura. Ele, porém, tenta ver a situação sob uma perspectiva otimista. “Fiquei feliz em termos recebido o convite, foi um reconhecimento por nosso título mundial (em 2012) e todas as outras participações que tivemos. Somos uma equipe reconhecida internacionalmente”, apontou.

Apesar deste contratempo, o trabalho feito por Luizomar e outros dirigentes de Osasco nos bastidores acabou rendendo frutos: ao todo, o time terá sete patrocinadores (Audax, Bradesco, iFood, São Cristóvão/Saúde, Grupo Resek (Reserva Raposo), Grupo Marquise (EcoOsasco) e Hummel), além do apoio da Prefeitura local, na próxima temporada do voleibol brasileiro.

“Conseguimos esses apoios após o término das competições, mas são marcas que olham o vôlei como ferramenta de comunicação e isso é importante na nossa busca. Que na próxima temporada seja possível se organizar antecipadamente”, destacou o técnico.

Roberta, Camila Brait, Bia e Mara estão entre as selecionáveis do novo elenco de Osasco

Com o financiamento, Osasco terá seis jogadoras com passagens pela seleção principal em seu elenco na próxima temporada: Jaqueline, Camila Brait, Bia, Roberta, Mara e Fernanda Tomé. Duas estrangeiras, a cubana Heidy Casanova, e a sérvia Ana Bjelica também reforçam o time.

“É um elenco jovem, de grande potencial e que queria estar aqui, tinha como objetivo vestir essa camisa”, avaliou Luizomar, que vê na proximidade da Olimpíada uma motivação importante. “Eu tenho aqui muitas jogadoras sonhando com Tóquio 2020. É fazer uma boa preparação e uma boa Superliga. Toda essa vontade de estar na convocação pode fazer muito bem ao time do Osasco-Audax”. Um dos principais alvos é justamente Jaqueline: “Eu vi nos olhos dela aquela chama que é importante para o atleta. Colocá-la no mais alto nível seria bom não só para a gente como para a seleção”.

Outra consequência de uma temporada de sucesso seria justamente a volta ao Mundial. “Foi uma honra estar no hall dos convidados. Agora, vamos tentar conquistar a vaga dentro de quadra ou recebendo o convite estando preparado para aceitar”, destacou Luizomar.

Programada para entre 3 e 8 de dezembro em Ningbo (China), a edição 2019 do Mundial feminino de clubes terá a participação de dois clubes brasileiros: o Minas Tênis Clube, campeão sul-americano, e o Dentil/Praia Clube, que foi convidado pela organização.

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Como os principais times estão se montando para a próxima temporada? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/26/como-os-principais-times-estao-se-montando-para-a-proxima-temporada/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/26/como-os-principais-times-estao-se-montando-para-a-proxima-temporada/#respond Wed, 26 Jun 2019 09:00:57 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17363

De volta ao Itambé Minas, clube que a revelou, Sheilla promete ser uma das atrações da temporada 2019/2020 de clubes no Brasil (Foto: Divulgação/MTC)

Enquanto a temporada feminina de seleções segue a pleno vapor com a Liga das Nações, a primeira competição do ano, o mercado permanece agitado entre os principais elencos femininos do país com anúncios oficiais de contratações e manutenção de peças importantes para a temporada 2019/2020. Entre mudanças drásticas e surpresas, a disputa pelo troféu da Superliga promete ser acirrada.

O Itambé Minas, campeão depois de 17 anos, foi um dos clubes que mais precisou se reestruturar após a ótima temporada 2018/2019. De cara, perdeu o técnico italiano Stefano Lavarini, grande responsável pela conquista de quatro dos cinco torneios disputados pelo time de Belo Horizonte. Depois de 2 anos no Brasil, ele optou por retornar à sua terra natal para comandar o Busto Arsizio. Para o seu lugar, o Minas aposta em seu compatriota Nicola Negro, que treinava o Trentino Rosa, equipe da série A2 do vôlei italiano.

Pretendendo repetir o feito da temporada passada, o Minas também investiu nas bicampeãs olímpicas Sheilla e Thaisa. A oposta, que deu uma pausa na carreira após a Rio-2016 para, no ano passado, se tornar mãe de gêmeas, retorna ao vôlei no clube que a revelou. A jogadora ainda manifestou o desejo de voltar a vestir a camisa da seleção brasileira. Entretanto, apesar do talento inquestionável, será necessário observar em quais condições físicas e técnicas a atacante, de 35 anos, voltará às quadras depois de tanto tempo de inatividade.

Vale mencionar que os dirigentes resolveram buscar uma nova opção na saída de rede depois que Bruna Honório, que fez uma ótima temporada com o time azul e branco, precisou se submeter a uma cirurgia para retirada de um tumor benigno no coração. Ainda que esteja tendo uma ótima recuperação, por enquanto não há previsão de volta às quadras.

Thaisa será um dos reforços do Minas para a temporada (Foto: Divulgação/MTC)

Outra revelação do clube, a meio de rede Thaisa também regressa depois de 14 anos. A jogadora, ex-Hinode Barueri, mostrou estar recuperada da grave lesão que sofreu no joelho esquerdo em 2017. Tanto que ultrapassou, na última Superliga, a incrível marca dos mil bloqueios marcados na história da competição. A atleta fará dupla com Carol Gattaz, que teve o contrato renovado. Já as centrais Mara e Mayany, peças igualmente fundamentais na engrenagem ofensiva do Minas, vestirão as camisas de Osasco Audax e Barueri, respectivamente.

