Juciely – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Com tie-break arrasador, Sesc bate Osasco no clássico e segue invicto http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/30/com-tie-break-arrasador-sesc-bate-osasco-no-classico-e-segue-invicto/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/30/com-tie-break-arrasador-sesc-bate-osasco-no-classico-e-segue-invicto/#respond Sat, 30 Nov 2019 03:10:01 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19207

Equipe carioca passou por momentos de incerteza na partida, mas venceu o rival em um tie-break espetacular (Foto: Marcio Mercante)

No grande clássico do vôlei brasileiro, válido pela sexta rodada da Superliga feminina, o Sesc-RJ visitou o Osasco Audax na noite desta sexta-feira (29). Até então invictas, as duas equipes fizeram um jogo igual até o quarto set. Mesmo empurrado pela entusiasmada torcida que lotou o José Liberatti, o time de Luizomar de Moura, contudo, viveu um apagão na quinta e última parcial e acabou superado por parciais de 23-25, 25-21, 22-25, 25-21 e 5-15.

A partida ainda marcou o reencontro da levantadora Roberta, hoje titular em Osasco, com o Sesc, clube onde ela atuou durante nove anos. As maiores pontuadoras do jogo foram Tandara e Ana Bjelica, com 22 e 21 acertos, respectivamente.

O saque foi o fundamento mais utilizado como arma ofensiva por ambas as equipes desde o começo do duelo. Em um primeiro set bastante disputado, as donas da casa, entretanto, arriscaram mais e acabaram mostrando maior eficiência, quebrando a recepção carioca. Deste modo, explorando a fragilidade do passe de Drussyla e Amanda, o selecionado osasquense abriu 12 a 6.

As comandadas de Bernardinho, no entanto, não esmoreceram e reagiram a partir da metade do set. As representantes do Rio diminuíram a quantidade de erros, investiram em um serviço mais direcionado e apostaram principalmente nas boas coberturas de defesa que geraram contra-ataques bem aproveitados. A virada de bola também cresceu no fim da parcial, propiciando a reviravolta.

Assim como na etapa anterior, Osasco começou melhor. Mais regular na recepção e no ataque – sobretudo com as ponteira Jaqueline e Ellen -, as paulistas impuseram logo 17 a 10 no marcador. Do outro lado da quadra, o Sesc não se encontrava a fim de reverter novamente a situação.

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Passando por momentos de instabilidade na sua virada de bola com a central Juciely e a oposta Tandara, o grupo visitante também não contou com uma boa performance de Drussyla, que seguiu pecando tanto no passe quanto no sideout ao enfrentar excessivamente o bloqueio – somente neste fundamento, Osasco fez 7 pontos contra 3 do adversário no set.

Em um terceiro set mais equilibrado, o Sesc melhorou o aproveitamento no sistema ofensivo. Os dois times continuaram se sobressaindo na defesa, gerando ralis muito bem disputados. O Rio, contudo, contou com um desempenho mais regular de Tandara e Juciely no ataque. O saque e o bloqueio também acabaram fazendo a diferença a favor da equipe de Bernardinho.

Com tanta rivalidade, a temperatura subiu um pouco na quarta etapa. Em um jogo de alternâncias e muitas provocações de parte a parte, além da tensão com a arbitragem, o Sesc voltou a cometer erros bobos e a sofrer com a virada de bola, parando diversas vezes no bloqueio osasquense. Em oposição, destaque para a sérvia Ana Bjelica, que atuou em sua função de origem – na saída de rede – e foi a bola de segurança de Roberta a partir do terceiro set.

Diante de tanto equilíbrio, esperava-se uma última parcial também bastante parelha. No entanto, iniciando o tie-break de forma espetacular, o Sesc colocou rapidamente 10 a 3 no placar e não deu qualquer chance ao arquirrival no José Liberatti.

Com um saque mais regular e se valendo da performance de uma Juciely inspirada no sideout, as visitantes passaram a tocar em todas as bolas, imprimindo ótimo volume de jogo, o que desestabilizou completamente o ataque osasquense. Com o triunfo, a equipe quebrou a invencibilidade do adversário e manteve a ponta na Superliga feminina.

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Após nove anos no Rio, Roberta enfrenta o Sesc pela primeira vez http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/29/apos-nove-anos-no-rio-roberta-enfrenta-o-sesc-pela-primeira-vez/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/29/apos-nove-anos-no-rio-roberta-enfrenta-o-sesc-pela-primeira-vez/#respond Fri, 29 Nov 2019 09:00:44 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19199

Para a levantadora, Osasco terá que diminuir erros se quiser ganhar do Rio (João Pires/Fotojump)

O primeiro encontro entre Vôlei Osasco-Audax e Sesc-RJ na temporada 2019/2020, nesta sexta-feira (29) às 21h30 no ginásio José Liberatti, terá um reencontro especial. Depois de nove anos defendendo a equipe carioca, a levantadora Roberta optou por aceitar o convite do arquirrival e estará do outro lado da rede.

E é justamente por conhecer bem o Sesc-RJ que Roberta espera um duelo complicado – quem sair derrotado perderá também a invencibilidade na atual edição da Superliga. “Sei o quanto o Bernardo (Rezende, técnico do Sesc) estuda e prepara o time para o que é preciso fazer taticamente. Tenho consciência da dificuldade que será esse jogo e do quanto vamos estar bem marcados, até porque o Rio montou um time muito consistente esse ano, com uma linha de passe e uma defesa muito boas”, afirmou a levantadora.

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Na visão de Roberta, o segredo para a vitória osasquence está em um bom serviço. “Temos que vir com um saque muito agressivo para tirar a bola das mãos da Fabíola, para ela não trabalhar com velocidade. Nosso bloqueio vai ter que estar muito bem ajustado e nossa defesa precisará ajudar muito para tentar fazer com que o Rio tenha problemas de colocar a bola no chão”, afirmou a armadora, que lembrou da vitória contra o São Paulo-Barueri no tie-break para apontar outro fator fundamental no “clássico”. “Fomos muito irregulares contra Barueri e não podemos nos permitir estar assim neste jogo. Se diminuindo a quantidade de erros, já será metade do caminho”, acredita.

Entre as adversárias de Roberta estão amigas, como a central Juciely, que defende o Sesc-RJ desde 2010. “Vai ser muito estranho jogar contra a Roberta pelo carinho que sinto por ela, sabe? Está sendo estranho vê-la com outro uniforme”, admitiu a meio-de-rede. “Osasco e Rio sempre é um confronto com muita história ao longo das edições da Superliga. A Roberta é uma jogadora experiente e, assim como a conhecemos, ela também nos conhece e sabe da importância deste jogo”, complementou.

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Sesc saca melhor, bate Barueri fora de casa e mantém 100% na Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/19/sesc-saca-melhor-bate-barueri-fora-de-casa-e-mantem-100-na-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/19/sesc-saca-melhor-bate-barueri-fora-de-casa-e-mantem-100-na-superliga/#respond Wed, 20 Nov 2019 02:12:44 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19104

Time carioca venceu a equipe sensação deste início de temporada (Foto: Marcio Mercante)

Um duelo de campeões estaduais movimentou a Superliga feminina 2019/2020 nesta terça-feira (19), colocando frente a frente os dois mais prestigiados treinadores brasileiros. O surpreendente São Paulo Barueri, de José Roberto Guimarães, recebeu o multicampeão Sesc RJ, de Bernardinho, em confronto válido pela terceira rodada da competição.

Até então com 100% de aproveitamento no torneio, os times corresponderam às expectativas e fizeram um bom jogo no ginásio José Corrêa – obviamente, dentro das possibilidades deste começo de temporada, quando as equipes ainda oscilam e buscam o melhor entrosamento. E com um desempenho mais consistente principalmente no saque, a equipe visitante acabou levando a melhor, batendo as donas da casa em sets diretos, com parciais de 24-26, 23-25 e 22-25. Foi o terceiro triunfo consecutivo do time carioca na competição.

Em um confronto bastante tenso e marcado por discussões com a arbitragem, a recepção foi o maior problema do time de Zé Roberto. Castigada pelo bom saque visitante, a linha de passe paulista sofreu muito e praticamente não conseguiu entregar as bolas nas mãos da levantadora Juma que, pressionada, não fez uma distribuição equânime do jogo.

Apesar disso e dos erros de saque, o campeão paulista, correndo atrás do placar até a metade do set, reagiu e manteve o equilíbrio até o final contando especialmente coma  eficiência na virada de bola pelas extremidades, sobretudo com a oposta Lorenne. As falhas no sideout e de combinação da armadora Fabíola com suas atacantes também colaboraram para que o adversário permanecesse vivo na parcial.

