Japão – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Brasil ganha o tri na Copa do Mundo e fecha temporada de seleções em alta http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/14/brasil-ganha-o-tri-na-copa-do-mundo-e-fecha-temporada-de-selecoes-em-alta/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/14/brasil-ganha-o-tri-na-copa-do-mundo-e-fecha-temporada-de-selecoes-em-alta/#respond Mon, 14 Oct 2019 12:43:56 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18735

Seleção levou o tri na Copa do Mundo com 10 vitórias em 10 jogos (Fotos: Divulgação/FIVB)

O torcedor brasileiro pode soltar o grito de campeão. A seleção masculina de vôlei encerrou a temporada com o tricampeonato da Copa do Mundo do Japão. Após as conquistas de 2003 e 2007, a equipe verde e amarela faturou, na manhã desta segunda-feira (14), o caneco com uma rodada de antecedência ao superar o valente time da casa na cidade de Hiroshima por 3 sets a 1, com parciais de 17-25, 26-24, 14-25 e 25-27.

E, assim como em 2003, quando ainda tinha a extraordinária geração que se sagraria campeã olímpica um ano depois, em Atenas, o Brasil ganhou o título em terras japonesas de maneira invicta. Com uma campanha excepcional, alcançou 10 vitórias em 10 partidas, somando 29 pontos. Neste percurso, passou por outros favoritos, como Estados Unidos e Polônia.

Para atingir tal feito, a equipe se valeu, mais uma vez, da regularidade do oposto Alan, o maior protagonista do Brasil não apenas na competição como em toda a temporada 2019 de seleções, e do consagrado ponta naturalizado brasileiro Leal, que fez sua estreia com a camisa amarela neste ano.

Alan não sentiu o peso por substituir o campeão olímpico Wallace e voltou a se sobressair neste confronto contra o Japão, anotando 16 pontos. Já Leal foi o maior pontuador com 24 acertos. Lucarelli, que fez uma competição primorosa exercendo uma função muito mais tática, no fundo de quadra e no saque do que propriamente no ataque, saiu com 13.

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Com velocidade e a habitual eficiência no sistema defensivo, o time japonês, em sua melhor campanha na Copa do Mundo desde 1977, tentou manter o equilíbrio na partida contra os atuais campeões olímpicos. O Brasil, contudo, respondeu na mesma moeda: com ótimas coberturas na defesa e serenidade na virada de bola. Assim, sem muito esforço, o time de Renan Dal Zotto largou na frente na primeira parcial.

Copa do Mundo serviu para afirmação do oposto Alan na seleção brasileira

Os donos da casa, entretanto, endureceram bastante o jogo a partir da etapa complementar. Pressionando a linha de passe verde e amarela com um saque mais forçado – o técnico Renan chegou a mandar Maurício Borges à quadra no lugar de Leal -, os asiáticos também irritaram os atacantes brasileiros com um show de defesas. O crescimento no sideout (14 a 10 no set), especialmente do ponta Ishikawa e do ótimo oposto Nishida, também favoreceu o empate no duelo.

Sem se intimidar com o crescimento adversário no duelo, o Brasil abriu 8 a 1 rapidamente na terceira parcial, contando com uma excelente passagem de Lucarelli pelo saque. E foi através do serviço que a seleção sustentou com tranquilidade a enorme margem no placar que chegou a ser de 10 pontos (13 a 3). Assim, jogando com mais intensidade e paciência na construção das jogadas para concluir os pontos, o Brasil passeou no set.

O equilíbrio voltou a dar a tônica na parcial subsequente. Mais concentrada, a seleção japonesa seguiu testando a recepção brasileira, fazendo com que Renan apostasse novamente no passador Maurício Borges para executar o fundamento. Entretanto, os campeões olímpicos souberam administrar a ansiedade e, valorizando o padrão tático e a virada de bola, conseguiram fechar a partida em 3 a 1. Com isso, o Brasil encara a Itália nesta terça-feira (15), a partir das 3h, já com o ouro garantido.

Festa brasileira em Hiroshima

Mais do que a conquista da taça, no entanto, a torcida verde e amarela pode festejar o crescimento do Brasil às vésperas da Olimpíada de Tóquio. Não há como negar o progresso tático e coletivo da equipe sob o comando de Renan, que abocanhou o seu segundo título intercontinental com o Brasil – o primeiro foi a Copa dos Campeões de 2017.

Na Liga das Nações, competição que abriu a temporada, os brasileiros amargaram a quarta posição pelo segundo ano consecutivo e tiveram um desempenho irregular, sofrendo muito principalmente com o saque balanceado e a baixa produtividade do bloqueio.

A mesma inconstância apareceu no Pré-Olímpico de agosto – torneio em que o Brasil se viu em apuros e teve que arrancar, na marra, a vaga para os Jogos de Tóquio, suando para vencer a Bulgária em uma virada inesquecível dentro da casa do rival – e no Campeonato Sul-Americano, competição onde a seleção, com alguns titulares, quase perdeu a hegemonia local e só conseguiu bater a desfalcada Argentina de Marcelo Mendez no tie-break em outro duelo que certamente já entrou para os anais do vôlei.

É verdade que a linha de passe, formada nesta Copa do Mundo por Leal, Lucarelli e Thales, voltou a oscilar na recepção do saque flutuante – quem assistiu à partida do Brasil contra a Polônia teve a exata noção disso. Contudo, o período de treinamentos em Saquarema surtiu o efeito esperado e o time demonstrou uma evolução expressiva no fundamento.

Sob este aspecto, deve-se apontar a melhora do líbero Thales, jogador que foi justamente criticado pela inconsistência em quase toda a temporada. Nesta Copa do Japão, o atleta mostrou personalidade ao saber absorver as críticas, dando a resposta em quadra com uma performance que deu mais segurança e estabilidade ao conjunto brasileiro.

Deste modo, diferentemente da seleção feminina, que terminou a temporada fora do pódio e com inúmeros pontos de interrogação, a equipe de Renan mostrou estar, às vésperas da Olimpíada, com um conjunto mais azeitado e em um estágio mais avançado de preparação para defender o título no ano que vem em Tóquio.

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Com sistema defensivo e bloqueio fortes, seleção feminina bate o Japão http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/24/com-sistema-defensivo-e-bloqueio-fortes-selecao-feminina-bate-o-japao/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/24/com-sistema-defensivo-e-bloqueio-fortes-selecao-feminina-bate-o-japao/#respond Tue, 24 Sep 2019 12:11:45 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18467

Brasileiras e japonesas se enfrentaram nesta terça-feira (24) (Fotos: Divulgação/FIVB)

Em jogo válido pela oitava rodada, a seleção brasileira feminina de vôlei alcançou a sua quinta vitória na Copa do Mundo. Na manhã desta terça-feira (24), o time voltou a fazer uma boa apresentação e superou as donas da casa em sets diretos, com parciais de 14-25, 21-25 e 23-25, em Sapporo, no Japão.