Além disso, a equipe teve outras baixas de difícil reposição: a dupla Natália e Gabi, titular na entrada de rede da seleção brasileira e na exitosa temporada minastenista, também deixou a capital mineira. Nesta terça-feira (25), Gabi foi oficialmente anunciada como reforço do multicampeão turco VakifBank, do técnico italiano Giovanni Guidetti, substituindo a chinesa Ting Zhu, que jogará na liga local nesta temporada olímpica.

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Natália também já havia sido confirmada como reforço do Eczacibasi, arquirrival do VakifBank, no lugar da norte-americana Jordan Larson. Para tentar suprir estas carências na entrada, o Minas contratou a venezuelana Roslandy Acosta e a norte-americana Deja McClendon. Por outro lado, de contrato renovado, a levantadora Macris e a líbero Léia continuam no time.

Deste modo, se a equipe campeã nacional teve perdas consideráveis, o vice Dentil Praia Clube conseguiu manter parte significativa de sua base titular, o que pode ser uma vantagem frente ao rival regional em termos de entrosamento e preservação do padrão de jogo.

O clube renovou com o técnico Paulo Coco, as ponteiras Fernanda Garay e Michelle, a central Carol, a oposta norte-americana Nicole Fawcett e a líbero Suelen. Além disso, anunciou a ponteira Pri Daroit, ex-Fluminense, e trouxe de volta a central Walewska e a levantadora Claudinha. Vale lembrar Wal e Claudinha tiveram grande destaque na campanha do primeiro título de Superliga conquistado pelas praianas na temporada 2017/2018.

Walewska retornará ao Dentil Praia Clube, time onde se sagrou campeã nacional na temporada 2017/2018 (Foto: Gisa Alves)

Neste sentido, o time tem muito a ganhar com o retorno da central, uma atleta bastante experiente que ainda pode atuar em alto nível. Já a armadora, ex-Osasco, retorna para a sua sexta passagem pelo Praia no lugar da norte-americana Carli Lloyd, que não rendeu o esperado e defenderá o Eczacibasi ao lado de Natália. Uma perda relevante promete ser a da central bicampeã olímpica Fabiana, que tem proposta do Hisamitsu Springs, do Japão, e não deverá permanecer na equipe aurinegra.

Além disso, a oposta Paula Borgo, atual titular da seleção brasileira na ausência de Tandara, não teve o contrato renovado e assinou com o Fluminense. As ponteiras Ellen e Rosamaria também não ficam em Uberlândia. A primeira atuará em Osasco enquanto que a segunda foi anunciada pelo Perugia, equipe que já viveu tempos áureos na Itália, mas que perdeu espaço e investimentos caindo para a segunda divisão. O time voltou à elite nesta temporada e contratou Rosamaria para jogar como oposta. Esta primeira experiência internacional pode ser uma oportunidade para que ela se firme como jogadora.

Terceiro colocado na última Superliga, o tradicional Osasco também segue o seu processo de montagem do time para a próxima temporada, apostando na reformulação. Sem usufruir do mesmo poderio econômico dos mineiros, investe em peças que lhe conferem razoáveis chances de conquistar uma medalha.

O primeiro anúncio de relevo do time de Luizomar de Moura foi o nome da levantadora Roberta, que está com a seleção brasileira na Liga das Nações. Depois de 9 anos, ela deixou o rival histórico Sesc-RJ para vestir a camisa do time de São Paulo.

Após 9 anos no Sesc, Roberta surpreendeu ao assinar com o arquirrival Osasco (Foto: Reprodução/Twitter)

A equipe ainda renovou com a líbero Camila Brait (será a 12a temporada da jogadora em Osasco) e assinou com as centrais Bia, que também estava no Sesc, e Mara, as ponteiras Ellen e Vanessa Janke, ex-Bauru, além da ponteira/oposta Fernanda Tomé. Com passagem por Balneário Camboriú na última temporada, a meio de rede Adriani Vilvert também chega para compor o elenco.

Os adversários devem permanecer atentos ao Sesi Vôlei Bauru, equipe liderada por Anderson Rodrigues que venceu o último Campeonato Paulista e alcançou o melhor resultado da sua história ao chegar à semifinal da Superliga deixando o Sesc-RJ, de Bernardinho, fora do grupo dos quatro melhores pela primeira vez em 20 anos.

Além de ter mantido a base titular com as centrais Valquíria e Andressa, a líbero Tássia e as ponteiras Gabi Cândido e Tifanny – que também pode atuar como oposta –, o conjunto do interior paulista contratou a meio de rede Mayhara, que atuava no Sesc, a veterana levantadora campeã olímpica Dani Lins, ex-Barueri, e as estrangeiras Polina Rahimova e Sarah Wilhite.

Tifanny renovou o contrato com o Sesi Bauru (Foto: Erbs Jr.)

Rahimova já passou por clubes importantes da Europa e vem para substituir a italiana Valentina Diouf, que deixou o time em baixa após uma temporada bastante irregular. Com 58 acertos, a atleta azeri chegou a ser recordista no número de pontos anotados em uma partida oficial, quando ainda jogava na liga japonesa. Esta marca, entretanto, foi ultrapassada recentemente por sua compatriota Jana Kulan, que fez 60.

Assim, se tiver uma linha de passe mais eficiente e um conjunto menos instável, o Sesi Bauru, com este poderio de ataque, terá todas as chances de ir longe de novo na próxima temporada.

Desejando recuperar o prestígio de outrora, o Sesc, maior campeão da história da Superliga que não chegou sequer à disputa das semifinais na última temporada, optou por uma reestruturação drástica.

Para começar, duas contratações de peso que podem mudar o time de patamar no próximo ano: para a armação, apostou em Fabíola, ex-Bauru, e surpreendeu ao não renovar com Roberta. O time de Bernardinho ainda fechou com Tandara, a melhor oposta do país na atualidade. Será a primeira vez que a atacante trabalhará com o técnico na Superliga.