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Em ritmo acelerado e com a mesma estratégia de saque, o Sesc abriu rapidamente 9 a 3 no segundo set. Desestabilizado em quadra, o inexperiente time da casa cometeu vários erros bobos – inclusive, na parte final da parcial -, o que favoreceu o crescimento da equipe carioca.

As donas da casa ainda esboçaram nova reação nesta etapa, mas a consistência no ataque e o volume de jogo das adversárias fizeram a diferença. Destaque para a oposta Tandara, que voltou a jogar após um problema abdominal. Mesmo longe de sua melhor forma, a jogadora cresceu e foi a bola de segurança da levantadora Fabíola a partir de então. Ao contrário do oposta de Barueri que, depois de um primeiro set inspirado, passou a ser bem marcada pelo bloqueio carioca e perdeu a efetividade no sideout.

Tentando não permitir que o experiente adversário deslanchasse no marcador, a equipe de Barueri voltou a abusar das falhas no saque, no ataque e no sistema defensivo na última parcial. Com isso, o Sesc, com o ótimo rendimento no sideout de Tandara e da central Juciely (maiores pontuadoras do jogo com 19 e 14 acertos, respectivamente), não precisou se esforçar tanto para vencer o jogo e manter a invencibilidade na Superliga.

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Bloqueio faz a diferença e Praia Clube bate Sesc-RJ em jogo eletrizante http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/11/bloqueio-faz-a-diferenca-e-praia-clube-bate-sesc-rj-em-jogo-eletrizante/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/01/11/bloqueio-faz-a-diferenca-e-praia-clube-bate-sesc-rj-em-jogo-eletrizante/#respond Sat, 12 Jan 2019 01:46:05 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15615

Em partida emocionante, Praia Clube venceu o Sesc RJ por 3 sets a 1 (Foto: Divulgação/Dentil Praia Clube)

O primeiro turno da Superliga feminina de vôlei se encerrou com um dos jogos mais esperados da última rodada: Sesc RJ x Dentil Praia Clube, as equipes que decidiram o campeonato na temporada 2017/2018. O time carioca, então quarto colocado na tabela, recebeu o líder da competição na Jeunesse Arena, no Rio, pretendendo confirmar a boa fase com mais uma vitória. Já o Praia, atual campeão que ocupa a ponta, almejava somar mais três pontos para se distanciar ainda mais do Minas Tênis Clube, única equipe invicta do torneio e segundo colocado. E, em um jogo emocionante, o time mineiro derrotou o Sesc por 3 sets a 1 (25-20, 16-25, 23-25 e 24-26), chegando aos 30 pontos na classificação geral.

Com isso, a equipe manteve a liderança temporária, já que o time de Belo Horizonte, que alcançou 28 com a vitória sobre o Curitiba, enfrentará ainda o Hinode Barueri na próxima terça-feira em confronto atrasado da sexta rodada, e poderá ultrapassar o rival na tabela se vencer. Já o Sesc, com o revés, terminou o primeiro turno em quinto lugar, mantendo os 19 pontos.

O time anfitrião utilizou Roberta/Carol Leite no levantamento, Kosheleva e Peña/Kasiely na entrada, Bia e Juciely/Mayhara pelo meio, Monique na saída e Gabiru de líbero. Já a equipe de Uberlândia escalou a armadora Lloyd/Ananda, as ponteiras Fernanda Garay e Rosamaria/Michelle, as centrais Carol e Gabi/Fabiana, a oposta Fawcett e a líbero Suellen.

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As duas equipes utilizaram o saque como arma no início da partida. E, como sempre, ambas as linhas de passe falharam em diversos momentos do jogo. Pelo lado visitante, a armadora Lloyd cometeu erros de precisão tanto nas raras bolas rápidas pelo meio quanto nos levantamentos mais acelerados pelas extremidades. Algumas destas falhas, vale ressaltar, aconteceram em função da instabilidade da recepção mineira com Rosamaria e Suellen. Outras, contudo, foram falhas técnicas da própria levantadora norte-americana. As comandadas de Bernardinho também se perturbaram com o serviço flutuante adversário, mas conseguiram compensar os problemas com um rendimento bastante satisfatório no ataque, o que favoreceu o triunfo da equipe anfitriã na primeira parcial (o Sesc venceu por 14 a 9 neste set).

Equipe praiana fez um jogo emocionante contra o Sesc e demonstrou força ao buscar o placar no quarto set (Foto: Gisa Alves)

Na segunda parcial, no entanto, as donas da casa viram o atual campeão da Superliga crescer tanto side out quanto no bloqueio (foram 20 pontos a 10 no total somente neste fundamento para o time de Uberlândia). As mineiras dominaram o set e não foram ameaçadas em nenhum momento pela equipe anfitriã. Mais eficientes também no sistema defensivo, as visitantes salvaram bolas importantes que geraram contra-ataques bem aproveitados pelo time do Triângulo Mineiro. Assim, lideradas pela norte-americana Fawcett, chegaram a abrir 18 a 10 no set. Sem conseguir parar as cortadas do rival, o Sesc desperdiçou ataques e cometeu erros bobos que facilitaram o trabalho do Praia Clube.

O saque fez novamente a diferença no terceiro set. Apesar de ter iniciado bem mais concentrado e eficiente na parcial, o Sesc se perdeu a partir da impressionante passagem de Rosamaria pelo serviço (de 7 a 5, a partida virou para 14 a 7 no placar para as mineiras). A linha de passe carioca foi liquidada, o que impossibilitou a construção das jogadas de ataque da levantadora Roberta – que acabou sendo substituída por Carol Leite – até a metade da parcial. As comandadas de Bernardinho ainda tiveram personalidade para emparelhar o jogo no final, sobretudo com as ações ofensivas da russa Tatiana Kosheleva, que cresceu bastante no decorrer do duelo, e com o bloqueio que até então não estava sendo tão eficiente. Entretanto, as falhas no sistema de recepção e no ataque inviabilizaram uma reação que pudesse se converter em vitória na parcial.

Em um confronto eletrizante com muito volume e ralis que animaram a torcida carioca, as donas da casa se mostraram mais aguerridas na quarta parcial e abriram uma vantagem confortável no placar. Pressionando Fernanda Garay – que também cometeu erros importantes de recepção – no saque, o Sesc deu a impressão de que conseguiria levar o jogo para o quinto set. Entretanto, com as alterações feitas pelo técnico Paulo Coco – principalmente a ponteira Michelle e a central Fabiana, que se destacaram marcando pontos decisivos -, o Praia Clube reverteu a vantagem de 24 a 22 no marcador, chegando ao empate. Oscilante, o time de Bernardinho voltou a cometer erros de recepção que prejudicaram a evolução da equipe na reta final. E foi justamente o bloqueio que voltou a fustigar a equipe carioca: a central Fabiana fez a leitura perfeita do ataque da ponteira Kasiely, marcando o ponto que deu a vitória ao conjunto praiano.

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Perto de mais um título, Sesc-RJ tenta segurar a empolgação http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/16/perto-de-mais-um-titulo-sesc-rj-tenta-segurar-a-empolgacao/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/16/perto-de-mais-um-titulo-sesc-rj-tenta-segurar-a-empolgacao/#respond Mon, 16 Apr 2018 09:00:27 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12843

Sesc-RJ fez 3 a 1 sobre o Dentil/Praia na primeira partida da fina (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

A vitória na Arena Carioca 1 deu ao Sesc-RJ um enorme privilégio na final da Superliga feminina de vôlei: ter duas chances de faturar o título no próximo domingo (22). Mesmo que perca a segunda partida da final, que será realizada a partir de 9h10 no ginásio Sabiazinho, em Uberlândia (MG), o time carioca alcançará o primeiro lugar do pódio se vencer o Dentil/Praia Clube golden set, uma  parcial extra de 25 pontos programada para a sequência do duelo no Triângulo Mineiro em caso de empate na série.

Tal fato, aliado à qualidade do vôlei apresentado no Rio de Janeiro, são suficientes para empolgar o torcedor do Sesc. As jogadoras da equipe, porém, tem como desafio justamente não se deixar levar pela empolgação ao longo da semana.

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A experiente central Juciely, de 37 anos, mal havia saído de quadra e já mostrava esse discernimento. “Sabemos que ainda não tem nada decidido nessa série. O Praia Clube vai jogar em casa na próxima semana e elas também querem o título da Superliga. Por isso, precisamos treinar ainda mais para buscar essa vitória em Uberlândia. A série ainda está aberta e vamos com tudo para a partida do próximo domingo”, avisou a atleta.