No jogo de paciência em que as bolas sempre custam a cair no lado japonês, ambas as equipes se alternaram na liderança do marcador no começo da primeira parcial. Para este confronto, o técnico José Roberto Guimarães optou por uma formação com as centrais Mara e Fabiana como titulares. E a bicampeã olímpica se saiu muito bem como o desafogo da levantadora Macris nas bolas aceleradas pelo meio. Ao total, ela fez 7 pontos somente neste set.

Destaque, ainda, para o bloqueio, que não se converteu em muitos pontos diretos, mas amorteceu várias bolas, e para a defesa, que novamente esteve inspirada. Além disso, jogando solto, com bom volume e uma linha de passe estável, o Brasil se beneficiou dos erros japoneses de saque e de ataque – foram 6 contra apenas 1 nesta etapa.

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A equipe verde e amarela não retornou com a mesma concentração para o segundo set. As falhas na recepção voltaram a aparecer e o saque também perdeu em efetividade. Com isso, sem o passe nas mãos, a armadora Macris começou a acionar pouco as bolas rápidas pelo meio, jogando mais pelas pontas.

As nipônicas, por outro lado, com o seu jogo habitualmente veloz e o apoio da sua barulhenta torcida, passaram a jogar com mais regularidade, crescendo na virada de bola e nos contra-ataques. Apesar da queda no rendimento, o Brasil assumiu a dianteira no marcador e conseguiu abrir 2 a 0 no momento em que segurou mais o passe e voltou a utilizar as bolas rápidas de meio. O bloqueio também fez a diferença a favor das brasileiras – foram 11 acertos do time de Zé Roberto contra 5 do oponente no total.

A bicampeã olímpica Fabiana foi um dos destaques do cotejo

Na parcial mais tensa e equilibrada do duelo, o septeto brasileiro precisou correr praticamente todo o tempo atrás do time asiático no placar. Com mais dificuldades no sideout – destaque negativo para a ponteira Drussyla, que entrou no segundo set no lugar de Amanda e teve uma atuação discreta – e baixo aproveitamento dos contra-ataques, a seleção fechou a partida ao se valer da ótima performance de Leia na defesa e das falhas do rival na reta final do set (foram 18 pontos cedidos em erros ao Brasil contra apenas 9 das adversárias).

A maior pontuadora do jogo foi, mais uma vez, Gabi. A ponteira teve 16 acertos, seguida de Lorenne, que contribuiu com 15 bolas no chão. Em um jogo bem distribuído, Fabiana apareceu logo com 12. A meio de rede Mara, que tem se destacado na competição, apareceu pouco, anotando apenas 6. O Brasil volta à quadra na sexta-feira (27) para enfrentar a seleção camaronesa às 2h, em Osaka.

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Seleção feminina derrota o Japão, mas instabilidade volta a preocupar http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/11/selecao-feminina-derrota-o-japao-mas-instabilidade-volta-a-preocupar/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/11/selecao-feminina-derrota-o-japao-mas-instabilidade-volta-a-preocupar/#respond Tue, 11 Jun 2019 12:22:22 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17128

A oposta Paula Borgo foi a maior pontuadora brasileira no confronto desta terça-feira (11) contra o Japão (Fotos: Divulgação/FIVB)

Com a confiança em alta após o triunfo sobre as norte-americanas no encerramento da terceira etapa da Liga das Nações, a expectativa era que a seleção feminina de vôlei demonstrasse crescimento tático e técnico na partida de abertura da quarta semana, na manhã desta terça-feira (11), contra a habilidosa equipe japonesa.

Adversário direto do Brasil na tabela do torneio (as brasileiras iniciaram o jogo na sexta posição seguidas das rivais), o Japão não trazia boas lembranças à seleção. No último confronto, no Mundial do ano passado, apesar da vitória suada alcançada na quinta parcial, a seleção feminina foi eliminada do campeonato na segunda fase, terminando na sétima posição.

Desta vez, as brasileiras derrotaram as rivais por 3 sets a 1, com parciais de 17-25, 19-25, 25-20 e 22-25, se mantendo à frente na fase classificatória. Entretanto, apesar do resultado positivo na casa do adversário, o desempenho instável voltou a preocupar o técnico José Roberto Guimarães.

A seleção até teve um início de partida bastante consistente. Com bom volume e bem posicionado na defesa, o time teve a paciência necessária para enfrentar o jogo nipônico, como sempre veloz e muito habilidoso. Apostando em uma interessante variação do saque, as brasileiras também pressionaram a linha de passe adversária, impedindo a construção das jogadas pela levantadora Miya Sato. Assim, somente no sideout, a parcial ficou em 18 a 10 a favor do Brasil.

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O padrão de jogo brasileiro foi mantido na segunda parcial. Com o passe nas mãos, a armadora Macris fez uma boa distribuição, acionando todas as suas atacantes, especialmente Paula Borgo que se mostrou novamente regular e efetiva nas ações ofensivas, dando tranquilidade à levantadora. A vantagem que chegou a ser de 7 pontos no marcador (17-10) ilustrou a dificuldade nipônica na virada de bola.

O rendimento da equipe, no entanto, caiu significativamente a partir do terceiro set. Menos concentrada e sem convicção provavelmente em função do amplo domínio exercido nas primeiras parciais, a seleção voltou a apresentar dificuldades nas ações ofensivas, permitindo que as asiáticas abrissem 16 a 10 no placar (ao total, as japonesas fizeram 20 a 14 no set no ataque).

A recepção e o saque também não tiveram a mesma eficácia dos sets anteriores, favorecendo a boa variação da levantadora japonesa. Deste modo, a armadora recolocou a ponteira Sarina Koga em jogo (somente nesta parcial, a atacante pôs 8 bolas no chão).

Sem conseguir manter a continuidade do jogo, a seleção permaneceu tendo uma performance vacilante no início do quarto set. O técnico Zé Roberto escalou Julia Bergmann no lugar de Amanda (vale lembrar que a passadora já havia substituído Natália, que vem sendo poupada nos jogos e que teve uma atuação discreta no primeiro set), e a atleta se saiu bem no ataque e em alguns momentos no sistema defensivo.

Equipe brasileira voltou a mostrar a instabilidade que vem apresentando ao longo do torneio

O triunfo, contudo, veio a partir da boa passagem da levantadora Macris pelo saque e, especialmente, pela atuação regular da meio de rede Bia no bloqueio. A ponteira Gabi, que tem se mostrado extremamente regular nesta Liga das Nações, também virou bolas decisivas no final da última parcial.