Tandara, inclusive, estava nos planos do técnico José Roberto Guimarães para participar da fase final da Liga das Nações, na China, mas um edema no músculo reto abdominal a tirou do torneio.

Impossibilitada de jogar as finais da Liga das Nações por causa de um edema abdominal, Tandara é o principal reforço do Sesc-RJ para a próxima temporada (Foto: Divulgação/FIVB)

A oposta Monique, uma das figuras mais identificadas com o projeto, deixou a equipe depois de 5 anos para jogar no Praia ao lado da irmã gêmea Michelle. Outras novidades do Rio de Janeiro são: a meio de rede Lara, ex-Fluminense, para o lugar de Bia; a ponteira Amanda, que volta a defender o projeto onde esteve durante 10 anos; e a líbero Natinha, que atuou em Barueri na temporada 2018/2019.

A chegada da líbero para o lugar de Gabiru representa uma tentativa de dar mais estabilidade à linha de passe do Sesc, um dos maiores problemas enfrentados por Bernardinho no último ano. O Sesc ainda trouxe a central Milka, ex-Barueri, e renovou com a ponteira dominicana Peña, a meio de rede Juciely – um dos símbolos do time – e Drussyla, ponteira que sofreu com problemas físicos e pouco atuou no último ano.

Correndo por fora, o Barueri, de Zé Roberto, perdeu inúmeras jogadoras nesta janela de mercado e, sem grandes recursos, está sofrendo para se reconstruir. Entre os principais nomes, além da chegada da meio de rede Mayany, a talentosa levantadora Juma e a ponteira Tainara permanecem.

O que você está achando da montagem dos principais times para a próxima temporada do vôlei feminino no Brasil? Quem se reforçou melhor? Deixe a sua opinião abaixo!

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Macris, sobre a seleção: “Me firmar será uma consequência desse trabalho” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/08/macris-sobre-a-selecao-me-firmar-sera-uma-consequencia-desse-trabalho/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/08/macris-sobre-a-selecao-me-firmar-sera-uma-consequencia-desse-trabalho/#respond Mon, 08 Apr 2019 09:00:39 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16387

Cinco vezes eleita a melhor levantadora da Superliga, Macris acredita que sua afirmação na seleção brasileira será consequência do trabalho que vem fazendo (Foto: Orlando Bento/MTC)

Muito se comenta sobre a ótima fase vivida pelo Itambé Minas. Afinal, o tradicional clube de Belo Horizonte vem empilhando títulos ao longo da temporada. E, como se não bastasse, a equipe, apontada por muitos como aquela que joga o melhor voleibol feminino na atualidade, segue firme no propósito de levantar a taça da Superliga pela terceira vez.

Uma das grandes responsáveis por todo esse sucesso é justamente a levantadora Macris, eleita a melhor jogadora em quadra no triunfo do time em casa contra o Osasco Audax no primeiro jogo da semi.

Para a armadora, apesar de fundamental, a vitória diante do adversário na abertura da série melhor-de-três não é garantia de nada. A épica virada da equipe de Luizomar de Moura sobre o Hinode Barueri nas quartas de final do torneio, serve de alerta sobre aquilo que o rival é capaz de fazer, ainda mais jogando no José Liberatti, em Osasco (SP), local do segundo confronto da semi, nesta segunda-feira (8).

“Com certeza a primeira vitória foi muito importante, mas sabemos pelo histórico não só dos playoffs, mas também dos jogos que tivemos contra Osasco, que vai ser difícil. Nosso técnico [Stefano Lavarini] falou sobre o quanto elas dão esse bom exemplo, de lutar pelo jogo independente do que estiver acontecendo, dessa força de reação delas”, avisa a levantadora.

Segundo Macris, é preciso cautela e preparo para enfrentar as dificuldades que poderão aparecer na casa do rival. “Sabendo que elas têm essa capacidade, ainda mais jogando em casa, diante da torcida que sempre empurra o time, nós entendemos as dificuldades que podem surgir e precisamos saber bem o que deve ser feito para não deixar o jogo ‘incendiar'”.

Apesar de ter feito a melhor campanha do campeonato na fase classificatória e continuar como um dos favoritos ao título, ao lado do adversário regional Dentil Praia Clube, o Minas tem oscilado na recepção e vem cometendo erros bobos em alguns jogos. Para a jogadora, no entanto, o mais importante é não permitir que estas falhas se avolumem e determinem negativamente os rumos da equipe na competição.

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“(…) A gente sabe da importância de ter aprendido com os erros e oscilações durante o torneio. Agora tudo tem que ser colocado em prática da melhor maneira possível. Não somos máquinas e temos a possibilidade de cometer falhas, erros, mas quanto mais a gente puder minimizar isso, mais fácil será nossa caminhada nessa fase decisiva”, analisa a atleta que passou por São Bernardo, Pinheiros e Brasília antes de chegar ao Minas, onde está em sua segunda temporada.

Com cinco prêmios de melhor levantadora da competição no currículo, Macris vem sendo novamente elogiada como a principal jogadora de sua posição nesta 25ª edição da Superliga.

“Eu sempre busco a evolução a cada temporada. É uma maneira de me fortalecer como atleta e pessoa. E tento estar o mais preparada possível para as oportunidades que aparecerem. Apesar desse crescimento ao longo das temporadas, nesse ano ficou mais evidente principalmente por conta dos bons resultados, e o que o grupo pôde apresentar e me proporcionar. Sempre foco no presente e nos passos seguintes que estou fazendo para crescer”, comenta.