O discurso foi seguido por Monique. “Temos pouco tempo para comemorar para decidir lá na casa delas, o que com certeza vai ser mais difícil”, comentou a oposta, acompanhada pela ponteira Drussyla, eleita a melhor do confronto pelo público que acompanhou o jogo pela TV. “Não tem como diminuir o ritmo, temos que entrar com todo o gás. É hora de manter o foco e o treinamento pra gente se dar bem na semana que vem”, afirmou.

O técnico Bernardinho também pediu que suas comandadas não “comemorem mais do que o devido”, mas se mostrou satisfeito com a atuação da equipe como um todo. “O time jogou equilibrado, consciente e lúcido o tempo inteiro. Não perdeu a lucidez no terceiro set e enfrentou o bloqueio. Fiquei muito feliz de ver a Gabi jogando num alto nível, ela que vinha sofrendo a temporada inteira. Vê-la assim foi incrível. Roberta e Monique também jogaram muito bem. O time jogou equilibrado, jogou bem. Para jogar contra o Praia, é preciso muita qualidade e foi isso que a equipe demonstrou hoje”, comemorou.

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Consistência e erros rivais fazem Sesc sair na frente na final da Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/15/consistencia-e-erros-rivais-fazem-sesc-sair-na-frente-na-final-da-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/04/15/consistencia-e-erros-rivais-fazem-sesc-sair-na-frente-na-final-da-superliga/#respond Sun, 15 Apr 2018 16:30:23 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12833

Sesc-RJ: ótima atuação de todas as titulares (Foto: Alaor Filho / Sesc-RJ)

Maior campeão da história do vôlei feminino brasileiro de clubes, o Sesc-RJ deu um importante passo para conquistar mais um título da Superliga feminina ao bater, neste domingo (15), o Dentil/Praia Clube na primeira partida da decisão da temporada 2017/2018. O placar foi de 3 sets a 1, parciais de 26-24, 25-19, 22-25 e 25-17.

Fosse no formato utilizado até o ano passado, estaríamos agora falando do 13º título da equipe do Rio de Janeiro na competição. Mas as regras agora são outras e o Praia, melhor time da fase classificatória, tem a chance de se recuperar no domingo que vem (22), quando será realizado o segundo jogo da final em Uberlândia (MG). Para ficar com a taça, o time mineiro terá que não só vencer o jogo como também o golden set, parcial extra disputada logo após a partida para definir o campeão. Em caso de novo triunfo do Sesc, o time carioca levanta a taça mais uma vez.

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Para sair na frente na grande final, o Sesc baseou seu jogo em dois pilares: executar seu jogo da maneira mais bem feita possível e forçar os erros rivais. O que é simples na teoria é algo complicado de colocar em prática, especialmente contra um adversário que tem várias estrelas no elenco e o trabalhador Paulo Coco no comando. É aí que entram os méritos da comissão técnica comandada por Bernardinho.

Tomem como exemplo Drussyla: principal alvo do saque praiano na partida inteira, a ponteira estava muito bem preparada para a pressão que viria. Errou algumas recepções, é verdade, mas conseguiu também entregar bolas aceitáveis para a levantadora Roberta e compensou as falhas no ataque. Terminou o jogo como maior pontuadora e foi eleita pelo público a melhor em quadra.

Bloqueio do Sesc complicou a vida das atacantes do Praia (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Apesar de o prêmio ter sido dado para a ponteira, qualquer jogadora do Sesc poderia ter sido agraciada com a homenagem. Todas, sem exceção, tiveram ótimas atuações. Ao seu estilo, a levantadora Roberta mais uma vez fez um ótimo “feijão com arroz”, sendo muito disciplinada taticamente e sensível ao momento de suas atacantes para não insistir demais em ninguém ao longo do duelo. Como bônus, ainda sacou muito bem.

Gabi, por sua vez, foi um ótimo desafogo para Drussyla tanto no ataque quanto protegendo a jovem na linha de passe, função que dividiu com a líbero Fabi, de novo responsável por defesas que geraram contra-ataques importantes. Já a oposta Monique se destacou especialmente no bloqueio, acompanhada pelas centrais Juciely e Mayhara. Juntas, as três complicaram demais a vida do ataque do Praia.

Praia que teve uma manhã de altos e baixos. Depois de perder um equilibrado primeiro set, o time mineiro mais uma vez mostrou falta de estabilidade emocional e simplesmente foi massacrado na segunda etapa, marcada por dois erros graves de arbitragem: primeiro, no 5-2, uma bola atacada por Fawcett tocou no bloqueio, mas o ângulo da câmera usada no sistema de desafio não pegou a ação. Minutos depois, Gabi fecharia a parcial com ataque “caixinha”, mas o árbitro Rogério Espicalsky não viu que a bola claramente bateu na quadra no Praia antes da defesa das líbero Suelen.

A despeito da péssima atuação no set, o time mineiro ainda teve forças para buscar uma reação na reta final da etapa, fundamental para que o Praia jogasse o terceiro set com outra postura. Foi aí que brilhou a americana Nicole Fawcett, que passou a virar diversos ataques e liderou a equipe no 2 a 1. O problema é que o restante do time não a acompanhou, cometendo diversos erros de passe e ataque. Para piorar, a levantadora Claudinha esteve imprecisa e ponteira Fernanda Garay fez uma de suas piores partidas na temporada. Paulo Coco ainda tentou diversas alternativas, colocando Carla e Ellen em quadra, mas não foi bem sucedido e agora terá uma semana para quebrar a cabeça na tentativa de reverter a final e acabar com a hegemonia do Sesc na Superliga.

Paulo Coco tem uma semana para pensar em como reverter o resultado da final (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

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Sesc-RJ atropela Minas e vai à 14ª final seguida de Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/03/31/sesc-rj-atropela-minas-e-vai-a-14a-final-seguida-de-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/03/31/sesc-rj-atropela-minas-e-vai-a-14a-final-seguida-de-superliga/#respond Sat, 31 Mar 2018 20:23:22 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12627

Sesc jogou com segurança contra o Minas e poderia ter feito outro 3 a 0 (Fotos: Marcos de Paula / Sesc RJ)

Entra ano, sai ano e uma coisa não muda: Bernardinho estará na final da Superliga feminina de vôlei. Pelo 14º ano consecutivo, o treinador comandará a equipe do Rio de Janeiro (atualmente chamada Sesc-RJ) na grande decisão do voleibol brasileiro. A vaga da temporada em vigência foi confirmada na tarde deste sábado (31) com uma vitória por 3 a 1, parciais de 25-11, 21-25, 25-18 e 25-18, sobre o Camponesa/Minas na Jeunesse Arena, Rio de Janeiro.

O resultado foi o último capítulo da série melhor-de-cinco entre as duas equipes, além de uma revanche pela derrota na decisão do Sul-americano, em fevereiro. Nas partidas anteriores, o Sesc havia conquistado uma incrível virada fora de casa, seguida por um êxito tranquilo na segunda rodada.

Agora, o Sesc aguarda o vencedor da outra semifinal, onde o Dentil/Praia Clube, de Uberlândia, está liderando o confronto diante do Vôlei Nestlé, de Osasco, por 2 a 1 – o quarto jogo será disputado na noite de segunda-feira (2). Independente de quem passe, porém, o Sesc leva vantagem histórica: são oito vitórias em 11 finais diante das paulistas e um título na única decisão realizada contra os rivais mineiros.

Para chegar a mais uma final, o Sesc se aproveitou da ausência de uma das estrelas do Minas, Carol Gattaz, que, com problemas no joelho esquerdo, não pôde estar em quadra. Apoiado por cerca de quatro mil torcedores, o time carioca se baseou em um saque agressivo que explorou a insegurança da linha de passe rival desde o início. Como reflexo disso, o primeiro set teve seis pontos de bloqueio das donas da casa.

Bloqueio carioca marcou muito bem as opções ofensivas rival

O segundo set ia pelo mesmo caminho até que, com 7-11 de desvantagem, Pri Daroit entrou no saque e fez um enorme estrago para cima de Drussyla, levando o placar para 12-11. Perseguida pela torcida rival por conta de seu baixo rendimento nas partidas anteriores, Rosamaria não se entregou e liderou a virada do Minas ao lado da líbero Léia, responsável por defesas incríveis na parcial. Destaque ainda para a ousadia do técnico italiano Stefano Lavarini, que tirou sua principal atacante, Destinee Hooker de quadra para reforçar a linha de passe com a também americana Sonja Newcombe, deixando Rosa como oposta.