As maiores pontuadoras do confronto foram Paula Borgo e Sarina Koga, com 26 acertos. Pelo lado brasileiro, Gabi apareceu logo em seguida com 13. Entre as asiáticas, a ponteira Iuki Ishii fez 18.

Desta maneira, como ponto positivo, vale ressaltar a capacidade de reação das comandadas de Zé Roberto, que viram o adversário subir de produção e quase complicar o jogo a partir do terceiro set. Por outro lado, preocupam ainda as frequentes oscilações e quedas de rendimento do time brasileiro. Com a continuidade do campeonato e dos treinamentos, já era o momento de a seleção mostrar mais regularidade, diminuindo os “apagões” ao longo das partidas.

Nesta quarta-feira (12), as brasileiras encaram as tailandesas. Logo depois, na quinta (13), fechando a quarta semana, a seleção enfrenta a Sérvia. Os jogos serão às 3h40 e terão transmissão do SporTV2. 

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Atual campeão, EUA está fora do Mundial; semifinalistas são definidos http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/15/atual-campeao-eua-esta-fora-do-mundial-semifinalistas-sao-definidos/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/15/atual-campeao-eua-esta-fora-do-mundial-semifinalistas-sao-definidos/#respond Mon, 15 Oct 2018 13:32:59 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14705

Seleção holandesa surpreendeu ao eliminar a atual campeã e favorita equipe norte-americana do Mundial (Fotos: Divulgação/FIVB)

A rodada desta segunda-feira (15) no Mundial feminino de vôlei serviu para a definição dos quatro semifinalistas da competição: China, Holanda, Itália e Sérvia seguem na disputa pelo título, enquanto Japão e Estados Unidos, atuais campeões da disputa, estão eliminados.

Em ascensão no cenário internacional, as holandesas protagonizaram uma bela virada diante das americanas, vencendo o duelo nesta madrugada por 3 sets a 2, parciais de 30-32, 15-25, 25-22, 25-15 e 15-09 – a oposta Slöetjes, com 38 pontos, foi o grande destaque individual. Já durante a manhã foi a vez de a invicta Itália sofrer mais que o esperado diante das japonesas, as donas da casa, mas confirmar o favoritismo com parciais de 25-20, 22-25, 25-21, 19-25 e 15-13, graças a mais uma bela atuação da oposta Paola Egonu, que foi o grande desafogo da levantadora Malinov ao marcar 36 pontos.

Sendo assim, os dois duelos desta terça-feira (16) servirão apenas para a definição de quais serão os confrontos da semis: às 04h10, Sérvia e Itália se enfrentam, enquanto às 07h20 será a vez de China e Holanda duelarem. As disputas pelas duas vagas na final estão programadas para a sexta-feira (19) e a grande decisão acontece no dia 20 de outubro.

A seleção dos Países Baixos começou o duelo em altíssimo nível, chegando a abrir 9-2 em uma passagem de saque da oposta Lonneke Slöetjes, que também se destacou bastante no ataque nesta parcial. Colocando em dificuldades o sistema de recepção norte-americano com um saque tático, sobretudo sobre a ponteira Kimberly Hill, a Holanda conseguiu imprimir um ritmo acelerado, com muitas defesas, grande volume de jogo e força nas ações ofensivas. As norte-americanas iniciaram o processo de recuperação no set através do bloqueio e da entrada da levantadora Micha Hancock e da oposta Karsta Lowe no lugar de Carli Lloyd e Kelly Murphy (que já tinha feito uma partida abaixo da crítica contra a seleção chinesa). Além disso, o técnico Karch Kiraly também mudou o rumo da parcial ao apostar na ponteira Michelle Bartsch no lugar de Hill. Assim, apresentando mais consistência no passe e no ataque com estas substituições, a seleção dos EUA equilibrou o confronto, contando, ainda, com erros de ataque e de saque, além do desperdício de contra-ataques importantes das holandesas. Desta maneira, a equipe conseguiu vencer a parcial em 32 a 30.

A seleção do técnico Jamie Morrison expressou muito abatimento emocional por ter sido superada na primeira parcial, e se perdeu completamente no decorrer do confronto. Cedendo muitos pontos em erros à equipe norte-americana, o time não conseguiu manter o mesmo nível técnico e o volume de jogo apresentados anteriormente. A ponteira Anna Buijs voltou a comprometer a linha de passe e a levantadora Laura Dijkema passou a concentrar mais o jogo nas bolas altas para a oposta Slöetjes, que não mais se saiu tão bem na virada de bola. Desta forma, os EUA fecharam a segunda parcial com facilidade. Já o terceiro set foi marcado pelo equilíbrio entre as equipes. Pelo lado norte-americano, a ponteira Bartsch seguiu fazendo a diferença no passe e na virada de bola. As europeias, por outro lado, mesmo perdendo a partida por 2 sets a 0, seguiram apostando no poder ofensivo de sua oposta e na potência e na força física da ponteira Celeste Plak, que substituiu Buijs. Mais concentrada e melhorando as ações no sistema defensivo, a equipe laranja contou, ainda, com erros de saque e de ataque do rival para vencer a parcial por 25 a 22.

A oposta Slöetjes foi o nome do jogo, marcando 38 pontos

A queda no rendimento da oposta Lowe e o crescimento do sistema defensivo rival foram determinantes para a reação da equipe dos Países Baixos no quarto set. Assustadas com o ressurgimento das adversárias no set e expressando desconcentração, as comandadas de Karch Kiraly voltaram a cometer erros em série de recepção e de ataque, como na primeira parcial, fazendo com que a Holanda deslanchasse no placar, abrindo 16 a 9. Não se pode deixar de mencionar o brilhante aproveitamento da oposta Slöetjes – foram 32 pontos de ataque, 3 de bloqueio e 3 de saque no confronto -, que terminou o jogo como a maior pontuadora. Em um erro de saque de Murphy, que retornou ao duelo no lugar de Lowe, o time europeu fechou o quarto set em surpreendentes 25 a 15. Deste modo, bastante confiante e aguerrida no set decisivo, as europeias ditaram o ritmo da partida no ataque – com a oposta Slöetjes e a ponteira Plak – e no bloqueio. As norte-americanas, em contrapartida, apáticas e nervosas em função do incrível poder de reação adversário, cedeu vários pontos em erros para as rivais, que fecharam o duelo em uma virada espetacular por 15 a 9. Como também foi derrotada pelas chinesas na partida da primeira rodada, a equipe dos EUA terminou eliminada do Mundial.