Diante de tal performance, muitos fãs torcem para que a talentosa levantadora seja convocada pelo técnico Zé Roberto Guimarães e possa ter mais espaço para se firmar na seleção brasileira. Concentrada, a jogadora, que acaba de renovar seu contrato com o Minas por mais um temporada, acredita que um lugar na seleção será resultado do trabalho que vem realizando.

“Nesse momento, meu foco está no próximo jogo, para tentar chegar à final da Superliga. Sobre a seleção, sempre vou dar meu melhor, ficando preparada para contribuir da melhor maneira. Me firmar será uma consequência desse trabalho”, conclui.

Minas e Osasco Audax voltam a se enfrentar nesta segunda-feira (8), às 21h30, no José Liberatti, em Osasco. Mais cedo, às 19h, o Dentil Praia Clube receberá, em Uberlândia, o Sesi Bauru, buscando também vencer para encerrar a série e chegar à grande decisão pela segunda vez consecutiva.

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Praia Clube mina ataque de Bauru e Minas oscila na estreia das semifinais http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/02/praia-clube-mina-ataque-de-bauru-e-minas-oscila-na-estreia-das-semifinais/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/02/praia-clube-mina-ataque-de-bauru-e-minas-oscila-na-estreia-das-semifinais/#respond Tue, 02 Apr 2019 09:00:19 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16338

Praia Clube fez um de seus melhores jogos na temporada diante do Sesi Bauru (Foto: Marcelo Ferrazolli/Sesi Bauru)

Confirmando as expectativas, Itambé Minas e Dentil Praia Clube saíram na frente rumo à grande final da Superliga feminina de vôlei. No primeiro duelo da semi, nesta segunda-feira (1), o Sesi Bauru foi facilmente superado pelo campeão da competição por 3 sets a 0 (15-25, 15-25 e 20-25). A equipe minastenista também derrotou o rival Osasco Audax por 3 a 1 (24-26, 25-15, 25-17 e 25-13), mas enfrentou dificuldades.

Em busca do bicampeonato na competição, o Praia Clube foi até o ginásio Panela de Pressão, em Bauru (SP), e fez uma de suas melhores partidas na temporada, mostrando todas as suas credenciais no primeiro jogo da série. Em sua quarta participação consecutiva nas semifinais da Superliga, o time de Paulo Coco dominou o rival do início ao fim, investindo em um serviço forçado que desmontou completamente a recepção do campeão paulista.

Com isso, após ter apresentado evolução no último confronto das quartas de final, a linha de passe bauruense voltou a mostrar vulnerabilidade. Para se ter uma ideia, o Praia Clube fez 11 aces no jogo.

Dessa forma, sem o passe nas mãos, a levantadora Fabíola teve enorme dificuldade para armar suas jogadas, recorrendo às bolas altas nas pontas. Aliás, bastante concentrado e equilibrado taticamente, o time mineiro anulou as ações ofensivas do rival com um bloqueio ajustado que, quando não se convertia em pontos diretos, amortecia diversas bolas, gerando contra-ataques importantes.

É necessário enfatizar a performance do ataque praiano (foram 60 pontos contra 36 das rivais), sobretudo com a oposta Nicole Fawcett, que terminou o jogo como a maior pontuadora, com 18 acertos. Também se sobressaíram no confronto as ponteiras Fernanda Garay e Michelle, além das centrais Fabiana e Carol.

As anfitriãs, por outro lado, sentiram a pressão da estreia em uma inédita fase semifinal diante das atuais campeãs do torneio e tiveram um desempenho aquém do que já apresentaram. A ponteira improvisada Tifanny – destaque no ataque de Bauru no último jogo das quartas – foi muito bem marcada pelo eficiente bloqueio mineiro e acabou tendo uma atuação apagada.

Além disso, Tifanny cometeu falhas técnicas importantes tanto no passe quanto no ataque, terminando o jogo com 8 pontos marcados. A oposta italiana Valentina Diouf, outra referência ofensiva de Bauru, também teve um desempenho ruim, colocando apenas 6 bolas no chão.

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Apesar do ótimo desempenho no primeiro jogo, a passadora praiana Michelle fez questão de frisar que espera um jogo difícil na próxima segunda-feira (8), em Uberlândia (MG).

“Nossa equipe está de parabéns porque cumpriu tudo o que foi pedido pelo Paulinho. Nosso sistema de bloqueio e defesa funcionou e o saque entrou durante a partida. O jogo aqui foi muito difícil. Queremos fazer uma grande partida em Uberlândia, mas sabemos que não tem nada definido. Vamos continuar estudando a equipe delas porque será ainda mais complicado na próxima segunda-feira”, analisou Michelle.

A central Valquíria, do Sesi Bauru, reconheceu as dificuldades diante do Praia Clube. “Realmente não conseguimos desenvolver nosso melhor jogo. Agora a gente tem uma semana para analisar o que não deu certo e corrigir os erros para chegar bem na segunda partida”, colocou.

Na abertura da fase semifinal, Minas sofreu no primeiro set, mas virou o jogo e superou Osasco (Foto: Orlando Bento/MTC)

Pela outra chave, Itambé Minas e Osasco Audax, dois dos mais tradicionais clubes brasileiros, iniciaram a disputa na série, buscando reviver momentos áureos. O time de Belo Horizonte não chega à decisão da Superliga desde 2004, quando perdeu o título justamente para o adversário desta semifinal.

Com 7 participações em finais da competição (incluindo a extinta Liga Nacional), a equipe mineira conquistou 2 títulos. O time paulista, por outro lado, chegou 14 vezes à decisão e levantou a taça em 5 oportunidades.

