JF Vôlei – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Time da Superliga inova e lança marca própria de cerveja http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/05/time-da-superliga-inova-e-lanca-marca-propria-de-cerveja/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/12/05/time-da-superliga-inova-e-lanca-marca-propria-de-cerveja/#respond Tue, 05 Dec 2017 08:00:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10592

Dentro das quadras, o JF Vôlei não tem tido muito o que comemorar nesta temporada. A duas rodadas da metade da Superliga, a equipe mineira venceu apenas um dos nove jogos que disputou e ocupa a 11ª e penúltima posição na tabela, com dois pontos conquistados – justamente sobre o Copel Telecom Maringá, lanterna da competição. Fora das quadras, no entanto, o clube de Juiz de Fora vai brindar (literalmente) uma parceira rara para o desporto olímpico do país.

Na tarde desta terça-feira, o JF vai lançar uma cerveja artesanal que leva a marca do clube. A bebida será produzida por um restaurante da cidade especializado no produto.

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A princípio, associar o nome de uma agremiação esportiva a uma marca de bebida alcoólica, nos tempos de agora, pode parecer estranho. Num exemplo recente do vôlei, a Brasil Kirin, empresa que patrocinava o time masculino de Campinas até a temporada passada, estampava no padrão de jogo dos atletas uma marca de refrigerante, embora também produzisse e comercializasse cerveja.

Por outro lado, o clube mineiro explicou ao Saída de Rede, através de sua assessoria de comunicação, que a cidade é um polo cervejeiro artesanal, o que atribui ao produto ares de vetor cultural do município. “É um produto de tradição juizforana. Nesse sentido, é nosso dever levar essa tradição aos quatro cantos do Brasil”, afirmou o JF no comunicado.

“Entendemos que a gestão esportiva não é apenas uma ligação direta entre empresa e equipe, ou seja, apenas aplicação de marca, mas sim, trabalhamos com o conceito de que nosso produto esportivo é a emoção, o que vendemos é a emoção. Desta forma, buscamos através desta parceria divulgar, de maneira ampla, maciça e, até mesmo, emocional, que Juiz de Fora é um polo cervejeiro. Logo, o JF Vôlei busca mostrar e divulgar para todo o Brasil que Juiz de Fora fabrica produtos de qualidade, e que podemos ser referência na implantação deste conceito”, projetou o clube.

A marca JF Vôlei
No esporte olímpico em geral, o desafio de manter-se em atividade, por vezes, é tão árduo para clubes e entidades afins quanto a própria disputa por pontos ou medalhas. Mais do que bons resultados nos ginásios, estádios e raias, patrocinadores buscam visibilidade para sua marca, o que faz a luta por espaço na mídia ser vital para a sobrevivência de qualquer projeto.

Cerveja artesanal: marca fortalece o clube (Divulgação/JF Vôlei)

No vôlei, então, essa disputa é travada desigualmente entre equipes de alto investimento, com jogos transmitidos pela TV com certa regularidade, e clubes de orçamento modesto, com resultados no âmbito esportivo pouco atraentes para o grande público.

Nesse aspecto, a busca do representante de Juiz de Fora no voleibol nacional pelo fortalecimento e consolidação de sua marca é uma ação que pode servir de modelo para quem queira manter o território conquistado entre os torcedores do próprio clube e também ganhar espaço entre os fãs da modalidade e os consumidores do produto.

“Essa ação objetiva aproximar o grande público ao produto esportivo multimodalidade, que busca não somente a qualidade em si, mas também fazer com que o público de um modo geral se sinta cada vez mais parte contribuinte do JF Vôlei e do esporte de Juiz de Fora”, disse o clube.

Além da cerveja, o JF Vôlei adianta que há “conversas para que outros produtos no setor de alimentação” também estampem a marca do clube. “Buscamos aproximar todos os nossos parceiros e patrocinadores para que possamos desenvolver outros produtos”, explicou.

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Eficiente no ataque, Alan é destaque entre as “revelações” da Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/23/eficiente-no-ataque-alan-e-destaque-entre-os-jovens-da-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/23/eficiente-no-ataque-alan-e-destaque-entre-os-jovens-da-superliga/#respond Thu, 23 Nov 2017 08:00:57 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10374

Alan é o terceiro maior pontuador da Superliga 2017-2018 (foto: Helcio Nagamine/Fiesp)

Na pesquisa realizada pelo Saída de Rede no início desta Superliga, com técnicos e capitães das equipes participantes do naipe masculino, a maioria dos votos para “jogador revelação” do campeonato foi para o oposto Felipe Roque, do Minas, seguido do também oposto Alison Bastos (Copel Telecom Maringá) e do ponteiro Leozinho (JF Vôlei). Após sete rodadas, no entanto, quem desponta como principal candidato ao “posto” é Alan, atacante do Sesi.

Além dos quatro jogadores, dois outros atletas – estes, reservas – foram apontados como possíveis revelações do torneio: o meio de rede sesista Gabriel Bertolini, que tem sido inscrito para as partidas, mas não tem atuado, e o oposto minastenista Davy.

Veja como está, até aqui, a temporada dos “candidatos” a revelação da Superliga masculina.

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Alan
Suplente no Sada Cruzeiro (antes, de Wallace, depois, de Evandro), Alan foi para o Sesi nesta temporada junto com o levantador William e, com um terço de fase classificatória já ultrapassado, o jogador mostrou que tem aproveitado bem a oportunidade. Além de ser titular numa das equipes de ponta do vôlei nacional, ele tem tido um rendimento que o coloca entre os melhores atacantes do campeonato.

O atacante, de 23 anos, é o único dos votados como “aposta para revelação” na enquete do blog que aparece entre os cinco melhores das estatísticas da CBV em algum critério: é o terceiro maior pontuador do campeonato, com 117 acertos e tem a quinta melhor média de pontos da competição, com 4,18 pontos por set. O aproveitamento do oposto no ataque é de 57%.

Felipe Roque
Favorito entre os participantes da pesquisa do blog a ser a revelação do campeonato (recebeu voto de mais de um quarto do eleitorado), o oposto do Minas Tênis Clube, no geral, não tem tido um rendimento ruim, mas tem encontrado certa dificuldade para se manter consistente na parte ofensiva.

Se levar em conta o panorama total das rodadas, Felipe Roque, de 20 anos, obteve 52% de eficiência nas cortadas, o que é um bom índice. Diga-se também que no jogo mais marcante da campanha minastenista até aqui – o triunfo sobre o Sesi no último dia 8 –, ele pontuou em nada menos que 65% das bolas que recebeu para atacar!

Felipe Roque em ação contra Montes Claros (foto: Orlando Bento/MTC)

O outro lado, porém, é que ele, mesmo livre de obrigações no passe, não tem sido a bola de segurança do time (incumbência que normalmente recai sobre o ponta cubano Yordan Bisset) e tem sido, com certa frequência, substituído por Davy no decorrer dos jogos – Davy, um dos outros listados entre as possíveis revelações do campeonato.

Davy
Reserva de Felipe Roque, o atacante de saída de rede Davy, de 20 anos, tem sido acionado nas partidas do Minas muito além da mera inversão do 5-1. Em alguns jogos, inclusive, Davy tem passado mais tempo em quadra do que o próprio titular da posição – com na vitória sobre o Montes Claros e no revés contra a EMS Taubaté Funvic.

No ataque, ele anotou 28 dos 30 pontos que obteve na competição, com aproveitamento 49% nesse quesito.