Só que quem esperava um duelo equilibrado a partir daí se decepcionou: bastou uma passagem de Monique pelo saque para o Sesc escapar no placar na metade do terceiro set. O Minas, por sua vez, errava muito no fundamento e não conseguia uma sequência que lhe permitisse voltar ao jogo, ainda mais porque Roberta passou a acionar duas de suas opções mais experientes, a central Juciely e a ponteira Gabi. Para piorar, a própria Monique voltou ao saque no começo da quarta parcial e judiou da recepção mineira a ponto de o placar chegar a um incrível 8 a 0. Com tamanha vantagem, bastou ao Sesc controlar os próprios erros antes de fechar o jogo com Drussyla explorando o bloqueio.

Vale lembrar que, este ano, a decisão da Superliga feminina será em dois jogos: se houver vencedores diferentes nestas partidas, o título será decidido em uma parcial extra, chamada “Golden Set”. A taça será levantada em 22 de abril.

Jogo veloz, perrengue e filha de Ida: as histórias do Minas no Mundial de 1992

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Quem leva a melhor nas quartas de final da Superliga feminina? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/03/08/quem-leva-a-melhor-nas-quartas-de-final-da-superliga-feminina/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/03/08/quem-leva-a-melhor-nas-quartas-de-final-da-superliga-feminina/#respond Thu, 08 Mar 2018 09:00:43 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12278

A partir desta sexta-feira (9) começam as quartas de final da Superliga feminina 2017/2018. O Saída de Rede faz uma avaliação dos prováveis desfechos em cada série, disputada numa melhor de três jogos.

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Vôlei Nestlé vs. Hinode Barueri
Esse é o mais equilibrado dos quatro confrontos, envolvendo o quarto colocado, Vôlei Nestlé, e o quinto, Hinode Barueri. No turno e returno, duas vitórias da equipe de Osasco por 3-1 sobre o time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães. Porém, se a equipe do treinador Luizomar de Moura pouco alterou seu padrão de jogo após deslocar Tandara da entrada para a saída de rede, numa evidente melhora, o Barueri foi recuperando algumas peças gradativamente e subiu de produção com a chegada da levantadora americana Carli Lloyd no segundo turno.

É principalmente pela presença de Lloyd que o cenário pode mudar em favor do Hinode. O Vôlei Nestlé ainda não enfrentou esse adversário com a armadora titular dos Estados Unidos em quadra, o que implica numa mudança da marcação. Some-se a isso a oposta polonesa Kasia Skowronska em melhor forma e ainda a presença da central Thaisa, embora longe do ideal, e o time de Barueri, que conta também com a presença de Jaqueline na linha de passe, cresce.

Do outro lado, Osasco tem Tandara, uma das principais atacantes de bolas altas do mundo. Para que não fique sobrecarregada, a recepção deverá permitir que a levantadora Fabíola utilize as centrais e que a ponta peruana Angela Leyva, que tem oscilado numa frequência preocupante, seja mais efetiva. O Vôlei Nestlé teve seu melhor momento da temporada, até aqui, na Copa Brasil, quando bateu o arquirrival Sesc-RJ e quebrou uma sequência de vitórias do Dentil/Praia Clube. Ainda não rendeu tanto na Superliga. Entra na disputa das quartas de final como favorito diante do Barueri. Se o passe funcionar, tem grandes chances de avançar às semifinais.

Partidas:
Dia 11 (domingo), às 10h30, no ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), com SporTV
Dia 17 (sábado), às 17h, no ginásio José Correa, em Barueri (SP), com SporTV
Se necessário, o terceiro jogo será em Osasco, no dia 20 (terça-feira), em horário a definir

No turno e no returno, o Fluminense não conseguiu ganhar um set do Minas (foto: Orlando Bento/MTC)

Camponesa/Minas vs. Fluminense
Uma olhada nos confrontos entre essas duas equipes na Superliga 2017/2018 e o Camponesa/Minas salta como uma parada indigesta para o Fluminense. A tradicional equipe de Belo Horizonte, terceira colocada na fase de classificação, não perdeu sets para o rival carioca (sexto lugar na tabela) no turno e no returno.

O time comandando pelo italiano Stefano Lavarini foi se ajustando ao longo da competição, como disse em entrevista ao SdR a veterana central Carol Gattaz. Recentemente, o Minas derrotou o Sesc na final do Sul-Americano. A oposta americana Destinee Hooker, que estreou com a Superliga em andamento, embora não repita as atuações da temporada passada, tem sido mais consistente nas últimas rodadas. Outra americana, a ponta Sonja Newcombe, ajudou a dar mais estabilidade ao passe, aliviando a carga da líbero Léia. Mas o grande destaque é mesmo Gattaz, que aos 36 anos vive grande fase.

Pelo Fluminense, para piorar a situação, a experiente oposta Renatinha torceu o tornozelo direito durante um treino há duas semanas e não entrará em quadra este fim de semana, segundo a assessoria de imprensa do clube. O time, que teve algumas boas atuações no primeiro turno, caiu de ritmo no segundo. É pouco provável que impeça o Minas de seguir em frente.

Partidas:
Dia 10 (sábado), às 10h30, no ginásio da Hebraica, no Rio de Janeiro, com SporTV
Dia 17 (sábado), às 15h, na Arena Minas, em Belo Horizonte, com RedeTV e GloboEsporte.com
Se necessário, o terceiro jogo será em BH, no dia 20 (terça-feira), em horário a definir

Com o Sesc enfrentando diversos problemas físicos, Bernardinho tenta equilibrar o time (Orlando Bento/MTC)

Sesc-RJ vs. Pinheiros
A equipe carioca tem oscilado como há muito não se via, mas não deve ser nessa fase que vai enfrentar grandes problemas. O duelo repete o confronto dos playoffs da temporada passada, quando esses dois times foram primeiro (Sesc) e oitavo (Pinheiros) colocados – desta vez terminaram o returno como segundo e sétimo na tabela. Nos dois confrontos na atual edição da Superliga, vitórias do Sesc por 3-1 e 3-0.

Apesar da vice-liderança na fase de classificação, o Sesc passou por momentos complicados na Superliga 2017/2018 para estruturar a equipe. Já não podia contar com a ponta Gabriela Guimarães, que se recuperava de uma cirurgia no joelho, e perdeu a outra Gabi, também ponteira, lesionada. A central Juciely ainda tenta recuperar o ritmo após uma artroscopia no joelho. A ponta dominicana Yonkaira Peña foi contratada no primeiro turno, mas suas atuações têm sido irregulares. Gabi Guimarães está de volta desde o final de dezembro, porém, assim como Juciely, aos poucos vai retomando a forma.

A oposta Monique sofreu uma lesão abdominal durante a disputa do Sul-Americano e ainda é dúvida para este fim de semana. Voltou a treinar nesta quarta-feira (7) e viaja com a equipe para São Paulo, mas deve ser poupada pelo técnico Bernardinho.

O Pinheiros cumpriu, mais uma vez, a tarefa de se classificar para o mata-mata. A principal arma do time paulistano é a oposta Bruna Honório. No entanto, falta ao Pinheiros mais consistência para encarar o Sesc, que tem tudo para fechar a série em dois jogos e marcar presença nas semifinais. A equipe carioca busca o 13º título na Superliga.

Partidas:
Dia 9 (sexta-feira), às 21h30, no ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo, com SporTV
Dia 16 (sexta-feira), às 21h30, na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, com SporTV
Se necessário, o terceiro confronto será no Rio, no dia 19 (segunda-feira), em horário a definir

Tifanny em ação contra o Praia no returno: 50% dos ataques do Bauru (Divulgação/Vôlei Bauru)

Dentil/Praia Clube vs. Vôlei Bauru
Na disputa entre o líder da fase classificatória, Praia Clube, e o oitavo colocado, Bauru, é difícil crer que o azarão possa levar a melhor. Fosse apenas um jogo, seria possível apostar numa eventual atuação destacada da oposta Tifanny, principal atacante do time do interior paulista. Porém, com a vaga na semifinal decidida em melhor de três, é improvável que a equipe do Triângulo Mineiro caia – venceu Bauru por 3-0 e 3-2 na competição.