No entanto, apesar da tradição, Minas e Osasco atravessam momentos distintos na temporada. Com grande aporte financeiro, as mineiras chegaram às semifinais sem passar por grandes contratempos, desfrutando do status de favoritas ao título. As paulistas, em oposição, enfrentaram dificuldades com a perda de patrocinadores importantes e, entre altos e baixos, sofreram para conquistar a vaga nos playoffs.

Assim, no duelo das “camisas pesadas”, em Belo Horizonte (MG), as donas da casa levaram a melhor. Vale ressaltar, entretanto, que apesar do resultado positivo e dos placares elásticos a partir da segunda parcial, a equipe minastenista apresentou falhas, sobretudo no primeiro set, que deixaram a torcida apreensiva na Arena Minas.

Em um começo bastante agressivo, Osasco equilibrou a partida e jogou de igual para igual com as vice-campeãs mundiais, utilizando um sistema defensivo eficiente e uma estratégia de saque que pressionou e expôs a recepção mineira em diversos momentos. A ponteira Natália, por exemplo, que se sobressaiu positivamente no ataque, com 15 acertos, cometeu várias falhas no passe.

A partir do segundo set, contudo, o jogo mudou totalmente. O conjunto osasquense não manteve o mesmo nível de atuação e concentração, e permitiu que o time da casa deslanchasse. Acuadas, as paulistas começaram a cometer erros na recepção e no ataque, facilitando o trabalho do adversário que passou a demonstrar agressividade e confiança em todas as ações.

A superioridade mineira se refletiu em todos os fundamentos (somente no ataque foram 59 pontos das anfitriãs contra 39 das visitantes). A oposta Destinee Hooker e a meio de rede Walewska, referências ofensivas de Osasco nas quartas de final, anotaram apenas 12 e 8 pontos na partida, respectivamente.

Pelo lado vencedor, todas as atacantes foram bastante acionadas pela levantadora Macris, que teve novamente ótimo desempenho. Entre os destaques, as ponteiras Gabi, maior pontuadora do confronto, com 17 acertos, e Natália, além das centrais Mara e Carol Gattaz. Para a armadora minastenista, o “susto” no primeiro set deve servir de alerta no decorrer da série.

“Foi um começo muito bom, mas temos que manter a atenção porque a série é longa. Agora precisamos descansar e seguir treinando forte porque sabemos do poder de reação do Osasco. É hora de seguirmos concentradas e focadas no nosso jogo”, destacou Macris.

A meio de rede Walewska analisou as falhas da equipe paulista e convocou a torcida para lotar o José Liberatti na próxima segunda-feira (8).

“Não conseguimos jogar bem taticamente, com falhas de saque, bloqueio e defesa. A nossa defesa tem que funcionar. O Minas é um time que joga com muita velocidade. Mas agora vamos jogar em casa e convoco toda a torcida de Osasco para lotar o ginásio e nos ajudar a buscar essa vitória dentro de casa”, disse.

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Paula Pequeno, após virada histórica sobre Barueri: “agora é coração puro” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/23/paula-pequeno-apos-virada-historica-sobre-barueri-agora-e-coracao-puro/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/23/paula-pequeno-apos-virada-historica-sobre-barueri-agora-e-coracao-puro/#respond Sat, 23 Mar 2019 09:00:42 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16235

Paula Pequeno se emociona ao receber o Viva Vôlei das mãos de Hooker (Fotos: João Pires/Fotojump)

A segunda rodada das quartas de final da Superliga feminina reservou para os amantes do vôlei uma partida de tirar o fôlego que, sem dúvida, já entrou para a história da competição. O que se viu no Ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), na noite desta sexta-feira (22), foi uma virada épica das donas da casa diante do rival local Hinode Barueri.

Após perder o primeiro set por inacreditáveis 20 pontos de diferença, o tradicional Osasco Audax, capitaneado pela força da sua combativa torcida, virou o jogo e derrotou Barueri por 3 sets a 2, com parciais de 5-25, 17-25, 25-22, 25-20 e 15-11.

Mesmo antes do início, o confronto já significava tudo ou nada para as comandadas de Luizomar de Moura. A equipe precisava da vitória para forçar a terceira partida das quartas de final, uma vez que Barueri detinha a vantagem por ter derrotado o rival na última terça-feira na primeira batalha da série de três. Assim, o massacre da primeira parcial e a queda no set seguinte acabaram dando contornos ainda mais dramáticos ao jogo, deixando o pentacampeão Osasco à beira da eliminação.

Para a bicampeã olímpica Paula Pequeno, uma das protagonistas da equipe na virada, a força mental e a capacidade de superação foram determinantes para o triunfo.

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“A gente começou a noite de uma maneira muito atípica, né? O primeiro set realmente aconteceu de uma maneira que a gente não esperava, mas eu dizia para as minhas companheiras que a gente precisava esquecer. Mas aí perdemos o segundo novamente. Só que enquanto não acaba o resultado não está definido. O que eu mais pedia era que a gente se conectasse e acreditasse. Nós passamos por isso no Paulista. Então eu falava para que a gente trouxesse isso à memória para sair daquela situação”, comentou a ponteira, que substituiu a peruana Angela Leyva, dando mais estabilidade e segurança à linha de passe osasquense.

Segundo a atacante, nesta fase da competição, mais relevante do que qualquer planejamento tático ou técnico será este espírito de luta que a equipe precisará ter para alcançar a classificação para as semifinais.