Leozinho
Exigido no fundo de quadra do JF Vôlei, sendo em alguns jogos o alvo principal do saque adversário, Leozinho, de 22 anos de idade, começou a atual edição da Superliga com uma performance que chamou a atenção dos fãs do voleibol. Apesar da derrota por 3 a 1 para o Minas na estreia, o ponteiro assinalou nada menos que 32 pontos no geral, sendo um ace, quatro no bloqueio e 27 no ataque (62% de aproveitamento nesse fundamento).

Nas partidas seguintes, o time de Juiz de Fora não conseguiu engrenar na competição – ainda não marcou nenhum ponto na tabela – e Leozinho, por sua vez, alternou boas pontuações, como contra o Montes Claros (18 pontos) e o Taubaté (12), e atuações discretas no ataque, como diante do Sada Cruzeiro, seu antigo clube, e tem, hoje, 81 pontos anotados, com aproveitamento de quase 50% nas cortadas.

Alison Bastos
Vindo de uma boa temporada pelo Canoas no ano passado, Alison Bastos, 22 anos, é o titular da saída de rede da Copel Telecom Maringá. Com aproveitamento de 47% no ataque, o oposto assinalou 93, sendo 87 em cortadas, e tem esperado – assim como Leozinho, no JF, – que seu time conquiste os primeiros pontos na tabela: os paranaenses venceram apenas dois sets na competição, um contra o Sada Cruzeiro, outro contra o Canoas.

Na sua opinião, quais desses jogadores possui um futuro mais promissor?

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Cruzeiro, Taubaté e Sesc confirmam favoritismo na quinta rodada http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/09/cruzeiro-taubate-e-sesc-confirmam-favoritismo-na-quinta-rodada/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/11/09/cruzeiro-taubate-e-sesc-confirmam-favoritismo-na-quinta-rodada/#respond Thu, 09 Nov 2017 08:00:49 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=10177

Líder da Superliga, o Sada Cruzeiro foi até Canoas e venceu mais uma partida (foto: Fernando Potrick/Gama)

Os três principais favoritos ao título da Superliga masculina 2017/2018 venceram mais uma na quinta rodada da competição, disputada nesta quarta-feira (8), e seguem ocupando os primeiros lugares na tabela.

O líder Sada Cruzeiro, com dois jogos a mais, por ter que se ausentar do torneio para a disputa do Mundial de Clubes de 12 a 17 de dezembro, ainda perdeu uma parcial, mas superou o Lebes/Canoas por 3-1 (25-22, 25-17, 22-25, 25-13), fora de casa. O destaque da partida foi o ponteiro Yoandy Leal, maior pontuador, somando 22 e com aproveitamento de 68% no ataque (19 em 28 tentativas). O time mineiro, pentacampeão brasileiro e tricampeão mundial, é o primeiro na classificação com 18 pontos em sete jogos – seis vitórias e uma derrota.

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Diante da sua torcida, o EMS Taubaté Funvic passou com facilidade pelo JF Vôlei em sets diretos (25-16, 25-18, 25-20). A equipe do Vale do Paraíba está em segundo lugar na tabela, com 14 pontos, totalizando cinco vitórias em seis jogos. O Taubaté foi a equipe responsável pela única derrota do Cruzeiro até aqui nesta edição da Superliga.

Terceiro colocado, com 13 pontos em cinco partidas, somando quatro vitórias, o Sesc-RJ foi até o Paraná e venceu sem problemas o Ponta Grossa/Caramuru por 3-0 (25-15, 25-19, 25-15). O time carioca, estreante na primeira divisão, já enfrentou os dois primeiros colocados no primeiro turno: venceu o Taubaté por 3-1 e perdeu para o Cruzeiro por 2-3.

O canhoto Felipe Roque fez 19 pontos na vitória sobre o Sesi (Orlando Bento/MTC)

Minas ultrapassa Sesi
Em Belo Horizonte, o Minas Tênis Clube deu sequência a sua boa campanha e derrotou de virada o Sesi-SP por 3-1 (20-25, 25-23, 25-21, 25-22). O oposto minastenista Felipe Roque, 20 anos, marcou 19 pontos e teve aproveitamento de 65% no ataque (17 pontos em 26 tentativas). Com a vitória, a tradicional equipe mineira tomou do Sesi o quarto lugar na classificação, mesmo com um confronto a menos. Foi a quarta vitória do Minas em cinco jogos, mas o time ainda não enfrentou nenhum dos três primeiros colocados. O Sesi, agora quinto colocado, perdeu a segunda em seis partidas – havia caído por 1-3 diante do Sada Cruzeiro, em jogo antecipado da décima rodada.

Nas outras duas partidas do dia, o Corinthians-Guarulhos, como visitante, derrotou o Copel/Telecom/Maringá por 3-0 (26-24, 25-21, 25-18). Também fora de casa, o Vôlei Renata, de Campinas, bateu de virada o Montes Claros Vôlei por 3-1 (22-25, 25-15, 25-17, 25-23).

Três equipes ainda não venceram na Superliga 2017/2018: Ponta Grossa/Caramuru, JF Vôlei e Copel/Telecom/Maringá.

O Vôlei Renata, do técnico Horacio Dileo, enfrentará o Corinthians domingo (Marcos Ribolli/Vôlei Renata)

Próximos jogos
A próxima rodada começa nesta sexta-feira (10), em Juiz de Fora (MG), com a partida entre JF Vôlei e Sada Cruzeiro, às 19h30 (horário de Brasília).

No sábado (11) serão três jogos. Em casa, o Copel/Telecom/Maringá enfrenta o Ponta Grossa/Caramuru, a partir das 18h30. No Rio de Janeiro, o Sesc-RJ encara o Lebes/Canoas, às 19h. Mais tarde, às 21h, o EMS Funvic Taubaté tem torcida a favor no duelo contra o Minas Tênis Clube, numa partida que tem tudo para ser o melhor confronto da rodada e terá transmissão do SporTV.

Dois jogos no domingo (12) fecham a sexta rodada da Superliga, ambos exibidos pela televisão. Sesi-SP e Montes Claros se enfrentam, na capital paulista, às 13h, com transmissão da RedeTV. À noite, às 21h, com SporTV, o Corinthians-Guarulhos encara, em seu ginásio, o Vôlei Renata.

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Superliga masculina: de novo, todos contra o Sada Cruzeiro http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/10/14/superliga-masculina-de-novo-todos-contra-o-sada-cruzeiro/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/10/14/superliga-masculina-de-novo-todos-contra-o-sada-cruzeiro/#respond Sat, 14 Oct 2017 14:38:14 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=9750

Cansou desta cena? Pois só nesta temporada o Sada Cruzeiro já levantou duas taças (Fotos: Divulgação)

Ao começar a escrever a análise da próxima edição da Superliga masculina, tive um déjà-vu. O gancho do texto estava bem parecido com o dos anos anteriores: o Sada Cruzeiro é o grande time a ser batido, com os rivais paulistas se esforçando financeira, técnica e taticamente para mudar o desfecho da temporada. Gaúchos, paranaenses e os demais mineiros se encontram correndo por fora. Estaria sofrendo uma crise de criatividade? É bem possível, mas também não dá para negar que, há quase meia década, o panorama do vôlei masculino brasileiro segue o mesmo.