No confronto válido pelo grupo G entre italianas e japonesas, a equipe europeia, invicta neste Mundial, não teve grandes dificuldades para vencer a seleção asiática no primeiro set. Com muito volume de jogo e conjugando bem a equação saque-bloqueio-defesa, a habilidosa levantadora Ofelia Malinov realizou uma equilibrada distribuição de bolas pela entrada, com a ponteira Miriam Sylla (que anotou 5 pontos), pela saída, com a oposta Paola Egonu (que colocou 6 bolas no chão) e pelo meio, com as bolas rápidas de primeiro tempo, acionando as centrais Anna Danese e Cristina Chirichella. Apesar de ter cometido um pouco mais de erros do que o time asiático nesta primeira etapa (foram 8 contra 5), a Itália fechou a parcial em 25 a 20.

A seleção da técnica Kumi Nakada impôs seu habitual ritmo de jogo caracterizado pela velocidade e pela habilidade no início do segundo set, se ajustando no seu eficiente sistema defensivo e forçando erros rivais de recepção. Assim, com o passe bem mais irregular, a levantadora Malinov não obteve o mesmo sucesso da primeira parcial na distribuição das jogadas, passando a acionar mais as extremidades com Sylla e Egonu. O time japonês, por outro lado, estabilizou a recepção e conseguiu manter a virada de bola principalmente com a ponteira Sarina Koga e a central Erika Araki, destaques em todo o confronto. Mesmo bloqueando mais do que as rivais, a Itália cedeu pontos em excesso (9 somente neste set) e não conseguiu reverter a vantagem construída pelas japonesas a partir da metade do set. Mais equilibradas, as asiáticas empataram a partida em 1 set a 1.

O problema italiano na recepção também deu a tônica no início do quarto set, o que fez com que a levantadora Malinov, sem os passes A e B, concentrasse a distribuição de suas bolas na oposta Egonu, que nesta parcial chegou aos 24 pontos. Mesmo com a dificuldade no passe, a levantadora buscou variar mais as jogadas, tentando recolocar suas centrais no duelo. As japonesas, em contrapartida, ofereceram resistência ao poderio ofensivo adversário, fazendo defesas importantes que propiciaram contra-ataques. Contudo, pontuando mais no bloqueio (foram 13 no total) e mantendo a consistência na virada de bola, as europeias venceram o set por 25 a 21.

A oposta italiana Paola Egonu foi o destaque da partida, anotando 36 pontos

Tirando proveito da ineficiência do saque italiano, a recepção japonesa passou a entregar todas as bolas nas mãos da levantadora Tashiro, que realizou a distribuição com velocidade e qualidade entre todas as suas atacantes, propiciando a construção de uma vantagem que chegou a 16 a 10 para a equipe asiática. Mantendo um padrão de jogo bastante consistente e superior ao do adversário, a seleção asiática levou vantagem no saque e no número de pontos de ataque neste set. A juventude e a inexperiência das comandadas do técnico Davide Mazzanti pesaram no momento decisivo da parcial, com as jogadoras cometendo falhas relevantes em todos os fundamentos. Com um ataque da ponteira Risa Shinnabe, a equipe japonesa empatou o confronto, conseguindo levar o jogo ao tie-break.

Sem ter enfrentado um tie-break até então no Mundial, o time europeu começou a última parcial cometendo erros graves na recepção, principalmente com a ponteira Lucia Bosetti e a (excepcional) líbero Monica De Gennaro. As deficiências no passe, no entanto, foram compensadas com o ataque de Egonu. Em um set extremamente equilibrado, se Egonu colocou mais bolas no chão, a ponteira Sylla também se sobressaiu no bloqueio e no ataque em momentos-chave do set. A oposta italiana, em mais uma belíssima atuação, fechou o duelo com um ataque em 15 a 13.

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China e Sérvia saem na frente na terceira fase do Mundial feminino http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/14/china-e-servia-saem-na-frente-na-terceira-fase-do-mundial-feminino/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/14/china-e-servia-saem-na-frente-na-terceira-fase-do-mundial-feminino/#respond Sun, 14 Oct 2018 12:03:42 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14699

Estrela da seleção chinesa, Ting Zhu mais uma vez foi decisiva (Fotos: Divulgação/FIVB)

Finalistas da última edição dos Jogos Olímpicos, a China e a Sérvia deram, neste domingo (14), um importante passo rumo à semifinal do Campeonato Mundial de vôlei feminino ao baterem, respectivamente, Estados Unidos e Japão na primeira rodada da terceira fase da disputa, que está sendo realizada na cidade japonesa de Nagoya.

Os modos como se deram as vitórias, porém, foram bastante distintos: enquanto as asiáticas, campeãs da Rio 2016, tiveram que jogar em seu mais alto nível para bater as americanas no tie-break (parciais de 25-22, 19-25, 20-25, 25-23 e 15-09), as sérvias passaram pelas donas da casa com relativa tranquilidade em sets diretos (25-19, 25-18 e 25-23).

Oposta Boskovic marcou XX pontos para a Sérvia contra o Japão

No caso chinês, mais uma vez brilhou a estrela de Ting Zhu, que marcou 25 pontos e foi a principal responsável para a partida não acabar no quarto set. Do lado americano, o destaque individual ficou por conta de Kimberly Hill (24 pontos), mas as comandadas do técnico Karch Kiraly, que se destacaram pela agressividade no ataque, pagaram caro por falharem acima do adequado na recepção contra um rival tão forte.

Já no duelo da potência sérvia contra a defesa japonesa, melhor para as europeias, que, apesar de alguns momentos de “apagão” nos fins do primeiro e do segundo set, só foram efetivamente ameaçadas pelas adversárias no última parcial, onde precisaram virar um 22-21. Chamou ainda atenção o volume de jogo apresentado pela Sérvia, o que proporcionou muitos ralis e desestabilizou as japonesas, carentes de atacantes de alto nível internacional. Em grande forma neste Campeonato Mundial, a oposta Tijana Boskovic foi a maior pontuadora, com 24 pontos.

O bom resultado faz com que a Sérvia possa garantir seu lugar entre os quatro melhores já nesta segunda (15), bastando para isso a invicta Itália bater o Japão em duelo programado para 7h20 (horário de Brasília). Mais cedo, às 4h10, os Estados Unidos buscam a recuperação diante da Holanda. Vale lembrar que, após uma campanha instável, a seleção brasileira já foi eliminada do torneio, no pior resultado do time desde 2002.