“Eu acredito que daqui para frente é sangue circulando muito quente na veia. É um momento de tensão. Porém, é o melhor momento do campeonato. É a hora da decisão onde o estômago embrulha e a adrenalina vai lá em cima. É um momento em que o espírito vai ajudar muito. A parte técnica e tática já foi se aperfeiçoando ao longo da competição. Agora é coração puro, controle emocional para os momentos difíceis, muita energia, raça e entrega”, destacou a jogadora.

Para a oposta norte-americana Destinee Hooker, maior pontuadora do confronto, com 25 acertos, o nervosismo foi o grande adversário de Osasco no começo da partida, mas a entrada de Paula Pequeno deu novo ânimo ao time.

Time terá a batalha decisiva contra Barueri na próxima terça-feira (26)

“Eu acho que no começo a equipe estava muito nervosa com a possibilidade de ser eliminada em casa, uma situação que a gente não tinha vivido antes. Mas a Paula, quando entrou, mudou completamente o ritmo do jogo. A energia dela contagiou todo o time e fez com que a gente revertesse a situação”, mencionou a oposta, que entregou o seu troféu Viva Vôlei para a companheira, acrescentando que a ponteira fez toda a diferença para o êxito do grupo.

Osasco já havia superado duas vezes o time de José Roberto Guimarães na fase classificatória. Nos playoffs, o desempate acontecerá na próxima terça-feira (26), no Ginásio José Correa, em Barueri. O vencedor enfrentará o já semifinalista Itambé Minas.

Segundo Luizomar de Moura, o confronto desta sexta-feira não poderia ter tido outro desfecho. “A gente não podia sair do Liberatti fazendo a última partida da temporada. Esse time só existe por causa dessa sinergia. Isso aqui é um exemplo para o esporte brasileiro. Uma cidade que tem o voleibol como a sua grande ferramenta de diversão. E a gente não poderia deixar um ginásio lotado como esse tão triste”, finalizou.

*Colaborou Janaina Faustino

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Quem tem mais chances de chegar às semifinais da Superliga feminina? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/16/quem-tem-mais-chance-de-chegar-as-semifinais-da-superliga-feminina/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/16/quem-tem-mais-chance-de-chegar-as-semifinais-da-superliga-feminina/#respond Sat, 16 Mar 2019 15:20:33 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16141

Itambé Minas terminou a fase classificatória como líder isolado e aparece como um dos candidatos ao título da Superliga (Foto: Orlando Bento/MTC)

Com o encerramento da fase classificatória, as quartas de final da Superliga feminina 2018/2019 começam na próxima segunda-feira (18). O Saída de Rede fez uma análise dos confrontos já definidos, destacando quem tem mais chances de avançar na série que será decidida em melhor de três jogos.

Minas x Curitiba

Itambé Minas e Curitiba Vôlei entram nos playoffs vivendo situações diametralmente antagônicas. A equipe de Belo Horizonte, líder da competição, fez uma campanha para lá de satisfatória no turno e returno, acumulando apenas 2 derrotas. Já o time do Paraná, estreante na elite nacional, se classificou para as quartas na oitava posição, somando 15 revezes.

É possível afirmar, no entanto, que o saldo para o Curitiba é positivo, pois a equipe conseguiu alcançar seus objetivos: permanecer na divisão principal da Superliga e se classificar para a fase final. No início do torneio, como uma grata surpresa, a equipe do técnico Clésio Prado chegou a surpreender ao ocupar a terceira colocação na tabela, atrás apenas do Minas e do Dentil Praia Clube, para quem, inclusive, vendeu caro a derrota por 3 sets a 2 na primeira fase.

Contudo, se observarmos o retrospecto dos confrontos entre mineiras e paranaenses na fase classificatória, descobriremos que o Curitiba terá uma tarefa duríssima pela frente: as líderes do campeonato não perderam nenhum set para as curitibanas. A fase vivida pelo tradicional clube mineiro impressiona. Sob a batuta do italiano Stefano Lavarini, o time conquistou o vice-campeonato mundial, o Estadual, a Copa Brasil e o Sul-Americano nesta temporada.

Além disso, não se pode deixar de ressaltar a importância de Gabi, Bruna Honório e Natália – mesmo com problemas físicos – para o crescimento mineiro. Sem falar no ótimo momento vivido pela armadora Macris e pela central Carol Gattaz. Por tudo isso, é difícil acreditar que o Minas não vá avançar.

Por outro lado, o aguerrido Curitiba pode tirar proveito das oscilações pelas quais vez ou outra o adversário passa, com grandes dificuldades na recepção e no ataque. Some-se a isto a quantidade significativa de pontos que a equipe costuma ceder em erros aos rivais. Isto aconteceu, por exemplo, na partida do returno contra o Sesc-RJ e na fase final da Copa Brasil (contra Osasco Audax e Praia Clube). Se o Minas seguir nesta toada, poderá se complicar nos duelos de mata-mata.

Confrontos:

Segunda-feira (18), às 19h, no ginásio da Univ. Positivo, em Curitiba (PR) – SporTV 2

Quinta-feira (21), às 19h, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG) – SporTV 2

Se necessário, o terceiro duelo será às 19h, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG) – SporTV 2

Uma das equipes de maior investimento na temporada, Praia Clube segue em busca do bicampeonato no torneio

Dentil Praia Clube x Fluminense

Derrotado pelo Sesc-RJ por sets 3 a 0 dentro de casa no encerramento do returno, o time de Paulo Coco, segundo colocado na tabela e atual campeão da Superliga, segue como um dos candidatos ao título. No entanto, todo cuidado é pouco. Apesar de não ter deixado escapar nenhum set contra o Tricolor carioca nos dois encontros na fase classificatória, a equipe de Uberlândia escancarou, na derrota desta sexta-feira (15) diante do Sesc, aquele que vem sendo o seu maior problema na temporada: a recepção.