Há apenas uma grande novidade no equilíbrio de forças do campeonato que começa neste sábado (14) e vai até o início de maio: o Sesc-RJ. Apesar do discurso de que o objetivo é fazer desta uma temporada de aprendizado, a equipe carioca fez um bom investimento e, após vencer a Superliga B, contratou selecionáveis como o ponteiro Maurício Borges, o oposto Renan, o líbero Tiago Brendle e o central Maurício Souza. É um elenco que certamente tem condições de subir ao pódio.

Por mais visibilidade, vôlei anuncia parceria com empresa dona do UFC

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No topo, o Sada sofreu um duro golpe com a saída do levantador William Arjona para o Sesi. Porém, sob o comando do argentino Marcelo Mendez, o time celeste já mostrou em outros campeonatos que é perfeitamente capaz de se recuperar de perdas pontuais e, aparentemente, não será diferente com o armador. Vai em busca do quinto título consecutivo. Alguém será capaz de ao menos incomodá-los? É o que analisamos abaixo:

O FAVORITO – Sada Cruzeiro

Responsável pela maior hegemonia da história do vôlei brasileiro, o Sada Cruzeiro manteve toda a espinha dorsal de um time que perdeu apenas um jogo em toda a Superliga passada. A única alteração foi a chegada do argentino Nico Uriarte para o lugar de Arjona. Ou seja: uma equipe que já era boa inicia uma nova disputa com ainda mais rodagem e entrosamento, para desespero dos adversários. Não por acaso, o Sada faz sua estreia com dois títulos recém-conquistados na bagagem, o do Campeonato Mineiro e o da Supercopa. Acabar com todo esse domínio será uma tarefa duríssima, especialmente agora que o regulamento da final mudou: ao invés de um jogo, o campeão sairá de uma melhor de duas partidas (em caso de empate, a definição ocorrerá em um Golden Set).

William Arjona deixou o Sada após sete anos e foi o principal reforço do Sesi

DESAFIANTES – EMS Funvic Taubaté, Sesi SP e Sesc RJ

Depois de investir alto na temporada passada e bater na trave, o EMS Funvic Taubaté não desanimou. Pelo contrário: colocou ainda mais dinheiro no projeto e montou uma equipe com status de seleção. O trio formado por Rapha, Wallace e Lucarelli agora está reforçado pelo argentino Sebastian Solé, pelo sérvio Marko Ivovic, pelo veterano Dante Amaral e pelo líbero Thales, um dos bons valores da nova geração do vôlei brasileiro. No banco, o técnico argentino Daniel Castellani substitui Cezar Douglas.

Quem também está de treinador novo é o Sesi, que deu uma oportunidade para Rubinho, antigo braço direito de Bernardinho na seleção brasileira. O time paulistano, aliás, fez uma enorme reformulação após o fracasso da temporada passada e trouxe William e Lipe para fazer companhia a Lucão e Douglas Souza. Após anos lutando contra lesões, Murilo decidiu ser líbero, mas só poderá estrear na nova função quando resolver problemas relacionados a um exame antidoping positivo. Já o Sesc-RJ pincelou peças boas, mas menos badaladas no mercado e pode fazer estrago em sua primeira participação na elite do vôlei nacional. O time é dirigido por Giovane Gávio, campeão olímpico como jogador em 1992 e vencedor da Superliga 2011/2012 como técnico do Sesi.

CORREM POR FORA – Vôlei Renata e Minas Tênis Clube

Pela segunda temporada seguida, a equipe de Campinas se viu envolta em dúvidas sobre sua continuidade, mas sobreviveu. Saiu a Brasil Kirin e entrou a gigante do ramo alimentício Renata, que conseguiu repatriar Leandro Vissotto, campeão mundial com a seleção brasileira em 2010. O líbero argentino Facundo Santucci também é uma novidade para fazer companhia ao levantador Rodriguinho, ao central Vini e ao ponteiro Diogo, principais nomes mantidos. O tradicional Minas, por sua vez, conseguiu evitar o assédio sobre nomes interessantes como Felipe Roque, Flávio e Petrus, que agora serão abastecidos pelo experiente levantador Marlon. É time para dar trabalho.

OLHO NELES!- Corinthians-Guarulhos, Copel/Telecom/Maringá e Montes Claros

Criado graças à perseverança do líbero Serginho, o Corinthians-Guarulhos entrou tarde no mercado, mas já deu sinal de sua força ao ficar com o vice-campeonato paulista. Perspicaz, o defensor convenceu nada menos que cinco ex-companheiros de Sesi a acompanhá-lo na nova empreitada, dentre os quais se destacam os centrais Riad e Sidão. Na saída, outro veterano, o oposto Rivaldo, que ainda tem muita lenha para queimar. Não se surpreenda se o Timão, apesar de recém-chegado, derrubar algum favorito pelo caminho…

De olho no título, Taubaté contratou o técnico argentino Daniel Castellani e manteve Rapha, Wallace e Lucarelli

O mesmo raciocínio se aplica ao Copel/Telecom/Maringá e ao Montes Claros. Dentro de suas possibilidades financeiras, ambas as equipes fizeram boas aquisições na janela de contratações e mudaram profundamente seus elencos titulares. Com Ricardinho como presidente e jogador, Maringá tirou dois dos destaques de Canoas na última temporada, o oposto Alisson e o central Ialisson, além de ter repatriado Thiago Alves, ex-seleção brasileira. Já Montes Claros terá seu jogo baseado em dois veteranos, o levantador Sandro e o oposto Lorena para levar o time mais uma vez aos playoffs.

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Seleção brasileira masculina não se renova, mas termina 2017 com saldo positivo

PARA SE MANTER NA ELITE – Caramuru/Castro, JF Vôlei e Lebes/Canoas

Em tempos de crise econômica e depressão olímpica no Brasil, o simples fato de conseguir colocar um time em quadra já é um feito. É pensando nisso e dando a oportunidade para jogadores que ainda buscam aparecer que Caramuru/Castro, JF Vôlei e Lebes/Canoas estarão nesta Superliga – no caso dos mineiros, há o adendo de eles serem uma espécie de equipe B do Sada Cruzeiro. Não ficar entre os lanternas e, assim, assegurar a vaga na próxima temporada (onde espera-se um maior investimento) é o grande objetivo destas três equipes. A classificação para o mata-mata seria o grande troféu para o trio, que não tem condições de fazer nada além disto.

E você, o que acha do equilíbrio de forças da Superliga masculina que se inicia neste sábado? Quem são os favoritos e candidatos a zebra na sua opinião?

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Superliga masculina: quem decepcionou e quem foi além do esperado? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/09/superliga-masculina-quem-decepcionou-e-quem-foi-alem-do-esperado/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/09/superliga-masculina-quem-decepcionou-e-quem-foi-alem-do-esperado/#respond Tue, 09 May 2017 18:00:53 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7080

Mineirinho lotado com 14 mil torcedores para a final entre Sada Cruzeiro e Funvic Taubaté (foto: Inovafoto/CBV)

Com o fim da edição 2016/2017 da Superliga masculina, chega a hora daquele balanço que nós, do Saída de Rede, fazemos sobre o desempenho das 12 equipes que disputaram a primeira divisão. Quem cumpriu o que projetou? Quem decepcionou? Quem foi além do esperado? Vejam as nossas conclusões.

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Encerram a Superliga em alta:

Sada Cruzeiro
Precisa explicar? O agora pentacampeão nacional triturou seus oponentes e só perdeu um jogo nas suas 29 partidas porque, com o primeiro lugar da fase de classificação já assegurado, o técnico Marcelo Mendez decidiu colocar os reservas em quadra no final do returno. O time mineiro, que é tricampeão mundial e tetracampeão sul-americano, sobrou na competição. Como observamos aqui outras vezes, quando o Sada Cruzeiro entra em alta rotação as chances do adversário são mínimas.