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Brasil vence a seleção japonesa, mas acaba eliminado no Campeonato Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/11/brasil-vence-a-selecao-japonesa-mas-acaba-eliminado-no-campeonato-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/11/brasil-vence-a-selecao-japonesa-mas-acaba-eliminado-no-campeonato-mundial/#respond Thu, 11 Oct 2018 13:29:27 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14661

Apesar da vitória contra a equipe japonesa, Brasil termina eliminado do Mundial (Fotos: Divulgação/FIVB)

O jogo da sobrevivência no Campeonato Mundial. Foi pensando desta maneira que a seleção brasileira feminina de vôlei precisou entrar em quadra na manhã desta quinta-feira (11), para o confronto direto contra o Japão na cidade de Nagoya, pela última rodada da segunda fase no grupo E. Ocupando o quarto lugar na chave, com 18 pontos, depois da sofrida vitória sobre a Holanda, a equipe do técnico José Roberto Guimarães iniciou a partida fora da zona de classificação para a terceira fase, atrás das sérvias, das próprias japonesas e das holandesas. Para avançar, era necessário vencer por 3 sets a 0, igualando os números das rivais nipônicas, inclusive no set everage (divisão do número de sets vencidos pelo número de sets perdidos). Contudo, a seleção voltou a demonstrar as dificuldades que vinha apresentando ao longo do campeonato, e perdeu o primeiro set por 25-23. O resultado eliminou a seleção brasileira da competição. A equipe, no entanto, em uma demonstração de força, conseguiu vencer o duelo por 3 sets a 2, com parciais de 25-23, 25-16, 26-28, 21-25 e 11-15.

É importante mencionar que a seleção brasileira já vinha fazendo uma campanha bastante sofrível neste Campeonato Mundial, avançando aos trancos e barrancos e demonstrando espantosa irregularidade ao longo do torneio. Na primeira fase, conseguiu vencer adversários sem grande relevância internacional e perdeu para a vice-campeã olímpica Sérvia. Já nesta segunda etapa, jogando contra rivais um pouco mais expressivos, foi derrotada pela Alemanha e cedeu um set à inexperiente seleção mexicana.

Abordando efetivamente o jogo, a técnica Kumi Nakada iniciou a partida com Risa Shinnabe na saída de rede, Sarina Koga e Ai Kurogo na entrada, Erika Araki e Mai Okumura no meio, Kanami Tashiro no levantamento e Kotoe Inoue e Mako Kobata se revezando como líberos. Já José Roberto optou por utilizar Tandara, Fernanda Garay e Gabi, Bia e Carol, Roberta e Suellen.

O equilíbrio deu a tônica no início do confronto. O bloqueio brasileiro começou funcionando bem com a central Bia, mas a recepção, por outro lado, voltou a oscilar um pouco em função do saque tático forçado e da variação do ataque rival. Além disso, a equipe verde-amarela cometeu erros de saque, prejudicando a continuidade do jogo. A levantadora Roberta fez uma eficiente distribuição nesta primeira parcial, jogando bastante com as extremidades e as bolas rápidas pelo meio. As dificuldades no passe nipônico favoreceram a virada de bola brasileira, com destaque principalmente para Tandara e Fernanda Garay. Assim, o Brasil chegou a abrir 22 a 17 no placar, mas, como nas demais partidas, não conseguiu sustentar a vantagem, permitindo o crescimento da equipe asiática. Dois aces da central Araki e um erro de ataque da oposta brasileira recolocaram o Japão no jogo, que virou a partida, fechando o set em 25 a 23. Com a vitória na parcial, a equipe nipônica eliminou o Brasil da competição.

Tandara tenta consolar a companheira Gabi após a partida

Sem dúvida, o triunfo por 3 sets a 1 sobre o time misto da já classificada Sérvia, na rodada anterior, foi fundamental para que a seleção asiática ganhasse confiança na competição, buscando confirmar a classificação para a terceira fase contra o Brasil. Perdido emocionalmente e desmotivado em função da eliminação, a equipe verde-amarela caiu bastante em todos os fundamentos, sobretudo no ataque e na recepção no segundo set. A levantadora Roberta foi substituída por Dani Lins quando o Brasil perdia por 18 a 11, mas o time não conseguiu esboçar qualquer reação. A técnica Kumi Nakada aproveitou para fazer mudanças na partida a fim de dar ritmo às suas atletas. Jogando com a tradicional velocidade e muita habilidade, o Japão fechou a segunda parcial em 25 a 16.

Irregular, Brasil vence, mas cede set à jovem seleção mexicana

Brasil desperdiça quatro match points e é superado de virada pelas alemães

Segunda fase do Campeonato Mundial exigirá mais da seleção brasileira

Na retomada do jogo, o Brasil chegou a abrir 7 a 2 no placar, mas, novamente, permitiu a recuperação das asiáticas, que viraram para 10 a 8. Em uma partida tecnicamente muito ruim, a seleção permaneceu cedendo muitos pontos em erros para o Japão (foram 30 ao total) e cometeu falhas importantes no sistema defensivo. Apesar disso, no final do set, a equipe melhorou com uma boa passagem de Tandara pelo saque. Com a central Thaísa em quadra, as brasileiras equilibraram o confronto e reagiram a partir de um ataque de Fernanda Garay e um bloqueio de Gabi, vencendo a terceira parcial.

Vivendo altos e baixos e imprimindo um ritmo bastante parecido com o final do set anterior, o Brasil manteve a estratégia de não permitir que o time asiático deslanchasse no placar. Mais consistente na defesa e na recepção, a equipe demonstrou força emocional e abriu uma vantagem de 21 a 18 sobre as nipônicas novamente em uma boa passagem de saque de Tandara. Além disso, o bloqueio também funcionou bem (foram 15 ao total), sobretudo com Thaísa, e a equipe empatou a partida em 2 a 2 com um ataque de Gabi na diagonal.

No derradeiro set, o Brasil voltou a apresentar problemas de recepção, mas se recuperou principalmente com as ações ofensivas de Tandara e Fernanda Garay. As japonesas também cometeram alguns erros, propiciando o crescimento do Brasil. A equipe de José Roberto Guimarães fechou o jogo em 15 a 11. Tandara e Fernanda Garay terminaram o duelo como as maiores pontuadoras do Brasil, com 24 e 20 bolas no chão, respectivamente. Pelo lado japonês, Sarina Koga, com 20 pontos e Yuki Ishii, com 17, se sobressaíram.

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Instável, Brasil vence Holanda no tie-break e joga a vida contra o Japão http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/10/instavel-brasil-vence-holanda-no-tie-break-e-joga-a-vida-contra-o-japao/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/10/instavel-brasil-vence-holanda-no-tie-break-e-joga-a-vida-contra-o-japao/#respond Wed, 10 Oct 2018 07:07:44 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14651

Apesar das dificuldades, seleção feminina mostrou força mental para evitar nova derrota no Campeonato Mundial (Fotos: Divulgação/FIVB)

O sofrimento já está virando rotina: depois de sofrer uma virada incrível contra a Alemanha e quase se complicar diante do semiamador México, a seleção brasileira feminina de vôlei por pouco não se complicou contra a Holanda na madrugada desta quarta-feira (10). O time, porém, soube crescer no momento decisivo e saiu de quadra com uma vitória por 3 sets a 2, parciais de 21-25, 25-18, 25-27, 25-19 e 15-07, em partida válida pela segunda fase do Campeonato Mundial.