O Praia Clube investiu pesado e fez uma campanha quase irretocável no turno e returno. Sob o comando do técnico Paulo Coco, perdeu apenas para o Sesc e no quinto set – numa partida em que poupou a central Walewska, com inflamação no joelho, e que teve a ponta Fernanda Garay, lesionada na panturrilha, no banco de reservas a maior parte do tempo. O time estará completo nas quartas de final, contando ainda com a oposta americana Nicole Fawcett e a central Fabiana.

O Bauru pode dividir sua campanha em antes e depois de Tifanny. Aliás, foi diante do Praia Clube, no segundo turno, na derrota em casa por 2-3, que ela estabeleceu o novo recorde de pontos numa partida da Superliga, 39 – marca mais tarde igualada por Tandara, do Vôlei Nestlé. Tifanny é a bola de segurança do aguerrido time bauruense e já chegou a receber 75 levantamentos num jogo – no dia em que quebrou o recorde de pontos. Os torcedores de Bauru certamente guardam essa partida na memória. Mas ao quase bater o Praia, além dos 39 pontos de Tifanny, o Vôlei Bauru não encarou Fawcett, que por causa de uma lesão na panturrilha não jogou.

Partidas:
Dia 9 (sexta-feira), às 19h, no ginásio Panela de Pressão, em Bauru (SP), com SporTV
Dia 16 (sexta-feira), às 19h, no ginásio do Praia, em Uberlândia (MG), com SporTV
Se necessário, o terceiro confronto será em Uberlândia, no dia 19 (segunda-feira), em horário a definir

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Uma nova Gattaz: aos 36 anos, ex-central da seleção vive grande fase http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/02/15/uma-nova-gattaz-aos-36-anos-ex-central-da-selecao-vive-grande-fase/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/02/15/uma-nova-gattaz-aos-36-anos-ex-central-da-selecao-vive-grande-fase/#respond Thu, 15 Feb 2018 08:00:13 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=11857

Carol Gattaz: “Tenho muita gratidão pelo Minas” (foto: Guilherme Cirino/Camponesa/Minas)

Sorte do vôlei que o Rio Preto Automóvel Clube não tinha time de basquete feminino naquele ano. Caroline de Oliveira Saad Gattaz ficou mesmo com o voleibol. A menina alta, então com 14 anos, sempre havia praticado esporte em sua cidade natal, São José do Rio Preto (SP). “Na escola eu jogava futebol, basquete, handebol, tudo… O vôlei era o que eu menos jogava, não me interessava muito”, conta a central Carol Gattaz, capitã do Camponesa/Minas, ao Saída de Rede.

Aos 17 anos já disputava sua primeira Superliga, pelo São Caetano (SP). Era o final de 1998, lá se vão quase 20 anos. Chegou à seleção brasileira juvenil. Mais algum tempo e, aos 22, com seu 1,92m, estreava na adulta. Duas vezes vice-campeã mundial, cinco vezes campeã do Grand Prix, três vezes campeã da Superliga, até hoje não superou o trauma de não ter participado de uma Olimpíada e perdido a chance do tão sonhado ouro. A dispensa antes dos Jogos de Pequim, em 2008, é uma ferida que não cicatriza. “O corte de Pequim foi sem dúvida o maior baque da minha vida. Até hoje eu ainda sinto muito por ter sido cortada. Tive grandes conquistas na minha carreira, mas nenhum título supre a falta do ouro olímpico”.

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Hoje, aos 36 anos, Carol Gattaz é um dos grandes nomes da Superliga. O Camponesa/Minas, diz ela, a ajudou a se reinventar. Chegou em 2014, depois de algumas temporadas em baixa, quando tudo indicava que o fim da sua carreira estava próximo. “Fui contratada em setembro quando geralmente em maio você já sabe onde vai jogar na próxima temporada”, relembra a capitã. “Tenho muita gratidão pelo Minas, por todo mundo que me acolheu”, completa.

Gattaz não desistiu da seleção, mas não é sua prioridade. “Claro que se me convocassem para o Mundial, eu aceitaria na hora. Mas também não é uma coisa que eu fique pensando, ‘ah, será que vou ser chamada?’. O meu objetivo é estar bem no clube, fazer uma boa temporada, para que na próxima eu possa fechar um contrato bom e, claro, manter a minha longevidade, que é o que eu mais quero, venho trabalhando para isso”.

Fã de Serginho e Bruno, líbero dos EUA vê Brasil forte em todos os aspectos
Histórias contadas em cliques: os fotógrafos do voleibol

A mudança na rotina inclui mais cuidado com a alimentação. Já vão longe os dias em que, nas suas palavras, “era gordinha” e chegou a ser chamada de “mão de pantufa”, vejam só. “A própria mudança pela qual meu corpo passou, com mais massa magra, ajudou a melhorar minha potência”, comenta.

Gattaz bateu um longo papo com o SdR. Falou ainda sobre Bernardinho, Zé Roberto, Tifanny, seu relacionamento com a também jogadora de vôlei Ariele Ferreira (atualmente no Hinode Barueri). Apontou as melhores centrais do País, comentou sobre as temporadas no exterior, seu jeito de liderar, seu ídolo, se pensa em parar de jogar e o que pretende fazer depois disso.

Confira a entrevista que a central concedeu ao blog:

Gattaz diz que não desistiu da seleção, mas não é sua prioridade (Guilherme Cirino/Camponesa/Minas)

Saída de Rede – Como foi o seu começo no voleibol?
Carol Gattaz –
Na escola eu jogava futebol, basquete, handebol, tudo… O vôlei era o que eu menos jogava, não me interessava muito. Eu comecei a jogar basquete pelo Automóvel Clube e também passei a praticar voleibol porque me chamaram. Quando foram inscrever o time de vôlei do clube na Federação Paulista, eu acabei optando por esse esporte porque aí eu já gostava bastante, tinha 14 anos. Também fiquei com o vôlei porque não tinha mais basquete feminino na época no clube. Aos 17 anos estava disputando minha primeira Superliga, na temporada 1998/1999, pelo São Caetano, mas era reserva, entrava pouco. Nossa, faz tanto tempo.

Saída de Rede – Carol, você sempre foi central ou chegou a jogar noutras posições nas categorias de base?
Carol Gattaz –
Joguei como ponteira ainda muito menina, mas foi uma fase bem curta, em São José do Rio Preto, quando eu era infantojuvenil. Meu negócio mesmo era ser central.

Saída de Rede – Quando foi sua primeira convocação para a seleção na base?
Carol Gattaz –
Foi no juvenil, em 1999, para o Mundial daquele ano. Fomos vice-campeãs, perdemos na final para a Rússia (0-3), a (Ekaterina) Gamova era a principal jogadora delas, já jogava bem demais, virava muita bola.
[Nota do SdR: naquela seleção brasileira jogavam também Érika Coimbra, Fernandinha e Paula Pequeno.]

Saída de Rede – No segundo semestre de 2003, quando o Zé Roberto assumiu a seleção feminina, ele te chamou. Como foi sua primeira participação na seleção adulta?
Carol Gattaz –
Eu treinei com o grupo que ia para a Copa do Mundo, mas não fui. No ano seguinte fui para o Grand Prix.

Técnico Zé Roberto conversa com Gattaz durante partida da seleção (FIVB)

Saída de Rede – Em 2005 começava um novo ciclo olímpico e você foi convocada todos os anos. Foi ao Mundial 2006, participou de quase tudo, exceto pelos cortes nas equipes que foram ao Pan, em 2007, e à Olimpíada de Pequim, em 2008. Quase dez anos depois, como é que você analisa o corte antes dos Jogos de Pequim?
Carol Gattaz –
Ainda vejo como um baque, afinal eu participei de todos os anos daquele ciclo olímpico, estive em todos os torneios importantes, só não fui ao Pan do Rio em 2007 porque eu tive um problema de saúde e perdi muito peso. O corte de Pequim foi sem dúvida o maior baque da minha vida, pra ser bem sincera. Até hoje eu ainda sinto muito por ter sido cortada. Tive grandes conquistas na minha carreira, mas nenhum título supre a falta do ouro olímpico. Claro que antes dos Jogos ninguém sabia quem ia ganhar, mas elas ganharam. Não ter esse ouro pesa muito para mim. Eu acho que não merecia ser cortada, mas foi uma decisão da comissão técnica. O grupo foi lá, ganhou o ouro. Então se era para ter feito alguma coisa certa, eles fizeram.

Saída de Rede – O Zé Roberto chegou a conversar contigo logo após o corte?
Carol Gattaz –
Nem houve conversa. Dias depois que nós ganhamos o Grand Prix foi divulgada a lista das 12 jogadoras que iam a Pequim. Eu estava na casa dos meus pais, em São José do Rio Preto. Vi a notícia e fiquei muito mal, arrasada.