Além disso, o time ainda expôs dificuldades no sideout, o que não vinha sendo tão observado ao longo da Superliga. A oposta Fawcett não vive a sua melhor fase – tanto que no cotejo contra o Minas e neste último frente às comandadas de Bernardinho, cometeu vários erros e acabou substituída por Paula Borgo, que também não é uma exímia viradora de bolas.

Outro ponto que necessita de ajustes na equipe é o entrosamento da levantadora Lloyd principalmente com as centrais Fabiana e Carol. Embora tenha apresentado alguma evolução nas últimas partidas, a construção destas jogadas precisa funcionar com mais fluidez. O caráter imprevisível do adversário, sétimo colocado na classificação geral, pode servir ainda mais como um alerta.

Não se sabe qual Fluminense disputará a série contra o Praia Clube. Será aquele franco-atirador que bateu, por exemplo, Osasco Audax e Sesc-RJ por acachapantes 3 a 0 e 3 a 1, respectivamente, e que, por muito pouco, não derrotou o Minas? Ou será aquele que sofre “apagões” recorrentes, sucumbindo diante de times de menor poder ofensivo, como foi o caso do (desclassificado) Pinheiros, que o derrotou por 3 sets a 1 em plena Hebraica?

Em sua terceira participação na Superliga, o time de Hylmer Dias tem potencial para incomodar e complicar a vida dos favoritos. Com jogadoras como a oposta Joycinha, as ponteiras Thaisinha e Pri Daroit, e as centrais Letícia Hage e Lara, falta ao conjunto, contudo, regularidade na recepção e na virada de bola, além de maior poder de decisão nos momentos-chave dos jogos.

Confrontos:

Segunda-feira (18), às 21h30, no ginásio do Praia Clube, em Uberlândia (MG) – SporTV 2

Quinta-feira (21), às 21h30, no ginásio do Hebraica, no Rio de Janeiro (RJ) – SporTV 2

Se necessário, o terceiro duelo será na segunda-feira (25) às 21h30, no ginásio do Praia, em Uberlândia (MG) –SporTV 2

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Osasco Audax promete fazer uma série equilibrada com o rival local Barueri (Foto: João Pires/Fotojump)

Hinode Barueri x Osasco Audax

Barueri e Osasco (quarto e quinto lugares na classificação) devem protagonizar um dos duelos mais parelhos nestas quartas de final. Reeditando o confronto da temporada passada, os times fizeram campanhas bem semelhantes nesta edição da Superliga. Enquanto Barueri perdeu sete jogos em 22, Osasco foi derrotado em oito oportunidades. Nos duelos entre os dois, entretanto, a vantagem é de Osasco, que cedeu apenas dois sets para as comandadas de José Roberto Guimarães.

A situação da equipe de Luizomar de Moura no campeonato é idêntica à do arquirrival Sesc. De time a ser batido no passado, sem grandes investimentos, passou a coadjuvante, lutando para se manter competitivo.

Para tanto, conta com a força de sua fanática torcida e, principalmente, com o crescimento da oposta norte-americana Destinee Hooker, que vem assumindo a responsabilidade no ataque e hoje aparece nas estatísticas como a segunda maior pontuadora (com 307 acertos).

O Barueri, em oposição, apesar das oscilações na fase de classificação, está em ascensão e conta com o poder de ataque de uma oposta, a polonesa Katarzyna Skowronska, que certamente apresenta a melhor performance individual na competição. Ela é a maior pontuadora do campeonato, com 437 bolas no chão. Para que não seja ainda mais sobrecarregada, a (frágil) recepção precisa funcionar para que a levantadora Dani Lins, que tem se revezado com a talentosa Juma, tenha condições de acionar todas as suas atacantes. O fundamento poderá ser decisivo para as pretensões de Barueri no mata-mata.

Outra aposta do técnico José Roberto para dividir a responsabilidade na virada de bola é a central Thaísa, que vem subindo de produção e aparece já como a terceira melhor bloqueadora do torneio, com 56 pontos (seguida de sua companheira de clube e de posição, Milka). A meio de rede campeã olímpica poderá ter papel decisivo na série que se inicia.

Confrontos:

Terça-feira (19), às 19h, no José Correa, em Barueri (SP) SporTV 2

Sexta-feira (22), às 19h, no José Liberatti, em Osasco (SP) – SporTV 2

Se necessário, o terceiro duelo será na terça-feira (26), às 19h, no José Correa, em Barueri (SP) – SporTV 2

Realizando a pior campanha de sua história, Sesc-RJ espera mostrar a sua força nos mata-matas (Foto: Praia Clube/Divulgação)

Sesc-RJ x Sesi Bauru

Além de Barueri e Osasco, este promete ser outro confronto marcado pelo equilíbrio na série. Sem dúvida, a tradicional equipe carioca, terceira colocada e hexacampeã da Superliga, vive o pior momento de sua história. Bastante fragilizada economicamente e sofrendo com problemas físicos, teve atuações tecnicamente abaixo do esperado ao longo da temporada. Apesar de terem vencido os dois jogos contra o campeão paulista, cedendo dois sets, as cariocas chegaram a amargar 3 fracassos consecutivos na competição (7 no total).

Porém, os contundentes triunfos no returno contra o rebaixado Balneário Camboriú e, sobretudo, frente ao poderoso Praia Clube, sugerem que, aos poucos, o estrategista Bernardinho vem ajustando o time às vésperas dos mata-matas. O técnico, entretanto, ainda tem muito trabalho pela frente, pois a recepção continua sendo o calcanhar de Aquiles do time, especialmente com as ponteiras Drussyla e Kosheleva – que ainda não deslanchou no campeonato –, além da líbero Gabiru.