A virada foi fundamental para a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães seguir viva na competição, somando agora seis vitórias e 18 pontos no grupo E. Por outro lado, as brasileiras seguem sob imenso risco de uma eliminação precoce, uma vez que o Japão bateu o time misto da já classificada e líder Sérvia por 3 a 1 (15-25, 25-23, 25-23 e 25-23) no encerramento da rodada. Assim, as asiáticas chegaram às sete vitórias e 21 pontos, mesmos números da própria Sérvia e da Holanda, agora terceira colocada pelos critérios de desempate (apenas os três melhores se classificam).

Ou seja: para ter alguma chance, o Brasil precisa vencer as donas da casa por 3 a 0, igualando os números delas, inclusive no set average (divisão de sets vencidos pelos perdidos) – a classificação então viria pelo critério de point average (divisão de pontos vencidos pelos pontos tomados), onde as bicampeãs olímpicas possuem vantagem: 1,260 contra 1,238. A Holanda também corre riscos se tomar um 3 a 0 da Sérvia, já que ficaria com o mesmo set average das rivais, deixando a decisão para os pontos.  O jogo entre Brasil e Japão será realizado às 7h20 desta quinta (horário de Brasília).

Apesar da vitória nesta quarta (10), a seleção feminina voltou a protagonizar um enorme “apagão” no terceiro set: depois de um início arrasador, permitiu que um 8 a 1 se convertesse em um 25 a 27 através dos erros de saque e dificuldades das atacantes na virada de bola – neste meio tempo, o time ainda teve um 23 a 20, mas não aproveitou a oportunidade de fechar a parcial.

Recepção continua a ser um problema para o Brasil na competição

As brasileiras, porém, conseguiram a recuperação e consequentemente a vitória graças ao bloqueio, melhor fundamento da equipe com 15 pontos. Individualmente, Tandara também brilhou nas duas últimas parciais,  chegando a 28 pontos no total, três a mais que Lonneke Sloetjes, grande responsável pelo ataque holandês.

Ressalte-se ainda o fôlego que Fernanda Garay trouxe à equipe ao entrar no lugar de Drussyla no início do segundo set, tornando a recepção do Brasil um pouco menos problemática e a defesa mais eficiente. Trata-se de pontos ainda a serem trabalhados pela comissão técnica. Resta saber se haverá oportunidade para isso.

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Segunda fase do Campeonato Mundial exigirá mais da seleção brasileira http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/05/segunda-fase-do-campeonato-mundial-exigira-mais-da-selecao-brasileira/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/10/05/segunda-fase-do-campeonato-mundial-exigira-mais-da-selecao-brasileira/#respond Fri, 05 Oct 2018 09:00:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14617

Seleção brasileira terá adversários mais complicados na segunda fase (Fotos: Divulgação/FIVB)

Por Janaina Faustino

A segunda fase do Campeonato Mundial promete ser um pouco mais complicada do que a etapa inicial para a seleção brasileira feminina de vôlei. Classificada em quarto lugar na chave E, a equipe enfrentará, a partir do próximo domingo (7), a Alemanha, o México, a Holanda e o anfitrião Japão na cidade de Nagoya. Como já explicado aqui, de acordo com o regulamento, as seleções carregam os resultados obtidos na etapa anterior. Além disso, somente os três primeiros colocados de um grupo de oito times se classificarão para a terceira fase, o que significa afirmar que qualquer deslize poderá ser fatal para a continuidade do Brasil na competição.

Desta maneira, o Saída de Rede resolveu fazer uma análise destes adversários, imaginando aquilo que a seleção verde-amarela poderá encontrar pela frente nesta segunda fase do torneio:

Alemanha

A oposta Louisa Lippmann é um dos destaques da equipe alemã

Fazendo uma boa campanha na etapa preliminar sob a liderança do jovem técnico Felix Koslowski (ex-assistente do prestigiado treinador italiano Giovanni Guidetti, que atualmente comanda a equipe turca), a inexperiente seleção alemã está em sua 7ª participação em Mundiais desde a reunificação. Terminou a Liga das Nações na 13ª colocação, chegando a derrotar o Brasil por 3 sets a 1, em Barueri, na estreia da competição. Entre os destaques, a boa líbero Lenka Dürr, a promissora oposta Louisa Lippmann (5ª maior pontuadora e 3ª melhor sacadora do Mundial) e a ponteira e capitã Maren Fromm – estas últimas são as principais armas ofensivas do time. Jogando como franco-atiradoras, as alemãs costumam pressionar bastante o passe adversário com um saque agressivo, o que não deverá ser problema se o Brasil conseguir manter a consistência na linha de recepção, minando, deste modo, a confiança das rivais neste fundamento e na virada de bola.

México

Time mexicano apresenta fragilidade na recepção

Em sua 8ª participação em Mundiais, a seleção mexicana, liderada pelo técnico cubano naturalizado mexicano Ricardo Naranjo, aparece como o adversário menos expressivo para o time brasileiro nesta segunda fase. Apesar disso, a equipe tem jogadoras que se destacam nas estatísticas da competição, entre elas, a ponteira Samantha Bricio, que lidera como a melhor sacadora e também aparece como uma das maiores pontuadoras; e a capitã e oposta Andrea Rangel, que figura entre as dez que mais fizeram pontos no Mundial. O saque brasileiro pode se aproveitar da instável linha de passe rival, que costuma sofrer bastante na recepção de saques forçados (em cada uma das partidas contra o Japão e a Holanda, a seleção mexicana tomou 13 pontos no fundamento).