Funvic Taubaté
Depois de parar duas vezes na semifinal da competição, o time do Vale do Paraíba finalmente chegou a uma decisão da Superliga. Até resistiu bem ao Sada Cruzeiro na final, mas é tarefa ingrata encarar o sexteto liderado por William Arjona, ainda mais diante de 14 mil torcedores no ginásio Mineirinho. O Taubaté contou com os campeões olímpicos Wallace, Éder e Lucarelli, além dos selecionáveis Rapha e Otávio. Teve seus maus momentos no torneio, mas terminou em alta com o vice-campeonato.

Minas Tênis Clube
Apesar do desempenho ruim nas quartas de final – chegou a estar vencendo o Sesi por 2-0, fora de casa, no primeiro confronto, mas desabou e perdeu não só a partida, mas a série sem ganhar um jogo –, o tradicional time de Belo Horizonte teve um saldo positivo: o técnico Nery Tambeiro botou gente nova na roda e mostrou serviço no turno e no returno. O sexto lugar foi de bom tamanho para o Minas, onde se destacaram o central Flávio e o líbero Rogerinho, além do juvenil Felipe Roque, um canhoto prestes a completar 20 anos que surge como uma das maiores promessas do voleibol brasileiro.

JF Vôlei
Pegue a molecada emprestada pelo Sada Cruzeiro e some aí o voleibol de Renan Buiatti, numa de suas melhores temporadas, a ponto de voltar a ser convocado para a seleção. O sétimo lugar foi um resultado modesto, mas até se despedir da Superliga o time de Juiz de Fora exibiu um bom voleibol e certamente foi além de suas pretensões.

Permanecem no mesmo patamar:

Brasil Kirin montou um bom time após correr o risco de acabar (foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Brasil Kirin
Você, leitor, talvez questione: como um clube que no ano anterior havia chegado à decisão e neste caiu na semifinal pode ter permanecido no mesmo patamar? Ora, considere que esse time esteve ameaçado de desmanche, perdeu peças importantes e, ainda que tenha segurado algumas, como o central Maurício Souza e o líbero Tiago Brendle, teve que se recompor com uma estrutura mais simples. Missão cumprida pela equipe de Campinas, sob o comando do competente técnico argentino Horacio Dileo.

Montes Claros Vôlei
O time do norte de Minas Gerais teve uma arrancada muito boa na competição, mas a Superliga é uma maratona, não uma corrida de 100 metros rasos. A equipe foi caindo… Parou nas quartas de final, quando, em tese, poderia ao menos ter incomodado mais o Brasil Kirin – perdeu três jogos em sequência nos playoffs, ganhando apenas um set do oponente. O quinto lugar, resultado obtido ao final do returno, foi um prêmio pelo bom começo no torneio.

Lebes Gedore Canoas
O time treinado por Marcelo Fronckowiak avançou às quartas de final, atingiu sua meta. Dali não tinha como passar, fosse pelo elenco na maioria inexperiente, fosse pela má sorte de ter pela frente o Sada Cruzeiro. Menção honrosa aos dois jogos em que o Canoas arrancou um set, por seus méritos, do adversário multicampeão – resultado dos ajustes promovidos por Fronckowiak, um dos poucos a vencer a Superliga como atleta e como técnico, além de ser um nome respeitado no concorrido mercado europeu, onde trabalhou por seis temporadas e meia.

Copel Telecom Maringá Vôlei
Para quem não lembra, a equipe presidida pelo seu capitão, o genial levantador Ricardo Garcia, quase ficou fora da Superliga por falta de verba. Segurou o patrocinador na última hora e sobreviveu, mas, com poucos recursos, queria apenas evitar o rebaixamento. Deu certo.

Gostinho de frustração:

Contratações de peso e resultados pouco expressivos na equipe do Sesi (foto: Divulgação/Sesi)

Sesi
Numa boa, fizeram aquele auê todo e ficaram nisso? O time investiu bastante, contratou gente de peso, até repatriou dois campeões olímpicos titulares da seleção e… não ganhou nada – nem mesmo o Campeonato Paulista. OK, estamos falando de Superliga, mas o que foi que o Sesi fez digno de nota na competição? Deve ter sido o terceiro lugar mais sensaborão da história do torneio.

Bento Vôlei Isabela
A equipe gaúcha veio para esta edição da Superliga com o mesmo objetivo do Canoas: chegar aos playoffs. No entanto, ficou em nono lugar e saiu mais cedo.

São Bernardo Vôlei
Ginásio vazio, derrotas em série, rebaixamento… O time do ABC paulista já viveu dias bem melhores.

Caramuru Vôlei/Castro
É importante que se aplauda o empenho de um clube sem tradição na modalidade, numa pequena cidade do interior (Castro-PR), que conseguiu chegar à elite do voleibol brasileiro. Mas não podemos esquecer as exibições, algumas bisonhas, do Caramuru. A equipe só ganhou seus primeiros sets na quinta rodada, justamente contra o também fraco São Bernardo, que venceu a partida por 3-2. Rebaixado, despediu-se da Superliga com apenas uma vitória em 22 jogos – diante do adversário do ABC paulista, por 3-1, no returno.

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Lucarelli é a melhor notícia da classificação de Taubaté às semifinais http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/27/lucarelli-e-a-melhor-noticia-da-classificacao-de-taubate-as-semifinais/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/27/lucarelli-e-a-melhor-noticia-da-classificacao-de-taubate-as-semifinais/#respond Tue, 28 Mar 2017 00:18:17 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6009

Recuperado, Lucarelli foi o destaque no jogo 3 das quartas (foto: Rafinha Oliveira/Funvic Taubaté)

A Funvic/Taubaté fez valer seu favoritismo nas quartas de final e não demorou mais do que três partidas para eliminar o JF Vôlei. Nas semifinais da Superliga masculina, a equipe do Vale do Paraíba vai enfrentar o Sesi, que também só precisou de três jogos para superar o Minas Tênis Clube. Eles estão no mesmo barco do Sada Cruzeiro, que também bateu o Lebes/Gedore/Canoas sem mais delongas. Em resumo: os mata-matas começaram em ritmo de aquecimento para os três principais elencos da competição.

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No jogo 3 da série, nesta segunda-feira, Taubaté aplicou um 3 a 0 sobre a equipe de Juiz de Fora, com parciais de 25-21, 25-18, 25-14. Com o passe na mão e Lucarelli acertando 68% no ataque, o levantador Raphael pôde trabalhar com tranquilidade.

A recuperação do ponteiro da seleção, aliás, foi a grande notícia para Taubaté nestas quartas de final. Ele sofreu uma lesão no pé, em janeiro, durante a Copa Brasil, e perdeu boa parte do returno. Agora, Lucarelli – que foi eleito o melhor jogador da partida – chegará às semifinais com ritmo de jogo.

Novo astro do vôlei alcança 80cm acima do aro de basquete

Apesar da atuação apagada na despedida, com apenas oito anotações no ataque em 22 tentativas, o oposto Renan pode comemorar a boa temporada que teve: além de se despedir como maior pontuador da Superliga, o atacante também conquistou o título mundial de clubes como reserva de Evandro, pelo Sada Cruzeiro.