No lado oposto, a instabilidade no passe também atormenta o conjunto liderado pelo técnico Anderson Rodrigues, classificado para os playoffs na sexta posição com 9 derrotas. Além disso, outra deficiência da equipe de Bauru tem sido o ataque, uma vez que a oposta Valentina Diouf não justificou, até o momento, a contratação. A queda substancial de rendimento da italiana se revela até mesmo nas estatísticas da Superliga, onde ela chegou a aparecer como a terceira maior pontuadora e hoje não figura nem entre as cinco.

Além de Diouf, Tiffany, que vem atuando improvisada na entrada de rede, também tem apresentado dificuldades na virada de bola porque já está bem marcada pelos adversários. Para derrotar o Sesc, o time do interior paulista precisa de mais consistência e deve voltar a demonstrar em quadra o enorme potencial ofensivo que apresentou no campeonato local.

Confrontos:

Terça-feira (19), às 21h30, no Panela de Pressão, em Bauru (SP) SporTV 2

Sexta-feira (22), às 21h30, no Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ) – SporTV 2

Se necessário, o terceiro duelo será na terça-feira (26), às 21h30, no Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ) – SporTV 2

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Em jogo de muitos erros, Hooker brilha e Osasco vence Sesc-RJ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/02/23/em-jogo-de-muitos-erros-hooker-brilha-e-osasco-vence-sesc-rj/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/02/23/em-jogo-de-muitos-erros-hooker-brilha-e-osasco-vence-sesc-rj/#respond Sat, 23 Feb 2019 03:18:48 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15963

Em jogo tecnicamente abaixo do esperado, equipe de Osasco venceu o rival carioca (Foto:João Pires/Fotojump)

Sesc-RJ e Osasco Audax fizeram nesta sexta-feira (22), no Ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), o grande clássico do vôlei feminino brasileiro. E, em jogo válido pela 8a rodada do returno da Superliga, a equipe da casa levou a melhor ao vencer as visitantes de virada por 3 sets a 2, com parciais de 25-23, 22-25, 21-25, 25-23 e 15-9.

É preciso mencionar, contudo, que a partida foi tecnicamente bem fraca e repleta de erros, não fazendo jus à história do clássico. As equipes não desfrutam mais do prestígio e do favoritismo de outros tempos, quando tinham poder econômico suficiente para montar times repletos de estrelas, mas contam com a experiência de seus técnicos e a força das torcidas para seguirem na luta pelas primeiras posições na tabela.

Assim, com o triunfo, o time de Osasco chegou aos 33 pontos, mas se manteve na quinta posição. Já o Sesc-RJ alcançou os 38, permanecendo na terceira colocação.

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As duas equipes cometeram vários erros de recepção e de ataque em um começo de partida tecnicamente fraco. As comandadas de Luizomar de Moura, contudo, levaram a melhor na tentativa de explorar a fragilidade da linha de passe adversária, sacando nas ponteiras Drussyla e Peña. Com isso, as falhas nas ações ofensivas e no sistema defensivo fizeram com que as anfitriãs abrissem 17 a 11 no placar.

As cariocas, entretanto, reagiram e encostaram no marcador, contando com boa participação da central Bia. Esta evolução, contudo, não foi necessária para frear o ímpeto do time de Osasco, que teve contribuição decisiva da oposta Hooker na reta final (maior pontuadora do set, com 7 acertos) para vencer a primeira parcial.

Oposta norte-americana foi a bola de segurança da levantadora Claudinha (Foto: Divulgação/Osasco)

O time de Bernardinho cresceu bastante no decorrer do confronto, chegando aos 18-10 no marcador. Com um saque mais efetivo e direcionado, foi a vez das visitantes testaram a recepção osasquense, que também falhou em momentos importantes, sobretudo com a ponteira Angela Leyva. Empurradas pela torcida, as donas da casa se recuperaram principalmente através do bloqueio, mas não conseguiram minar as ações ofensivas da equipe carioca para ganhar o segundo set.

Em um duelo repleto de altos e baixos, e erros em vários fundamentos por parte das duas equipes, Osasco começou mal o terceiro set, cedendo pontos em demasia ao arquirrival, além de ter desperdiçado contra-ataques. Pelo lado carioca, apesar de ter cometido mais falhas do que a equipe anfitriã na parcial (8 a 5) o time de Bernardinho se saiu melhor no sideout, o que favoreceu a virada no jogo.

Com mais volume de jogo, a equipe da casa construiu uma vantagem de 5 pontos (15 a 10). Destaque para a oposta Hooker, bola de segurança da armadora Claudinha, que assumiu a responsabilidade para pontuar em momentos cruciais do set. E a norte-americana, em grande atuação, foi a maior pontuadora do confronto, com 33 pontos. Osasco ainda se beneficiou das falhas do ataque e da recepção cariocas para levar o confronto para o tie-break.

As paulistas tiveram um início arrasador no set decisivo, abrindo 7 a 1. O sistema defensivo trabalhou bem – destaque para a líbero Camila Brait, que se sobressaiu em toda a partida -, subindo bolas que propiciaram contra-ataques bem aproveitados. Em oposição, o Sesc-RJ, completamente perdido em quadra, voltou a cometer erros em excesso (32 no total contra 20 do adversário), permitindo o triunfo de Osasco.

Além de Hooker, a ponteira Mari Paraíba e a central Walewska se sobressaíram, colocando 13 e 12 bolas no chão, respectivamente. Entre as cariocas, a meio de rede Bia foi a maior pontuadora, com 19 acertos. Monique, Juciely e Peña também colaboraram no ataque com 15 pontos cada.

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