Brasil busca a primeira medalha da temporada no Mundial feminino

Gabi avisa torcida: “Estamos prontas para buscar o título do Mundial”

Holanda

O confronto contra a seleção holandesa promete ser o mais equilibrado nesta segunda fase

O confronto contra a seleção holandesa promete ser o mais equilibrado para o Brasil nesta etapa. Quarto lugar na Rio2016, vice-campeã do último Campeonato Europeu e 5ª colocada na recente Liga das Nações, a Holanda participa da competição pela 14ª vez. Comandada pelo norte-americano Jamie Morrison, a equipe fez uma ótima campanha até aqui, avançando à segunda fase em primeiro lugar no grupo A. O time dos Países Baixos conta com algumas jogadoras importantes já conhecidas do público brasileiro ou que se destacam em grandes clubes europeus. Dentre elas, as ponteiras Celeste Plak, Maret Balkestein-Grothues e Anne Buijs (ex-Sesc RJ), a oposta Lonneke Slöetjes, a central Yvon Belien e a levantadora Laura Dijkema. Assim como José Roberto Guimarães, o técnico norte-americano também sofreu com contusões, tendo baixas relevantes no time para o torneio: a talentosa central Robin De Kruijf, que desfalcou o Conegliano em toda a temporada e não pôde se juntar às companheiras neste Mundial porque se recupera de uma cirurgia no joelho; e a jovem ponteira Nika Daalderop, que fez boa temporada no ano passado, mas não integra o grupo por problemas na tíbia. Certamente, um dos grandes trunfos que o Brasil pode utilizar no duelo contra a Holanda é o saque. A seleção não possui uma boa linha de recepção e costuma sofrer bastante na execução do passe, principalmente com as ponteiras Plak e Buijs que, apesar de terem muitas dificuldades neste fundamento, costumam compensar a deficiência com a potência de ataque. Por isso, também será fundamental que o bloqueio brasileiro funcione bem na partida, anulando a virada de bola adversária ou amortecendo bolas para a construção dos contra-ataques. Além das ponteiras, não se pode deixar de mencionar o poder de definição da oposta Slöetjes, que já aparece nas estatísticas como a 4ª melhor atacante do Mundial.

Japão

Donas da casa jogam com muita velocidade e habilidade

Em sua 16ª participação em Mundiais, a tradicional equipe nipônica se sagrou campeã do Campeonato Asiático, no ano passado, e terminou a Liga das Nações em 10º lugar. Jogando em casa e contando com o apoio dos apaixonados fãs japoneses, a seleção, comandada pela técnica Kumi Nakada, chega bem à segunda fase da competição depois de ter obtido um bom desempenho na primeira etapa (4 vitórias em 5 jogos). Longe de ser considerado um dos favoritos ao pódio, o Japão busca recuperar o prestígio e os títulos alcançados em outros tempos. Com as transformações ocorridas na modalidade, sobretudo físicas, a equipe asiática acabou ficando para trás por causa da baixa estatura de suas jogadoras. Este é, sem dúvida, um grande obstáculo à competitividade do time em nível internacional. Contudo, o Japão pode ser também um rival capaz de causar problemas à seleção brasileira, atuando com seu clássico estilo de jogo veloz, com muitas defesas e extrema habilidade. Entre os destaques, as ponteiras Ai Kurogo, Sarina Kogo, e a oposta Miyu Nagaoka, maiores pontuadoras da seleção até este momento. Certamente, será um adversário que vai exigir do Brasil imposição do ritmo na partida, alto nível de concentração, paciência na virada de bola e muito volume de jogo.

Confira abaixo os dias e horários destes jogos do Brasil:

Domingo (7)

1h25 – Brasil x Alemanha

Segunda (8)

1h25 – Brasil x México

Quarta (10)

1h25 – Brasil x Holanda

Quinta (11)

7h20 – Brasil x Japão

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Brasil busca a primeira medalha da temporada no Mundial Feminino http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/28/brasil-busca-a-primeira-medalha-da-temporada-no-mundial-feminino/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/28/brasil-busca-a-primeira-medalha-da-temporada-no-mundial-feminino/#respond Fri, 28 Sep 2018 09:00:06 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14487

Crédito: Divulgação/FIVB

Por Daniel Rodrigues

O torneio mais importante da temporada de seleções começa na madrugada deste sábado (29) no Japão. São quatro grupos, formados por seis times, totalizando 24 países participantes. A disputa pelas primeiras colocações do Campeonato Mundial de vôlei feminino promete ser bastante acirrada. O primeiro duelo do torneio acontecerá em Yokohama, reunindo os azarões México e Camarões, integrantes do Grupo A. Pela chave D, também no sábado, a seleção brasileira fará sua estréia na competição contra as porto-riquenhas, às 01h40 (horário de Brasília).

A grande final do Mundial será realizada no dia 20 de outubro, também em Yokohama e alguns times são cotados como favoritos para lutarem pelo tão sonhado ouro. De acordo com os resultados e desempenhos dos últimos campeonatos, Estados Unidos, atual campeão da Liga das Nações, e China, campeã olímpica no Rio de Janeiro (2016), estão um passo a frente das demais equipes. Em seguida, chegam Sérvia, Brasil, Rússia, Holanda e as promissoras Itália e Turquia com boas chances de estarem presentes nas semifinais e com possibilidades de participarem da decisão.

Diferente dos últimos anos, quando esteve no pódio na maioria dos torneio que disputou, a seleção brasileira vem protagonizando uma temporada bastante instável. Nas duas principais competições de 2018, Liga das Nações e Montreux Volley Masters, terminou na quarta colocação, demonstrando atuações abaixo do esperado, especialmente nas fases finais.

Leia também: Resultado final na Liga das Nações acende o sinal de alerta para o Mundial

Recepção não funciona e Brasil fecha série de amistosos com quatro derrotas

As contusões e o retorno de jogadoras que estiveram afastadas da equipe prejudicaram de fato a preparação para o Mundial. Dani Lins e Thaisa voltaram à vestir a camisa seleção somente em julho, na Copa Pan-Americana, e ainda buscam suas melhores condições físicas. A ponteira Fernanda Garay, após conversa com o técnico José Roberto Guimarães, decidiu retornar ao grupo e teve sua primeira participação do ano em Montreux (Suíça), pouco menos de um mês atrás. A líbero Suelen precisou realizar uma cirurgia na mão e também voltou às quadras no torneio disputado na Europa, diferente da central Bia e da oposta Tandara que ficaram no Brasil, recuperando-se fisicamente, após problemas nos ombros.

Crédito: Divulgação/FIVB

Natália, MVP do Grand Prix 2016 e 2017, ainda é uma incógnita. A jogadora, de extrema relevância para o esquema tático do técnico brasileiro, esteve tratando uma tendinite em seu joelho durante toda a temporada de seleções e voltou a saltar há poucos dias. Nesta sexta (28) o técnico José Roberto Guimarães optou pelo corte de Amanda, que estava com o grupo no Japão, apostando em Natália para representar o país.