O JF, que, além de Renan, contou também com vários jogadores da base cruzeirense, termina a competição em sétimo lugar. Nada mal para quem, na temporada passada, foi lanterna e precisou vencer a seletiva para se manter na divisão principal do voleibol nacional.

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O duelo entre Funvic/Taubaté e Sesi reedita as três últimas finais de Campeonato Paulista e da Copa Brasil deste ano. Em todas as ocasiões, o time do interior levou a melhor. A outra semifinal será disputada entre Sada Cruzeiro e o vencedor do playoff entre Brasil Kirin e Montes Claros, que jogam em Campinas, na quinta-feira, a terceira partida da série – os paulistas vencem por 2 a 0.

Nas semifinais, o Rexona volta ao Tijuca (Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV )

SEMIFINAIS FEMININAS
A CBV divulgou nesta segunda-feira a tabela das semifinais da Superliga feminina. Chama a atenção que não haja previsão de jogos transmitidos pela RedeTV! nas quatro primeiras rodadas da fase. Como a emissora só transmite partidas nas noites de quinta-feira e tardes de sábado, apenas um eventual quinto jogo entre Vôlei Nestlé e Dentil/Praia Clube caberia nesses parâmetros – isso, se o hipotético confronto for à tarde.

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Nos compromissos em que Rexona-Sesc for mandante, o ginásio utilizado será o do Tijuca, e não a Arena da Barra, onde a equipe havia jogado nas rodadas finais da fase classificatória e nas quartas de final.

Veja como ficou a tabela das semifinais da Superliga feminina:

Jogo 1
31.3 (sexta-feira) – 19h: Vôlei Nestlé x Dentil/Praia Clube
31.3 (sexta-feira) – 21h30: Camponesa/Minas x Rexona-Sesc

Jogo 2
04.4 (terça-feira) – 19h: Dentil/Praia Clube x Vôlei Nestlé
04.4 (terça-feira) – 21h30: Rexona-Sesc x Camponesa/Minas

Jogo 3
07.4 (sexta-feira) – 19h: Vôlei Nestlé x Dentil/Praia Clube
07.4 (sexta-feira) – 21h30: Rexona-Sesc x Camponesa/Minas

Jogo 4 (se necessário)
11.4 (terça-feira) – horário a definir: Dentil/Praia Clube x Vôlei Nestlé
11.4 (terça-feira) – horário a definir: Rexona-Sesc x Camponesa/Minas

Jogo 5 (se necessário)
14.4 (sexta-feira) – horário a definir: Rexona-Sesc x Camponesa/Minas
15.4 (sábado) – horário a definir: Vôlei Nestlé x Dentil/Praia Clube

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Renan Buiatti: “Não ter ido pra Rio 2016 foi um incentivo para melhorar” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/25/renan-buiatti-nao-ter-ido-pra-rio-2016-foi-um-incentivo-pra-melhorar/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/25/renan-buiatti-nao-ter-ido-pra-rio-2016-foi-um-incentivo-pra-melhorar/#respond Sat, 25 Mar 2017 09:00:53 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5872

Renan se diz um jogador menos ansioso agora (Foto: Guilherme Cirino/Instagram @guilhermectx)

Altura é importante, mas não fundamental no vôlei. Se fosse, Renan Buiatti estaria tranquilo: com 2,17 m, ele é o jogador mais alto em atividade no Brasil e possui uma das maiores estaturas do mundo. Ainda assim, passou por momentos difíceis nas últimas duas temporadas e só está se recuperando agora que voltou a atuar no voleibol brasileiro.

Vestindo a camisa do JF Vôlei, Renan é o grande destaque individual da Superliga masculina de vôlei. Além de ter terminado a fase classificatória como o maior pontuador da competição, ele figura como o melhor bloqueio e chegou a estar entre os dez melhores sacadores. O retorno à seleção brasileira, por onde já teve passagens durante o último ciclo olímpico, parece questão de tempo para o jogador de 27 anos.

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Em entrevista exclusiva ao Saída de Rede,  Renan falou sobre esta nova fase de sua carreira, que ele próprio define como a melhor desde que começou a jogar vôlei. Também foram assunto as contusões que minaram seu desempenho nas duas temporadas que passou na Itália, onde jogou no CMC Ravenna e Gi Group Monza, e a decepção por sequer ter integrado a pré-lista de convocados para a Olimpíada do Rio de Janeiro, assim como a boa campanha do JF Vôlei, que se classificou para os playoffs da Superliga com tranquilidade mesmo sem contar com um elenco recheado de estrelas.

Bloqueio do oposto é uma das armas do JF Vôlei nesta Superliga (Foto: Divulgação)

Confira nosso bate-papo com Renan abaixo:

Saída de Rede – A que você atribui um desempenho individual tão bom nesta Superliga?
Renan – O nosso time, em geral, conseguiu jogar muito bem junto. Estamos muito entrosados. Nesta equipe, eu só tinha jogado com o Ricardo (ponteiro) antes. Com os outros, só contra. Tivemos pouco tempo de preparação,  foram somente umas três ou quatro semanas de treino antes do Campeonato Mineiro, mas já ali tivemos uma evolução e começamos a Superliga muito melhor do que estávamos um mês antes. O entrosamento saiu fácil, a gente conseguiu se adaptar um com a bola do outro… Que bom que foi desse jeito! Fizemos uma boa temporada, estávamos em sexto lugar até a penúltima rodada da Superliga. Esse resultado veio com muito comprometimento e trabalho.

Saída de Rede – Você é um jogador que já teve oportunidades na seleção brasileira e, inclusive, foi chamado para jogar o Mundial de 2014. Porém, não conseguiu se firmar. Por que acha que isso aconteceu e o que melhorou desde então para, quem sabe, jogar a Olimpíada de Tóquio?
Renan – A seleção é a consequência do que você fez no último ano, então a próxima convocação será reflexo do que fizemos nesta temporada. E, nas duas últimas duas, quando eu estava na Itália, não fui muito regular. Em uma, eu precisei fazer uma cirurgia na mão, enquanto no ano passado não joguei as finais porque tive um edema no pé. Não consegui voltar muito bem nesses dois anos que eu tive lesão. Faltou regularidade: você não pode jogar bem em uma partida e ir mal em três. Isso me faltou muito nos últimos anos. No ano da Olimpíada, eu não fui nem pré-convocado, mas isso foi um incentivo pra eu melhorar cada vez.

Saída de Rede – O fato de não ter ido para a Rio 2016 ficou pesando na sua consciência?
Renan – No dia que saiu a convocação, eu estava ansioso, mas fui olhar e meu nome não estava lá. Fiquei meio mal nos primeiros dias, pois tinha a esperança de estar naquela lista. Depois, acompanhei os jogos e torci pelos meninos. Voltei a pensar no Campeonato Italiano e falei: “Bom, falta muito tempo para sair a outra convocação, então nem adianta ficar pensando muito nisso, é esquecer e ir para o próximo passo”.

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Saída de Rede – O que mais você aprendeu neste período em que jogou fora do país?
Renan – Foram muitas coisas, mas acho que principalmente eu evolui na parte mental. Eu era muito ansioso e ficava mais ainda quando começava a errar. Aí, não conseguia jogar bem, ficava pensando no próximo jogo, achava que seria difícil se não jogasse bem… Estou muito menos ansioso este ano, só penso no jogo na hora em que entramos em quadra. É um passo por vez. E também aprendi a me adaptar às adversidades, pois fui pra lá sem saber falar italiano, sem conhecer ninguém, tive que começar tudo de novo. Foram muitas as coisas que eu tive que aprender na marra.