Saída de Rede – Você guarda alguma mágoa do Zé Roberto pelo corte de Pequim 2008?
Carol Gattaz –
De jeito nenhum. Tenho um relacionamento muito bom com o Zé, com a família dele. Tenho gratidão pelas oportunidades que ele me deu. Eu acho que a principal qualidade de um ser humano deve ser a gratidão, pois isso faz com que você ande pra frente. Nunca tive raiva dele. Sou grata por tudo que ele me ensinou.

A central ataca durante uma partida contra os EUA no Mundial 2006 (FIVB)

Saída de Rede – No ciclo seguinte, a partir de 2009, lá estava você de novo na seleção. Como foi voltar ao time depois de não ter ido a Pequim?
Carol Gattaz –
Na temporada de clubes 2008/2009 eu fui campeã da Superliga pelo Rexona, fiz um campeonato muito bom e aquela equipe me trouxe alegria. Eu estava muito mal antes do torneio, o corte da Olimpíada tinha sido traumático. O Rexona recuperou minha vontade de vencer, voltei à seleção com bastante pique. Infelizmente, no final de 2009, início de 2010, tive uma lesão que atrapalhou muito a minha carreira, uma fascite plantar no pé direito. Fui ao Mundial 2010, de novo vice-campeã. Depois, ainda no Rexona, fiquei no banco, aí já não fui mais chamada para a seleção naquele ciclo.

Saída de Rede – Voltou à seleção em 2013 para a disputa da Copa dos Campeões, o Zé Roberto chamou veteranas como você e a Walewska. Na época, logo depois do título, você disse que estaria sempre disposta a jogar pela seleção. Aquela foi sua última convocação. Este ano você completa 37. Se vê em condições de defender a seleção, é algo que ainda quer?
Carol Gattaz –
Eu não fico pensando muito nisso porque se eu tivesse que ser chamada, ter uma oportunidade mais recente, já teria tido. Nunca vou dizer não. Eu gostei muito de jogar pela seleção e serviria ao time novamente com certeza. Quem tem que ver se ainda sou útil ou não é o Zé Roberto e a comissão técnica dele. Hoje a seleção está muito bem servida de centrais. As jogadoras dessa posição estão muito bem, se mantêm num nível forte. Claro que se me convocassem para o Mundial, eu aceitaria na hora. Mas também não é uma coisa que eu fique pensando, “ah, será que vou ser chamada?”. O meu objetivo é estar bem no clube, fazer uma boa temporada, para que na próxima eu possa fechar um contrato bom e, claro, manter a minha longevidade, que é o que eu mais quero, venho trabalhando para isso.

Gattaz vira mais uma na Superliga: central é uma das referências no Minas (Guilherme Cirino/Camponesa/Minas)

Saída de Rede – Você disse que a seleção está bem servida de centrais. Quem são as melhores da posição hoje no Brasil na sua avaliação?
Carol Gattaz –
Walewska, Fabiana, Thaisa… A Thaisa não está jogando agora, mas vai voltar logo. Sempre que penso nas melhores, nas que mais gosto de ver jogar, são essas três. Tem a Adenizia, ela joga demais. Tem a Juciely, que não está melhor no momento porque se recupera de uma lesão, isso atrapalha. Tem também a Bia e a Carol, que são mais novas e têm bastante potencial, devem se destacar por muito tempo.

Saída de Rede – Entre as centrais estrangeiras, quem chama sua atenção?
Carol Gattaz –
Olha, eu tenho acompanhado muito pouco os campeonatos internacionais, tanto de clubes quanto de seleções.

Saída de Rede – Quem foi ou quem é o seu grande modelo enquanto atleta? Há alguém em quem você se espelha, um ídolo?
Carol Gattaz –
A Walewska é a pessoa que mais me inspira, ela é uma motivação pra mim. Vejo a Wal aos 38 anos jogando em alto nível, com um físico muito bom, isso é fantástico. Ela é super disciplinada e realmente me inspira, não só como atleta, mas como pessoa também.

Bloqueando o ídolo, a também central Walewska Oliveira (Guilherme Cirino/Camponesa/Minas)

Saída de Rede – Depois daquele problema há alguns anos, a fascite plantar, você chegou a ficar no banco, teve algumas temporadas não tão boas, mas aí foi para o Minas Tênis Clube, na temporada 2014/2015, e voltou a jogar em alto nível, surpreendendo muita gente. O que foi que aconteceu para que você desse uma guinada em sua carreira?
Carol Gattaz –
Mudou tudo praticamente. É até engraçado. Primeiro, o Minas me acolheu. Eu estava sem time e fui contratada em setembro de 2014, quando geralmente em maio você já sabe onde vai jogar na próxima temporada. O time da Amil, de Campinas, tinha acabado e eu estava sem equipe, não tinha para onde ir. Estava treinando no Pinheiros na época, para manter a forma e porque eles abriram as portas para que eu tentasse conseguir um patrocinador. De repente, pintou o convite do Minas. Eu topei e acho que foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

Saída de Rede – Por quê?
Carol Gattaz –
Aqui no Minas eu me encontrei, não só como atleta, mas houve algo fantástico na minha vida pessoal também e tudo mudou para melhor. Eu me tornei mais madura, me sinto outra pessoa, outra jogadora. Sou muito mais calma em quadra, sei aproveitar minha experiência. Hoje eu gostaria de estar na seleção porque sei que poderia contribuir, por estar bem fisicamente e por tudo que acumulei, tudo que entendo de jogar vôlei. O que pesou muito em todas essas mudanças é que eu encontrei o amor da minha vida, né. Tenho muita gratidão pelo Minas, por todo mundo que me acolheu. Por ter encontrado a Ariele, que me deu tranquilidade. Nós duas temos muita cumplicidade, muito amor uma pela outra, muito respeito. Isso tudo me deixa muito mais calma dentro de quadra. A Ariele me deu uma paz, uma tranquilidade que eu precisava. Eu devo muito a ela… Essa minha maturidade, essa vontade de jogar. Ela me deu um gás a mais.

Carol com a esposa, a ponteira Ariele Ferreira, do Hinode Barueri (Reprodução/Instagram)

Saída de Rede – Mas houve alteração na sua rotina de treinos, no modo de se cuidar para melhorar seu desempenho?
Carol Gattaz –
Fiz mudanças na minha alimentação, no cuidado com o meu corpo, dou mais atenção ao meu descanso. Isso tudo é reflexo do meu amadurecimento. Antes eu gostava muito de sair, ir pra balada… Não que eu não goste mais, mas agora eu saio com uma frequência muito menor. Hoje eu descanso mais, sei que meu corpo precisa. Não que fosse largada antes, sempre ralei, me cuidei, mas acho que se eu tivesse a postura que tenho hoje desde os meus 19 anos, por exemplo, eu teria aprendido algumas coisas mais cedo, coisas que aprendi muito tarde. Eu estou colhendo os frutos somente agora. Só fui tomar suplementos, que são importantes, em 2013 quando eu jogava pelo Amil. São coisas que te ajudam a se recuperar mais rápido. Quanto antes você começa, seu corpo responde melhor. Aí você constrói um corpo melhor.

Saída de Rede – Na época de juvenil você estava acima do peso ideal. O quanto isso te incomodava?
Carol Gattaz –
Muito, muito, muito… Eu pesava 90 quilos, hoje eu peso 78 e minha taxa de gordura é baixíssima. Antes eu pesava 90 e minha taxa de gordura devia ser sei lá quanto. Eu era gordinha, sabe, meu quadril, minhas coxas, minha barriga… Se naquela época eu tivesse a cabeça que tenho agora e o acompanhamento necessário, teria mudado antes, com certeza. Lá pelos 21 anos foi que comecei a emagrecer. Em 2003, quando cheguei à seleção adulta, aos 22 anos, já estava bem mais leve, mas ainda não era o ideal, que é o que tenho hoje.