Diante destas incertezas, o time azul e amarelo chega ao Campeonato Mundial sem o favoritismo habitual. No entanto, a tradição da camisa brasileira e a experiência das jogadoras pode ser um diferencial no desenrolar do torneio. Outro ponto positivo é o grupo em que o Brasil foi sorteado, junto com Sérvia, República Dominicana, Porto Rico, Cazaquistão e Quênia. Dos cinco adversários, a equipe européia deve ser a mais complicada e as dominicanas podem oferecer alguma resistência. Os outros três rivais, sem tradição no cenário mundial, servirão como uma boa oportunidade de testar jogadas, dar ritmo às atletas e faturar pontos importantes para a fase seguinte. A partir da segunda etapa, possivelmente poderá se ter uma melhor convicção das reais condições e chances das brasileiras na competição.

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O regulamento do Mundial dividiu os 24 times em quatro grupos de seis, no qual os quatro melhores avançam à segunda fase. Neste momento, os classificados são divididos em outros dois grupos de oito times, carregando
os resultados da etapa anterior. Os três melhores de cada chave avançam à terceira fase e serão divididos em dois grupos de três, onde mais duas seleções serão eliminadas. Os quatro sobreviventes disputam a semifinal e, quem vencer, avança à grande decisão. A equipe norte-americana é a atual campeã.

No Mundial feminino do Japão, o SporTV 2 transmitirá os seguintes jogos:

Sábado (29)
1h40 – Porto Rico x Brasil

Domingo (30)
1h40 – Brasil x República Dominicana
7h20 – Turquia x China

Segunda (1)
7h20 – Sérvia x Brasil

Terça (2)
7h20 – EUA x Coreia do Sul

Quarta (3)
7h20 – Quênia x Brasil

Quinta (4)
7h20 – Brasil x Cazaquistão

 

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Sonhando com volta ao topo, Itália mostra força na estreia do Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/09/sonhando-com-volta-ao-topo-italia-mostra-forca-na-estreia-do-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/09/sonhando-com-volta-ao-topo-italia-mostra-forca-na-estreia-do-mundial/#respond Sun, 09 Sep 2018 21:07:46 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14301

Levantador Giannelli (camisa 6) colocou o time inteiro para jogar, com Zaytsev (9), sendo o maior pontuador, com 13 pontos (Foto: Divulgação/FIVB)


Por Janaina Faustino 

O jogo que abriu o Campeonato Mundial de vôlei masculino neste domingo (9) no histórico Foro Itálico, em Roma, comprovou que não se deve menosprezar a tradição da seleção italiana no torneio. Em uma competição que promete ser uma das mais disputadas dos últimos tempos em função da grande quantidade de favoritos, o time comandado pelo técnico Gianlorenzo Blengini venceu a habilidosa e aguerrida equipe japonesa por 3 sets a 0, com parciais de 25-20, 25-21 e 25-23. Assim, a Azzurra não apenas devolveu a derrota sofrida em junho para a seleção asiática na 1ª edição da Liga das Nações, como também demonstrou que está, sim, entre os candidatos ao título deste Mundial.

A boa estreia serviu para dar esperanças aos apaixonados tifosi, que têm sofrido com os maus resultados de sua seleção. Em sua 17ª participação na história do campeonato, os tricampeões mundiais lutam para deixar para trás os problemas enfrentados no período mais recente, quando, na temporada 2017 quase foram rebaixados para o segundo escalão ao ocuparem a lanterna na extinta Liga Mundial e quando deram um vexame no Campeonato Europeu, caindo nas quartas de final para a seleção belga. Além disso, neste ano, nem chegaram a disputar a fase final da Liga das Nações, na França, alcançando apenas o 8º lugar. Vale ressaltar, ainda, que o último título da Itália foi justamente o Europeu, em 2005, o que é muito pouco para uma das mais tradicionais escolas de voleibol do mundo.

Deste modo, jogando em casa e contando com o apoio incondicional dos seus torcedores, a seleção italiana iniciou o confronto com o jovem e talentoso levantador Simone Giannelli, o ponteiro cubano naturalizado italiano Osmany Juantorena, o ponteiro Filippo Lanza, os centrais Danielle Mazzone e Simone Anzani, o oposto Ivan Zaytsev e o líbero Massimo  Colaci.

A primeira parcial do confronto teve um início bastante equilibrado, com as duas equipes cometendo erros de saque e de ataque. A partir da metade do set, a seleção italiana começou a mostrar mais consistência em quadra, contando com a categoria do levantador Giannelli que fez uma distribuição bastante eficiente, ora com bolas aceleradas pelo meio, ora com inversões difíceis que deixaram os atacantes italianos sem bloqueio. Vale destacar, ainda, a habilidade do levantador com bolas rápidas inclusive para  Zaytsev na saída de rede, que costuma atacar bolas mais altas. Assim, o oposto cresceu no ataque, marcando também pontos de bloqueio e de saque.

Mundial começa com vários favoritos e Brasil correndo por fora

A equipe japonesa buscou uma reação no segundo set, sobretudo com o oposto Issei Otake e o ponteiro Yuki Ishikawa, mas o excesso de erros e as deficiências físicas dificultaram as ações dos asiáticos. Mesmo demonstrando empenho e a famosa disciplina tática, o time não conseguiu impor seu ritmo de jogo, caracterizado pela velocidade e pela habilidade dos jogadores. A baixa estatura para os padrões internacionais continua sendo um grande obstáculo ao crescimento da equipe no cenário mundial.

Por outro lado, os italianos mantiveram o bom nível do set anterior e o levantador Giannelli seguiu como destaque, apresentando uma variação admirável de jogadas, deixando todos os jogadores em ótimas condições de ataque. Vale ressaltar a evolução de Juantorena, que passou a assumir o protagonismo nas ações de ataque com Zaytsev, e para os centrais Mazzone e Anzani, que também fizeram pontos importantes. A Itália fechou a parcial em 25 a 21 com um ótimo rali de 30 segundos, o melhor do jogo.

Na terceira e última parcial, muito parecida com a anterior, os japoneses usaram a mesma estratégia, tentando não permitir que a Itália deslanchasse no placar, mas os italianos construíram uma boa vantagem no final do set, demonstrando mais firmeza nas ações de ataque. Zaytsev e Juantorena definiram bolas fundamentais e o bloqueio continuou sendo uma arma eficaz para a Azzurra. É importante mencionar o quanto esses dois jogadores, reconhecidas estrelas do voleibol mundial, são capazes de mudar a Itália de patamar quando estão juntos em quadra. A partir da evolução do ponteiro no jogo, ambos passaram a ditar o ritmo do jogo e foram determinantes para a vitória da seleção italiana por 25 a 23.

O próximo compromisso da seleção italiana será na próxima quinta (13) contra a Bélgica, pelo grupo A. Outro país-sede da disputa, a Bulgária também começou bem, batendo a Finlândia em sets diretos pelo grupo D: 25-21, 25-19 e 25-22. Os búlgaros enfrentam o Irã na próxima rodada, na quinta.

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