Altos e baixos na Itália acabaram com a chance de Renan ir à Rio 2016 (Foto: Reprodução/Instagram)

Saída de Rede – E por que você decidiu voltar ao vôlei brasileiro agora?
Renan – Pela oportunidade. Já tinham me chamado aqui em Juiz de Fora e também havia uma outra proposta na Itália, mas, como eu já não estava muito bem, decidi voltar para “dar um reset”. Fiquei um tempão de férias, uns quatro meses parado, depois que machuquei o pé. Só fui voltar a treinar em setembro e tive uma preparação física muito boa, malhei bastante… Eu estava precisando desta folga. Meu ombro sempre doeu, mas acho que esse é o primeiro ano que o sinto bem desde 2009. Me atrapalhava muito treinar todo dia com dor. Essas férias antes de começar a temporada me ajudaram muito.

Saída de Rede – O JF Vôlei não estava entre os principais aspirantes ao título da Superliga. Não houve a chance de assinar com alguma equipe mais bem cotada, já que você é um jogador conhecido dentro do vôlei?
Renan – O mercado não estava muito bom este ano. Me chamaram pra cá e eu sabia que aqui estaria o Henrique (Furtado, técnico), que era do Sada… nunca tinha trabalhado com ele, mas o conhecia. E eu acreditei no trabalho que eles poderiam fazer aqui. Pensei que neste time eu me encaixaria bem

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Saída de Rede – Depois desse período de férias, você esperava que fosse atuar tão bem?
Renan – No começo, foi difícil. Tentei não ficar ansioso e pensar lá no final, sobre como seria esse ano… Houve um pouco de receio, mas as coisas começaram a dar certo e fui jogando bem. Aí, continuei e a confiança vai lá em cima. Jogar bem um jogo é fácil, mas ficar entre os tops da estatística o campeonato todo é difícil

Renan se adaptou muito bem ao JF Vôlei, que disputa as quartas da Superliga contra o Taubaté (Foto: Reprodução/Instagram)

Saída de Rede – E você acredita que esta evolução é o suficiente para jogar em alto nível entre as grandes seleções?
Renan – Com certeza. Acho que melhorei bastante no ataque, em trabalhar mais a bola, em saber errar… Estou errando bem menos do que nos últimos anos.  Puxa, eu fui o melhor bloqueador da fase classificatória, então eu também consegui fazer isso muito bem, de ler bastante o jogo, que o nosso técnico falava. Que bom que eu consegui juntar tudo isso, a tática com a técnica!

Saída de Rede – E no que precisa melhorar?
Renan – Acho que o saque. Comecei sacando bem, mas no finalzinho (da fase classificatória) comecei a variar muito. Voltei a sacar flutuado porque nosso técnico pediu, mas tenho feito uma força maior pra melhorar o saque.

Saída de Rede – Você pretende continuar jogando no Brasil na próxima temporada?
Renan – Depende de muitas coisas. Eu gostaria muito de continuar aqui no Brasil pelo menos no próximo ano. Falar a sua língua e estar no seu país, querendo ou não, ajuda um pouco e isso foi difícil lá fora.

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Em plena discussão sobre ranking, grandes escancaram superioridade http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/24/em-plena-discussao-sobre-ranking-grandes-escancaram-superioridade/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/24/em-plena-discussao-sobre-ranking-grandes-escancaram-superioridade/#respond Fri, 24 Mar 2017 09:00:00 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5888

Lucarelli, Wallace e Éder juntos: ranking não trouxe equilíbrio (foto: Rafinha Oliveira/Taubaté)

Numa semana em que o debate em torno do ranking de jogadores voltou à tona, o fã do vôlei viu Sada Cruzeiro, Sesi e Funvic/Taubaté chegarem a um passo das semifinais da Superliga masculina. E, para que a faca e o queijo pareçam estar ainda mais ao alcance dos grandes, o trio jogará em casa na próxima rodada dos playoffs, o que diminui drasticamente as expectativas de quem sonha (ou sonhava) com séries extensas nessas quartas de final – isso talvez caiba apenas ao duelo entre Brasil Kirin e Montes Claros, que, pelo jogo 1, tende a ir além da terceira partida.

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A CBV alega que o ranking dos jogadores serve para trazer equilíbrio ao certame, diminui a ação do poder econômico na disputa. Na teoria, isso deveria tornar a Superliga – um campeonato de apenas 12 clubes em cada naipe – uma competição de difícil prognóstico, já que os principais atletas do país estariam espalhados por diversos clubes.

Os atletas alegam que o sistema não atende ao fim pretendido, prejudica quem quer jogar no país e não emparelha os pratos da balança do voleibol nacional: os maiores orçamentos, com ou sem as limitações de ranking, seguem numa dianteira que os médios e os pequenos não alcançam.

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Entre as mulheres, as jogadoras de pontuação máxima se queixaram publicamente nesta semana, ao passo que os homens, nesta sexta-feira, vão decidir/saber como funcionará seu campeonato na temporada que vem.

Se precisassem encontrar um argumento contrário às intenções do ranking e, portanto, alinhado à premissa de que os mandatários do vôlei nacional falham em insistir nessa trilha, os jogadores poderiam citar os playoffs da Superliga masculina atual. Os principais elencos do país, recheados de campeões olímpicos e/ou mundiais pela seleção, dão pouca esperança de sucesso a equipes de patamar de investimento inferior: a prática depõe contra o ideal do equilíbrio.

Théo acionado na saída de rede: 21 pontos contra o Minas

OS JOGOS
O Minas Tênis Clube recebeu, em Belo Horizonte, um rival contra quem já havia disputado três partidas na temporada e decidido todas em cinco sets, um adversário combalido, sem seu principal atacante da entrada de rede – Douglas Souza, lesionado no abdômen. Era a ocasião propícia para os minastenistas colocarem o Sesi em dificuldades, talvez pensando num playoff discutido em quatro, cinco partidas, ou, até, temendo a eliminação, já que o ponteiro campeão na Rio 2016 talvez nem volte às quadras antes do final da Superliga. Mas não foi o que aconteceu.

O bloqueio mineiro funcionou bem, anotou 18 pontos (seis de cada um dos centrais, Flávio e Pétrus). Ocorre, no entanto, que o time não foi além disso, não conseguiu explorar a presença de Alan, oposto improvisado como ponteiro, nem a baixa pontuação de Murilo, que voltou ao time titular e, longe ainda da melhor forma física, assinalou somente quatro pontos.

Depois de alguma instabilidade nos dois primeiros sets (vitória apertada na primeira parcial, derrota dilatada na segunda), o time paulista aproveitou-se do saque ineficaz do time da casa. Com uma virada de bola segura e Théo assinalando 21 pontos, o Sesi dobrou a vantagem que tinha no duelo e vai jogar na Vila Leopoldina pensando em encerrar a série pela via mais curta.

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Canoas lutou, mas não passou pelo Cruzeiro (Fernando Potrick/Gama)

Por sua vez, o Lebes/Gedore/Canoas tem bons valores, como o ponteiro Gabriel, que foi repatriado do voleibol austríaco e começou o campeonato muito bem, o central Iálisson, de passagem recente pelo Taubaté, e o jovem ponta Alisson Melo, sétimo atacante mais eficiente da Superliga. Mas, dentro do esperado, a equipe não tem sido páreo para o Sada Cruzeiro nos playoffs.