Com Ariele, as duas irmãs e a mãe, em São José do Rio Preto. As irmãs, ambas mais novas e com 1,81m, nunca tiveram interesse pelo esporte, segundo Carol Gattaz (acervo pessoal)

Saída de Rede – Você jogou duas temporadas no exterior, uma na Itália (2007/2008) pelo Monte Schiavo Jesi e outra, interrompida, no Azerbaijão (2012) pelo Igtisadchi Baku. Por que não seguiu na Itália e o que houve no Azerbaijão?
Carol Gattaz –
Meu ano na Itália não foi bom, acabei não fazendo um bom campeonato. Recebi um convite do Rexona para a temporada seguinte e decidi voltar. O time no Azerbaijão foi o mesmo em que a Fernandinha tinha jogado. Ela havia me avisado que o clube era problemático. Tive alguns problemas burocráticos, mas estava bem fisicamente. Só que eles foram antiprofissionais. Não os processei porque o meu empresário disse que seria difícil ganhar um processo contra eles lá. Recebi o equivalente pelo mês que fiquei e voltei para o Brasil. Depois disso fiquei sem time o restante da temporada. Preferi ficar sem porque já era dezembro quando voltei, e se esperasse acabar a temporada na próxima estaria zerada. Na época eu ainda tinha a pontuação do ranking. No ano seguinte fui contratada pelo Amil.

Saída de Rede – De uns anos para cá, é possível ver que o seu ataque está mais potente. Como é que você melhorou seu desempenho?
Carol Gattaz –
Sempre fui habilidosa, mas não tinha força. Então muitas vezes eu virava bola porque sabia tirar do bloqueio ou então explorava. Diziam que eu tinha mão de pantufa, que não sabia atacar com força. A própria mudança pela qual meu corpo passou, com mais massa magra, ajudou a melhorar minha potência. Claro que eu me valho da minha técnica, nunca vou ser aquela jogadora com muita explosão, mas hoje em dia bato bem mais forte do que quando era mais nova.

Gattaz: “Hoje eu gostaria de estar na seleção porque sei que poderia contribuir” (FIVB)

Saída de Rede – Desde o juvenil você sempre se destacou como bloqueadora, mas no ataque te viam durante muito tempo como alguém que ficava restrita a duas jogadas, o tempo atrás e principalmente a china. Você tinha dificuldade em atacar pelo meio?
Carol Gattaz –
A minha china sempre foi muito melhor do que os ataques pela frente, como o tempo ou a chutada, e essas minhas bolas não eram boas mesmo. Como a china era muito boa e as da frente eram bem medianas, ninguém queria que eu atacasse pela frente. Aí acabava atacando só por trás da levantadora, o tempo atrás e a china. No Rexona eu passei a treinar bastante com o Bernardinho os ataques na frente, batendo pelo meio. Ele acreditava muito em mim, que eu poderia atacar por ali. Então eu comecei a melhorar essa bola. O Bernardo ficava um tempão comigo no caixote, treinando muito. Como naquela época eu fazia rede de 3 (Fabiana fazia a de 2), eu tinha que atacar pela frente. Eu melhorei demais. O meu percentual de aproveitamento nos ataques pelo meio é bem parecido com os feitos por trás. Claro, tem menos marcação, eu não faço tanto.

Saída de Rede – Ao chegar no Minas, para o período 2014/2015, você se alternava com a Walewska nas redes de 2 e de 3. A partir da temporada seguinte, com a saída dela, você tem feito sempre a de 2, quer dizer, tem um trabalho mais pesado como bloqueadora, que é não apenas cobrir a diagonal, mas também ajudar a levantadora a reduzir o espaço da atacante. Com o voleibol cada vez mais rápido, como é fazer a rede de 2?
Carol Gattaz –
O bloqueio da levantadora é bem menor e para ajudá-la é bastante complicado (ela faz apenas uma passagem com a oposta na rede). Imagina, a central tem que chegar, precisa fechar o meio, cobrindo também a diagonal. A gente tenta o máximo, faz muito esforço. Você também combina a marcação com a defesa, “vou fechar um pouco mais lá e vocês defendem mais aqui” ou então “vou deixar esse espaço aberto, fiquem atentas ali”. Tem que combinar o tempo todo com a defesa porque os jogos estão muito rápidos e isso tem tornado cada vez mais difícil bloquear. A defesa tem que trabalhar bastante. Claro que as bloqueadoras devem pelo menos tocar na bola, mas é bem complicado numa rede de 2 chegar montada no bloqueio.

A meio de rede diz que gostaria de ajudar mais o time (Orlando Bento/MTC)

Saída de Rede – Carol, você tem recebido muitos elogios, se mantém há várias rodadas entre as atacantes com melhor aproveitamento na Superliga. Que avaliação faz das suas atuações esta temporada?
Carol Gattaz –
Olha, meu jogo tá fluindo, venho tentando colocar em prática o que a comissão técnica pede. Porém, uma lesão no joelho esquerdo tem me acompanhado e sou muito exigente comigo mesma. Não estou conseguindo cumprir meus objetivos que são treinar todos os dias e ajudar mais a equipe. Muitas vezes tenho que ficar fora de treino para poder jogar. Claro que tenho conseguido dar o meu melhor dentro de quadra, mas ao mesmo tempo essa lesão está me incomodando muito. Se não tivesse esse problema, eu poderia estar melhor do que estou. Estou satisfeita, mas não totalmente porque poderia render ainda mais.

Saída de Rede – Qual é a lesão no seu joelho esquerdo?
Carol Gattaz –
Tenho tendinite patelar.

Saída de Rede – Recentemente a ponteira Gabriela Guimarães, do Sesc, passou por isso e se submeteu a uma cirurgia. Isso vai ser necessário no seu caso?
Carol Gattaz –
Não, o meu caso não é cirúrgico, já foi avaliado pelos médicos. Eu vou tentar outro tipo de intervenção, mas isso somente depois do final da temporada porque eu não quero ficar de fora, preciso ajudar o meu time na Superliga. Estamos bem perto dos playoffs e eu não posso ficar parada, não me dou esse direito. Estou jogando à base de remédios, mas vou dar o meu máximo para ir até o final da Superliga. Quando acabar, faço o que tiver de fazer para voltar 100% na próxima temporada.

Carol no ataque na semifinal da Superliga 2016/2017, decidida no último jogo da série (Orlando Bento/MTC)

Saída de Rede – Até onde você acha que o Camponesa/Minas pode chegar nesta Superliga? No ano passado vocês surpreenderam, levaram a série semifinal contra o então Rexona Sesc até o quinto jogo, quase foram à final. O que esperar do time desta vez?
Carol Gattaz –
A gente perdeu a Jaqueline, mas a Pri Daroit vem jogando bem. Por causa de algumas lesões e também porque a Hooker chegou um pouco depois, o time está se encaixando agora. O chato é que perdemos muitos jogos que não poderíamos ter perdido. Mas a equipe tem todas as condições de chegar a uma final e brigar pelo título. Claro que vários adversários são muito fortes, essa tem sido talvez a Superliga mais equilibrada de todas. Não há um favorito disparado. O Praia Clube, que está invicto no torneio, perdeu de 3-0 para o Vôlei Nestlé na Copa Brasil. Não tem nada definido.
[Nota do SdR: o Minas está em terceiro na classificação, com um ponto a mais do que o quarto colocado, Vôlei Nestlé, que tem uma partida a menos.]

Saída de Rede – Você teve a chance de trabalhar com os dois técnicos que são os mais vitoriosos da história do voleibol brasileiro, duas referências no mundo todo, Bernardinho e Zé Roberto. Tem um preferido?
Carol Gattaz –
Eu tenho, mas não vou contar (risos). São dois técnicos espetaculares, perfeccionistas, dois seres humanos incríveis, cada um com suas características, suas qualidades, seus defeitos. Eu tive o privilégio de trabalhar não apenas com eles, mas com outros grandes técnicos, como o Paulo Coco e o Luizomar de Moura, pessoas por quem tenho muito respeito. Fui treinada pelo Hairton Cabral, que é outro profissional sensacional, um cara fantástico. Todos eles ajudaram a criar essa bagagem que eu tenho.

Oposta Tifanny, do Bauru, tira foto com fã após partida contra o Minas (Guilherme Cirino/Camponesa/Minas)

Saída de Rede – Você já enfrentou a Tifanny, do Bauru, a primeira transexual da história da Superliga. Como você vê a participação dela?
Carol Gattaz –
Ela foi liberada para jogar. As pessoas discutem se ela pode, se não pode… Isso não cabe a nós jogadoras decidir, mas às entidades que regem o esporte. Claro que isso foi estudado e deve seguir sendo avaliado porque ela é uma pioneira. O importante é que a definição seja boa para o esporte e para as atletas, afinal isso é a nossa vida, nossa carreira. Mas é importante também que a Tifanny não seja prejudicada. Espero que isso possa ser resolvido da melhor maneira.