Jogando em casa na segunda partida da série, o time gaúcho até abriu o marcador, teve Alisson Melo assinalando 17 pontos, sendo três em aces, quesito em que empatou com o central Giovanni. A questão é que, do outro lado da rede, havia um time experiente o bastante para esperar e provocar os erros do rival (e foram 35 ao todo). Leal e os centrais Isac e Simón marcaram, respectivamente, 16, 13 e 12 pontos, e a virada foi inevitável.

A série volta para Contagem, no sábado, às 21h30, e só vai novamente ao Rio Grande do Sul em caso de vitória do Canoas.

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Renan no ataque contra Taubaté: a bola de segurança do JF (Rafinha Oliveira/Funvic Taubaté)

A outra partida já realizada na segunda rodada foi entre Funvic/Taubaté e JF Vôlei. Se, em Juiz de Fora, os sétimos colocados da fase classificatória chegaram perto de vencer um set, em Taubaté, não ficaram só no quase. Renan, que defendeu a seleção brasileira no ciclo olímpico passado, marcou 26 dos 48 pontos de ataque de sua equipe, teve aproveitamento de 63% nas cortadas.

Pela boa atuação de seu oposto, os visitantes (ajudados pelos erros que Taubaté cometia – 25 ao todo) ganharam um set. Mas, como só tinham Renan em jornada inspirada, não puderam levar o jogo para o tie break.

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Taubaté teve um inusitado problema com o líbero Mário Jr., que jogou socorrendo-se com um colírio, de palmo em palmo, para aliviar uma irritação nos olhos, mas cumpriu o roteiro e venceu: Wallace, com 20 pontos, e Lucas Lóh, com 60% de aproveitamento no ataque, comandaram o time. Lucarelli, que perdeu boa parte do returno, anotou 12 pontos e parece estar aproveitando os jogos contra a equipe de Juiz de Fora para adquirir ritmo de jogo.

A terceira partida, que será na segunda-feira, mais uma vez em Taubaté, pode ser também a última da série.

Resultados da 2ª rodada dos playoffs da Superliga masculina:

Minas 1 x 3 Sesi (25-27, 25-19, 21-25, 18-25)
Lebes/Gedore/Canoas 1 x 3 Sada Cruzeiro (25-23, 18-25, 15-25, 14-25)
Funvic/Taubaté 3 x 1 JF Vôlei (25-15, 14-25, 25-18, 26-24)
Brasil Kirin x Montes Claros – sábado, às 14h10

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Entre um susto e outro, favoritos vencem (e Cruzeiro passeia) nos playoffs http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/20/entre-um-susto-e-outro-favoritos-vencem-e-cruzeiro-passeia-nos-playoffs/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/20/entre-um-susto-e-outro-favoritos-vencem-e-cruzeiro-passeia-nos-playoffs/#respond Mon, 20 Mar 2017 09:00:37 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5772

Cruzeiro não teve problemas para vencer Canoas (foto: Renato Araújo/Sada Cruzeiro)

Em casa ou fora de seus domínios, os favoritos começaram as quartas de final da Superliga masculina dando um passo na direção da próxima fase. Todos venceram: o Sesi, que flertou com a derrota e salvou-se em cima da hora, a Funvic/Taubaté e o Brasil Kirin, que tiveram de suar a camisa na quadra adversária, e o Sada Cruzeiro, que atropelou.

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A rodada inaugural dos playoffs acentuou o favoritismo cruzeirense ao título. O time nem precisou jogar no mesmo nível do voleibol apresentado no sábado retrasado, na vitória por 3 a 0 sobre o Brasil Kirin, para vencer o Lebes/Gedore/Canoas pelo mesmo placar. Em quadra, a diferença entre o dono da melhor campanha na competição e o oitavo colocado foi resultado do excessivo número de erros dos visitantes e, sobretudo, da eficiência do ataque anfitrião (aproveitamento de 61%).

Sem conseguir parar as cortadas do time da casa – que teve Leal e Evandro atacando juntos 35 bolas e pontuando em 22 delas – e fustigado pelo bloqueio mineiro, que amorteceu muitas investidas dos adversários e propiciou vários contra-ataques, o sexteto gaúcho acabou cometendo 26 erros, concedendo mais que um set inteiro em falhas num jogo de três parciais. O segundo compromisso dessa disputa será em Canoas.

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Sesi: da derrota iminente à virada sobre Minas (Karen Griz/Sesi-SP)

Num caminho oposto ao do Cruzeiro, o Sesi só acordou quando já perdia por 2 a 0 do Minas Tênis Clube. Com o ponteiro Alan no lugar de Murilo, que ainda se recupera de uma lesão no cotovelo e entrou em rápidas passagens a partir do segundo set, o time paulista teve problemas no passe e, em consequência, na virada de bola. O sistema defensivo mineiro levava tanta vantagem sobre o ataque sesista que os muitos contra-ataques desperdiçados nas duas primeiras parciais não fizeram falta aos visitantes.

O ritmo do jogo mudou quando o levantador Rafa e o central Aracaju entraram, respectivamente, no lugar de Bruno e Lucão. Théo e Douglas Souza cresceram na partida e, exigido, o Minas descobriu que seus erros (foram 43 em toda a partida) seriam punidos: no tie break, o time teve o match point na mão, mas o cubano Yordan Bisset atacou para fora. Mesmo jogando mal e contando com um pouco de sorte, a vitória é um alívio para o Sesi, que vai disputar o jogo 2 da série em Belo Horizonte.

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Já para Funvic/Taubaté e Brasil Kirin, que começaram atuando em território adversário, o fator casa pode garantir uma rápida classificação às semifinais. Teoricamente, é claro.

Lucarelli em ação contra JF Vôlei (Rafinha Oliveira/Vôlei Taubaté)

Taubaté enfrentou um valente JF Vôlei – que o havia batido há uma semana – e teve muito trabalho para vencer os dois primeiros sets: em ambas as parciais, os tricampeões paulistas abriram vantagem e viram os rivais, com um bom bloqueio, reagirem perigosamente.

Com o apoio da torcida, o sexteto de Juiz de Fora talvez merecesse conquistar uma parcial, que fosse. Contudo, prevaleceu a experiência do segundo colocado da fase classificatória, que contou com a volta de Lucarelli – recuperado de lesão – ao time titular. Os visitantes frearam o crescimento dos anfitriões e superaram uma equipe que sobrecarregou o oposto Renan e não teve força para lutar no terceiro set.

Agora, para poder voltar a jogar em casa, os mineiros têm a ingrata missão de vencer, ao menos, um dos dois próximos duelos, que serão disputados no interior de São Paulo.

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Na matemática e na tabela, a situação do Brasil Kirin é igual à da Funvic/Taubaté: venceu o Montes Claros em Minas e, agora, ganhar as duas próximas partidas em casa é o que lhe basta para avançar na competição. A diferença é que a missão da equipe campineira (teoricamente, repito) tende a ser mais complicada do que a do time do Vale do Paraíba.

Rivaldo, do Brasil Kirin, investe contra bloqueio do Montes Claros: vitória apertada em Minas (Fredson Souza)

Os quatro sets do primeiro duelo entre quarto e quinto colocados da Superliga foram definidos por vantagem mínima no placar. Isso não quer dizer, no entanto, que a partida tenha sido um suspense de tirar o fôlego: o Brasil Kirin venceu um jogo mais equilibrado do que emocionante – exceção, talvez, à virada paulista na quarta parcial, depois de estar perdendo por 18 a 13.