Saída de Rede – Depois que você expôs na mídia seu relacionamento com a Ariele, em 2016, sentiu alguma mudança de tratamento? Houve alguma hostilidade?
Carol Gattaz –
Nos tratam de uma maneira quase sempre positiva, há até quem nos agradeça por mostrarmos que somos um casal como qualquer outro, duas pessoas que se amam. E nós duas levamos nosso relacionamento adiante de uma forma muito leve, não queremos chocar ninguém, não queremos levantar bandeira nenhuma. O que nós queremos é ser felizes. Não importa se o relacionamento é entre um homem e uma mulher, entre dois homens ou entre duas mulheres, as pessoas têm que ser felizes.

Gattaz salva bola com o pé, observada por Hooker e Mara (Orlando Bento/MTC)

Saída de Rede – Com toda a bagagem que você acumulou e sendo a capitã do Camponesa/Minas, você se preocupa em dividir isso com as jogadoras mais novas?
Carol Gattaz –
Eu gosto de ser líder, mas procuro dar exemplo pelas minhas ações, não sou muito de falar. Não sou aquele tipo de atleta veterana que senta ao lado de uma juvenil e que fica um tempão batendo papo, eu prefiro ir pra quadra e mostrar jogando o que eu quero que ela entenda. Às vezes, na academia, eu quero que elas vejam que eu estou ali ralando, pegando pesado porque isso é importante. Comigo não tem tempo ruim, não faço corpo mole. Eu gostaria de ser mais didática, mas não é o meu perfil.

Saída de Rede – Você já pensou quando vai parar e o que vai fazer depois que deixar de jogar?
Carol Gattaz –
Eu amo jogar vôlei. Fico triste quando penso que não vou poder jogar muitos anos mais, que é o que eu gostaria, pois o corpo vai pedir para parar um dia. Agora que eu estou aprendendo caminhos que me facilitam jogar, eu penso “por que não aprendi isso há dez anos?”. Nunca estabeleci um prazo para parar, quero jogar enquanto eu tiver lugar em um time competitivo, que possa brigar por um lugar na parte de cima da tabela. Ainda não pensei o que vou fazer quando parar de jogar, mas vai ter que ser algo que eu goste.

Saída de Rede – Sem ter didática, seguir a carreira de técnica não é algo que passe pela sua cabeça, certo?
Carol Gattaz –
Deus me livre! Não quero isso pra mim nunca, não é uma coisa que me empolgue (risos). Eu gostaria de aprender a trabalhar nos bastidores, com gestão esportiva, acho que poderia contribuir bastante.

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“Vai ser difícil tirar o título do Praia Clube”, afirma Gabi http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/20/vai-ser-dificil-tirar-o-titulo-do-praia-clube-afirma-gabi/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/20/vai-ser-dificil-tirar-o-titulo-do-praia-clube-afirma-gabi/#respond Wed, 20 Dec 2017 14:00:10 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10921

Gabi se submeteu a uma cirurgia no joelho direito para curar uma tendinite patelar (foto: Erbs Jr/Sesc-RJ)

Um dos principais nomes do voleibol brasileiro, a ponta Gabriela Guimarães está de volta após quase três meses parada por causa de uma cirurgia no joelho. Fez sua estreia na Superliga 2017/2018 na noite desta terça-feira (19), na vitória por 3-0 do Sesc-RJ em casa sobre o lanterna Sesi, pela primeira rodada do returno. Cinco vezes campeã nacional, ela prevê um caminho complicado nesta temporada para chegar ao sexto triunfo. “Vai ser difícil tirar o título do Praia Clube”, afirmou Gabi em entrevista ao Saída de Rede.

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A atacante se disse impressionada com a campanha da equipe de Uberlândia, que fechou a primeira fase da competição invicta, com 11 vitórias e apenas dois sets perdidos. Na noite passada somou a 12ª vitória, mais uma em sets diretos, desta vez sobre o Renata Valinhos/Country. “Montaram um time excelente, com o Paulo Coco de técnico, a (Fernanda) Garay na entrada, a (americana Nicole) Fawcett na saída, além de manter a Fabiana e a Walewska no meio de rede. É uma equipe muito forte”. O Praia tenta um título inédito, enquanto o clube treinado por Bernardinho venceu a Superliga 12 vezes.

Dentil/Praia Clube lidera a Superliga invicto com 12 vitórias (Divulgação/Praia Clube)

Abatimento
Fora da quadra, no início deste mês, Gabi viu o Sesc ser derrotado em casa pelo Dentil/Praia Clube em sets diretos, não passando dos 16 pontos em duas parciais. “Saímos muito abatidas do ginásio naquela noite, sabendo que teríamos que trabalhar bastante para melhorar nosso jogo”, contou ao SdR a ponta de 23 anos e 1,80m.

O Sesc terminou o primeiro turno com apenas aquela derrota, vencendo as demais partidas. Após a primeira rodada do returno, o time do Triângulo Mineiro soma 36 pontos e o carioca, vice-líder, 31.

Foram 86 dias, desde a cirurgia no joelho direito no dia 24 de setembro para se livrar de uma tendinite patelar, até a partida de ontem contra o Sesi – Gabi entrou para fazer fundo de quadra no segundo set e jogou todo o terceiro, marcando três pontos. Ela havia voltado a ser relacionada entre as jogadoras desde a nona rodada do primeiro turno, contra o Camponesa/Minas, em Belo Horizonte, mas ainda não havia entrado em quadra.

Gabi estreou na Superliga 2017/2018 nesta terça-feira contra o Sesi (Erbs Jr/Sesc-RJ)

Erros e contusões
Dois problemas, segundo ela, têm incomodado o técnico Bernardinho: o grande número de lesões e a quantidade de erros que o Sesc vem cometendo.

O blog observou que na temporada 2016/2017 a equipe errava mais do que na anterior, e na atual isso foi se acentuando. A ponteira, no time desde 2012, concordou. “Nossos erros estão aumentando e isso incomoda demais o Bernardinho. Sempre tivemos algumas mudanças no elenco, mas conseguíamos manter uma quantidade muito reduzida de falhas. Agora nem tanto”, disse Gabi.

Ela ressaltou, porém, que a vice-liderança é algo positivo e que os erros demonstram que há possibilidade de crescimento. “Seria frustrante se estivéssemos jogando assim e fosse o nosso limite”.

Bernardinho durante pedido de tempo: preocupação com lesões e erros (Orlando Bento/MTC)

As lesões têm atrapalhado a rotina de treinamento do Sesc. “O Bernardinho se vê obrigado a reduzir a carga de treinos porque boa parte do time está se recuperando de lesões ou mesmo cirurgias, como é o meu caso e o da Gabiru”, comentou, referindo-se à sua xará, a também ponta Gabi Souza, que sofreu um rompimento do ligamento cruzado do joelho esquerdo no dia 20 de outubro, durante a vitória por 3-2 sobre o Hinode Barueri, na segunda rodada da Superliga.

Outras atletas que estão se recuperando são a levantadora Roberta e as centrais Juciely e Mayhara. A primeira, embora venha jogando, sente dores em razão de uma torção no tornozelo esquerdo ocorrida no início do mês. Juciely levou uma bolada no olho na sexta-feira passada (15) e Mayhara sofreu uma ruptura no músculo adutor da coxa direita, ficou quase um mês parada e voltou a jogar nesta terça-feira.

Ponteira Natália está no Fenerbahçe desde a temporada passada (CEV)

“Natália faz falta”
Gabi lamentou a ausência de Natália, que desde a temporada passada joga pelo clube turco Fenerbahçe, após quatro anos no time carioca, período intercalado com uma passagem pelo extinto Amil/Campinas. “A Natália faz falta, como faria a qualquer equipe. É uma referência, uma jogadora com um ataque bem forte, capaz de decidir partidas importantes. Claro que a Drussyla, a Monique e eu vamos dividindo essa responsabilidade, mas com a Natália seria mais fácil”.

Ela destacou ainda como a ponteira Kasiely, em seu primeiro ano no Sesc, tem correspondido sempre que acionada. “A Kasiely teve que assumir algumas responsabilidades na marra e tem se saído muito bem”.

Uma das atletas mais admiradas por José Roberto Guimarães, técnico da seleção feminina, que em várias oportunidades declarou ser fã do estilo dela, Gabi ainda não pensa no Campeonato Mundial 2018 – jogou o ciclo olímpico passado, sendo reserva na campanha do bronze no Mundial 2014. Por enquanto, seu foco está na Superliga. “Nosso time vai crescer no segundo turno. É nos playoffs que todos precisam realmente jogar bem e até lá seremos mais consistentes”.

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