Montes Claros conseguiu 62 a 51 em pontos de ataque, mas, longe de fazer uma boa partida, colaborou com a vitória dos visitantes cometendo 35 erros contra 26. Um reflexo da má atuação dos mineiros foi Maurício Souza ter obtido seis aces: o central estava numa ótima jornada no serviço (é verdade) e tem um flutuante que bagunça a linha de passe adversária (outra verdade), mas conquistar SEIS pontos de saque nesse estilo é exagero.

Contudo, se o Brasil Kirin não teve vida fácil, mesmo diante de um adversário em dia instável, não será surpresa se a série se estender para além do jogo 3, embora as duas próximas partidas sejam em Campinas.

Resultados da 1ª rodada dos playoffs da Superliga masculina:

Sada Cruzeiro 3 x 0 Lebes/Gedore/Canoas (25-20, 25-17, 25-17)
Sesi 3 x 2 Minas Tênis Clube (20-25, 23-25, 25-23, 25-23, 18-16)
JF Vôlei 0 x 3 Funvic/Taubaté (27-29, 23-25, 18-25)
Montes Claros 1 x 3 Brasil Kirin (23-25, 27-25, 25-27, 23-25)

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Sada favorito e promessa de emoção: os playoffs da Superliga masculina http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/17/sada-favorito-e-promessa-de-emocao-os-playoffs-da-superliga-masculina/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/17/sada-favorito-e-promessa-de-emocao-os-playoffs-da-superliga-masculina/#respond Fri, 17 Mar 2017 09:00:49 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5728

Cruzeiro: somente uma derrota, que veio quando titulares descansaram (Foto: Divulgação)

Se ontem já falamos do equilíbrio de forças dos playoffs da Superliga feminina de vôlei, agora é a vez dos homens. Apesar do imenso favoritismo do Sada Cruzeiro, que só perdeu um jogo até agora (no qual atuou com reservas), não dá pra dizer que é barbada apontar os quatro semifinalistas da competição. Exceto justamente a disputa do time mineiro contra o Lebes Gedore Canoas, os demais confrontos prometem jogos equilibrados e interessantes disputas individuais.

Inclusive, não se surpreenda se algum time badalado for eliminado logo nesta primeira rodada de mata-mata, que será disputada em cinco partidas. Os duelos começam na noite desta sexta, às 19 horas, com Sada x Canoas, seguem com dois jogos na tarde de sábado (14h10 e 15h30) e se encerram no domingo às 15 h. O SporTV transmite todos, exceto Sesi x Minas, que ficará por conta da RedeTV!.

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Abaixo, você confere o que esperar das quartas de final do principal torneio de clubes do Brasil:

Assistente da seleção, Fronckowiak tem missão quase impossível nos playoffs (Foto: Matheus Beck/Canoas)

Sada Cruzeiro (1º) x Lebes Gedore Canoas (8º)

Olhando individualmente, é possível encontrar alguns bons valores na equipe gaúcha: o ponteiro Gabriel, por exemplo, fez um primeiro turno formidável, enquanto o central o central Ialisson chamou a atenção durante o returno. Os grandes craques do time, porém, estão fora da quadra: campeão olímpico e bi mundial com a seleção
brasileira, Gustavo Endres é o supervisor, enquanto Marcelo Fronckowiak se sagrou campeão da Superliga com o RJX em 2012/2013 e recentemente assumiu o posto de assistente técnico de Renan Dal Zotto na seleção brasileira.

Mas, se há quatro anos Fronckowiak conseguiu o feito de bater justamente o Sada Cruzeiro na decisão, a missão agora será bem mais dura. Além do elenco inferior, Canoas não tem um sistema defensivo consistente, algo essencial para enfrentar um time com o poder de saque e ataque que os mineiros possuem. Para complicar, o Sada passou por poucas modificações em seu elenco nos últimos anos e provou sua força ganhando seus três títulos mundiais desde então. Sendo o único time que entra nos playoffs com mais derrotas que vitórias (14 a 8), Canoas já terá feito bem o seu papel se vencer um dos cinco duelos programados pras quartas.

Funvic Taubaté (2º) x JF Vôlei (7º)

Taí um confronto que vai ser interessante de assistir: apesar de contar com um elenco experiente, com três campeões olímpicos e jogadores que passaram pela seleção brasileira, Taubaté só adquiriu mais consistência após a virada do ano, quando passou a se adaptar melhor aos problemas físicos de Ricardo Lucarelli, que provocaram muitas ausências. Juiz de Fora, por sua vez, encarna o perfeito penetra que só está esperando uma oportunidade para aprontar uma ainda maior. Potencial ali existe e os paulistas puderam aprender isso com um 3 a 2 sofrido na última rodada da fase classificatória.

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Minas precisa melhorar o saque para passar pelo Sesi (Foto: Divulgação)

Olho vivo em um confronto particular entre opostos: de um lado, Wallace, que se consagrou perante o público em geral como “macho-alfa”, a bola de segurança, da vitoriosa campanha brasileira na Rio 2016. Somente um jogador fez mais pontos que ele nesta Superliga e é justamente Renan Buiatti. Com 2,17 m, o atacante de saída de rede do JF Vôlei vive a melhor fase de sua carreira após um passagem de altos e baixos, além de lesões, pelo voleibol italiano.

Sesi (3º) x Minas (6º)

Mais um confronto no qual não devemos nos enganar pelos nomes que vemos no papel: nos dois jogos realizados até agora, a badalada equipe paulista e o tradicional time mineiro jogaram os dez sets possíveis, com uma vitória para cada lado. Ou seja: a possibilidade de novos duelos longos é bastante alta.

Diria hoje que há um leve favoritismo para o Sesi, uma vez que o Minas tem apresentado claras dificuldades no saque ao longo da competição. A equipe de Belo Horizonte aumentará bastante suas chances se seus bons atacantes forem mais consistentes e deixarem tantos altos e baixos para trás. Nesta série, o aspecto físico certamente será um fator com mais importância que o normal.

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Brasil Kirin fez um bom time após correr o risco de acabar (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Vôlei Brasil Kirin (4º) x Montes Claros (5º)

Depois de sofrer uma ameaça de sequer participar desta Superliga devido a um corte de verbas causado pela crise econômica, os atuais vice-campeões do torneio montaram um elenco razoável para a atual temporada. Perderam Lucas Loh, Piá e Wallace Martins, é verdade, mas conseguiram manter o central Maurício Souza e o líbero Tiago Brendle, dois dos destaques da campanha anterior. Ainda que o Brasil Kirin não tenha conseguido bater de frente com o trio de favoritos (Sada, Taubaté e Sesi) em número de pontos, chegou a derrotar a equipe paulistana em uma oportunidade e fez uma boa campanha com times de investimento igual ou inferior, sem grandes sustos.

Peraí, eu escrevi “sem grandes sustos”? Neste caso, exclua da lista justamente o Montes Claros. Isso porque o time mineiro bateu o de Campinas por 3 a 1 no primeiro turno e vendeu caro a derrota na volta, no tie-break. Montes Claros conta com Luan Weber como destaque, além de um saque capaz de fazer estragos em muitas recepções por aí – alguns deles são feitos pelo levantador Murilo Radke, que também tem cumprido sua função principal com competência. Aos 28 anos, o armador gaúcho será essencial para escapar do bem postado bloqueio paulista.

E na sua opinião, quem passa para a próxima fase? Deixe seus palpites na caixa de comentários abaixo.

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